4 minute read

Comfinado em Salamanca (Espanha)

Dia 29 de fevereiro foi o dia da grande mudança… Fazia tempo que estava a escutar do Coronavirus na mídia, mas parecia que era uma coisa alheia que nunca iria mudar o meu ritmo e estilo de vida. Aquele día, domingo, receví uma ligaçao de manha cedo da diretora da escola de espanhol aonde trabalhava como guia turístico e acompanhante de estudantes estrangeiros de espanhol. Ela me falou que a Italia tinha proibido a partida das viagens dos estudantes italianos e desde aquele dia que nao tive que ir ao aeroporto de Madrí para recever dois grupos de adolescentes italianos, nao trabalhei mais. Me tornei uma das primeiras vitimas na Espanha da parada mundial da economia. Demorei apenas uns minutos para arrumar um esquema para ir com amigos no Carnaval de Ciudad Rodrigo; uma cidadezinha perto da fronteira com Portugal aonde tem muita festa e touradas durante esses dias e aonde nunca tive oportunidade de ir nessas datas. Tenho que dizer que a Espanha apenas tinha poucos infectados pelo virus ainda. Essa pandemia já é uma tragédia para milhares de pessoas além de um grande problema social, e embora seja uma bençao para a natureza, desejo com todas as minhas forças que acabe o mais cedo possivel. No entanto ao nivel pessoal, desde o primeiro dia do estado de alarme, estou gostando de ter parado com o meu ritmo de trabalho, sentir que a cidade e o pais também parou, e olhar pro futuro próximo pensando em como organizar todo esse tempo livre disponivel. Apartir do sábado 14 de março ate hoje, apenas vou para rua uma vez por cada 9 dias para fazer as compras de uma tia idosa e as minhas compras de alimentaçao e jogar o lixo nos contentores de reciclagem.

Sempre fui uma pessoa de ficar pouco tempo em casa e ir pra rua e passear pela cidade, encontrar amigos nas praças, nos bares e restaurantes, portanto camin- hava muito a pé todo dia e minha vida social era grande, mas tou conhecendo uma outra parte de mim, essa parte mais caseira de curtir do meu lar.

Advertisement

Tou aproveitanto a leer mais livros, assistir algum filme ou video documentario, mudar alguns hábitos mais sustentables em casa, arrumar todos os comodos e cuidar melhor das plantas da varanda do apartamento, aprender novas recetas de comida, conversar mais e conhecer melhor meus colegas do apartamento, também estou aproveitando a estudar um curso técnico no qual eu me cadastrei há meio ano ou raspei meu cabelo pela primeira vez na minha vida.

Parece que ficando em casa a vida para e é monótona, mas olhando para trás, muitas coisas tem acontecido! Um festa da cidade festejada com musica, conversas, comida e decoraçao com os vizinhos da rua cada um na varanda sua, algumas ligaçoes estranhas e engraçadas, temos criado videos dançando, fazendo um teatrinho fantaseados, fazendo habilidades e desafios, concursos de comida, tarde de jogos de tabuleiro, uma tarde os bombeiros ficaram verificando a fachada do edificio porque caiu uma pedra na rua, videochamadas de grupos de amigos, entrevista para um jornal, criei ums programas em direto pelas redes sociais falando do meu esporte e muitas outras coisas... Além de tudo isso, estou aproveitando a dormir mais e melhor. Sinto que meu corpo descansa de verdade e sumiram algumas dores que sentia as vezes. A rua perdeu o barulho de carro rotinario e a paz existente faz que fique calmo e sosegado. É verdade que também ajuda que o Goberno está ajudando com um bom dinheiro a todos os que nao ficamos trabalhando durante o estado de alarme. Em resumo, são dois meses confinado, e ainda falta, nos quais eu estou a aprender, criar ou pensar coisas que não imaginava que faria esse ano. Coisas para o desenvolvimento pessoal, e uma forma diferente de interagir com a cidade e o meu lar. hay una sociedad diseñada para un tipo de gente. a lo mejor tenés la suerte de encajar en el engranaje de esa rueda, de querer lo que todos quieren, de respirar el mismo aire. a lo mejor te despertas un día y pensas qué sería de vos si no tuvieras ganas de hacer nada de eso. no es inconformidad, es re beldía, porque cuando alguien va por un camino distinto al establecido, aunque vaya a su propio favor, ya es raro. porque eso sigue siendo difícil de asimilar. a lo mejor tenes la suerte de tener una casa en la que dormir, porque trabajaste duro, o a lo mejor trabajaste duro y no tenés nisiquiera esa suerte. porque la sociedad parece estar diseñada para un tipo de gente. hay valientes que se arriesgan y valientes que tienen razones para no arriesgarse. en eventos de pánico colectivo cada uno agarra lo que cree que le corresponde y cierra la puerta con llave, por dentro, como nos han enseñado. porque es la mejor forma de sobrevivir en esta sociedad, que fue diseñada para un tipo de gente. en el planeta tierra se dice que hay países, aunque no los hayamos visto todos, y cada uno parece querer aferrarse a sus tradiciones aunque les guste saborear lo ajeno. algunos de esos países se parecen un poco, otros mucho, por zonas, pero aunque nos sorprenda, el protocolo del pánico es el mismo en todos los territorios, sin importar su dueño, porque el dueño es el mismo. en esta sociedad que está diseñada para un tipo de gente hay casas vacías y gente sin casa, hay gente sola y gente atrapada, gente conectada y gente olvidada, gente que tiene más de lo que necesita y gente que sigue empujando para poder tener un poco de lo que necesita. cuando la sociedad está diseñada para priorizar a un tipo de gente, es importante ser pesimista, porque de ahí viene el cambio de la ley que sólo está escrita para los pobres de dinero. sostenida por los cómplices de abajo (ten cuidado de no ser tú uno de ellos!). y mientras seas parte de una sociedad como esta, que prioriza a un tipo de gente, y necesites comer o dar de comer y no puedas salir a la calle, piénsalo dos veces y repite; “yo me quedo en casa”, aunque te des cuenta que hay más cabezas en tu casa que en la calle. mas la desigualdad (y) la pobreza (y) la persecución (y) las mentiras (y) los medios (y) el sistema (y) la cuarentena - no mires (y) los despidos - quédate sin trabajo (y) los muertos en los medios de comunicación (y) la mascarilla - cierra la boca (y) pánico (y) compra papel higiénico - ve al supermercado (pero) distancia - no vayas a la playa (y) fin de la emergencia. todos a la calle.

Educaci N Especial

Preguntas, rabietas, amores, enfados, carcajadas, youtubers, cumpleaños, sesiones de estimulación, fiestas, reuniones, juegos en el aula, conflictos, risas, rutas, problemas de conducta, excursiones, concursos, amistades, llantos, música, piscina, huerto, comedor, aseo, cambios de pañales, lavados de manos, recreos, curas de enfermería, sesiones de fisioterapia y audición y lenguaje...

This article is from: