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Quem deve pagar a conta pelas sequelas da saúde e da economia?

O Brasil tem quase 30 milhões de infectados pela covid-19. Entre 10% e 20% dos curados desenvolverão sequelas, segundo a OMS. Além disso, há 130 mil órfãos desse flagelo que vitimou mais de 660 mil pessoas.

A explosão de casos no país devido a medidas não tomadas obrigou o sistema de saúde a tratar os infectados e deixar de atender várias enfermidades, deixando de realizar milhões de procedimentos, exames, cirurgias e transplantes.

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Ao mesmo tempo, milhares ficaram sem trabalho e renda e sem perspectivas, enquanto poucos entraram para a lista dos super-ricos.

As fortunas dos bilionários no mundo cresceram 60% na pandemia, exemplo seguido pelo Brasil que somou 20 novos magnatas à lista da Forbes.

Em setembro, a Campanha Tributar os Super-ricos protocolou os projetos no Congresso, vinculando parte da receita ao FNS para atender as vítimas da covid.

Correções nas alíquotas e alterações no IR estão entre as iniciativas que arrecadariam R$ 300 billhões ao ano, tributando apenas 0,3% entre os mais ricos.

Aprovar essas medidas é urgente e necessário frente a este cenário absurdo de milhares de pessoas fragilizadas pela doença ou pela miséria.

O contrário de pobreza é justiça. E a justiça fiscal é uma das formas mais eficazes de reduzir a desigualdade.