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Bem-Estar Online
O que acontece quando o cancelamento mina as pontes de diálogo? No futuro todos seremos cancelados? Abaixo, apresentamos 5 alternativas ao cancelamento – e como podemos aplicá-las.
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No futuro todos serão cancelados? Você já foi? Se não, talvez já possa ter cancelado alguém ou, no mínimo, saber de algumas dezenas de histórias de pessoas que foram canceladas. Quanto mais alguém se expõe online, maior é a chance de um cancelamento. De seguidores, passamos a ser julgadores e fiscais do comportamento alheio.
Mas como a gente pode trocar a lógica do cancelamento por uma dinâmica de mais conexão? É preciso nos lembrarmos do que nos une: nossa humanidade.
“Todas as pessoas erram, cometem deslizes, o que é diferente de ter uma postura preconceituosa, abusiva e violenta. Ao tentar cancelar uma atitude de uma pessoa, cancela-se ela por inteiro. Se colocar no lugar do outro, ouvir o que ele tem a dizer e ser empático são caminhos importantes”, afirma a psicóloga Karen Scavacini, fundadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio.
Não estamos falando em sermos omissos nem em minimizar atitudes que não são mais aceitáveis – e é importante a gente compreender essa diferença, né?
Para a internet ser mais ponte do que muro, é bom que a gente aprenda a conversar melhor. A seguir, você confere algumas alternativas práticas ao cancelamento, inspiradas pelas dicas da Safernet:
↳ Escuta ativa e diálogo Cancelamento não dá espaço para aprendizado e para a reflexão, nem permite que a pessoa cancelada tenha seu direito de defesa garantido. O cancelamento é também o linchamento da era digital e, na velocidade
que é feito, pode favorecer injustiças.
Isso não quer dizer que você não possa falar publicamente sobre uma violência cometida por outra pessoa. Isso quer dizer apenas que toda luta pela promoção dos direitos humanos também passa pela escuta ativa e pelo diálogo aberto.
↳ Começando a falar sobre: Um bom primeiro passo na promoção de conhecimento, inclusão e diversidade e no combate ao cancelamento é puxar e promover conversas públicas sobre violências, comportamentos e atitudes ofensivas, discriminatórias ou criminosas.
↳ Apoio às causas: O apoio às causas sociais também é fundamental. Você pode apoiar criando ou se engajando em campanhas que propõem algo efetivo e claro.
↳ Boicote: Se a pessoa cancelada estiver associada a alguma marca ou se ela própria for a responsável, vale fazer o boicote: não consumir, não engajar e defender o não consumo dos produtos de empresas que não condenam ou que têm práticas discriminatórias.
↳ Autoquestionamento: Pergunte para si: o que você quer ao expor o outro? Lembrando que se for um crime ou violência contra os direitos humanos, você pode e deve denunciar no www.denuncie.org.br. E se esses conteúdos violentos forem algum gatilho para você, considere também deixar de interagir com as postagens da pessoa nas redes sociais.
Fonte: www.ainternetqueagentefaz.com.br