InFormar nº 4 e 5.

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Associação de Professores e Universidade Sénior de Almada junho 2019

ORMAR

Associação dos Professores do Concelho de Almada e da Universidade Sénior de Almada n. º 4 e 5 junho 2019 ISSN 2184-464X e Separata (VIII)

Encerramento do ano letivo 2018-19

Cursos/aulas de verão Durante o verão pode continuar a visitar-nos, pois haverá sempre algumas atividades para si: Pilates e Danças do Mundo, com a professora Maria João às terças e quintas-feiras; Custo: 15 euros/mês; Danças Latino Americanas, com o professor João Maciel – quartas-feiras 10h às 11h20; Custo: 10 euros/mês; Ateliê digital, com a professora Ana Lídia, na última semana de julho, das 9h00 às 12h00. Custo 12 euros.

Festa da Primavera

Esta publicação é da autoria da Associação dos Professores e da Universidade Sénior de Almada e pretende dar a conhecer os trabalhos realizados pelos alunos e professores.

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Editorial Desde o seu início em 2003 a Associação de Professores deu grande atenção à formação e à informação, reforçadas com a abertura a novos destinatários, os estudantes da USALMA. Esta mensagem está subliminarmente contida no novo título do boletim e na sua expressão gráfica.

E está sobretudo expressa no seu conteúdo, o qual, no presente n.º 4-5 da nova série - que agrega os dois principais destinatários: os associados da Apcalmada e os estudantes da USALMA - incluiu ampla informação, dando notícia do vasto leque de atividades nas duas vertentes.

Assim se evidencia e promove uma dinâmica que ganhou nova e mais ampla expressão, resultante das condições de trabalho proporcionadas pela nova sede.

Realçam-se neste número os ensaios e a criação literária, pela qualidade e pela disponibilidade dos seus autores em meter ombros e imaginação a uma atividade tão pessoal que é também um desafio e um incentivo a novos criadores.

Permitam ainda que destaque, entre as atividades, até pela sua expressão pública e interdisciplinar, a VII Exposição de Artes da USALMA, realizada na Oficina da Cultura de 16 a 23 de fevereiro.

A inauguração dia 16, após palavras de saudação e apreço do diretor da USALMA, do representante da Câmara e do responsável da Oficina da Cultura, foi abrilhantada pelo concerto da Tuna da USALMA, muito aplaudida pela numerosa assistência.

Ao longo da semana, em sessões muito concorridas, estiveram presentes, evidenciando progressos qualitativos, os grupos de Poesia I e II, os grupos de Concertinas e Cavaquinhos.

Houve também a apresentação de um filme cujo tema polémico, a pintura infantil, comentado pelo professor da nova disciplina da USALMA, Histórias do Cinema, constituiu mais um momento de cultura e convívio neste projeto de cruzamento e congratulação das Artes.

Merece ainda destaque a participação em Encontros de Universidades Seniores: -V Encontro de Poesia: - Partilhas Poéticas, celebração do dia mundial da Poesia, com organização da USALMA, no âmbito do NAUS. - Festival de música no Auditório Ruy de Carvalho em Carnaxide.

- Encontro de Teatro Sénior do NAUS, realizado durante três dias no teatro a Barraca.

- Festival de Dança no Auditório Ruy de Carvalho.

- Encontro de Teatro RUTIS no auditório novo da Academia Almadense, com organização da USALMA. - 16.º Aniversário da APCA, celebrado com visita guiada ao Palácio de Monserrate, e almoço de confraternização e uma nova rubrica Percursos, que teve como 1.º protagonista o Professor / Cantor Francisco Naia.

As visitas de estudo ou de lazer merecem igualmente referência: Mafra, Rota dos escritores, Palácio da Ajuda, Salamanca, Convento e Tapada de Mafra, etc.

A formação informal continua viva, com diversas palestras, de que destacamos, a que foi realizada pelo Doutor Carrageta sobre o coração e os cuidados preventivos.

Integradas já no encerramento do ano letivo, são de mencionar exposições de estudantes das turmas de artes no salão de exposições da sede, e ainda: - Chá com Poesia que incluiu um concurso poético interturmas, com atribuição de prémios.

- Homenagem aos professores e outros voluntários da Apcalmada-USALMA promovida pela direção com apoio do Conselho de Delegados e de outros alunos, realizada no Seminário de São Paulo.

Foi um terceiro período letivo intenso, de grande variedade de atividades e muito participado.

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Comunicação Interpessoal I que saber ouvir, valorizando todas as opiniões. E, ar a conhecer à comunidade educativa assim, para uns é um grande prazer frequentar esta a disciplina de Comunicação Interpes- aula, pela convivência, pelos conhecimentos que se soal pela voz dos alunos, acaba por ser adquirem, pela partilha de ideias e emoções, valotambém um ponto de situação do trabalho efetu- res fundamentais numa universidade sénior; para ado neste espaço, que é, sobretudo, de encontro outros teve um grande impacto perceber como era difícil conversar em grupo e fazer de pessoas. Pessoas, que com obescuta ativa; para outros ainda o Com o tempo jetivos diferenciados partilham exmais importante foi compreender aprendemos que, periências pessoais e diferenças, e que se encontram em torno de um comunicar não é tão o valor de um contacto face a face.

A consciencialização a que chefácil quanto parece, tema: a Comunicação Interpessogámos, o progresso na utilização e que por vezes al. Dando voz aos alunos: das ferramentas da intercomunicanos cria algumas A disciplina criada na Universição, o clima de entendimento que perplexidades, dade Sénior de Almada – USALfomos criando não surgiram evidesentendimentos MA, no ano letivo 2017/2018, e até mesmo sérios dentemente do nada, tudo nos foi Comunicação Interpessoal, trouxe proporcionado pelo nosso facilitaproblemas. a quem aceitou esse desafio opordor, o psicólogo e psicoterapeuta tunidades no campo de uma nova Rui Matos, que com mão de mestre nos orientou. abertura e relacionamento com os outros.

Trabalhamos em grupo e tem-se gerado uma Toda esta aprendizagem resulta ainda duma vonexperiência muito, muito enriquecedora. Têm- tade conjunta de crescer emocional e intelectual-nos sido dados conteúdos teórico-práticos sobre mente.

Os alunos: Beatriz Oliveira; Fernando Guerreiro; José comunicação. O nosso feedback é hoje muito mais Fontes; Maria de Fátima Couto; Maria Eduarda Paicuidado, porque conhecemos mecanismos que va; Maria Alves; Maria Luísa Silva. nos ajudam a ter capacidade para escutar e dialogar com os outros com atenção, respeito e receII tividade. A nossa escuta ativa é muito mais perti“Há comunicação cada vez que qualquer organente, tentamos compreender o que é verbalizado e o que está subentendido, apreender o sentido nismo vivo, a partir da transmissão de uma inforque vai além das palavras. Esforçamo-nos por ver mação, afeta outro organismo vivo, modificandoa perspetiva da outra pessoa, as suas emoções, a -lhe a sua ação”.

Comunicar é uma das características vitais do sua realidade, sem interferir na linha condutora do seu pensamento. Escutar é muito mais que ou- homem, devido à necessidade que o ser humano vir, requer atenção, interesse e gentileza, é usar as sempre sentiu em transmitir aos seus semelhantes nossas emoções e o nosso cérebro para entender os seus pensamentos e sentimentos.

Todos nós comunicamos desde o ato do nascias vivências dos outros. É valorizar a empatia. É também uma experiência para melhorar o nosso mento, primeiro por sons, depois por gestos, pela expressão corporal e, mais tarde, por tudo isto e autoconhecimento.

Numa era de uso extremo da tecnologia, onde pela palavra. Com o tempo aprendemos que, cofalamos mais com máquinas do que com quem municar não é tão fácil quanto parece, e que por está próximo, perde-se a habilidade de relaciona- vezes nos cria algumas perplexidades, desentendimento interpessoal, a capacidade de compreender mentos e até mesmo sérios problemas.

Apesar da facilidade de comunicação atual e da ideias e emoções, chave que abre todas as portas. proliferação dos meios de comunicação: telefone, Temos que ter a consciência de que para termos uma saudável e verdadeira relação interpessoal, te- telemóvel e computador, da diversidade de redes mos que ter também uma boa relação intrapessoal. sociais, constata-se que o individualismo cresce e Nesta disciplina foi-nos mostrado que para ha- o homem está a transformar-se num ser solitário, ver harmonia nas relações com os outros não po- com dificuldade em estabelecer relações interpesdemos querer ser donos da comunicação. Temos soais que não sejam através de máquinas.

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Conscientes das dificuldades inerentes ao processo comunicativo, são diferentes os motivos que levam os alunos a inscrever-se nesta disciplina, desde a simples curiosidade, à necessidade de melhorar a comunicação, de se expressar melhor, de procurar entender porque é que a mensagem nem sempre tem a resposta adequada ou é deturpada.

Com a frequência da disciplina de Comunicação Interpessoal, esperamos perceber melhor a complexidade do processo de comunicação e melhorar as nossas competências comunicativas em aspetos específicos e pessoais. O objetivo principal do grupo terá sempre que ver com a melhoria da sua capacidade pessoal como agente de comunicação.

Uns pretendem melhorar a sua capacidade de comunicar, desde o tema mais banal ao mais sensível, outros anseiam aprender a controlar as suas emoções, a conhecerem-se melhor a si próprios e aos outros, enquanto outros gostariam de melhorar a assertividade, aprender a dizer não, adquirir mais autoconfiança ou ainda encontrar respostas para as suas inquietações.

Fernando Ventura; Ilda Freitas; Isabel Coelho; Maria de Lourdes; Maria Henriqueta Ramalho; Maria Irene Figueiredo; Maria Odete Rocha; Raquel Gonçalves; Teodato de Jesus.

Usaltuna

Tuna da Universidade Sénior de Almada Antero Pacheco

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uase desde a sua formação a USALMA dispôs de três grupos musicais: o Coro Polifónico, o Grupo de Cavaquinhos e o Grupo de Guitarras.

A ideia da criação de uma Tuna foi amadurecida ao longo de alguns anos e já havia sido efetuada uma tentativa com alguma consistência, contudo não foi possível a sua concretização.

No ano de 2012, a direção da Universidade conseguiu que fossem reunidas as condições mínimas indispensáveis para a criação do novo agrupamento musical.

Divulgada a ideia inicial da criação de uma Tuna e depois de definidos os critérios e correspondente grelha de pontuações para a seleção dos elementos que iriam fazer parte do futuro elenco, foram abertas as inscrições para alunos e colaboradores da Universidade, tendo tido uma forte adesão.

Dado que não se tratava da criação de um nova 4

disciplina, como as já existentes, o processo de seleção, que incluiu a prestação de provas, nomeadamente as que permitiram a aferição dos necessários conhecimentos de execução instrumental, domínio do canto, entre outras, sendo o júri formado pelos responsáveis dos grupos musicais já existentes na Universidade e o futuro responsável pela mesma, num total de quatro pessoas que deram pontuação às provas realizadas pelos vinte e cinco candidatos que compareceram, pouco mais de metade dos inscritos.

Tendo em conta os critérios de seleção e as pontuações obtidas por cada candidato foi estabelecida uma listagem por ordem decrescente e, a partir desta, foram escolhidos os elementos que iniciaram a Tuna, de acordo com uma estrutura delineada pelo responsável do grupo.

Formada a equipa e confirmada a aceitação, por todos os elementos, o nome do novo grupo foi escolhido a partir de três nomes indicados pelo responsável, tendo sido no final definido que seria Usalutna, nome que foi aceite pela Universidade.

A Usaltuna foi o quarto grupo musical a ser criado no âmbito da Universidade, tendo a sua primeira apresentação pública ocorrido em Julho de 2012, na Academia Almadense, em Almada, durante a festa de encerramento das atividades letivas.

Inicialmente o elenco foi constituído por quinze elementos. A maior parte ainda hoje se mantém e, num período de seis anos, o nível de saídas e entradas foi muito baixo: duas saídas e cinco novas

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entradas.

Estruturalmente, o grupo sofreu apenas ligeiras alterações. Atualmente é composto por um conjunto de músicos instrumentistas: um acordeon, um bandolin, duas guitarras, três cavaquinhos, uma viola baixo e quatro tipos de percussão, sendo os restantes dedicados exclusivamente ao canto, num total de dezoito elementos.

Dado tratar-se de uma tuna sénior, foi feito um esforço de adaptação das canções que constam do repertório, tendo em conta as características dos elementos que dela fazem parte e, na sua atividade, tem interpretado um misto de canções tradicionais, em conjunto com outras mais próximas das que são executadas pelas atuais tunas universitárias jovens.

A par da interpretação de canções de composição alheia, letra e música, tem sido também desenvolvido um trabalho de composição própria, em conjunto com a criação de arranjos musicais, em ambos os casos com a implementação de letras originais.

Assim, desde a sua formação, foram criadas as seguintes composições: Originais de letra e música -Usalcanta -Pregoeiro de Lisboa

-USALMA 10 anos -Improviso em Ré (instrumental) Letras originais adaptadas a músicas alheias -Recordação -Tina -Romper do dia -Se vai....

Durante o ano letivo, a Usaltuna ensaia uma vez por semana, nas instalações da sede da Apcalmada, apresentando um nível de absentismo muito baixo e espera continuar a desenvolver o trabalho a que se propôs, dignificando a USALMA. Em termos estatísticos, o número de atuações, por anos, em alguns casos representando a Universidade em diversas Instituições, nomeadamente a Câmara Municipal de Almada, Câmara Municipal de Odivelas e o NAUS, ascendeu ao total de cinquenta e uma, distribuídas do seguinte modo: 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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A Usaltuna perspetiva continuar a desenvolver-se, introduzindo inovações, quer ao nível do repertório, quer ao nível da composição instrumental, principalmente no que respeita a arranjos musicais próprios, estando sempre aberta a contributos que possam vir de outras áreas da Universidade, num espírito de colaboração e partilha, numa perspetiva de acrescentar valor ao grupo e por consequência à USALMA.

Radar

Rede de Apoio a Idosos Vítmas de Violência Telefone 800910073 Precisa ou sabe de alguém que precise de apoio

Ligue 5

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Quando os Lobos Uivam de Aquilino Ribeiro Turma de Literatura Portuguesa Glória de Brito

Aquilino Ribeiro nasceu no dia 13 de setembro de 1885, em Sernancelhe (freguesia de Carregal de Tabosa) e morreu a 27 de maio de 1963, em Lisboa. É autor de uma numerosa obra com cerca de sessenta e nove livros, dezassete dos quais são romances. A sua produção escrita reparte-se por diferentes géneros: ficção (romance e contos), história, biografia, investigação literária, literatura infantil, memórias, jornalismo, polémica, crónica.

Uma das suas obras mais conhecidas, Quando os Lobos Uivam, publicada em 19581, depois do rescaldo das eleições de Humberto Delgado, em 8 de Junho de 1958, suscitou uma reação da Censura que considerou o conteúdo da obra indigno e um insultuoso ataque às figuras do regime.2 O romance retrata uma comunidade rural, isolada, vivendo ainda num estado bastante primitivo, dispersa por várias aldeias situadas na Serra dos Milhafres. Tem como temas centrais a revolta do povo serrano contra a florestação da Serra do Leomil (ou dos Milhafres), imposta pelo poder central e a denúncia do regime da ditadura do Estado Novo.

O projecto de expropriação dos baldios de usufruto dos camponeses é apresentado na Câmara de Bouça do Rei pelos Engenheiros florestais (Streit e César Fontalva). Contudo, os serranos, representantes das várias aldeias, recusam assinar o documento, opondo-se à realização do plano. O Dr. Rigoberto, advogado do povo, lança um aviso: “Arborizem a serra e fiquem certos que vão bulir perigosamente com o ethos do serrano” (cap. 2).

Aquilino Ribeiro descreve a resistência do povo enfurecido e a crescente violência verbal e física que culmina em confrontos, repressão brutal da Guarda Nacional Republicana, mortos e feridos: “Vinham, portanto, os cães do governo escorraçá-los! Então o dia do juízo estava a amanhecer!” (cap. 6) […] “Gatunos! vão roubar para as estradas” (cap. 6).

Durante os julgamentos dos aldeões presos, considerados os cabecilhas do motim, o narrador, na voz de Aquilino Ribeiro, desmascara o funcionamento prepotente, arbitrário e até anedótico dos Tribunais Plenários que recorrem a argumentos falaciosos e facciosos. Álvaro Cunhal, num prefácio à obra, escrito em 19633, afirma: “O romance teve um sucesso fulminante. Quando a polícia correu a apreendê-lo, dos 9000 exemplares da primeira tiragem restavam apenas 32 nas livrarias. Os fascistas não se contentaram, porém, com impedir nova edição. Aquilino foi processado e enviado ao mesmo “odioso” Tribunal Plenário, que corajosamente desmascarara no seu romance.”4 Nesse mesmo ano, Aquilino Ribeiro recebeu uma carta dos presos políticos encarcerados no Forte de Peniche (uma centena), felicitando o escritor e “o cidadão corajoso e íntegro, que não se vendeu nem dobrou aos poderosos e aos tiranos, que denunciou com desassombro a torpe mentira dos tribunais políticos e a ferocidade da repressão policial, que exaltou a revolta popular, e que soube fazer frente, com o cajado firme da sua pena de escritor, aos lobos fascistas que assolam os povoados da nossa terra.” 5 Das numerosas personagens retratadas no romance, destaca-se Teotónio Louvadeus, figura íntegra e sábia, que personifica a coragem, a resistência e a luta pelos direitos dos serranos. Mata o traidor do povo, Bruno Lêndeas, vingando assim a honra do seu filho Manuel Louvadeus e, no final da narrativa, afronta os déspotas do regime, incendiando os baldios plantados por suas ordens. O duplo simbolismo Esta obra deu origem a 12 episódios adaptados por Francisco Moita Flores para a RTP, transmitidos em 2006.

Ver o Relatório da Censura n.º 6282 (7 de Fevereiro de 1959) relativo a Quando os Lobos Uivam de Aquilino Ribeiro, no blogue do Ephemera - Biblioteca e Arquivo de José Pacheco Pereira.

3 O prefácio, encontrado nos papéis de Álvaro Cunhal, deveria destinar-se à publicação do romance num país socialista. Mas é em Portugal que será editado 45 anos depois.

4 Edição Comemorativa do 50.º aniversário da 1.ª edição de Quando Os Lobos Uivam, Lisboa, Edições Avante!, 2008, Ilustrada por João Abel Manta, p. 14.

5 Fragmento da referida carta no jornal Avante!: http://www.avante.pt/pt/1829/emfoco/27149/ Esta carta assume valor de um documento histórico em relação ao conteúdo e à dimensão nacional e internacional do julgamento do escritor que gerou um vasto movimento de apoio por parte de intelectuais portugueses e estrangeiros, em particular dos franceses François Mauriac, Louis Aragon e André Maurois.

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do fogo que devasta a serra dos Milhafres parece prenunciar a vitória dos camponeses beirões que ousaram desafiar o poder político.

Um dos aspectos característicos da escrita de Aquilino é o seu estilo e a sua linguagem, marcados pelo uso de expressões idiomáticas, provérbios, aforismos e léxico específicos do ambiente e das tradições do serrano da Beira Alta, arreigado a valores e costumes com séculos de existência. O autor demonstra um conhecimento profundo da realidade social e cultural das populações rurais da sua região, dando voz a figuras humildes e rudes do povo que se exprimem nas suas falas e no seu vocabulário singulares, convidando o leitor a viajar pela natureza e património linguístico e cultural desse mundo rural profundo.

Lugares e Histórias de Almada A Comunidade Muçulmana (séculos XII e XIII) Alexandre Flores

Vinte e três anos depois da conquista de Almada, o rei D. Afonso Henriques concedia uma “carta de foral”, também conhecida por “carta de alforria” aos mouros de Lisboa, Almada, Palmela e Alcácer-do-Sal, passada em Coimbra, em Março de 1170. Tratava-se de uma concessão régia em que eram consignados direitos e deveres, nomeadamente alguns privilégios aos mouros forros, de modo a usufruírem certas regalias e liberdades: «Em nome de Deus Amem. Eu Rei Dom Afonso de Portugal…faço carta de fieldade e firmidooen a vós Mouros, que soodes forros…em Almada […]».

Pela carta de alforria, os mouros forros viviam em relativa liberdade com os seus costumes e religião, distinguindo-se dos mouros aprisionados e reduzidos ao cativeiro. Os mouros eram protegidos de qualquer pena ou autoridade exercida por cristãos ou judeus, concedendo-lhes jurisdição de um alcaide muçulmano. Por outro lado, a carta estabelecia os encargos tributários que todo o mouro passava a pagar ao rei: pagar a alfitra, o azaqui, um morabitino anual a partir da idade em que começassem a ganhar a vida, a dízima, adubar as vinhas do rei, vender os figos e o azeite que lhe pertencesse, pelo preço que então corresse na vila. Os mouros jornaleiros com ofício: alfaiate, ferreiro, sapateiro e outros, ou sem ele, tinham de pagar a dízima de todo o trabalho efectuado.

A agricultura constituía fonte de subsistência e de algum rendimento dos mouros que viviam nos campos de Almada e arredores e dos que viviam na povoação à volta da fortaleza. Dedicavam-se aos trabalhos do mundo rural, em especial nas vinhas, nos olivais, nos pomares, na criação de animais domésticos, uns na condição de servidão, outros em maior número, livres e sujeitos a encargos. Tal facto se conclui que, pelo teor da carta de foral de 1170, a exploração agrícola preenchia a vida difícil das comunidades mouriscas de Almada, Lisboa, Palmela e Alcácer. Na verdade, eram necessários os recursos indispensáveis à guerra que então se vivia em terras de “além Tejo.” A luta contra os sarracenos, o repovoamento e o cultivo das terras faziam parte dos objectivos régios até finais do século XIII, enquanto que o comércio e a “indústria” eram ainda rudimentares.

Porém, no decorrer dos tempos, sobretudo no reinado de D. Afonso II, os mouros forros, além dos encargos tributários a que estavam sujeitos perante a Coroa, começaram a ser prejudicados pelos cristãos que abusivamente «aposentavam» nas casas das famílias de origem muçulmana. A aposentadoria consistia no antigo direito a comer e a dormir … que os senhores das terras e outros (por exemplo, os que tinham o foro de “cavaleiros”), tinham para serem recebidos e aposentados à custa daqueles desgraçados, como era o caso dos mouros. Perante as reclamações dos representantes dos mouros de Almada e doutras terras, acerca da exploração da aposentadoria, o rei D. Afonso II, ao confirmar a antiga carta de foral ou carta de alforria de 1170, concedia em Dezembro de 1217, o privilégio de que ninguém poderia “aposentar” nas casas dos mouros forros, sem autorização ou consentimento.

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Da bibliografia existente, referimos, por exemplo, os trabalhos: ANTT- Livro 1 dos Bens Próprios dos Reis e Rainhas, núcleo antigo, .º 314, II, fls. 50v-51, Alexandre Herculano (coord.) - Portugaliae Monumenta e Historica - Leges, I, p. 396, Alexandre Flores e António Nabais - Os Forais de Almada e seu Termo, Câmaras Municipais de Almada e Seixal, 1983, pp. 39-52 A. H. Oliveira Marques - A persistência do elemento muçulmano na História de Portugal após a Reconquista(…), in História e Crítica, p. 20.

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A nossa língua Notas sobre a história da língua no concelho de Almada: o topónimo Brielas

Carlos Rocha

Quando se fala vulgarmente da história medieval de Lisboa, subentende-se o mítico “tempo dos Mouros”. Contudo, a investigação das últimas décadas permite reavaliar o período árabo-muçulmano e corrigir ideias feitas. A arqueologia revela permanências e convivências entre muçulmanos, judeus e cristãos; a história da língua sugere diversidade, porque, ao árabe empregado formal e informalmente, juntam-se dialetos românicos (o mal chamado “moçárabe”) e o berbere, do norte de África.

A toponímia do concelho de Almada é coerente com este quadro linguístico, bastando referir o consenso à volta da origem arábica do nome da sede: al ma’dan ‘a mina’, provavelmente do composto Ḥiṣn al-Ma’dan ‘o castelo da mina (do ouro que se recolhia na praia)’. Outros nomes são integralmente arábicos: o há muito desaparecido Almorouche (talvez de al- murũj, plural de al- marj ‘prado, campo, lugar pantanoso’); o conhecido Murfacém [de (U)mm ul-Hasan, significando talvez ‘a (propriedade) de Hasan’]; Alcaniça, de al-kanÎsa ‘igreja’ – entre muitos outros, que apontam para uma mescla religiosa e linguística maior do que frequentemente supomos.

Este legado linguístico agrega o de nomes de lugar de configuração mais próxima da portuguesa, talvez implantados em coexistência com o árabe que, pouco depois, ainda se ouviria nas localidades novamente cristãs. E, entre os topónimos acerca dos quais é conjeturável uma origem latina, conta-se Brielas, perdurando discretamente onde há cerca'' de três décadas funcionava um parque aquático.

R. H. Pereira de Sousa, no seu Almada – Toponímia e História (C M. Almada, 2003), deu conta da sua localização: “Vale no extremo sudoeste da freguesia da Trafaria compreendendo as encostas a norte e sul da via rápida Almada-Costa de Caparica, a poente do Funchalinho e Quinta do Ourives. Antes da construção da via rápida, Brielas era um vale cego pelo lado da arriba da costa, parcelado em pequenas courelas e duas grandes propriedade, a Quinta de Baixo e Quinta de Brielas.”

Nada se sabe ao certo sobre este topónimo. O que aqui se comenta está na citada obra de Pereira de Sousa, que diz tratar-se de nome atestado desde o século XVI, portanto, bastante posterior ao período islâmico. Assim, até será corruptela de vielas – um derivado de via por sufixação de ela, para significar ‘rua estreita’. Sabemos, porém, que viela se documenta algo tardiamente no português (só no século XVII), enquanto a produtividade do sufixo de diminutivo -elo/-ela foi alta muito antes, até por volta do século XI, no berço dos dialetos galego-portugueses, entre o Vouga e o Cantábrico. Não obstante o nosso concelho se encontrar bem a sul, não é descabido imaginar que em terras meridionais o sufixo -elo/-ela tivesse igual uso num falar romance em constante interação com o árabe.

Já se aventou a hipótese de Brielas ter evoluído de *BRIGELLAS, um derivado de BRIGA, formante bem conhecido da toponímia pré-romana e romana; mas, não constituindo este uma palavra autónoma, tudo se torna mais duvidoso. Outra hipótese se perfila, quando se fala do topónimo galego Brea para o relacionar com BRIGA. Revelando-se esta relação incerta, convém, no entanto, lembrar que, em Portugal, temos vereda com as variantes vreda, breda e breia, todas equivalentes ao galego brea ‘vereda’. E se Brielas se relacionasse com um hipotético *veredelas, como diminutivo não atestado de veredas? Suporíamos, nesse caso, o passo a *vredellas e, por neutralização entre v e b, a*bredellas no romance local, ainda antes do contacto com galego-português (e da submersão por este). Por queda do d intervocálico, à semelhança do que aconteceu com breia/brea, passaríamos à formação do diminutivo breelas, que daria, finalmente, brielas.

Apelo à participação

Envie-nos os seus textos que nós publicamos!

Eis alguns aspetos que precisa de ter em conta: a) A entrega dos textos até 31/10/ 2019. c) Por uma questão de gestão de espaço, os textos criativos em prosa, contos, histórias de vida, não podem ultrapassar as 800 palavras e as notícias não devem exceder 250 palavras.

Participe.

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Criatividade Um conto de Mia Couto

(que retrata a situação social do pós-guerra civil em Moçambique Governados pelos mortos) (Fala com um descamponês) Turma Literaturas Africanas da Língua Portuguesa Glória de Brito

– Estamos aqui sentados debaixo da árvore sagrada da sua família. Pode-me dizer qual o nome dessa árvore?”

– Porquê?

– Porque gosto de conhecer os nomes das árvores.

– O senhor devia saber era o nome que a árvore lhe dá a si.

– Depois de tanta guerra: como vos sobreviveu a esperança?

– Mastigámo-la. Foi da fome. Veja os pássaros: foram comidos pela paisagem.

– E o que aconteceu com as casas?

– As casas foram fumadas pela terra. Falta de tabaco, falta de suruma. Agora só me entristonho de lembrança prematura. A memória do cajueiro me faz crescer cheiros nos olhos.

– Como interpreta tanta sofrência?

– Maldição. Muita e muito má maldição. Faltava só a cobra ser canhota.

– E porquê?

– Não aceitamos a mandança dos mortos. Mas são eles que nos governam.

– E eles se zangaram?

– Os mortos perderam acesso a Deus. Porque eles mesmos se tornaram deuses. E têm medo de admitir isso. Querem voltar a ser vivos. Só para poderem pedir a alguém.

– E estes campos, tradicionalmente vossos, foram-vos retirados?

– Foram. Nós só ficámos com o descampado.

– E agora?

– Agora somos descamponeses.

– E bichos, ainda há aqui bichos?

– Agora, aqui só há inorganismos. Só mais lá, no mato, é que ainda abundam.

– Nós ainda ontem vimos flamingos...

– Esses se inflamam no crepúsculo: são os inflamingos.

– E outras aves da região. Pode falar delas?

– Antes de haver deserto, a avestruz pousava em árvore, voava de galho em flor. Se chamava de

arvorestruz. Agora, há nomes que eu acho que estão desencostados...

– Por exemplo?

– Caso do beija-flor. É um nome que deveria ser consertado. A flor é que levaria o título de beijapássaros.

– Mas outros animais não há?

– A bichagem vai acabando. O mabeco, dito o cão-selvagem, vai sofrendo as humanas selvajarias.

Antes de acabar a lição, ele já terá aprendido a não existir.

– Parece desiludido com os homens.

– O vaticínio da toupeira é que tem razão: um dia, os restantes bichos lhe farão companhia em suas subterraneidades. Eu acredito é na sabedoria do que não existe. Afinal, nem tudo que luz é besouro. É o caso do pirilampo. Pirilampo morre? Ou funde? Suas réstias mortais aumentam o escuro.

– Tanta certeza na bicharada...

– Você não olhou bem esse mundo de cá. Já viu pássaro canhoto?

Camaleão vesgo? Papagaio gago?

– Acredita em ensinamento de bichos?

– Todo o caranguejo é um engenheiro de buracos.

Ele sabe tudo de nada. Há outros, demais. O mais idoso é o escaravelhinho. Mas, de todos, quem anda sempre de janela é o cágado.

– Você não sofre de um certo isolamento?

– Sou homem abastecido de solidões. Uns me chamam de bicho-do-mato. Em vez de me diminuir eu me incho com tal distinção. Como antedisse: a gente aprende do bicho a não desperdiçar. Como a vespa que do cuspe faz a casa.

– Mas a sua mulher não lhe faz companhia?

– Ela é minha patrã. De vez em quando a gente dedilha uma conversa. É uma acompanhia, faz conta uma estação das chuvas. Mas a tradição nos manda: com mulher a gente não pode intimizar.

Caso senão acabamos enfeitiçados.

– Uma última mensagem.

– Não sei. Feliz é a vaca que não pressente que, um dia, vai ser sapato. Mais feliz é ainda o sapato que trabalha deitado na terra. Tão rasteiro que nem dá conta quando morre.

Mia Couto, Contos do Nascer da Terra

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Poesia Fugi de Ti Fugi de Ti, escondi-me, numa caverna escura, bem abrigada, segura, onde ver-Te não podia, nem a Tua voz ouvia.

Queria apenas ser eu…

Fugi de Ti escondi-me, atravessei o deserto, caminhei, deambulei, vagueando por aí, não sei se longe, se perto, onde ver-Te não podia onde ninguém me acharia.

Escondi-me fugi de Ti, queria apenas ser eu.

Fugir?

Para quê?

Porquê?

Ainda que* PALAVRAS de quem vem sem pressa, De quem sabe e acredita e Da vida destrinçou o melhor de cada dia, Palavras que urgia dizer!

Não que já fosse tarde, mas porque falam da Vida.

Palavras abertas a todos AINDA QUE Nem todos as possam já hoje abranger!

Mas, tal como foram vividas, Estas palavras, uma a uma, São esteira, dão coragem, São alicerce e andaime Que ajudam quem as ouve A acreditar e a ser Ainda que Não hoje, talvez amanhã, ou mesmo depois…

Mas as palavras ficam ditas, Como por quem abriu as mãos E a si mesma se deu.

Obrigado, Sales *

Poema de Paulo Mendes que encerra o livro da aluna Maria Sales!

Conferências Cante Alentejano - Património Imaterial da Humanidade Lina Almeida

No passado dia 5 de fevereiro, pelas 15h00, decorreu uma aula aberta no âmbito da disciplina de “Património e Museus” da responsabilidade do Prof. José Brandão.

A sessão foi animada pelo professor Francisco Naia enquanto cantor de Cante Alentejano.

Nessa sessão foram explicadas as origens do Cante Alentejano e ainda os diversos tipos de Cante, Cante da Planície, mais triste e melancólico, da Pesca ou do Litoral, cantado enquanto eram puxadas as redes de pesca e ainda o Raiano com recurso a algumas palavras castelhanas.

Todos estes tipos de cante foram brilhantemente exemplificados ao vivo pelo cantor Francisco Naia.

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Erros falsos e mitos do português Carlos Rocha

Marco Neves, professor universitário, tradutor, escritor e divulgador de temas da linguística, foi o convidado da aula aberta realizada em 11/02/2019 na sala polivalente da Universidade Sénior de Almada, numa iniciativa conjunta das disciplinas de Língua e Cultura Portuguesas e O Português e os seus Falares Regionais, com a colaboração do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Os tópicos abordados centraram-se num dos mais recentes livros deste autor, o Dicionário de Erros Falsos e Mitos do Português, obra em que se desmontam algumas ideias feitas sobre supostas incorreções em português. É o caso do valor intensivo de des-, no tão censurado verbo destrocar; o emprego de comer como substantivo – em “vou fazer o comer” –, que nada tem de condenável; ou até a ocorrência do diminutivo beijinhos em beijinhos grandes, que vem a ser uma forma superlativamente afetiva, e não um erro. À sessão assistiram muitos seniores, que seguiram com muito interesse a exposição, fazendo várias intervenções a respeito das suas experiências como falantes de português, num debate frutuoso e sempre animado.

Afinal, pensar sobre o funcionamento da língua, para confrontar a norma-padrão e os usos, é também descobrir formas de expressão e comunicação capazes de estabelecer ou reforçar laços entre todos nós.

Fado

Joaquim Silva

No passado dia 29 de janeiro realizou-se na sala Polivalente da USALMA numa Mesa Redonda proposta pelo prof. José Brandão, da disciplina “Museus e Património”, sobre o tema Fado – Património UNESCO. Esta iniciativa teve o melhor acolhimento por parte do professor Jerónimo Mendes e dos seus alunos da disciplina “Fado”.

A sessão foi moderada pelo prof. José Brandão e teve como interveniente a fadista Sofia Ramos que, além de se ter pronunciado sobre o tema Fado, nomeadamente no que respeita ao trabalho desenvolvido pelos responsáveis pela candidatura, com grande participação dos autores e executantes do Fado, presenteou a assistência com alguns dos seus fados.

Intervieram, ainda na sessão dois alunos da turma, que executaram um fado cada, com acompanhamento do professor Jerónimo Mendes.

Sessão sobre capacidade argumentativa Domitila Cardoso

No dia 18 de março decorreu na sala polivalente da Universidade Sénior de Almada (USALMA) uma sessão prática sobre capacidade argumentativa.

A sessão foi dinamizada por três membros do “Almada Communication Leaders Toastmasters Club” (ACL), clube que faz parte do Toastmasters International que é uma organização sem fins lucrativos, reconhecida como a principal organização global para o desenvolvimento de competências de comunicação e liderança. Existem 16.400 clubes em 141 Países, que utilizam uma metodologia própria em que se aprende fazendo. Cada membro aperfeiçoa as suas capacidades para falar em público, obter e dar feedback, gerir o tempo e liderar equipas, sempre num ambiente afável e de apoio mútuo.

Esta atividade tal, como sucede em todas as sessões do Toastmasters, esteve dividida em três partes: os discursos preparados, os discursos de improviso e as avaliações técnicas. A estrutura e funções estão desenhadas para desenvolver competências de comunicação, tais como, a gestão do tempo, dar feedback eficaz, falar de improviso, a escuta ativa.

Foi uma atividade muito interessante em que todos aprenderam (fazendo), de uma forma simples, a comunicar melhor.

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Atividades Homenagem aos voluntários

Edite Prada

A Associação de professores do Concelho de Almada tem-se destacado claramente no tecido associativo dos últimos anos. Pelo trabalho feito. Pelos projetos que concretiza.

Todavia, essa concretização não seria possível sem o apoio dos muitos (muitíssimos!) voluntários que se têm juntado a nós.

O que seria a USALMA sem os seus professores? Sem o grupo dos voluntários que lhe tem dado ordem, os livros da Biblioteca manter-se-iam nos caixotes em que vieram lá de onde estavam no fundo do buraco em que caíram… A Portaria não seria a mesma sem os voluntários que nos recebem de sorriso nos lábios e que ajudam a encaminhar muitos dos que nos procuram… UMA PALAVRA UM ALENTO não se concretizaria sem os voluntários que se dispõem a dar um puco de si por quem mais precisa… E que dizer dos voluntários das VISITAS CANTADAS? Os olhos deles quando falam do projeto dizem-nos tudo…

Foi com um animado piquenique e em alegre e são convívio que reconhecemos o valor de todos os nossos voluntários… A prenda? Símbolo apenas de algo maior a que este ano se juntou a vontade de um grupo de alunos e da sua professora, Conceição Freitas, ao confecionar em aula a lembrança entregue aos professores.

Não poderia deixar de falar nos grupos de música, de teatro, de poesia, de literatura que enriquecem as nossas atividades com o seu contributo. E de todos, Todos! os que, com a sua presença, dignificam cada momento.

O nosso muito Obrigado!

USALMA anfitriã do Teatro Rutis Edite Prada

No dia 30 de março a USALMA foi anfitriã do festival de Teatro Rutis. Recebeu os grupos de teatro das Universidades Seniores do Montijo e de Massamá e Monte Adrião As três universidades apresentaram peças diversas, mas de grande criatividade, que divertiram o público que quase enchia a plateia.

Entre todos os outros aspetos salienta-se a escolha temática que passou pela crítica social, em espetáculos «de rua», como a Manifestação dos cotas, trazida à cena pela Universidade do Montijo, que, em dois quadros distintos apresentou comportamentos lançou um olhar pelo teatro mais clássico, com recurso a Molière e a Shakespeare e fez a festa com o Grupo de teatro alternativo da Universidade Sénior de Almada que trouxe à cena a festa, com os pequenos sururus, que foram surgindo e que permitiram a apresentação de diversos quadros, permitindo a caraterização de grupos sociais.

O convívio continuou durante o almoço servido nas instalações da USALMA e continuou com uma breve visita em torna da Universidade Sénior de Almada. Orientados pela professora Edite Condeixa, visitou-se Romeu Correia através do painel do pintor Louro Artur; lançou-se um olho sobre Lisboa a partir da Casa da Cerca; recordou-se Almada antiga e o seu lavadouro, etc.

No final, participantes e organizadores davam o dia por bem passado, considerando era uma experiência de partilha a repetir.

Festival de Música NAUS

Joaquim Silva

No passado dia 2 de abril decorreu no auditório Rui de Carvalho, em Carnaxide, o VII Festival de Música Senior do NAUS, organizado pela Universidade Senior Nova Atena, de Linda-a-Velha.

Participaram neste festival os seguintes grupos musicais da USALMA: Guitarras, Tuna e Concertinas, atuações que mereceram grandes aplausos da assistência.

No final foi entregue ao Diretor da USALMA a placa indicativa do evento.

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Boas-vindas a 2019 com concerto de Ano Novo Domitila Cardoso

A Apcalmada-USALMA deu as boas-vindas a 2019 com um concerto de Ano Novo que se realizou no dia 12 de janeiro, na sala do Cineteatro da Academia Almadense.

O evento, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, teve início com uma mensagem de Ano Novo de Lourdes Albano, Presidente da Apcalmada.

A animação assentou em música tradicional da época e esteve a cargo dos grupos da USALMA, designadamente, o Coro Polifónico, os Cavaquinhos, o Piano, as Guitarras e a Tuna.

Os grupos apresentaram um programa que não se resumiu apenas ao musical natalício, o Coro interpretou Gaudete, Entrai Pastorinhos, Menino dormindo e Ave Verum; os Cavaquinhos apresentaram o Natal dos simples, o Hino da Alegria, a Cantarinha, Jingle Bells e Enleio; os alunos da classe de Piano interpretaram Il Piccolo Bersagliere, Para Elisa, Duet dos flocos de neve e La Comparsita; as Guitarras atuaram com Divertimento, Verdes são os campos e Sodade; a Tuna apresentou Romper do dia, Olhos negros, e Se vai...

VII Exposição coletiva dos Estudantes de Artes Jerónimo de Matos

No dia 16 de fevereiro de 2019 foi inaugurada na Oficina de Cultura da CM de Almada a Exposição Coletiva das turmas de Artes da Universidades Sénior de Almada (USALMA), constituída por cerca de 100 trabalhos de Pintura, Escultura, Lavores, Fotografia e Vídeo.

Abriu a sessão o Diretor da USALMA Prof. Jerónimo de Matos que agradeceu a hospitalidade do departamento de Cultura da Câmara e dos Coordenadores do nobre espaço de dinamização cultural que é a Oficina de Cultura, Dr. Eduardo Raposo e João Santos. Destacou a evolução na qualidade artística desta VII Exposição Coletiva, reconhecendo o empenhamento de Professores e Estudantes da USALMA com realce para a alteração da data que obrigou a um esforço mais acentuado. Sublinhou ainda o interesse cultural desta partilha estética com a comunidade Concelhia. A Usaltuna ofereceu, a encerrar, um concerto muito agradável.

Ao longo da semana, os Grupo de Poesia e as Concertinas dinamizaram as visitas. Destacamos ainda a passagem do filme e o debate subsequente a cargo do Dr Jorge Rocha. O encerramento, no dia 24 de fevereiro, foi mais um momento de partilha brilhante, com a atuação dos Cavaquinhos.

Ao longo de toda a semana as Artes Plásticas, fotográficas, cinematográficas, literárias, musicais – estiveram em harmonia e interação.

Cursos de informática destinados à população sénior Domitila Cardoso

Pelo terceiro ano consecutivo a USALMA estabeleceu um protocolo de cooperação e parceria com a União de Juntas de Freguesia de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas para a realização de cursos de informática (nível de iniciação e de continuação), destinados a seniores.

Serão realizados três cursos, dois ministrados nas instalações da ex-Junta de Freguesia da Cova da Piedade e um ministrado nas instalações da sede da Apcalmada-USALMA. Com a duração de cinco meses, num total de 48 horas letivas, os cursos têm início no 2.º semestre do ano letivo de 2018/2019 e vão ser dinamizados pelos professores António Santos e Ana Lídia Carmo.

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Torneio de Golfe

Joaquim Silva

No passado dia 21 de junho, teve lugar o Torneio de Golfe da turma da USALMA orgnizado pelo prof. Carlos Pelado, o qual decorreu no campo número 2 do empreendimento da Aroeira, com a presença de Joaquim Silva elemento da direção da USALMA. Este Torneio teve a participação de dezasseis jogadores e foi organizado e coordenado pelo delegado de turma José Luis Monteiro, com a eficiência que se justificava, dada a natureza do evento.

Em face do apuramento de resultados, foram atribuídos três prémios, da seguinte forma: - Vitor Coias - 1.º NET alunos - Eduardo Lourenço – NET geral - Bartolomeu Tasquinha – 1.º GROSS Geral Estes prémios foram entregues no final de um almoço de confraternização no restaurante da Aroeira.

De realçar as facilidades concedidas pela direção do Campo de Golfe da Aroeira, que a USALMA reconhecida

Coração Cansado Domingos Torgal

Foi realmente notável a Conferência que o Prof. Manuel Carrageta pronunciou nas nossas instalações, no pretérito dia 17 de Maio, perante um diminuto número de presenças, subordinada ao Tema “Coração Cansado”. Preocupado desde há muito em colocar a sua imensa experiência numa intensa luta pela prevenção contra as doenças cardiovasculares que matam mais que o cancro, tem desenvolvido a sua acção, gratuitamente, em inúmeras Associações como a nossa, de forma voluntária e benévola. Por isso uma primeira palavra de agradecimento a este grande Homem, amigo nosso, de longa data.

A Conferência foi antecedida de um rastreio cardiovascular a cargo de três técnicas da Fundação Portuguesa de Cardiologia que observaram cerca de meia dúzia de interessados.

No que respeita à intervenção sobre o tema, o Prof. Carrageta chamou a atenção para os principais sintomas de Insuficiência Cardíaca e que são a falta de ar, o cansaço e o inchaço das pernas, os quais podem ser combatidos com hábitos de vida saudável. Para tal é necessário controlar a tensão arterial, o colesterol, evitar o tabaco e as bebidas alcoólicas em excesso, assim como o sal e o açúcar, sendo aconselhável uma alimentação racional à base de hortaliças, carnes magras, peixe e frutas. A actividade física desempenha igualmente um papel muito importante, pois o sedentarismo e a passividade provocam atrofia da massa muscular para além de outros problemas.

Terminada a sua brilhante exposição o Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia e também Presidente do Instituto de Cardiologia Preventiva de Almada, Professor Manuel Carrageta, respondeu com a simplicidade e clareza que são apanágio das suas intervenções, às várias questões postas pelos assistentes. É ainda imprescindível dizer que o Presidente da USALMA, Prof. Jerónimo Matos, no início da sessão deu as boas-vindas ao conferencista, agradecendo a sua disponibilidade em participar naquela acção, integrada na área da saúde. Saudou ainda a presença do Prof. Dr. Luís Filipe Pereira, Ex-Ministro da Saúde e actualmente Presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca que deu igualmente o seu contributo pessoal intervindo na parte final.

Enfim, uma grande Conferência, com a participação de duas grandes figuras da área da cardiologia do nosso país e que merecia um maior acompanhamento por parte dos alunos da USALMA, pois a eles foi destinada.

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Projeto Poesia Interturmas Henriqueta Ramalho e Edite Prada

Decorreu ao longo do ano letivo 2018/2019 o projeto Poesia Interturmas que pretendeu promover a construção de um objetivo comum em torno da Poesia.

Esta, construção feita de forma voluntária entre todas as turmas da USALMA — das Humanidades (literatura e afins) às Artes (plásticas, musicais, dança, fotografia, etc.) às Ciências humanas e Científicas, etc. — materializou-se pela criação de um poema de tema livre eleito pela comunidade da USALMA. A consecução do projeto implicou diversas fases, desde o contacto inicial com os professores no sentido de os motivar e, eles, por sua vez, motivarem os alunos a aderirem. O trabalho de cada turma organizou-se entre os professores e seus alunos, podendo haver poesias individuais de entre as quais os alunos selecionem a que representa a turma, ou poesias coletivas elaboradas em conjunto pela turma ou por um grupo de alunos.

Apuradas as poesias vencedoras de cada turma participante, estas são postas à votação de toda a comunidade USALMA no sentido de encontrar a poesia que a represente.

Uma pequena festa e um prémio muito simbólico ao autor e à turma, encerra o processo.

Dada a diversidade de formas que a poesia adquiriu, as Artes vão, no próximo ano letivo, ilustrar algumas, pois ut pictura poesis, uma boa imagem pode ter em si uma conceção estética e poética como a palavra ou a música. A poesia está só na alma de quem a lê, olha ou ouve. Terminamos com as palavras do Diretor da USALMA, prof. Jerónimo de Matos: Começo por saudar a feliz iniciativa da criação de um projeto de Poesia Interturmas que procura realizar o grande objetivo da cultura e especialmente da Poesia: Alcançar o autêntico real absoluto, na expressão do poeta alemão Friedrich Novalis, ou como refere o belo pórtico desta coletânea, brindarmos “Como se a Flor da Vida se chamasse Poesia”.

Por outro lado, como diretor da USALMA, regozijo-me com a brilhante realização alcançada que cumpre de forma

excelente os objetivos superiores desta instituição: estabelecer diálogo entre ciências, artes e literaturas, o qual, na expressão do poeta citado, “quanto mais poético mais verdadeiro”; celebrar a cultura, nas suas várias expressões, como manifestação superior de partilha em convívio; criar nesta fase da maturidade da vida o gosto da criação, para além da aprendizagem, e a desinibição da partilha sem constrangimentos; finalmente não perder por falta de estímulo ou resignação, as oportunidades que a vida na sua generosa panóplia põe à nossa disposição.

Terminamos informando que as três poesias mais votadas foram: 1.º lugar- Se eu soubesse faria, turma Cantigando, Viajar pela Idade Média 2.º lugar – A revolta dos Serranos, Literatura Portuguesa 3.º lugar – O meu poema, Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa.

16.ª edição da Mostra de Ensino Domitila Cardoso

Decorreu de 2 a 4 de abril a 16.ª edição da Mostra de Ensino – Superior, Secundário e Profissional.

Em 2019, a Mostra realizou-se, pela primeira vez, no Mercado das Torcatas, um espaço reabilitado pela CMA, valorizando a sua arquitetura original e mantendo a sua identidade e que se destina a receber eventos de vários tipos, nomeadamente, iniciativas culturais.

A Mostra de Ensino – Superior, Secundário e Profissional é organizada pela Câmara Municipal de Almada em parceria com as Escolas Secundárias, as Escolas Profissionais, as Instituições de Ensino Superior e as Universidades Seniores do concelho de Almada.

O objetivo desta iniciativa é o de aproximar e facilitar o contacto entre os alunos jovens e seniores, e as instituições de ensino superior, ensino secundário e ensino profissional do concelho de Almada. Durante três dias os interessados podem participar em atividades diversas, animações, música,…

A USALMA participou pelo 13.º ano consecutivo, através de um stand/banca com a divulgação da oferta formativa e ainda com o grupo de cavaquinhos da USALMA que, sob a orientação do professor José Carita, animou os presentes.

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25 de Abril de 1974 Edite Prada

A Associação de Professores - Apcalmada e a Universidade Sénior de Almada - USALMA, assinalou os 45 anos do 25 de abril de 1974, com o lançamento do livro O Beijo de Maimuna, registado pelo punho de José Monteiro, mediador das recordações da guerra colonial na Guiné de Luís Monteiro.

A apresentação do livro, edição de autor, que decorreu num ambiente de grande participação, esteve a cargo do General Paraquedista Avelar de Sousa, que, num discurso acessível a todos os presentes e que a todos prendeu, recordou como era ser soldado na Guiné, realçando os aspetos negativos e, sobretudo, positivos dos guineenses.

Na sessão esteve ainda presente um grupo de paraquedistas, aos quais a Apcalmada endereça o seu apreço e reconhecimento.

A sessão teve início com uma atuação excelente do grupo de Guitarras da USALMA, orientado por Manuel Gomes e concluiu com um convívio em torno de um moscatel de honra.

Apcalmada recebe estagiária da Costa Rica Edite Prada

A AIESEC é uma plataforma internacional organizada por estudantes com idades dos 18 aos 30 anos que existe desde 1957 e luta todos os dias para melhorar Portugal e o Mundo.

A Apcalmada-USALMA estabeleceu uma parceria com esta plataforma para receber um jovem estudante estrangeiro com o objetivo de fazer voluntariado durante seis semanas nas suas instalações, de forma a conviver com a realidade sénior e participar (e desenvolver) atividades de convívio e partilha.

No dia 29 de abril de 2019, recebemos a jovem Clarisa que vem da Costa Rica e que se manteve entre nós até ao dia 7 de junho participando em algumas das nossas atividades.

Concertinas no Centro Comunitário

Lourdes Albano

Celebrar a Primavera e a Vida Maria Carreiras

Eis que acontece uma explosão de cores e aromas!

Há mais vida no ar, o sol é

mais intenso, toda a natureza renasce! É a primavera que chega!

Tudo isto deu o mote para o nosso convívio “Celebrar a Primavera - Celebrar a Vida”, no dia 22 de março de 2019.

Num ambiente colorido e alegre, deliciámo-nos com a poesia, o fado, o som das concertinas. Aconteceu baile e os “espontâneos” encantaram com a musicalidade das nossas regiões.

Enfim, houve festa!

O grupo de concertinas da USALMA foi convidado a participar no 48.º aniversário do Centro Comunitário do Laranjeiro/Feijó, no dia 30 de abril.

A festa esteve animada, com muita intervenção de crianças e idosos.

A atuação das concertinas aconteceu em dois momentos distintos, provocou entusiasmo e alegria, foi muito aplaudida. Os mais entusiastas levantaram-se e, contagiando outros, ensaiaram alguns passos de dança. No final, queriam mais.

USALMA abre festival de teatro NAUS Edite Prada

No dia 10 de maio, no Teatro a Barraca, o grupo de teatro Alternativo da USALMA, orientado pela professora Mónica Lara, fez a festa com os pequenos sururus que em contexto de festa não deixam de surgir através da apresentação de diversos quadros, permitindo a caraterização de grupos sociais.

No final a festa abrangeu o público que se juntou em volta da mesa, convivendo, comemorando, festejando.

Parabéns à professora e a todos os seus alunos!

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Celebração do 16.º Aniversário da Associação Maria Carreiras

24 Maio de 2019 Com 16 anos de atividade, podemos dizer que a nossa Associação é uma adolescente. Por toda a ação que vem desenvolvendo, ao longo destes anos, podemos atribuir-lhe um grau elevado de maturidade, a avaliar pela quantidade e qualidade de projetos em que está envolvida, o maior dos quais é, sem dúvida, a Universidade Sénior, USALMA. Razões não faltam para festejar e fizemo-lo em dois dias: a 24 de maio de 2019, com o tema “Percursos de Vida”, apresentámos o percurso de Francisco Naia, nosso associado, que, para além de professor, é autor, cantor e ator, pois o teatro e o cinema também fazem parte do seu currículo.

Para testemunhar a diversidade dos seus talentos, contámos com a presença de Lurdes Albano, Jerónimo de Matos, José Carita, Vítor Sarmento e Mário Gramaço. Bárbara Isidro e Fernanda Raminhos, ambas associadas, também quiseram manifestar a sua admiração por Francisco Naia, agora seu professor, na USALMA. A apresentação dos vários momentos foi da responsabilidade de Maria Carreiras.

A encerrar esta 1.ª parte, Francisco Naia cantou e encantou com alguns temas dos seus discos e foi acompanhado, à guitarra por José Carita e Vítor Sarmento e, na flauta, por Mário Gramaço.

Na 2.ª parte, celebrámos com um bolo e cantámos os parabéns à Associação.

Dia 25 de maio de 2019 Dia destinado a um passeio cultural, pelo parque de Monserrate, incluindo a visita ao Palácio e a culminar com o tradicional almoço de Aniversário da Associação.

Sempre à descoberta, caminhámos, no parque, por entre árvore exóticas, cascatas e lagos, a cada passo, mais extasiados com tanta e tão surpreendente beleza. O jardim, ao estilo romântico, é uma autêntica exaltação dos sentidos, numa harmonia de odores e cores.

O Palácio, de uma arquitetura espetacular, com lindíssimos motivos vegetalistas (trabalhados em estuque), como sendo intenção transportar o jardim para dentro.

O átrio de entrada em forma octogonal, cuja cúpula é toda decorada com estuque, a sala da música, a biblioteca… tudo é digno de admiração.

Após as visitas, dirigimo-nos ao restaurante D. Pedro, na Terrugem, onde almoçámos. O buffete, muito diversificado e agradável, foi a conta certa para repor as energias gastas, ao longo da manhã.

Em amena cavaqueira e sã camaradagem gozámos estes momentos de convívio!

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V Encontro Naus de Partilhas Poéticas Helena Peixinho

Padre Manuel Antunes, in Ao Encontro da palavra, O Tempo e o Modo I, 1960

“(…) A poesia exerce ainda – e tem de continuar

a exercer – a sua função educativa, múltipla e diversa, (…) função de nomear o desconhecido pela entrada decidida no reino do mistério; função de aproximar os homens, pela comunicação, desde dentro, do que em cada um vive de diálogo (…)”

Reconhecer o valor da Poesia exige apostar na construção de uma relação de prazer com a sua leitura o que quer dizer, descobrir o seu mundo mágico e plural e propô-lo ao Outro. Foi esta a intenção que esteve na origem da criação das Partilhas Poéticas, no âmbito do NAUS (Núcleo das Academias do Universo Sénior) que, no presente ano de 2019, efectivou a sua 5ª edição, chamando até si universidades seniores da Grande Lisboa.

Como habitualmente, o programa inicia-se com um “almoço poético” no restaurante do Teatro Joaquim

Benite, seguindo-se uma “tarde de partilhas poéticas” e que, este ano, envolveu as universidades seniores de Almada, Linda a Velha, Carnaxide e Queijas, Sintra, Benfica, Massamá e Monte Abraão e a Associação dos Aposentados da Caixa Geral de Depósitos.

As palavras de encorajamento levam-nos a continuar, a partilhar com todos os que amam a poesia os momentos mágicos de a dizer e a ouvir, que acontece não só naquele momento, mas se prolonga depois, quando já sós a “ouvimos” e a “sentimos pulsar” em nós.

Almada com Vida Entre 3 e 10 de junho, aconteceu festa em Almada.

O projeto Almada com Vida promoveu um feliz encontro de gente, poesia e arte.

A 3 de junho, logo pela manhã, abrimos as atividades com a inauguração da exposição “A paisagem da minha escola” uma iniciativa inspiradora, da responsabilidade conjunta de um grupo alunos, educadores e professores do Agrupamento de Escolas do Miradouro de Alfazina.

A paisagem da minha escola como pudemos verificar é única e convida a sonhos, a viagens pela história, pela memória, à poesia que nos emociona e que tão bem foi dita pela representante da SCALA. Tempo ainda para escutar as significativas palavras do orador, professor Miguel Feio, que fazendo pontes entre o passado, o presente e o futuro apresentou uma visão cósmica, humanizada. O grupo de concertinas da USALMA, animou a exposição, os visitantes e os visitados.

Pela tarde, continuámos as atividades no Largo Fernão Mendes Pinto, onde alunos, encarregados de educação e professores da escola Secundária do mesmo nome, convidaram a sonhos, a viagens pela 18

Lourdes Albano

história, pela memória, pela afirmação identitária que somos e nos une, pela poesia que nos toca num universal abraço.

A 4 de junho continuámos as atividades com a inauguração da exposição “Voar como um pássaro”, iniciativa inspiradora de um trabalho curricular de educação estética e artística, interdisciplinar, intercultural e intergeracional, da responsabilidade conjunta de um grupo alunos, educadores e professores do Agrupamento de Escolas do Miradouro de Alfazina: “Voar como um pássaro”, continua a ser visitada e com grande afluência de público, permite alargar horizontes, encontrar movimentos que se cruzam entre a terra e o céu. Entre a história e a Vida. A música esteve a cargo do coro polifónico da USALMA. Com alegria continuámos, pela tarde dentro, continuando a partilhar sons na Biblioteca Maria Lamas, sons portugueses, sonoridades da tradição, com atuação do grupo de guitarras e do grupo de concertinas da USALMA e ainda palavras poéticas ditas pela turma de Poesia Viva 1 da USALMA. No dia 5 de junho, a inauguração da exposição “Eu, tu felizmente diferentes” fez pensar e questionar o mundo em que vivemos. Permitiu participar e fazer parte de uma manifestação de gente, em demanda de valores essenciais, respeito, inclusão, cidadania.

Foi com alegria que comunicámos, na Biblioteca da

Associação de Professores e Universidade Sénior de Almada junho 2019

FCT, também através da música, com a atuação da Usaltuna. E a festa continuou com uma tarde repleta de animação e brincadeira, na Praça S. João Batista, onde não faltou a representação pelo grupo de teatro da USALMA, o tiro com arco, os origamis e até um palhaço, da responsabilidade da Escola Secundária Fernão Mendes Pinto.

As atividades do projeto Almada com Vida, no dia 6 de junho, aconteceram na Praça Capitães de Abril e na sede da Almada Mundo Associação onde se procedeu à inauguração da exposição “98 o Mundo em Almada”. Aqui, partilharam-se sentidos humanistas de futuro, na união dos povos. Contaram-se histórias, primeiro com as e Fabuladeiras e, depois e a convite, pelo público que assistia. Foram contadas histórias de vida carregadas de sentimento e emoção. Houve música com a Associação Recomeço Ritmo e ainda poesia com a SCALA. Num ambiente simbólico da memória da cidade, no Jardim da Cova da Piedade, foi no belíssimo coreto que a festa continuou no dia 7 de junho. As atuações do Grupo de danças do mundo, do rancho folclórico e das concertinas da USALMA bem como os momentos poéticos da SCALA, trouxeram grande animação a este histórico espaço. Bailou-se em convívio franco com a poesia, a música e as gentes da cidade.

Dias 8 e 9 de junho foi a Rua Cândido dos Reis

que recebeu as atividades do projeto Almada com Vida, com alegria e num ambiente de acolhimento de visitantes, numa relação estreita com o outro, cantouse a alma do património português, o cante alentejano.

A conceituada banda da Academia Almadense trouxe ao evento sonoridades que apelaram aos sentidos de quem passava provocando uma necessidade de paragem obrigatória. A escuta de sons do mundo, clássicos e africanos, que apelam à dança libertadora completaram o dia 9 neste espaço, com as atuações de um grupo de professores do Império dos Sons e grupos de teatro e dança da ACAA (Associação Comunitária de Angolanos em Almada). Ainda no dia 8, no jardim do Museu da Cidade, assistiu-se a um concerto, com a atuação dos MaZei. E o dia 9 terminou no Mercado da Romeira com a simpática, alegre e muito aplaudida Almada Street Band.

No dia 10 de junho, no Mercado da Romeira, encerrámos o projeto Almada com Vida 2019. Neste dia de Portugal, num abraço fraterno, num abraço português, celebrámos os povos do mundo.

O espetáculo contou com participação do grupo coral Ars Música, de grupos de teatro de intervenção, de dança jovem, dança de família, Dj com música variada da ACAA e dos cavaquinhos da USALMA. A festa acontece pelo sonho.

Fazer acontecer a festa foi o desafio.

Paris já está a arder?

Jerónimo de Matos

Foi com esta pergunta apocalítica que o génio do mal Adolfo Hitler increpou o comandante supremo das tropas nazis de ocupação de França a quem um resto de bom senso e coragem impediu de cumprir a ordem infame do Fürer.

Pois o que a fúria destruidora de Hitler não levou a cabo, realizou-o a incúria relativamente à Catedral de Notre-Dame, obra-prima do gótico e monumento maior da cidade das luzes.

Toda a Europa culta e defensora dos seus valores lamentou e perguntou indignada: como foi possível?

O monumento que era um hino à arte e ao novo espírito do cristianismo o qual, ultrapassando o ambiente soturno e penitencial das igrejas românicas, erigiu as catedrais góticas cujas ogivas se erguem para os céus, recebendo luz a jorros pelas largas janelas, matizada pelas cores diáfanas dos seus vitrais.

O Presidente de França e o Arcebispo de Paris apressaram-se a prometer ao mundo culto e defensor dos valores da civilização o restauro da Catedral no mais breve tempo que for possível. Apoios solidários para o enorme investimento não faltaram. Aguarda-se que Nôtre-Dame, que deu título a um dos mais célebres romances de Vitor Hugo, volte a ocupar na sua ilha, no coração de Paris, o lugar nobre e belo (com inevitáveis marcas da tragédia) aberto ao culto e ao turismo cultural.

Só assim se honrará a memória do abade Suger, da sua “Teologia da Luz” e dos seus arquitetos que em S. Denis lançaram as linhas e os arcos ogivais que deram início ao estilo gótico.

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Espetáculo final do ano letivo Edite Prada

Como habitualmente, o final do ano letivo proporciona diversos momentos de balanço e de mostra das atividades, sendo o mais relevante o espetáculo de final do ano.

Sob o tema aglutinador a festa dispersa pelo país com representações de quatro regiões Norte,

Centro, Sul e Ilhas. O espetáculo decorreu no dia 30 de maio no Teatro Joaquim Benite, anfitrião habitual e sempre disponível, realce-se! deste espetáculo.

Andámos pelo Norte, por Coimbra, E chegámos a Lisboa. A espreitar Almada. Fizemos um percurso festivo pela diversidade, pela riqueza, pela

qualidade, pela cultura, pelo património. Onde não faltou o fado, património imaterial da Humanidade.

Gostaríamos de deixar aqui um reconhecimento especial a todos os timoneiros que tornaram possível este espetáculo: Aliona Chirilenco, Piano Antero Pacheco, Usaltuna Jerónimo Mendes, Fado José Carita, Cavaquinhos José Guilherme, Concertinas Manuel Gomes, Guitarras Maria João Reis, Danças Rosa Lajas, Poesia Víctor Gaspar, Coro Polifónico Importa ainda referir professores cujo dinamismo tem trazido muita vida ao nossos espetáculos, ainda que, por uma razão ou por outras não tenham estado integralmente envolvidos neste espetáculo: Francisco Sabrosa, Guitarras; Mónica Lara, Teatro; Helena Peixinho, Teatro, Poesia, Leituras encenadas!

A todos mesmo aos que possa ter esquecido, um grande abraço!

USALMA recebe exposições Já vem sendo habitual a procura do espaço multiusos da sede para a realização de exposições. O final do ano letivo que está em curso tem sido pródigo pelas exposições exibidas tendo em conta a sua multiplicidade e a sua variedade.

A iniciar o percurso tivemos a exposição de Maria José Mendes, aluna e colaboradora da USALMA, que enriqueceu a instituição com a qualidade e a diversidade de trabalhos expostos.

Também, e no âmbito dos 16 anos da Apcalmada, como se refere em outro local, pudemos observar uma exposição que nos conduziu a alguns momentos do percurso profissional de Francisco Naia.

No âmbito do projeto Almada Acolhe: Vamos

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Edite Prada

falar Português, que a Apcalmada estão a desenvolver em parceria com a Almada Mundo Associação e com mais algumas associações do Concelho, sob orientação. e respondendo ao desafio. da Câmara Municipal recebemos a exposição de Alejandro Bernal um jovem mestrando integrado numa das turmas de Português para falantes de outras línguas, dinamizada pela professora Rosário de Sousa.

No momento em que estas linhas são escritas é possível contemplar os trabalhos dos alunos da professora Conceição Gato.

A todos apresentamos reconhecimento pelo trabalho realizado e gratidão pelo enriquecimento que o trabalho de cada um traz à nossa instituição.

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Festival de dança

Sílvia Salazar

Integrado no NAUS, no âmbito da disciplina de “Danças do Mundo”, o grupo de danças da USALMA foi no dia sete de maio dançar ao Auditório Municipal Ruy de Carvalho em Carnaxide.

Entrámos em palco com a animação que nos carateriza, sempre acompanhadas pela nossa energética e querida professora de dança, Maria João. A música popular portuguesa esteve presente, nas duas danças por nós executadas. Foi com muita alegria e entusiasmo que realizámos as coreografias propostas pela professora e a plateia contagiada aplaudiu calorosamente a nossa atuação.

Já nos bastidores, colegas de outras universidades, perguntaram-me de onde vinha tanta energia e boa disposição! Respondemos que se devia à margem Sul do Tejo, à nossa cidade com “Alma” – Almada e à respetiva Universidade Sénior – USALMA. E ainda à brisa do mar e ao sol da Caparica que fazem renascer em todas nós aquela vivacidade e juventude, embora todo o grupo já esteja a caminho dos setenta e até dos oitenta anos.

USALMA em movimento, onde a dança tem lugar de destaque, é uma das atividades que nos tornam mais ativos e saudáveis.

Sem dúvida que a participação dos nossos seniores em atividades como estas, combatem o sedentarismo e a solidão que tanto preocupam as sociedades modernas.

Foi com grande alegria e espírito de camaradagem que regressámos a casa com a sensação de dever cumprido.

Viagens e visitas Rota da Castanha Lurdes Cruz

Acolhidos por uma Natureza outonal, os participantes da Rota da Castanha em Trancoso visitaram aldeias e páginas de história que Portugal ainda oferece com uma autenticidade que encanta.

De Castelo Novo a Foz Côa, passando por Linhares da Beira, Trancoso e Marialva, todos se deixaram levar à descoberta de castelos e solares, igrejas e judiarias, episódios da vida de reis e rainhas assim como de profetas populares, animando memórias num doce reencontro com episódios da nossa história e figuras que lhe deram vida.

Com tempo favorável até Trancoso, antiga vila medieval onde terá vivido uma das mais importantes comunidades judaicas da Beira Interior, confortavelmente se deambulou através das suas ruas, identificando-se assim inúmeros vestígios deixados por judeus. Uma visita ao Centro de Interpretação Judaica Isaac Cardoso bem como à Casa de Bandarra enriqueceram e alargaram o conhecimento sobre esta matéria.

De assinalar a passagem pelo campo militar de Trancoso, onde, em 1385, teve lugar uma importante batalha, precedendo a de Aljubarrota. E, para terminar um dia já cheio de vivências, seguiu-se a apanha da castanha num soito e o esperado magusto numa fabulosa quinta do século XIX que, pelo potencial turístico que apresenta, esperamos que venha a ser reabilitada.

O magusto foi sem dúvida um momento significativo do programa da viagem, conforme o seu título indica. Ao calor das castanhas assadas e da autenticidade dos sabores serranos à disposição de todos, juntaram-se a alegria e o gosto pela vida de quantos integravam o grupo. Não faltaram a música, o pezinho de dança e o apetite para se desfrutar de tudo o que era oferecido.

Outono é, porém, já anúncio de chuva. E ela chegou.

Marialva foi uma visita molhada e, pior ainda, o passeio às gravuras rupestres de Foz Côa, infelizmente comprometido pela chuva torrencial que se abateu sobre o local. O interessante Museu do Côa mitigou a 21

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frustração sentida face à impossibilidade de contemplar as gravuras que são Património Mundial da UNESCO. Nem tudo está na nossa mão e Foz Côa ficará à espera de melhores dias…

Os participantes satisfizeram o seu desejo e prazer de continuar a aprender e souberam apreciar os sabores locais que prodigamente ilustraram a gastronomia portuguesa e a qualidade do que se leva à mesa. Aproveitaram ainda, para além das refeições, todos os momentos em que jeropiga, bolinhos tradicionais, especialidades, como as sardinhas doces de Trancoso - tudo servido ao ar livre, ao longo do percurso - foram pretexto para proporcionar mais convívio.

Tratando-se de um grupo já com laços criados, reforçados por outras viagens feitas em conjunto, também entre os novos participantes se gerou um saudável espírito de pertença, promovido com mestria pelas organizadoras da iniciativa.

Atenção a todos e a cada um, carinho, boa disposição, alegria foi o que Lourdes Albano e Maria Carreiras ofereceram ao grupo, aumentando o prazer de partilhar bons momentos e alimentando o desejo de participar noutros programas disponibilizados pela Apcalmada-USALMA .

Visitas no âmbito da saúde Manuela Cruz

Desde 1948 que a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu o conceito de saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença” sendo este conceito praticamente inatingível, há muito que podemos fazer para o tentar alcançar?…

De facto, as visitas que programamos são, de uma forma lata, destinadas a contribuir, para atingirmos esse bem-estar, implícito neste conceito alargado de saúde.

Por isso, nosso programamos, uma visita em cada período letivo; ainda que muitas vezes, as visitas não pareçam estar relacionadas com a disciplina, elas estão ligadas a este conceito lato de saúde…

Foi o que aconteceu com a primeira visita que fizemos: ao Museu Nacional de Arte Antiga ver a exposição Terra Adentro onde, numa visita guiada, pudemos conhecer e admirar a vasta obra de um pintor espanhol, desconhecido de muitos de nós, que nos proporcionou momentos de agradável bem estar ao observar os quadros e ouvir as explicações do competente guia.

A obra do pintor valenciano Joaquim Sorolla y Bastide, que viveu a viragem dos séculos XIX e XX, é sobretudo de paisagens ao ar livre e pinturas que retratam o quotidiano das gentes do seu país…

Passámos também, no final da visita, momentos de agradável convívio, na cafetaria e nos jardins do museu, virados para o Tejo. Foi uma tarde bem preenchida.

No dia 28 de fevereiro foi a vez de visitarmos o património cultural do Hospital de Santa Marta.

Graças à competência e conhecimentos da guia, pudemos conhecer parte da história do edifício, antigo convento das freiras Clarissas, desde a sua fundação até aos nossos dias e ouvir as explicações sobre os muitos e grandes painéis de azulejo que se encontram nos locais que visitámos, desde o cimo da escadaria de entrada, passando pela capela, casa do capitulo, claustros e terminando, no pequeno altar dedicado à Virgem Maria onde, muitas vezes os doentes e seus familiares deixam os seus agradecimentos pela cura, que na sua fé, atribuem à mãe de Jesus.

Visitámos também um local, algo degradado, de onde se podia observar a existência de um arquivo, aparentemente anárquico, com muitos anos de existência e que nos espantou pelo grande número de processos empilhados e desorganizados e que, segundo a nossa guia, ainda é utilizado atualmente…

Pudemos, pela exposição da guia, recordar o nome de alguns médicos que trabalharam neste hospital, sobretudo quando ele passou em 1910 a ser um hospital escolar, função que deixaria de desempenhar a partir de 1953, quando foi inaugurado o hospital de Santa Maria.

Dos muitos, que por aqui passaram, destacamos os nomes de Gentil Martins, Curry Cabral, Pulido Valente e o nosso prémio nobel, na área da medicina, Egas Moniz, que aqui desenvolveu os trabalhos que o levaram à descoberta da angiografia cerebral e também ao da lobotomia com o que conquistou o prémio nobel em 1949…

Foi uma tarde muito agradável, quer pela riqueza artística dos painéis de azulejo que retratam cenas históricas e religiosas, quer pela história do hospital, que hoje em dia, é pioneiro em tratamentos na área da cardiologia.

Resta referir, que antes desta visita, tivemos momentos de convívio durante o almoço no refeitório da 22

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Fundação Champalimaud e no passeio à beira Tejo, no seu espaço circundante, bem como no seu jardim interior com plantas tropicais.

Ainda sobre a visita a Santa Marta, não podemos deixar de referir as qualidades da guia quer pelos conhecimentos, empatia e facilidade de comunicação, muito contribuiu para o sucesso da mesma.

Soubemos que seria a sua última visita guiada pois iria passar à reforma, no dia seguinte. Desejamos-lhe felicidades e que tenha um substituto à altura para continuar a proporcionar visitas desta qualidade.

Visita à Torre do Tombo e Odivelas José Monteiro

As turmas de Língua e Cultura Portuguesa e de Cantigando realizaram uma visita à Torre do Tombo e a Odivelas, no dia 8 de janeiro.

O interesse desta visita residiu no facto de a Torre do Tombo assinalar a passagem dos 600 anos sobre a nomeação de Fernão Lopes como Guardador das Escrituras do Tombo com uma mostra documental à qual se associa uma mostra bibliográfica de homenagem ao Professor Doutor António Borges Coelho e uma exposição de algumas das pinturas originais da autoria do pintor Rogério Ribeiro, que ilustraram a obra de um vulto maior da Historiografia e da Língua Portuguesa.

Em lugar de destaque é feita referência à honestidade intelectual do Cronista perante os factos históricos, usando as palavras do próprio escritor: “Porque escrevendo o homem do que não é certo, ou contará mais curto do que foi ou falará mais largo do que deve; mas mentira em este volume, é muito afastada da nossa vontade.”

Após o almoço, em Odivelas, visitámos os azulejos (alvos de roubo recente de cerca de 170) do pátio exterior do Convento de S. Dinis, a Igreja Matriz, a Biblioteca Municipal e outros pontos de interesse.

Ida ao Teatro

Maria Carreiras

No passado dia 3 de abril de 2019, deslocámo-nos até ao Teatro Politeama, para assistirmos à exibição da peça “A Severa”, um musical de Filipe La Féria.

Trata-se de um espetáculo romântico e, ao mesmo tempo, cheio de aventura, que nos retrata a história da 1ª cantadeira do fado, com os seus amores, no contexto social da época: o ambiente das típicas tabernas do bairro da Mouraria e a agitação das guerras entre liberais e absolutistas.

Numa avaliação sumária, no final do espetáculo, todos se manifestaram agradados pelos momentos emocionantes e divertidos que viveram.

O teatro é entretenimento, é cultura.

Encontro de professores Edite Prada

Dando cumprimento ao que é, já, uma tradição, no dia 8 de março de 2019 realizou-se a segunda reunião magna dos professores da USALMA, na sede. A reunião constou de uma manhã de trabalho seguida de um almoço durante o qual os professores estabeleceram um alegre convívio.

A sessão de trabalho começou com uma reunião plenária em que foram dadas as boas-vindas aos presentes e distribuídas tarefas para as reuniões por área. Seguiu-se uma sessão plenária para apresentação das conclusões de cada área, tendo de seguida sido servido o almoço, a cargo do Cantinho dos Sabores.

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Fernão Mendes Pinto em Almada Glória de Brito

No âmbito do estudo da obra Peregrinação de Fernão Mendes Pinto pelos alunos da disciplina de Literatura Portuguesa, realizou-se no passado dia quinze de Maio uma visita de estudo, orientada pelo Professor Alexandre Flores, aos locais de memória do escritor.

Como é conhecido, Fernão Mendes Pinto, após vinte e um anos no Oriente, regressou a Portugal em 1558 onde passou mais vinte e cinco anos até à sua morte, em 1583. Fixou-se na zona do Pragal e casou com D. Maria Correia de Brito da qual teve um filho e duas filhas.

Aqui vai dedicar-se a escrever as suas memórias (entre 1568 e 1578), relatando o que viu, ouviu e vivenciou durante a sua longa permanência em terras do Ásia, sobretudo da China e do Japão. A Peregrinação é, de facto, uma impressionante obra da cultura portuguesa e da literatura de viagens que revelou pela primeira vez ao mundo ocidental informações dos povos e reinos orientais, da sua religião, costumes, geografia e comércio.

Paralelamente à escrita da sua obra, Fernão Mendes Pinto integrou-se na vida social e cultural da nobreza de Amada e desempenhou vários cargos públicos, ligados à administração municipal. Foi “juiz na vila de Almada», «irmão da Misericórdia de Almada», «mamposteiro da Gafaria de São Lázaro de Cacilhas e da Albergaria de Santa Maria de Almada». Recebeu visitas de figuras importantes da época que o procuravam para obter informações sobre os reinos do Oriente, nomeadamente, o cronista João de Barros, o embaixador Bernardo Neri, por incumbência de Egnatio Danti (da corte de Cosme I, de Médicis), o padre Giovanni Pietro Maffei acompanhado pelo jesuíta Gaspar Gonçalves. Também terá tido encontros com o rei D. Filipe II de Espanha (Filipe I de Portugal), alojado em casa de João Lobo - perto do lugar onde se situa hoje a Casa da Cerca - que muito gostava de ouvir contar as extraordinárias narrativas de Fernão Mendes Pinto. Foi este rei que lhe concedeu uma tença anual de dois moios de trigo, talvez influenciado pelo agradável relato das suas andanças por terras da Oriente.

Foram estes locais históricos e de vivência de Fernão Mendes Pinto que o grupo de professores e alunos visitou, ouvindo in loco as explicações históricas do Professor Alexandre Flores, ressaltando os traços característicos do seu património artístico e arquitectónico, algum desaparecido com o terramoto de 1755. Começámos pela Igreja da Misericórdia, seguiu-se a Igreja de São Tiago e à volta do Castelo de onde espreitámos o local do palácio de João Lobo, destruído pelo terramoto.

Na Igreja da Misericórdia observámos pausadamente o retábulo pictórico pintado por Giraldo Fernandes de Prado, em 1590, o único exemplar de pintura maneirista em Portugal, no concelho de Almada.

Foi abordada a hipótese de Fernão Mendes Pinto estar retratado na figura de São José no painel que representa a Visitação da Virgem a Santa Isabel, defendida por Vítor Serrão, que presidiu ao restauro do retábulo. A convicção deste investigador reside no facto de São José ter uma corda de cativo ao pescoço e um bordão e chapeirão de peregrino na mão esquerda, elementos que nunca aparecem na iconografia das Visitações. Outro dado que reforça a sua opinião reside no facto de o retábulo ter sido encomendado pelo Provedor Francisco de Andrade, cronista-mor do Reino e amigo de Fernão Mendes Pinto, que leu e compilou o manuscrito da Peregrinação até à sua publicação em 1614. No entanto, o Professor Alexandre Flores tem dúvidas, pois trata-se de um retrato póstumo, pintado quase uma década após a morte do autor, em 1583, e não há ainda dados suficientes que validem essa certeza.

Em seguida, passámos por Cacilhas onde se situava a Gafaria de São Lázaro, também desaparecida com o sismo. Depois, rumámos para Palença de Cima em visita à quinta e casa com vestígios de arquitectura manuelina que se presume ter pertencido a Fernão Mendes Pinto, onde terá vivido e escrito a sua Peregrinação. Foi observado um marco junto à casa, com a inscrição MC, talvez as iniciais de Maria Correia, esposa de Fernão Mendes Pinto, a necessitar de pesquisa aprofundada.

Por fim, fizemos o percurso de regresso, passando pela Quinta de Vale Rosal, que foi residência dos 24

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Jesuítas, um local provavelmente frequentado pelo escritor que acompanhou o Padre Francisco Xavier na China e Japão e se fez Jesuíta em Goa, mas acabou por abandonar a Companhia de Jesus, pouco tempo depois.

Na parte da tarde, o Professor Alberto Carvalho proferiu uma conferência na USALMA sobre literatura de viagens/ Peregrinação.

O conferencista começou por abordar a importância da Peregrinação, obra exemplar da literatura de viagens, publicada postumamente em 1614, mas também uma obra documental. Enquanto documento de vida do escritor é, igualmente, uma obra autobiográfica. Muitas narrativas de viagens, como a Peregrinação e a História Trágico-Marítima podem ser tomadas por exemplos representativos do género, nas quais estão inseridas histórias motivadoras de leitura e de interesse histórico e humano.

Dissertou acerca do conceito de “peregrinação” e dos vários sentidos atribuídos ao vocábulo – “fuga, exílio, deambulação, evasão, errância ao sabor das circunstâncias e outros”. O conceito de peregrinação tem uma matriz, implica um percurso de natureza espacial. O peregrino é aquele que anda em viagem, deambulando por lugares distantes e por vezes estranhos.

No século XVI as deslocações por espaços desconhecidos assumem uma enorme importância por aquilo que trazem ao de cima: sítios onde a geografia, gentes, costumes, valores e religiões diferem dos ocidentais. Assim, a categoria “espaço”, enquanto elemento da narrativa, ocupa o interesse dominante na obra, numa altura em que, no Ocidente, os cientistas e intelectuais começavam a tomar conhecimento das verdadeiras dimensões do mundo, valorizando a experiência empírica e o relativismo perante novas realidades civilizacionais. Nessa perspectiva, o conferencista referiu que uma das virtudes do livro é o conhecimento de territórios onde decorrem os variadíssimos episódios repletos de novidade, estranheza, insólito e exotismo. Estes itinerários verídicos por espaços geográficos desconhecidos da Ásia são representados na Peregrinação juntamente com uma quantidade de informações e descrições das mais variadas facetas, fornecendo ao leitor dados de carácter etnográfico, topográfico, religiosos, descrições de animais, da organização social e política e do “trato” (actividade comercial), em particular da China e do Japão. No que respeita às datas mencionadas pelo autor ao longo da obra, constatam-se discrepâncias e imprecisões cronológicas.

Debruçou-se, igualmente, sobre as duas gnosiologias que enformam a unidade narrativa, uma de valor simbólico, ligada às religiões dos povos e à salvação da alma, outra de valor comercial, cujo objectivo é arranjar fortuna. Tanto António de Faria como Fernão Mendes Pinto são sujeitos movidos mais pela busca de riqueza do que pela salvação da alma. Assim, a violência e até a crueldade representadas na Peregrinação constroem a dimensão disfórica do texto, na qual se integram os episódios de pirataria, ataques, vitórias, prisões, tráfico, abalroamentos, roubos, raptos, ultrajes, em geral associados à ambição, intolerância e indiferença moral. O rapto da noiva e seus dois irmãos é exemplo dessa atitude. As tempestades, perigos e desaparecimentos inserem-se igualmente nesta dimensão semântica.

Em contraponto, a Peregrinação oferece um conjunto de episódios de valor simbólico e cultural, apesar de vários equívocos no relato de crenças e práticas religiosas. Ao longo de duzentos e vinte e seis capítulos, o narrador combina episódios de valor histórico com uma narração complexa e descrições pormenorizadas, de valor literário, revelando uma arte de narrar, com recurso a variados processos retóricos e a uma abundante terminologia específica que enriqueceu o léxico português.

Início do ano letivo 2019/2020

Em início de férias, relembramos algumas datas e atividades relativas ao início do próximo ano letivo que será o décimo quinto da USALMA: Festival seis continentes – Este ano vai decorrer na última semana de setembro e, como habitualmente, vamos desenvolver atividades centradas na Língua Portuguesa, comemorada no festival de que falamos.

Reuniões de preparação do ano letivo – Na última semana de setembro vão decorrer também as reuniões de preparação do ano letivo. Serão como habitualmente reuniões por área disciplinar e oportunamente enviaremos aos professores o respetivo calendário.

Início das aulas na sede – 30 de setembro, segunda-feira Início das aulas nas escolas – 7 de outubro, também segunda-feira Sessão solene de abertura – 26 de outubro 25

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Palácio Nacional e Tapada Nacional de Mafra Maria Carreiras

Fortalezas, palácios, museus, são espaços que nos permitem conhecer melhor a história de um país.

Entre nós, temos inúmeras razões para nos orgulharmos de tamanha riqueza cultural espalhada por todo o nosso Portugal.

Desta vez, o interesse levou-nos, em mais de uma visita dado o interesse - a 8 de maio , 5 e 13 de junho -, a visitar o Palácio Nacional de Mafra e a Tapada.

O Palácio, mandado construir por D. João V, é o mais importante monumento do estilo barroco e, atualmente, está classificado como uma das sete Maravilhas de Portugal.

São de grande sumptuosidade todas as salas, onde se podem admirar importantes coleções de pintura, escultura, metais, cerâmica…

Uma referência muito especial para a Biblioteca, seu maior tesouro, com uma coleção de trinta mil livros, com encadernações em couro, gravadas a ouro.

Nota curiosa: esta Biblioteca acolhe morcegos, que ajudam a preservar as obras!

O almoço, que constou de um agradável bufet, agradou a todos.

A Tapada Nacional de Mafra, apresenta-se aos nossos olhos num cenário maravilhoso, com toda aquela beleza natural, onde, por entre os verdes da flora, se movimentam veados, gamos, javalis, aves de rapina…

Num percurso de “comboio”, pudemos gozar todo este espetáculo natural e até uma demonstração de voo livre de aves de rapina.

Viagem a Braga Rosa Maria Lajas Pereira

No âmbito das disciplinas de Teatro, prof. Mónica Lara, e de Cavaquinhos, prof. José carita, realizou-se nos dias 16, 17 e 18 de Maio, uma visita a Braga.

As expectativas eram elevadas, mas a realidade superou-as.

O dia 16 foi dedicado ao Museu dos Cordofones e à Fábrica dos Cavaquinhos. O Museu surpreendeu pela riqueza e variedade de instrumentos musicais.

A visita à Fábrica dos Cavaquinhos foi uma completa e eficiente lição sobre a confecção, desde a matéria-prima ao instrumento. Saliente-se o entusiasmo que o seu Proprietário colocava nas explicações e histórias com que deliciava os visitantes! A admiração e respeito pelo cavaquinho aumentaram nesta tarde!

O dia 17 foi inteiramente dedicado à cidade de Braga, orgulhosamente apelidada pelos seus naturais de «Bracara Augusta».

Visitámos o Teatro Circo de Braga! Surpreendente! Está integrado na rota dos melhores Teatros Europeus. Desde a magnífica decoração à excelente programação e conservação tudo nos fala e apela à arte! O acolhimento foi excelente, personalizado na atenciosa Guia e no digno anfitrião, Director Paulo.

E, claro, a nossa querida Professora Mónica Lara era a personificação da felicidade espelhada num rosto de menina que regressa ao ninho paterno!

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Seguiu-se o Museu do Traje, que encantou a vista e enterneceu o coração pelo amor à terra e às gentes que aí se respira!

A Sé de Braga, mais o Tesouro e Museu, deslumbrou pela sua magnificência e sumptuosidade.

E que dizer da Rua do Souto e do Arco da Porta Nova? O apelo das montras a comprar… comprar…! E o facto é que houve elegantes a comprar vestidos, pulseiras, brincos, filigranas…! E nin-

guém resistiu às deliciosas tíbias (doce regional)!

Perdoou-se os gramas a mais pelo bem que soube!

No dia 18 após a visita ao Museu dos Biscainhos, rumámos ao Bom Jesus, onde um excelente almoço de boa mesa emoldurado por paradisíacas paisagens nos aguardava.

Porém, tudo o que é bom também tem um fim!

E rumámos a casa, contentes e com vontade de repetir.

Palácio Nacional da Ajuda Maria Carreiras

Visitar um museu, um palácio…, é sempre uma oportunidade de enriquecimento cultural, pelos valores e memórias que os mesmos encerram.

Nesta senda do conhecimento, fomos visitar o Palácio Nacional da Ajuda e, graças à excecionalidade das guias, que nos acompanharam, admirámos as valiosas coleções de artes decorativas que estão expostas e até nos deixámos transportar à vida palaciana da época, recordando as cerimónias da corte que ali se realizavam, nomeadamente os bailes e grandes banquetes.

De salientar, que o museu conserva, ainda hoje, a mesma disposição e decoração das salas, ao estilo do século XIX.

Itinerários de cultura e lazer

Visita a Terras de Salamanca

Jerónimo de Matos

Foi uma visita memorável a que um grupo de estudantes e professores da Apcalmada-USALMA fizemos a terras de Castela, com destaque para Salamanca.

De Almada a Vilar Formoso fomos surpreendidos pela nossa Estrela que nos brindou com o seu manto branco de gala.

A primeira etapa da viagem levou-nos à Cidade Rodrigo para uma visita guiada ao centro histórico, Praça da Universidade com a estátua de Frei Luís de Leão e portal plateresco em fundo. com destaque para a Catedral que, por estar fechada, apenas apreciamos no exterior; à acolhedora praça maior e aos paços do ajuntamiento, ao parador (antigo Castelo), em cuja praça está entronizado o berrão, animal totémico das antigas tribos celtibéricas.

Após o almoço, rumamos a La Alberca, aldeia serrana com arquitetura típica e um interessante Museu que recria a vida e cultura daquela população, nas faldas da Peña de Francia, montanha de 1730 m de altitude que no dia da visita se vestiu com cerrado manto de nevoeiro.

Salamanca, a cidade dourada, recebeu-nos numa bela tarde, em que o ouro do granito das suas casas e monumentos brilhavam esplendorosamente.

Iniciamos a visita na manhã seguinte pela Praça Maior, a mais bela de Espanha, onde recordamos o gesto heróico de D. Miguel de Unamuno que, na parada militar franquista, em plena guerra civil, numa altura em que Salamanca era residência do governo da Espanha franquista, respondeu ao grito demente de um general franquista “Viva La Muerte” com protesto veemente e corajoso que o levou à prisão, onde faleceu pouco depois.

Seguiram-se as visitas ao Convento de Santo Estevão , onde se preparavam os andores da tradicional semana santa salamantina; às duas Catedrais gémeas, a românica designada como catedral velha e a nova, magnifico 27

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exemplar nos seus portais Platerescos, o estilo decorativo espanhol contemporâneo do nosso Manuelino.

Visitamos depois o belíssimo museu (edifício e recheio) de Art Nouveau e Art Deco, com exposição temporária de Dali, em sala especial.

Rumamos depois à Universidade de Salamanca, das mais antigas da Europa, admiramos o portal principal, outro exemplar belíssimo do Plateresco, onde fizemos o jogo dos caloiros da universidade, à procura da rã, escondida nos “lavores de ourives” do belo portal e ouvimos a trágica históri de Frei Luís de Leão, reitor da Univrersidade, preso e condenado pela Iquisição, por ter traduzido da Bíblia o Cântico dos Cânticos.

No 3.º dia visitamos, além da casa das Conchas, alguns palácios de famílias da nobreza espanhola e, após almoço em restaurante da cidade, foi o regresso à pátria.

ALLL-IN (Action Long Life Learning – Inclusion) Domitila Cardoso

No âmbito do Programa Erasmus+, ação KA1 (Mobilidade individual para fins de aprendizagem), foi submetido um projeto europeu de mobilidade, que foi aprovado e financiado e irá decorrer entre 01-10-2019 e 31-07-2021.

O projeto designado por ALLL-IN Action Long Life Learning – Inclusion foi proposto por um consórcio composto por três organizações do concelho de Almada: a Almada Mundo-Associação Internacional de Educação, Formação e Inovação, a Associação de Professores do Concelho de Almada (Apcalmada) e a Associação AlmaSã.

A nível da Apcalmada pretende-se promover a melhoria das competências do staff e do serviço prestado pela associação, apostando na modernização da instituição, investindo na internacionalização, como forma de qualificar a aquisição de novas competências e experiências, a nível da formação de adultos nas áreas de formação: (i) novos métodos e ferramentas de organização do ensino e aprendizagem; (ii) literacias digitais; (iii) literacias linguísticas; (iv) novas competências de gestão organizacional e pessoal; (v) estratégias motivacionais e comportamentais; (vi) novas abordagens da dimensão europeia.

A participação nas mobilidades permitirá às três instituições do consórcio o desenvolvimento e aperfeiçoamento da aprendizagem, experiências e competências que necessariamente serão incorporadas nas práticas das organizações envolvidas em novas atividades e estratégicas de intervenção social no contexto de Almada. Neste sentido, será possível contribuir para a melhoria da educação não formal de adultos, para promover a inclusão social de grupos desfavorecidos, minorias étnicas, migrantes, refugiados, idosos e pessoas com necessidades especiais.

Ficha Técnica Direção: Maria de Lourdes Albano e Jerónimo de Matos, Redação: Alexandre Flores, Antero Pacheco, Beatriz Oliveira, Carlos Rocha, Domingos Torgal, Domitila Cardoso, Edite Prada, Fernando Guerreiro, Fernando Ventura, Glória de Brito, Helena Peixinho, Ilda Freitas, Isabel Coelho, Jerónimo de Matos, Joaquim Silva, José Fontes, José Monteiro, Lina Almeida, Lourdes Albano, Lurdes Cruz, Maria Alves, Maria Carreiras, Maria Eduarda Paiva, Maria de Fátima Couto, Maria Henriqueta Ramalho, maria Irene Figueiredo, Maria Luísa Elvas, Maria de Lurdes, Maria Odete Rocha, Maria Sales, Raquel Gonçalves, Rosa Maria Lajas Pereira, Sílvia Salazar, Teodato de Jesus.

Fotos: Joaquim Ribeiro, Joaquim Louro, Lina Almeida, Maria de Lourdes Albano, Conceção Gráfica, Paginação: Joaquim Ribeiro, Secretariado: Sónia Tomás e Tânia Sofia Redação e Administração: Rua da Cerca, 21-23 - 2800-050 Almada Telefone e Fax: 219012420 URL www.usalma.apcalmada.org e-mail: usalma@apcalmada.org Periodicidade: Trimestral

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Índice Editorial, Maria de Lourdes Albano e Jerónimo de Matos ................................................ 2 Comunicação Interpessoal, Vários autores ................................................................... 3 Usaltuna, Antero Pacheco ................................................................................................. 4 Quando os Lobos Uivam, Turma de Literatura Portuguesa ......................................... 6 Lugares e Histórias de Almada, Alexandre Flores ...................................................... 7 A Nossa Língua, Carlos Rocha ........................................................................................ 8 Um conto de Mia Couto, Turma de LiteraturasAfricanas da Lígua Portuguesa ........... 9 Conferências ....................................................................................................................10 Paris já está a arder, Jerónimo de Matos ..........................................................................19 Viagens e visitas, ........................................................................................................... 21 ALLL-IN (Action Long Life Learning – Inclusion), Domitila Cardoso.................. 28