1 minute read

BOM MOMENTO PARA O SEGMENTO TODO-TERRENO

OBRAS EM PARQUES EÓLICOS, CONSTRUÇÃO E ENERGIA ATRAEM

NOVOS INVESTIMENTOS EM EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO DE GRANDE PORTE, REVITALIZANDO UM SEGMENTO QUE AMARGOU ANOS DE BAIXA DEMANDA

Apartir de 2016, o mercado de guindastes atravessou um momento de exceção no Brasil, com a curva de vendas em forte queda. O problema, causado pela recessão econômica, atingiu não apenas os equipamentos do tipo todo-terreno (AT), mas boa parte do setor. A situação só começou a mudar em 2018, quando a demanda se tornou positiva e as vendas voltaram a crescer.

Entre 2020 e 2021, mesmo com a pandemia, o crescimento se manteve em parte motivado por um maior volume de obras, embora o setor já enfrentasse problemas de câmbio.

“Naquele período, as moedas estrangeiras acabaram disparando e, consequentemente, a elevação do euro e do dólar funcionou como um freio”, analisa Anilton Leite, gerente de vendas da Tadano Brasil, destacando que nos últimos dois anos o segmento de guindastes finalmente retomou um ritmo de crescimento mais consistente. “Hoje, há demanda de maneira geral e cada setor faz investimentos com base em necessidades técnicas, comerciais e de prazo”, complementa.

Na avaliação de Alex Xiao, presidente da Sany do Brasil, nessa equação também deve ser considerado o fato de que projetos eólicos começaram a se multiplicar no país a partir de 2019. “Essas obras justificaram novos investimentos em equipamentos de elevação de carga de grande porte, ao invés de modelos truck cranes”, diz Xiao, indicando que as máquinas AT passaram a ser fundamentais para trabalhos de maior porte, como montagem de pontes e sítios de mineração. “Inclusive, a partir da retomada do mercado os clientes passaram a olhar de maneira diferente para os guindastes AT de origem chinesa”, comenta o executivo. Antes dominado por marcas ocidentais, diz ele, o mercado brasileiro de guindastes começou a dar mais espaço aos equipamentos orientais. “Primeiramente, isso ocorreu em um patamar até 250 t e, depois, passou para máquinas de 300 t a 650 t”, de-