Agenda do vila - Outubro

PROGRAMAÇÃO

>>OUTUBRO/15 O CAMPO DE BATALHA QUINCAS EXPERIMENTO 3.5 CINEVILA FIAC EXPOSIÇÃO BANDO EM SALA: SE DEUS FOSSE PRETO

E

EDITORIAL

OUTUBRO

#10

Os festivais internacionais de artes cênicas na Bahia são recentes. Em 2006 foi criado o VIVADANÇA, por Cristina Castro. Um mês de mostras, debates, oficinas. Em 2008, foram criados o FILTE e o FIAC. Era preciso que a Bahia respirasse e visse o que está acontecendo fora dos seus limites geográficos, estivesse no circuito das artes cênicas nacionais e internacionais, promovesse o intercâmbio entre artistas e realizadores; que a economia local fosse movida também pela dança e pelo teatro. Que a rede produtiva das artes cênicas fosse mensurada por resultados, além de estéticos e políticos, numéricos.

Os festivais têm um conceito curatorial. Os eventos são organizados para que um público, com recorte específico, seja alimentado por discursos cênicos, capazes de fazê-lo pensar, refletir, ter prazer.

Os festivais mantém uma média de ocupação das salas superior à do resto do ano. Isso sinaliza uma forma de distribuição, curada e planejada, que o Brasil ainda não entendeu, nem estabeleceu como prioridade política. Ela permitiria que, além dos momentos pontuais em que acontecem os festivais, os teatros mantivessem uma programação anual capaz de fidelizar um público definido territorial e setorialmente, o que fortaleceria um possível mercado para as artes cênicas Nosso sistema de distribuição é, via de regra, baseado no aluguel de salas para os espetáculos.

Os teatros são programados a partir de demandas da produção e não do público. São espaços sem perfil estético, sem planejamento a médio prazo.

Evidentemente alguns adquirem uma identidade, mais ou menos comercial ou experimental, pelas políticas de preço/apoio na cessão de seus espaços

e pelas atividades paralelas – oficinas, seminários – que desenvolvem.

Mas mesmo os poucos teatros que produzem seus conteúdos, não podem planejar suas temporadas levando em conta a dinâmica cronológica da cidade: calendário letivo, festas, chuvas, etc. Pois complementam a programação com demandas externas – dependentes da “política de loteria” em que se tornaram os editais de montagem e circulação.

O Teatro Vila Velha sempre rompeu essa lógica, produzindo, co-produzindo ou apoiando projetos. A partir de vários modelos gerenciais, com grupos e artistas residentes ou em residência, com parcerias, como os festivais, ou com a criação da universidade LIVRE, o vila mantém uma autonomia curatorial em sua programação. Mas a falta de recursos financeiros nos impede de faze-la inteiramente programada, coerente com seu público.

Antecipamos a divulgação dos nossos projetos no intuito de permitir que o público, local ou de passagem, possa se programar para os nossos espetáculos, durante o ano ou por ocasião de sua visita à cidade. E a partir dessa prática estão sendo montadas redes de frequentadores do teatro que, de certo, podem responder à crise de público da qual se queixa a cena nacional. É necessária a revisão das políticas para as artes cênicas, com o fortalecimento (ou criação) de um mercado capaz de dar sustentabilidade (ainda que parcial) ao teatro e à dança, tornando-os de fato independentes do patrocínio de empresas e do Estado. Com isso não estamos negando a necessidade da permanência desses dois tipos de fomento: afirmamos que são vitais outras fontes de recurso. E o público pagante é a primeira de todas.

M MÉMORIA

Três anos após a inauguração do Novo Vila, em 1998, surge a necessidade de fortalecer a sua imagem diante do público e parceiros. Nesse ano, ainda que de forma tímida é criado o Núcleo de Comunicação e Marketing (NUCOM). Em 2001, teve-se uma ideia de buscar parcerias para serviços indispensáveis ao teatro em troca de espaços para divulgação de marcas e ingressos. Aí surgem Os Amigos do Vila, com parceiros que permanecem até hoje, como o COT, Saúde Brasil, Alugue Mais, Alô Pãozinho e outros. A principal e única contrapartida inicialmente para as empresas eram espaços na Agenda do Vila, o que foi se ampliado ano a ano. Hoje o Teatro Vila Velha possui 12 amigos, número que pode ser ampliado.

PRIMEIRA AGENDA COM AMIGOS DO VILA

O CAMPO DE BATALHA

foto marcio meirelles

O espetáculo narra o encontro de dois soldados inimigos no front da Terceira Guerra Mundial, ocasionada por conta da disputa das águas do planeta. No espetáculo, a guerra é subitamente interrompida devido a uma crise mundial no processo de produção de munição.

Nesse hiato de guerra, e na tentativa de preencher o vazio da espera, os dois soldados inimigos se aproximam revelando questões pessoais e devassando as verdadeiras razões dos conflitos. Essas descobertas levam a um desfecho esteticamente absurdo, onde as razões dos conflitos vão ganhando novos parâmetros. A peça tem texto de Aldri Anunciação, que também divide o palco com o ator Rodrigo dos Santos, e participação especial gravada de Fernanda Torres como “a voz da guerra”. A encenação é de Marcio Meirelles com codireção de Lázaro Ramos e Fernando Philbert

2 a 18/10 // sex: 20h // sáb: 17h e 20h // dom: 19h // R$ 20 e 10

QUINCAS Nesta adaptação teatral da obra de Jorge Amado A morte e a morte de Quincas Berro Dágua, realizada e dirigida por Daniel Porpino, a saga do “campeão do falecimento”, Quincas, o homem que abandonou a família burguesa para ingressar no universo do baixo meretrício, é contada de forma cômica por seus amigos de copo e aventuras Pastinha, Curió, Cabo Martim e Pé-de-Vento.

foto rafael passos

Sensibilização gratuita com deficien tes visuais no dia 8 de outubro, às 18h

7 e 8/10 // qua e qui // 20h // R$ 10 e 5

EXPERIMENTO 3.5

foto nai barreto

A universidade LIVRE de teatro vila velha abre mais uma vez a público o processo de criação das montagens Rei Lear, de William Shakespeare, Através do Espelho, tradução para o palco do livro “Através do Espelho e o que Alice lá encontrou”, de Lewis Carroll, e a tragédia Sete Contra Tebas, de Ésquilo. No EXPERIMENTO 3.5, como os anteriores, propõe-se ao público um espaço de interlocução sobre o que é visto e vivido dentro e fora de cena, sobre os processos artísticos e o teatro neste século. Os integrantes do programa de formação de atores do Vila debatem cenas em processo e fragmentos dos espetáculos que irão estrear no próximo verão. Nos experimentos o processo é o produto.

UNIVERSIDADE LIVRE DE TEATRO VILA VELHA 21/10 // qua // 20h // pague quanto quiser

AGENDA SEG

TER

QUA

01

06

05 CINEVILA cabaré dos novos 19h

13

14

15

20

21

22

EXPERIMENTO 3.5 sala principal 20h

C

26 CINEVILA cabaré dos novos 19h

QUINCA sala prin 20h

C

19 CINEVILA cabaré dos novos 19h

08

C

12

CINEVILA cabaré dos novos 19h

07 QUINCAS sala principal 20h

27

C

FIAC sala principal 20h

28

29

FIAC sala principal 20h

c

FIAC sala prin 20h

CINECLUBE

AS ncipal

ncipal

QUI

SEX

SÁB

DOM

03

04

O CAMPO DE BATALHA sala principal 20h

O CAMPO DE BATALHA sala principal 17h e 20h

O CAMPO DE BATALHA sala principal 19h

09

10

11

16

17

18

23

24

25

SE DEUS FOSSE PRETO cabaré dos novos 20h

SE DEUS FOSSE PRETO cabaré dos novos 20h

02

O CAMPO DE BATALHA sala principal 20h

O CAMPO DE BATALHA sala principal 20h

O CAMPO DE BATALHA sala principal 19h

O CAMPO DE BATALHA sala principal 17h e 20h

30

31

FIAC sala principal 20h

FIAC sala principal 20h

INFANTIL

O CAMPO DE BATALHA sala principal 19h

O CAMPO DE BATALHA sala principal 17h e 20h

TEATRO

MÚSICA

DANÇA

EXPOSIÇÃO O Vila Dança: retrospectiva das criações coreográficas de Cristina Castro Exposição relembra a trajetória coreográfica de Cristina Castro para o Viladança. Reunindo um acervo que inclui fotografias de seis artistas, exemplares de figurinos e adereços, trechos de trilhas sonoras e clipagens, a exposição projetada por Andrea May e Pedro Gaudenz faz um apanhado de 12 espetáculos, desde 1998 até 2012.

A exposição faz parte de projeto que tem o patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura, O Boticário na Dança, através da Lei Rouanet e é realizado pela Manga Rosa Produções, pelo Ministério da Cultura e Governo Federal - Pátria Educadora.

30/9 a 22/10 // seg a sex: 14h as 18h // sab e dom: 18h as 21h

CINEVILA Em outubro o Cine Vila dá prosseguimento à exibição de uma série de versões cinematográficas da obra Rei Lear, de William Shakespeare.

A programação contará com debates com pesquisadores, atores e diretores sobre o texto e as diferentes adaptações para o cinema. A obra Rei Lear, tragédia escrita por Shakespeare por volta de 1605, está sendo montada pelo encenador Marcio Meirelles junto à universidade LIVRE de teatro vila velha, e tem previsão de estreia em dezembro deste ano.

05/10 – Rei Lear (dirigido por Michael Elliott, 1983) 12/10 – Ran (dirigido por Akira Kurosawa, 1985) 19/10 – Rei Lear (dirigido por Godard, 1987) 26/10 – informações no site: teatrovilavelha.com.br

segunda // 19h // pague quanto quiser

FIAC BAHIA Chegando à sua oitava edição, o FIAC 2015 acontece de 27 de outubro a 1º de novembro aqui no Teatro Vila Velha. De caráter panorâmico, o Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC) aposta na diversidade que fortalece a riqueza das artes cênicas e busca refleti-la em sua programação, com espetáculos de gêneros diversos, mas em conexão com a contemporaneidade.

O FIAC nasceu com o objetivo de colocar a Bahia no circuito das artes cênicas internacionais e nacionais, e, a partir daí, promover um diálogo mais amplo acerca de criação, produção e difusão no segmento. O entendimento que a troca/intercâmbio é um instrumento importante para o crescimento da cena local fez com que o FIAC, ao longo de sete anos consecutivos, reunisse propostas que buscam a pesquisa e desenvolvimento de linguagens e a reflexão sobre questões do mundo atual, tornando-o um dos mais importantes festivais do gênero do Brasil. Confira a programação em: http://www.fiacbahia.com.br/

FESTIVAL INTERNACIONAL DE ARTES CENICAS DA BAHIA 27/10 a 1/11 // R$ 20 e 10

SE DEUS FOSSE PRETO

BANDO EM SALA

Como seria se o Deus cristão, ocidental, cultuado pela maior parte das religiões, desaparecesse? No lugar dele, um deus negro, com outros valores, outra doutrina e outro templo. O espetáculo “E se Deus Fosse Preto - O Legado de LOID” percorre inúmeras reflexões sobre a vida, a fé, a humanidade e culmina nessa situação hipotética. Com texto e atuação de Sergio Laurentino, que estreia o seu primeiro monólogo, a peça marca também a estreia do ator Jean Pedro como diretor. Como assistente de direção, Mariana Borges. A iluminação e sonoplastia é de Jean Pedro e o figurino e cenário de Sérgio Laurentino, A peça abre mais um projeto em comemoração aos 25 anos do Bando de Teatro Olodum. O Bando em Sala objetiva convidar grupos para realizarem mostra de pequenos espetáculos e/ou cenas, que tenham relevância com os trabalhos do Bando. Em seguida, um bate papo, cruzando as informações do que foi apresentado com realidades cotidiana do grupo e da comunidade. Após esse lançamento, o projeto será retomado em 2016.

24 e 25/10 // sáb e dom // 20h // R$ 10 e 20

TEATRO VILA VELHA

AMIGOS DO VILA

SEJA TAMBÉM UM AMIGO DO VILA! + INFORMAÇÕES: ..        A. S  S, /, P P C G, S – BA -

 

O T V V      P do campo grande. acesso pelo largo dos aflitos B:   ,  -

@ ...