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AloysioBalbi

Forte grupo mineiro que quer faturar R$ 2,5 BI esse ano está de olho em Campos

O Grupo Patense estuda instalar em Campos uma unidade de armazenamento de resíduos de pescado, coletados entre o Norte do Estado do Rio e o Espírito Santo. Mas poderá ser o primeiro passo de algo maior. Esse grupo mineiro é grande e pretende faturar este ano R$ 2,5 bilhões em suas unidades fabris. Para ser ter uma idéia, o grupo emprega

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3.300 pessoas de forma direta e atende gigantes, como a Petrobras, Nestlé, Colgate e BRF. O Patense começou há 50 anos com um pequeno açougue na cidade de Patos de Minas (MG).

Secretário de Desenvolvimento do Estado visita Porto do Açu

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Vinícius Farah, visitou na semana passada, o Porto do Açu, em São

João da Barra. Farah é um profundo conhecedor das potencialidades do porto. Disse que quando o projeto for 100% executado, o Açu será o maior porto de logística do mundo.

Produção de petróleo bate recorde e preço internacional sobe com reflexos nos royalties

A produção brasileira de petróleo bateu recorde em janeiro deste ano, alcançando 4,175 milhões barris/dia. Os preços do petróleo subiram 6,5% em relação ao mês anterior e 8% em relação a janeiro de 2022. Existe a expectativa de um pequeno aumento no repasse dos royalties para os municípios produtores, beneficiando, porém, cidades da Bacia de Santos.

Criação de suínos com abate em Campos mostra força do agronegócio

Em uma área rural do município, um empresário campista está modelando projeto de criação de suínos de primeira grandeza. A segunda etapa do projeto será o abate dos suínos com matrizes genéticas de ponta. Mais uma novidade que se desenha no cardápio do ambiente de agronegócio de Campos.

Mercado imobiliário de Campos pode se espelhar no centro do Rio, que está bombando O centro da cidade do Rio de Janeiro tem um novo empreendimento residencial da Cury Construtora. O nome é “Epicentro” e fica próximo a área portuária. Em 20 dias vendeu 400 apartamentos. Este já é o quarto lançamento residencial somente desta empresa no centro do Rio. Somados, eles totalizam 4.158 apartamentos. Esta tendência de habitar o centro está sendo vista com bons olhos também em Campos.

Hotel Colline de France vai para a pequena Miguel Pereira

A pequena Miguel Pereira, próxima à área metropolitana do Rio, vai ganhar uma filial do Hotel Colline de France, eleito como o melhor do mundo em 2021, e melhor da América Latina no ano seguinte na plataforma TripAdvisor. Originalmente de Gramado, Rio Grande do Sul, o projeto já tem terreno, onde será construído com as mesmas características que fazem sucesso no Sul, como o estilo imperial. O prefeito de Miguel Pereira, André Português, que tem grandes relações de amizade em Campos, recebeu o proprietário do Colline de France, Jonas Caliari Tomazi, e o negócio foi acertado.

Empresário de Campos e a empresa que diz que não vinha, mas quer vir Antes da pandemia, essa coluna postou em sua versão online nota de que uma sofisticada loja de revestimento e afins estaria vindo para Campos. Em coisa de minutos, a matriz em SP entrou em contato e negou. Agora o interesse se configura. Não vamos citar o nome da empresa, mas as tratativas estão sendo feitas com o empresário campista Maurício Vasconcelos Filho, de uma terceira geração de grandes homens de negócios em Campos.

Aeroporto de Campos pode aproveitar vácuo de Macaé com a Azul

A Azul anunciou a suspensão de suas operações no Aeroporto de Macaé a partir do dia 1º de junho, devido à redução da pista inviabilizando a operação das aeronaves Cessna Caravan e ATR pelos próximos dois anos para ampliação e reformas. É exatamente neste vácuo que o Aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos, tenta entrar, não somente com a Azul, mas com outras operadoras de voos. Passarinhos, ou melhor, Passaredos contaram.

Clube de Astronomia tem mais uma edição do concurso Astros do Amanhã

Vem aí mais uma edição do Concurso Astros do Amanhã, do Clube de Astronomia Louis Cruls, de Campos, que tem revelado talentos. Serão aceitas inscrições de estudantes com idades entre 12 e 16 anos da rede pública de ensino das cidades do Norte e Noroeste Fluminense. A coordenação é do professor Marcelo Souza.

Chocolate e bacalhau 20% mais caros nesta Páscoa

A Páscoa deste ano vai doer no bolso. No mínimo será 20% mais cara do que a de 2023. Para se ter uma ideia, um ovo de páscoa de 150 gramas supera a casa dos R$ 160. Se for de marca sofisticada, poderá alcançar o dobro disso. O mesmo acontece com o bacalhau. O quilo da iguaria tipo imperial vai sair em torno de R$ 200.

Opini O

A mão que afaga e que apedreja

Talvez a parte mais cruel da violência contra a mulher seja o fato de ela ser cometida, na maioria dos casos, justamente por quem divide a vida com a vítima. Dentro de uma casa cabem muitos segredos e grande parte das mulheres que são violentadas frequentemente nunca denuncia os “companheiros”. Passar pela porta da delegacia normalmente representa para essa mulher que sofre abuso o rompimento de um ciclo, mas não só do ciclo de violência, mas também o fim do casamento, da família que formou, de amizades em comum... é o desmoronamento de um sonho. A libertação da mulher passa por um longo processo que começa com a educação. É urgente que as famílias entendam a necessidade de se educar homens e mulheres para a vida. As mulheres precisam crescer sabendo que não precisam depender de um homem e os homens precisam ser criados respeitando as mulheres, entendendo que elas não são propriedade e nem subordinadas a eles.

Como bem disse a delegada Madeleine Dykeman na reportagem especial desta edição, assinada pela jornalista Clícia Cruz, a raiz da violência contra a mulher é o machismo e é contra ele a luta da sociedade para evitar que outras mulheres sejam mortas simplesmente pelo fato de serem mulheres.

No ano passado, 110 mulheres foram assassinadas no Estado do Rio de Janeiro, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Em todo o Brasil, foram 1.400 mortes, ou seja, uma a cada seis horas, segundo levantamento do Monitor da Violência. Tudo que queremos é não noticiar mortes de outras Letycias, Flavianas, Luandas... O recado para a mulher que sofre abuso é claro: não insista, ele não vai mudar!

Feminicídios no Mês da Mulher: reflexões necessárias

Rodrigo Lira - Doutor em política, professor e pesquisador do programa de doutorado em Planejamento Regional e Gestão de Cidades da Universidade Candido Mendes.

O termo feminicídio se popularizou em 2015, quando foi sancionada, no Brasil, a Lei n.o13.104/15, que alterou o Código Penal brasileiro ao instituir um novo agravante específico de homicídio ocorrido contra mulheres em decorrência de discriminação de gênero podendo também ser motivado ou concomitante com violência doméstica. Apesar dessa classificação relativamente recente,o feminicídio é antigo na sociedade quando considerado o machismo estrutural brasileiro.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 699 mulheres foram vítimas de feminicídio no primeiro semestre de 2022. Esse número é 3,2% maior do que o total registrado no ano anterior e 10,8% maior se comparado a 2019. Isso significa uma tendência de crescimento bem preocupante, que não pode ser invisibilizada e não compreendida como uma questão que demande investimento em políticas específicas.

Os orçamentos federais de 2016 a 2019 contemplaram R$ 366,58 milhões em políticas para o combate à violência contra a mulher. Esse investimento caiu 94% no orçamento seguinte (2020 a 2023). Ou seja, com menos recursos orçamentários, diminui-se o investimento nas redes de proteção à mulher. A visão familista do governo Bolsonaro (2019-2022) extinguiu, na quase totalidade, a compreensão de gênero como eixo orientador das políticas públicas em vários âmbitos, e tudo indica que essa estratégia tenha impactado os índices de feminicídio. O cenário é grave e precisa ser entendido diante de sua complexidade. O machismo é estrutural, ou seja, está arraigado na cultura da sociedade e, por isso, naturalizado, ocasionando diversas agressões que, via de regra, culminam no feminicídio. A Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, foi um importante avanço para esse entendimento e trouxe em seu bojo o mapeamento dessas violências naturalizadas. Dentre elas, algumas interpretadas como comuns em brigas de “marido e mulher”, em que ditos populares recomendam, inclusive, a não intervenção. Em Campos, no mês em que se comemora o Dia da Mulher, dois casos chocaram a sociedade. No distrito de Travessão, uma mulher foi morta a facadas pelo ex-companheiro, que premeditou o assassinato, por não se conformar com a separação. Mesmo possuindo medida protetiva, a vítima não escapou desse crime de ódio. Outro caso que ganhou repercussão nacional teve como alvo uma jovem grávida de sete meses. Letycia Peixoto era graduada e mestra em engenharia de produção, possuía um bom emprego e muito amigos. Nem mesmo esse empoderamento conseguiu livrá-la de uma execução brutal. Tudo indica que o assassinato também será classificado como feminicídio. Que o Mês da Mulher sirva para uma verdadeira reflexão da sociedade sobre a gravidade da situação e a necessidade de engajamento na luta pela igualdade de gênero.

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