

EDITORIAIS
Uma maneira de cultivar
Chegamos ao final do ano, dezembro de 2024. Uma longa jornada, planejada, trabalhada e alcançada em nível global. A Spraytec é uma marca que se expande, conquista e cresce, mas, acima de tudo, é uma forma de fazer agricultura. O que nos distingue e nos diferencia dos demais é o que valorizamos e o que compartilhamos com nossos produtores, consultores e engenheiros em todo o mundo.
Ser uma família nos torna mais fortes!!!
Nesta edição, conheceremos a Lauro Leonel em um Identikit imperdível.
Jeremy Samson, agrônomo da Spraytec Austrália, compartilha conosco um ensaio muito interessante: recuperação de rendimento por meio de fitoestimulação e nutrição fornecida pelo Spraytec TopZinc Max em colza.
Pablo Lafuente, nosso gerente de Marketing Global, conversou com Juan Carlos Grasa, diretor da Horizonte A, sobre a presença de nossa empresa na Austrália. O nível de adoção, o crescimento e as metas a serem alcançadas no curto prazo.
Graças aos avanços tecnológicos ocorridos nos últimos anos no campo da pulverização de produtos fitossanitários, hoje dispomos de uma ampla gama de ferramentas técnicas para realizar aplicações de qualidade. Facundo Menta desenvolve esse tema que está sempre em alta, o desafio de ser eficiente e sustentável em cada aplicação.
Em Raízes Territoriais, visitaremos Las Lajitas, Salta, Argentina. Uma área agrícola e pecuária onde, na década de 1980, foram plantados os primeiros hectares de soja. Nas últimas décadas, Las Lajitas emergiu como uma das áreas mais produtivas do norte da Argentina, com mais de 300.000 hectares dedicados a cultivos.
E, como sempre, os Snapshots, aquelas fotos que nos mostram unidos pelo mundo!
Espero que supere as expectativas!
Feliz final de 2024 e início de 2025! Que seja um ano cheio de oportunidades!
02
Editoriais
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Kit de Identidade
Lauro Leonel
08
Pesquisa
Recuperação da produtividade por meio da fitoestimulação e da nutrição proporcionadas pelo TopZinc Max da Spraytec na canola.
Por: Jeremy Samson, Agrônomo, Pesquisador Nacional, Spraytec Austrália
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Raízes territoriais
Las Lajitas, Salta, Argentina
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Relatório
O DESAFIO DE SER EFICIENTES E SUSTENTÁVEIS EM CADA APLICAÇÃO
Por: Ing. Agr. (Esp) Facundo Menta
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Entrevista com Pablo Lafuente
A grande aterrissagem
Por: Juan Carlos Grasa
22
Instantâneos
RESUMO
Produção geral: edições Horizonte A
Kit de identidade
1. Profissão e cargo na empresa?
Sou Técnico Agrícola, licenciado em Engenharia Agronómica e pós-graduado em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas. Atualmente sou Gerente Regional de Vendas.
2. Voltar ao passado, fazer uma pausa no presente ou viajar para o futuro?
Pausando o Presente, buscando praticar melhor a Vida. Sem se deixar levar pela ansiedade do passado e/ou do futuro.
3. Como você imagina sua vida daqui a 10 anos?
Pretendo continuar me atualizando profissionalmente para construir uma boa carteira de clientes, gerando valor no mercado e liderando a equipe que me acompanha. Pessoalmente, quero viver em harmonia com a minha família, proporcionando-nos as alegrias e experiências que desejamos.
4. Qual o melhor motivo para sorrir?
Compartilhar momentos de simplicidade e plenitude com as pessoas que amo.
5. Uma referência na vida?
Meus pais.
LAURO KIT DE IDENTIDADE
6. Se você fosse um animal, o que seria?
Um falcão.
7. Um orgulho brasileiro?
O piloto Ayrton Senna, homem que viveu intensamente sua fé, dedicado a superar a melhor versão de si mesmo, sempre disposto a ajudar.
8. Qual dos avanços tecnológicos mais te surpreendeu?
O Smartphone é a “reinvenção da roda”.
9. Se você pudesse viajar no tempo, quem gostaria de conhecer?
Conheça Jesus em sua vida humana.
10. Algo que todos deveriam ter?
“Ame o seu próximo como a si mesmo”; Coloque-se no lugar da outra pessoa, entenda suas dificuldades e ofereça ajuda.
11. Dos lugares que você conhece, para qual você voltaria?
Roma, a cidade eterna.
12. Quem é Lauro Leonel?
Sou um escolhido de Deus, de uma criação simples no campo, numa família com
cinco irmãos e pais que estiveram presentes na formação da justiça e da fé. Amigo e companheiro, marido amoroso. Comprometido e organizado, disposto a encontrar soluções nas mais diversas situações.
Se você tivesse que organizar uma expedição a uma ilha deserta com colegas da Spraytec,
Quem você levaria com você, sabendo que passariam por situações extremas?
- Para gerenciar suprimentos?
Vinícius Dellani
- Para carregar coisas?
José Augusto
- Para fazer comida?
Diego Parodi
-Para se divertir?
Cristian Marras
- Para trazer calma em momentos difíceis?
Reginaldo Santana
- Para coordenar o grupo?
Bianca Rasmussen
- Para garantir um bom retorno?
Francielen Mio
LEONEL

PESQUISA
Recuperação da produtividade por meio da fitoestimulação e da nutrição proporcionadas pelo
TopZinc Max da Spraytec na canola.
Por Jeremy Samson, agrônomo de Pesquisa Nacional, Spraytec Austrália
OTopZinc Max desempenha um papel crucial como ferramenta de controle de ervas daninhas e como suporte à nutrição e à saúde das culturas, ajudando-as a se recuperarem da fitotoxicidade induzida por herbicidas. Quando os herbicidas são aplicados, eles geralmente causam sintomas visíveis que podem alarmar os produtores e agrônomos. No entanto, certos efeitos fitotóxicos podem ser menos óbvios, e a ausência de sintomas visíveis não indica necessariamente que a cultura não foi afetada pela aplicação do herbicida.
Os herbicidas são uma ferramenta vital na agricultura moderna porque são seletivos, o que significa que podem matar tipos específicos de plantas sem prejudicar outras. Por exemplo, herbicidas seletivos para gramíneas podem ser aplicados a culturas de folhas largas para controlar ervas daninhas de gramíneas sem matar a própria cultura, e vice-versa. Apesar dessa seletividade, a cultura ainda precisa metabolizar o herbicida, o que causa estresse e desvia a energia do crescimento e da reprodução para a desintoxicação do herbicida. Algumas dessas respostas são visíveis, mas outras não. Mesmo nos casos em que não há sintomas visíveis, a cultura ainda pode sofrer uma redução no crescimento e no potencial de rendimento, pois
Figura 1
Classificações médias de porcentagem de fitotoxicidade da cultura por parcela.

Figura 2
Classificações médias da porcentagem de biomassa da cultura por parcela.


a energia é redirecionada para o metabolismo do herbicida e para a recuperação da fitotoxicidade.
A principal função do TopZinc Max é aprimorar o processo de aplicação do herbicida por meio de suas propriedades adjuvantes e, ao mesmo tempo, fornecer nutrientes multicelulares que ajudam a cultura a se recuperar dos efeitos do herbicida. A adição do TopZinc Max a uma mistura de herbicidas oferece inúmeras vantagens, incluindo:
1. Redução da queimadura da cultura: diminui o risco de queimaduras na cultura causadas por adjuvantes agressivos à base de óleo, minimizando os danos visíveis à cultura.
2. Melhor controle de ervas daninhas: suas propriedades adjuvantes aumentam a eficácia do herbicida, levando a um melhor controle das ervas daninhas.
3. Aumento da resistência da cultura: reforça a resistência da cultura a uma série de estresses, como seca, pragas e fatores de estresse ambiental.
4. Recuperação aprimorada da fitotoxicidade: o TopZinc Max ajuda na recuperação da cultura do estresse induzido por herbicidas, o que melhora a capacidade competitiva da cultura contra as ervas daninhas.
5. Melhor saúde geral da planta: ao apoiar a saúde geral da planta, o TopZinc Max pode contribuir potencialmente para a recuperação ou o aumento da produtividade.
Para demonstrar esses benefícios, foi realizado um teste em Maya, no norte da Austrália Ocidental, em parceria com a Living Farm e o Liebe Group, em seu principal local de testes. Nesse teste, foi usado o clethodim, um herbicida essencial para o controle de ervas daninhas gramíneas na canola. O clethodim é um ingrediente ativo de ampla
confiança e forma a base da maioria das aplicações de herbicidas pós-emergentes nesse sistema de cultivo. No entanto, o clethodim pode causar fitotoxicidade na canola se for aplicado no estágio errado, principalmente próximo à floração. Os resultados do teste demonstraram como a inclusão do TopZinc Max nas aplicações de clethodim atenuou esse estresse, facilitando a recuperação da cultura e promovendo uma me-
Figura 3
lhor saúde geral da cultura.
PONTOS-CHAVE DO ESTUDO:
- A aplicação do clethodim em um período fora do prazo de validade do rótulo foi realizada apenas para fins de pesquisa; não recomendamos essa prática em condições agrícolas típicas.
O clethodim causa danos fito-
Rendimento médio (T/Ha) por tratamento em parcelas aplicadas com clethodim isolado

Figura 4
Rendimento médio (T/Ha) por tratamento em parcelas aplicadas com clethodim + glifosato

tóxicos quando aplicado acima da taxa recomendada no rótulo e quando aplicado próximo ou no estágio reprodutivo da canola.
- O ensaio foi mantido completamente livre de ervas daninhas para isolar os efeitos dos diferentes aditivos na recuperação da fitotoxicidade da cultura e como isso se traduziria em respostas de rendimento.
- Nenhum fertilizante adicional foi aplicado, garantindo que nenhuma entrada de nutrientes pudesse mascarar qualquer efeito fitotóxico na cultura.
Isso levou a rendimentos notavelmente baixos em todo o local do teste.
- Outros fatores potenciais que poderiam interferir ou mascarar os efeitos reais dos aditivos foram cuidadosamente eliminados.
RESULTADOS
Fitotoxicidade
A fitotoxicidade foi observada em todas as parcelas, mas todas as parcelas em todo o ensaio apresentaram folhas em forma de taça de cor mais escura com leve queimadura. Em plantas mais avançadas, foram observados danos às flores e aborto em algumas plantas nas parcelas tratadas, que se tornaram mais evidentes à medida que as culturas continuaram a amadurecer.
As avaliações foram feitas visualmente, comparando as parcelas tratadas com o controle não tratado.
Clethodim autônomo:
- Foram observados menos danos nas parcelas com tratamentos de clethodim como autônomo em comparação com as parcelas tratadas com clethodim + glifosato
- Ainda foram observados danos nos tratamentos com TOPZinc Max, mas numericamente menores em comparação com os outros tratamentos.
Clethodim + glifosato:
- Foram observados danos maiores nas parcelas tratadas com clethodim + glifosato, conforme observado nos gráficos abaixo.
- Foi observada uma leve recuperação fitotóxica nas parcelas tratadas com TOPZinc Max nas últimas avaliações do ensaio.
Biomassa
Não foram observadas diferenças significativas de biomassa entre os tratamentos ao longo do estudo. As classificações de biomassa foram avaliadas visualmente, comparando as parcelas tratadas com a biomassa da parcela de controle não tratada no momento da avaliação, levando em conta as réplicas.
Foram observadas maiores reduções de biomassa nos tratamentos com clethodim + glifosato em comparação com os tratamentos com clethodim como tratamento autônomo.
RENDIMENTO
As avaliações de rendimento foram coletadas no final da temporada em parceria com a Living Farm para validar se a recuperação da fitotoxicidade observada visualmente se traduziu em recuperação do rendimento. As diferenças de rendimento também servirão para confirmar as diferenças de biomassa observadas.
Em geral, observou-se um baixo rendimento em todo o experimento devido a não adição de nenhum fertilizante durante a temporada para não mascarar os efeitos da aplicação do herbicida pós-emergente.
Clethodim autônomo:
- A redução da produtividade foi observada nas aplicações sem um adjuvante e com um óleo recomendado.
- O Fulltec Max e o TopZinc Max demonstraram recuperação de rendimento superior ao rendimento do UTC.
Isso mostra um aumento de rendimento do Fulltec Max e do TopZinc Max em comparação com o controle não tratado.
Clethodim + glifosato:
- Foram observadas reduções de produtividade nas aplicações com clethodim + glifosato.
- Uma grande redução de produtividade foi observada ao aplicar clethodim + glifosato com um óleo recomendado e SOA, verificando as classificações de pontuação de fitotoxicidade em avaliações anteriores.
- A recuperação da produtividade pôde ser observada no Fulltec Max.
- A maior recuperação de produtividade foi exibida pelos tratamentos aplicados com o TopZinc Max como aditivo herbicida, demonstrando a capacidade do TopZinc Max de reduzir a fitotoxicidade e ajudar as plantas a se recuperarem do estresse químico devido às aplicações de herbicidas pós-emergentes.
Conclusão
Com o ensaio realizado, foi possível observar que o uso do Fulltec Max e do TopZinc Max minimizou os danos à cultura causados pelos óleos na aplicação. Também foi observada uma recuperação da produtividade, que pode ser atribuída ao valor nutricional adicionado pelo TopZinc Max, diferenciando esse produto dos adjuvantes existentes no mercado.
RAÍZES TERRITORIAIS
LAS LAJITAS, SALTA, ARGENTINA
Las Lajitas, localizada no coração do departamento de Anta, Salta, Argentina, tem uma história que remonta aos tempos pré-colombianos. Este território foi originalmente habitado por comunidades indígenas como os Guaycurúes e os Wichis, que deixaram um legado cultural profundamente ligado à terra. Durante a era colonial, a área foi integrada no processo de expansão em direção ao Chaco, com incursões espanholas que procuravam dominar tanto o território como os seus habitantes. Um dos acontecimentos históricos mais relevantes foi o pacto Matorras-Paikén em 1774, um acordo de paz incomum entre colonizadores e lideranças indígenas.
A chegada da ferrovia no século XIX marcou um antes e um depois para Las Lajitas. Esse meio de transporte permitiu não só o fluxo de pessoas, mas também de produtos, conectando a cidade a mercados regionais mais amplos. Embora os benefícios económicos tenham sido notáveis, também existiram tensões devido à alteração do estilo de vida tradicional e à chegada de novas populações.
Geografia e ambiente natural
Las Lajitas está localizada em uma vasta planície na região subtropical de Salta. Suas
paisagens combinam áreas das montanhas do Chaco com extensões abertas, resultado de atividades humanas que transformaram o meio ambiente. Os rios e riachos que atravessam esta área têm sido vitais para a subsistência, oferecendo não só água, mas também espaços para atividades recreativas e de conservação.
O clima é caracterizado por estações bem marcadas. A estação chuvosa, que vai de outubro a março, enche de vida os campos e as montanhas, enquanto o inverno seco proporciona um ambiente ideal para explorar as maravilhas naturais da região. Os contrastes climáticos e geográficos não só enriquecem a biodiversidade, mas também moldam os modos de vida dos seus habitantes.
Demografia e comunidade
O crescimento demográfico de Las Lajitas tem sido notável nas últimas décadas. O que inicialmente era um assentamento rural com infraestrutura básica é hoje uma comunidade com serviços modernos. Os progressos na urbanização incluíram a pavimentação de ruas, o acesso a redes de água potável e a serviços de saúde, embora persistam desafios relacionados com a equidade no acesso aos recursos para os sectores mais vulneráveis.
Culturalmente, preserva tradições que refletem uma mistura de influências indígenas e crioulas. As festas religiosas, como as dedicadas ao Senhor e à Virgem do Milagre, reúnem os cariocas em atos de profunda devoção e convivência. Além disso, as celebrações populares incluem frequentemente danças folclóricas, gastronomia local e música ao vivo, fortalecendo o sentido de identidade e comunidade.
Atrações turísticas e cultura local
Embora Las Lajitas ainda não seja um grande destino turístico, a sua riqueza natural e cultural oferece múltiplas oportunidades. A proximidade com reservas naturais permite ao visitante explorar ecossistemas únicos, onde é possível observar a fauna autóctone e desfrutar de passeios por trilhos pouco percorridos. Destacam-se também espaços como praças e monumentos históricos, que contam a história da vila e dos seus habitantes.
Reserva Nacional Pizarro: Esta área protegida está localizada relativamente perto de Las Lajitas e preserva uma parte do seco Chaco de Salta. Entre sua flora destacam-se os quebrachos vermelhos e brancos e o yuchán, enquanto sua fauna inclui espécies como o urso-mel, a anta e


diversos tipos de queixadas. É ideal para quem busca explorar a biodiversidade característica do ecossistema do Chaco.
Reserva de Flora e Fauna
Los Palmares: Localizada no departamento de Anta, esta reserva protege palmeiras nativas e outras espécies vegetais como o quebracho e o palo santo. Além disso, abriga animais como o tamanduá, vizcachas e pássaros como o suri. É um excelente destino para os amantes da natureza e da observação da vida selvagem.
Parque Nacional El Rey: Embora um pouco mais distante, este parque é uma joia da região de Salta. Protege uma variedade de paisagens que vão desde yungas até as montanhas do Chaco, abrigando animais como onças, antas e uma rica diversidade de pássaros. Suas trilhas oferecem uma experiência única aos ecoturistas.
Reserva da Biosfera Las Yungas: Declarada pela UNESCO, esta imensa área protegida inclui ecossistemas subtropicais e altos andinos. Embora abranja principalmente outras regiões, sua influência se faz sentir no contexto ecológico da província e é um ponto de interesse para conhecer a conservação e a sustentabilidade em Salta.
Estos lugares ofrecen una perspectiva distinta al entorno agrícola y complementan la experiencia de visitar Las Lajitas, destacando la importancia de la conservación y la diversidad natural de la provincia de Salta. Para quienes buscan una experiencia más inmersiva, la región ofrece actividades como cabalgatas y visitas guiadas por estancias, donde se puede aprender sobre las tradiciones rurales.


Las familias locales suelen recibir a los visitantes con hospitalidad, ofreciendo una visión auténtica de la vida en esta parte de Salta.
Perspectivas
Apesar do seu crescimento e modernização, Las Lajitas enfrenta desafios significativos. A conservação ambiental, especialmente numa região que historicamente sofreu com o desmatamento, é um dos maiores desafios. Ao mesmo tempo, as iniciativas para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, especialmente nas zonas rurais, continuam a ser uma prioridade
para o desenvolvimento sustentável.
Por outro lado, a educação e a formação dos jovens são temas recorrentes. Embora a cidade tenha opções de ensino secundário e superior, muitos jovens migram para cidades maiores em busca de maiores oportunidades. Isto levanta questões sobre como Las Lajitas pode reter o seu talento local e promover o desenvolvimento inclusivo.
Las Lajitas não é apenas um ponto geográfico no mapa de Salta; É uma comunidade com uma história rica, paisagens fascinantes e grande cultura.

À medida que o seu desenvolvimento avança, esta cidade mantém a sua essência, unindo tradições e modernidade. Para quem deseja conhecer o norte da Argentina além dos destinos turísticos convencionais, Las Lajitas oferece uma experiência única, cheia de aprendizado e conexão com a natureza.
Origens da agricultura em Las Lajitas
A história agrícola de Las Lajitas, no departamento de Anta, Salta, é marcada por uma evolução que transformou a região de extensa área pecuária em centro nevrálgico da produção de grãos na Argentina. Durante grande parte do século XX, a paisagem foi dominada por densas florestas que foram progressivamente desmatadas para dar lugar a terras aráveis. Inicialmente, os agricultores introduziram culturas tradicionais como milho e feijão, que se adaptaram bem ao clima subtropical da região.
Na década de 1980 começaram a ser plantados os primeiros hectares de soja. Nas últimas décadas, Las Lajitas emergiu como uma das áreas mais produtivas do norte da Argentina, com mais de 300.000 hectares dedicados às culturas.
Importância da soja para a região e o país
A soja não é apenas a principal cultura em Las Lajitas, mas também um pilar económico para a Argentina. Este grão, considerado uma “commodity estrela”, é essencial na balança comercial do país devido à sua procura internacional, especialmente em mercados asiáticos como a China.
Em Las Lajitas, a produção de soja gerou empregos diretos e indiretos, consolidando uma cadeia de valor que inclui logística, armazenamento e comercialização.
As empresas agroindustriais mais importantes do país, como Cargill, Bunge e Molinos Río de la Plata, estão presentes na região. Este dinamismo fez de Las Lajitas um ponto estratégico dentro do corredor agrícola da NOA (Noroeste da Argentina), contribuindo significativamente para as exportações argentinas.
Tecnologias e práticas inovadoras
Um dos principais fatores por trás do sucesso agrícola de Las Lajitas tem sido a adoção de tecnologias modernas. A sementeira directa, implementada massivamente na década de 1990, permitiu manter a fertilidade do solo numa região onde a desflorestação tinha levantado preocupações sobre a sustentabilidade. Além disso, o uso da biotecnologia tem sido crucial para melhorar a produtividade e resistir a pragas e doenças, com variedades de soja geneticamente modificadas adaptadas ao clima subtropical.
A mecanização também desempenhou um papel importante. Equipamentos modernos e sistemas de irrigação eficientes otimizaram o uso da água, recurso crítico em uma região com chuvas concentradas em determinadas épocas do ano. Estas inovações não só aumentaram os rendimentos, mas também reduziram os custos para os produtores.
Desafios agrícolas
Apesar do seu sucesso, a agricultura em Las Lajitas enfrenta vários desafios. Um dos mais importantes é a sustentabilidade ambiental. O desmatamento intensivo, embora tenha permitido a expansão da fronteira agrícola, gerou uma perda significativa de biodiversidade e problemas como a erosão do solo. Políticas ambientais e programas de reflorestamento são temas de debate na região.
Outro desafio são as alterações climáticas. As variações nas precipitações e nas temperaturas extremas colocaram as culturas em risco, forçando os agricultores a adaptarem-se através de tecnologias mais avançadas e de seguros agrícolas. Além disso, o aumento dos custos dos insumos, como fertilizantes e combustíveis, pressiona a rentabilidade dos produtores.
O futuro da agricultura em Las Lajitas está ligado à inovação e à sustentabilidade. A utilização de tecnologias de precisão, como drones e sistemas de monitorização remota, está a emergir como uma ferramenta fundamental para melhorar a eficiência na gestão das culturas. Da mesma forma, práticas de rotação de culturas e integração com actividades pecuárias podem ser estratégias viáveis para manter a produtividade do solo.
As políticas públicas e o apoio aos pequenos e médios produtores também terão um papel fundamental. O investimento em infra-estruturas, como rotas e armazenamento, pode reduzir os custos logísticos e aumentar a competitividade da região nos mercados internacionais.
O DESAFIO DE SER EFICIENTES E SUSTENTÁVEIS EM CADA APLICAÇÃO
Autor: Ing. Agr. (Esp.) Facundo Menta
Por meio dos avanços tecnológicos ocorridos nos últimos anos na área de pulverização de fitossanitários, hoje dispomos de um amplo leque de ferramentas técnicas para realizar aplicações de qualidade. Quando falamos em qualidade, nos referimos não apenas a mitigar o impacto de certas adversidades no sistema agrícola, nos ajustando às doses recomendadas nos rótulos dos produtos, mas também a reduzir ao mínimo possível o impacto no meio ambiente. O ponto-chave para alcançar esse objetivo é garantir que a gota atinja o alvo previamente estabelecido.
O processo de uma aplicação correta começa com a disponibilidade de um equipamento em boas condi-
ções, limpo e devidamente calibrado (ainda que isso pareça óbvio). Segue-se a preparação da mistura de fitossanitários e adjuvantes no tanque, respeitando a ordem correta de carregamento e evitando incompatibilidades. O passo seguinte é a fragmentação da calda e a liberação das gotas no ambiente para seu trajeto até o alvo, onde ocorrerá o impacto e posterior deposição da gota, permitindo, por fim, a entrada do princípio ativo que desencadeará o efeito biológico desejado.
Ao fragmentar a calda, liberamos no ambiente uma população de gotas com tamanhos e características específicas. No trajeto até o alvo, as gotas menores (com menos de 150 micrômetros) têm menor capacidade de sobrevivência no ambiente e maior suscetibilidade a serem levadas pelo vento. No
entanto, possuem a vantagem de atravessar barreiras vegetais ou resíduos no solo e alcançar altos níveis de cobertura superficial. Por outro lado, as gotas maiores (com mais de 350 micrômetros), embora gerem menor cober-
Figura 1
Etapas que compõem o processo completo de pulverização.

O ponto chave para se aproximar desse propósito é garantir a chegada da queda a uma meta proposta antecipadamente.

tura e possam causar deriva descendente, têm maior estabilidade e uma vida útil mais longa, o que aumenta as chances de atingir o alvo.
Sob essa análise, as condições climáticas durante a aplicação são determinantes e desempenham um papel crucial na sobrevivência
Figura 2
Curva Delta T. Adaptado de https://inta.gob.ar/sites/ default/files/inta.delat-t-indicador-meteorologico_2.pdf.

Figura 3
Pontos-chave para ajustar a técnica de pulverização adequada.

das gotas. Velocidade média do vento, suas rajadas máximas e o Delta T (que combina temperatura e umidade de maneira prática) devem ser os principais parâmetros considerados para definir os momentos ideais de trabalho ou orientar o uso do adjuvante correto.
Os diferentes componentes da barra de pulverização e sua configuração, junto com a pressão de trabalho e a velocidade de avanço, determinarão como fragmentaremos a calda. Isso resultará em uma população de gotas com diâmetros específicos, que facilitarão a distribuição homogênea de pequenas doses de ativos sobre a superfície alvo. Por isso, é crucial gerar o padrão e o tamanho adequados das gotas para garantir o desempenho correto dos produtos aplicados.
Conhecer previamente as
Figura 4 e 5
A ferramenta que nos ajudará na tarefa de avaliar o desempenho das diferentes pastilhas é a placa hidrossensível.
características dos ativos que serão recomendados (especialmente seu nível de sistemicidade), determinar corretamente o alvo a ser atingido e avaliar o contexto ambiental onde a aplicação ocorrerá formam o “triângulo” essencial para configurar variáveis com consciência.
O resultado dessa análise deve conduzir a regulações em nível de técnicas de aplicação que busquem o melhor equilíbrio possível, garantindo níveis suficientes de cobertura no alvo por meio de tamanhos de gotas
Dados médios obtidos para as variáveis DVM e impactos/cm² em diferentes formatos de bicos, simulando condições de pousio com placas totalmente expostas. As condições de teste foram: vazão de 76 L/ha, pressão de 3 bar, velocidade de 18 km/h e distância entre bicos de 35 cm. Condições climáticas no campo: vento médio de 4 km/h e Delta T de 7,7 °C. Menta F., 2021, dados não publicados.


que minimizem o risco de deriva.
A escolha do bico de pulverização é a variável mais importante para determinar o tamanho das gotas. Por isso, é fundamental conhecer esses dispositivos, entender o funcionamento das diferentes tecnologias disponíveis e utilizá-las adequadamente conforme a situação. A ferramenta que nos auxilia na avaliação do desempenho dos diferentes bicos é a
placa hidrossensível. Esses retângulos amarelos, normalmente com dimensões de 26 mm x 76 mm e alta reatividade ao contato com água, permitem medir níveis de cobertura e tamanhos de gotas, entre outras variáveis essenciais. Dessa forma, podemos verificar a eficiência do trabalho realizado, com base no bico selecionado e na técnica definida.
Medir os resultados das aplicações por meio das placas
é a forma de quantificar os trabalhos de pulverização, permitindo ajustar as técnicas para garantir níveis suficientes de cobertura no alvo, utilizando tamanhos de gotas que reduzam o risco de deriva. A medição, como sempre, nos oferece a oportunidade de corrigir e melhorar. Esse é o ponto de partida para alcançar o objetivo de sermos simultaneamente eficientes e sustentáveis nos tratamentos realizados no sistema agrícola atual.
Entrevista com Pablo Lafuente
A grande aterrissagem
Pablo Lafuente, diretor global de Marketing da Spraytec, conversou com Juan Carlos Grasa, diretor da Horizonte A, sobre o presente da empresa na Austrália. O nível de adoção, o crescimento e as metas a serem alcançadas no curto prazo. Um exemplo de superação em nível empresarial.
Por: Juan Carlos Grasa, diretor da Horizonte A.
Hoje falaremos sobre a presença da Spraytec na Austrália. Você fez recentemente uma viagem com Reginaldo Santana, com quem acho que foi há cinco anos para ver o que estava acontecendo, certo?
Sim, há cinco anos e após um convite da Embaixada da Austrália ao Diego Parodi e ao Reginaldo, com toda a intenção de poder desembarcar com nossa tecnologia lá, fomos fazer um reconhecimento do mercado australiano. De acordo com o governo deles, era valioso para nós irmos até lá, então fomos, investigamos o mercado, avaliamos e acabamos conquistando um novo mercado. Voltamos com a Spraytec Austrália aberta e em operação.
Como foi a operação em termos de organização e
crescimento específico?
Há uma dinâmica muito seletiva na abertura de um novo mercado, há muitos aspectos a serem levados em conta. Marcelo del Barro está trabalhando nessa subsidiária, sempre como o responsável pela Austrália. No início, houve um período muito curto com um australiano, que era mais uma questão de legislação. Ele estava no comando do navio, mas o Marcelo rapidamente assumiu o leme, começou a trabalhar, traçou objetivos e, cinco anos depois, o que encontramos é uma subsidiária que está crescendo muito fortemente, que hoje tem nossa base original.
Como está sendo a expansão dentro do território?
Sempre chegamos a Perth, no oeste, e foi lá que demos nos-
sos primeiros passos. Temos nossa sede lá, mas também temos armazéns e escritórios no leste, tanto em New South Wales quanto em Victoria, e também no sul da Austrália, em Adelaide. Portanto, cinco anos depois, já temos quatro bases na Austrália e uma equipe de mais de oito pessoas trabalhando lá.
Qual é a principal diferença que você percebe na maneira como vocês comercializam em comparação com outros lugares do mundo?
O mais interessante é que, em todo esse tempo, conseguimos estabelecer vínculos e relações estratégicas e comerciais com várias cadeias. Lá, o sistema é de cadeia de suprimentos, ou seja, cadeias de lojas, não existe o modelo cooperativo. Eles têm muitos pontos de venda, por exemplo, um de nossos clientes tem 400 pontos de venda, outro tem 100 pontos de venda,
“Lá o sistema é um sistema de cadeia de suprimentos, ou seja, cadeias de empresas, não existe o modelo cooperativo.”

“Cinco anos depois, já temos quatro bases na Austrália e uma equipe de mais de oito pessoas trabalhando”.
outro tem 60, diferentemente das agronomias que temos na Argentina que, por exemplo, que são cadeias de distribuição com muitos pontos de venda. Isso é muito interessante, muito diferente, e os produtos da Spraytec se encaixam muito bem nesse modelo.
Dentro da gama de produtos que vocês comercializam, quais são os mais adotados pelos produtores?
Lá, temos o Fulltec e o Fulltec Max como dois redutos. Na Austrália, como não há culturas de verão - há apenas culturas de inverno e um regime de chuvas muito baixo - ainda é um pouco difícil para nós entrarmos com fertilizantes e fitoestimulantes, porque o rendimento é um pouco básico, mas o Fulltec e o Fulltec Max são muito populares entre os produtores australianos.
Esses cinco anos têm sido um sucesso contínuo, um trabalho bem feito e com bases sólidas, com Marcelo conduzindo o navio com muito entusiasmo e comprometimento.
Como você vê os próximos cinco anos?
Bem, acho que, embora isso tenha acabado de começar, estamos em um ponto de inflexão - estávamos conversando sobre isso com o Marcelo em nossa última visita - porque, a pedido de algumas das cadeias, também estamos solicitando o registro como adjuvantes - somos fertilizantes, mas o Fulltec
Max também está solicitando o registro como adjuvante.
Isso nos daria acesso a outra cadeia e até mesmo a novos produtores, porque nossos produtos são fertilizantes e adjuvantes; são ambos. Portanto, acreditamos que, com esse registro, as vendas poderiam aumentar exponencialmente, de acordo com o que nossos clientes nos dizem.
Qual é o posicionamento dos produtos na Austrália?
O Fulltec foi posicionado primeiramente como um produto para pousio, e o Fulltec Max como um produto on-crop, ou seja, nas lavouras para aplicação de inseticidas, fungicidas e, é claro, herbicidas.
O material está sendo

fornecido do Brasil?
Hoje o fornecimento vem do Brasil, mas estamos trabalhando em um projeto muito bacana, espero ter mais progresso em breve para poder falar sobre ele, mas estamos trabalhando na ideia e estamos no caminho.
O Lucas está na Austrália hoje, ele chegou ontem, organizando a infraestrutura necessária para montar uma indústria.
Hoje o transporte, a logística, o prazo de 60 dias em um barco, é muito difícil ter sempre o produto em tempo e forma para entregar aos nossos clientes, por isso vamos começar com a produção australiana.
Que ótima notícia!
Será um setor pequeno no início, vamos ver como ele se desenvolverá. Hoje estamos no processo de investimento na fábrica da Austrália. Essa é uma notícia muito boa, teremos nossa quarta planta de produção!
É uma grande conquista, e uma grande responsabilidade também, que a Spraytec continue a crescer.
Muito obrigado! Fizemos um grande investimento em equipamentos e infraestrutura, inicialmente liderado pelo Lucas, do Brasil, e ontem ele chegou à Austrália para começar a montar todos os equipamentos, então esperamos ter a produção australiana em menos de um ano.
Parabéns, Pablo!

A tecnologia que está conquistando o mundo
Spraytec® , mais de 300 milhões de hectares tratados


Spraytec






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