A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Abril de 2003 - Página
Páscoa 2003
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Ano XLI Nº 15
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19 de junho de 2002de 2003 WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 16 de Abril
Apontamento
Eleições Provinciais
A Coligação a Braços com o Pós-Guerra
Vitória Absoluta dp Partido Liberal
*A. Barqueiro
Como grande parte dos leitores quebequenses passei a noite das eleições junto ao meu televisor. Vivi assim, a partir das vinte horas o desenrolar da Noite das Eleições .
Por Joviano Vaz
O desfecho militar da Guerra do Iraque está para próximo. Não foi a guerra relâmpago que altas esferas da coligação americana/ inglesa deram a entender que seria, nem vai ser o conflito prolongado que pareceu vir a tornar-se, quando os exércitos coligados sofreram alguns reveses no sul do Iraque. Sem dúvida que foi mais uma vez provado que os ídolos têm pés de barro, quando as numerosas estátuas do ditador Saddam Hussein foram uma a uma destruídas pelo povo iraquiano, em toda a extensão territorial. Provada também a vida faustosa daquele déspota, com os vários palácios espalhados pelo país, a colecção de automóveis e de objectos de arte e todos as outras circunstâncias, que faziam derivar os bens públicos para a posse dos que lhe estavam próximos e demonstravam fidelidade ao chefe. Muito já foi revelado sobre os processos ditatoriais utilizados por Saddam para se manter no poder, e mais tarde serão apurados métodos violentos por ele usados, para silenciar os opositores ao regime, durante três décadas. Ficou claro neste conflito armado que os oficiais superiores iraquianos pouco ou nada percebem de estratégias militares, porquanto nunca mostraram capacidade para fazerem face à estrutura organizativa do inimigo invasor e muito menos ao poderio bélico dos exércitos aliados. A derrota militar do grande general Hussein foi total e avassaladora, infelizmente com a perda de milhares de vidas dos dois lados da contenda.
Cerca das vinte e três horas recebi um telefonema de um dos meus amigos que quis assinalar-me que as previsões por mim publicadas no último número de A Voz de Portugal
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estavam longe da realidade. Concordei e discordei. Primeiramente as previsões efectuadas na edição de 9 do corrente reflectiam as sondagens publicadas. Foi nelas que me baseei. Mas em política nada é estável e definitivo. As coisas mudam como o vento. E assim a melhor boa vontade não pode equilibrar a previsão e a realidade. Mas vendo bem as coisas talvez que o meu erro de previsão não esteja muito longe da realidade. Eu afirmei que o Partido Liberal seria o vencedor (foi esta a realidade). Afirmei também que o novo governo seria minoritário (cometi um erro). Disse que o Partido Quebequense seria a oposição oficial (previsão exacta). Enfim previ que a Aliança Democrática ficaria em terceiro lugar e que não conseguiria eleger mais de seis deputados (elegeu apenas quatro). Como se pode concluir entre verdades e mentiras apenas falhei na previsão da maioria governamental.
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Portanto, as previsões efectuadas foram quase exactas e com o facto me congratulo. Comecemos por registar os resultados finais. Partido Liberal do Quebeque (PLQ) 76 deputados (45,8% dos votos). Partido Quebequense (PQ) 45 deputados (33,2% dos votos). Aliança Democrática do Quebeque (ADQ) 4 deputados (18,3% dos votos) Eleitores inscritos: 5.254.437 Percentagem de participação: 70% A participação dos eleitores diminuiu de 8% em relação à eleição de 1998. O Bloco Pot ficou em quinto lugar com 21714 votos (0,6%). A União das Forças Progressistas ficou em quarto lugar com 38.138 votos (1.06%). Em sexto lugar ficou o Partido Marxista-Leninista com 2560 votos. 49.854 boletins de voto foram anulados. Votaram 3.863.313 eleitores.
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