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Prêmios Científicos 2022 – vencedores serão conhecidos em cerimônia no dia 23 de junho
from Revista Medicação Jan/Abr 2022
by Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas
DESTAQUE SMCC Vencedores dos Prêmios Mérito Científico e
Mérito Acadêmico serão divulgados em 23 de junho
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Depois de dois anos, cerimônia de entrega deve ser realizada presencialmente
s grandes vencedores dos Prêmios Mé-
Orito Científico SMCC 2022 e Mérito Acadêmico SMCC 2022 serão conhecidos no dia 23 de junho, em uma cerimônia presencial. Depois de dois anos em formato on-line, devido às restrições da pandemia, o evento promete ser um grande reencontro de médicos e acadêmicos de medicina.
Durante a cerimônia, serão divulgados os três grandes vencedores do Prêmio Mérito Científico. A seleção dos trabalhos está acontecendo, como prevê o regulamento, em duas etapas. Na primeira, é selecionado o melhor trabalho de cada especialidade. Na segunda, são eleitos os três melhores trabalhos, considerando todas as especialidades. Este serão os grandes vencedores e cada um receberá R$ 2 mil como reconhecimento e estímulo à pesquisa.
Já a seleção dos trabalhos do Prêmio Mérito Acadêmico acontece em apenas uma etapa, e os melhores trabalhos inscritos por alunos de medicina serão classificados em 1º, 2º e 3º lugares, com prêmios de R$ 1.000,00, R$ 600,00 e R$ 400,00, respectivamente.
A Campanha Concilia SMCC, lançada em março, está oferecendo condições especiais para associados inadimplentes regularizarem sua situação junto à entidade. A iniciativa tem como objetivo fortalecer a instituição de uma maneira justa e solidária, já que muitos associados passaram por dificuldades financeiras causadas pela pandemia.
“Nós priorizamos uma relação de parceria com nossos associados. Sabemos que a pandemia impactou financeiramente muitos médicos, que deixaram de atender por um período ou tiveram algum tipo de restrição em seus atendimentos. Essa realidade acabou refletindo em inadimplência. Por isso, decidimos organizar essa campanha. Dessa forma, nós ajudamos nossos associados e eles também nos ajudam a fortalecer a SMCC”, explica Dra. Fátima Bastos presidente da SMCC. De acordo com ela, esta é uma grande oportunidade, já que as condições são bem especiais.
Para fazer a negociação, os associados inadimplentes devem entrar em contato com o DEFIN (Departamento Financeiro). Os casos estão sendo avaliados de maneira individual para atender às necessidades de cada um. “É uma negociação personalizada. Nosso objetivo realmente é facilitar a volta do associado”, comenta Dra. Fátima.
Campanha Concilia SMCC
Se você está inadimplente, esta é a sua chance de regularizar sua situação junto à entidade. Entre em contato com a SMCC e confira as condições especiais de negociação.

Para aderir aos benefícios da CAMPANHA CONCILIA SMCC, basta entrar em contato pelo e-mail faturamentos@smcc.com.br ou pelo celular (19) 98147.0212
ESPECIAL
Histórias inspiradoras de médicos que adotaram o trabalho solidário como uma missão
Expedicionários da Saúde leva uma grande estrutura, que possui até centro cirúrgico, para fazer seus atendimentos

As ONG´s Expedicionários da Saúde e Zoé levam saúde a lugares remotos e esperança e pessoas sem acesso a atendimento médico
judar o próximo é ine-
Arente ao médico! A prática diária da profissão, quando salva uma vida, cura uma doença, acaba com um sofrimento, proporciona esperança, já é uma forma de dedicação ao outro. Mas, para alguns deles, isso não é suficiente. É necessário ir além! Dedicar tempo, ficar longe da família, trabalhar em condições adversas, convencer pessoas, vivenciar novas culturas, buscar parcerias... Tudo isso em troca de um sorriso ou de um olhar de gratidão. Nada mais!
Nesta matéria especial da Revista MedicAção, você vai conhecer dois médicos e dois trabalhos inspiradores: a ONG Expedicionários da Saúde, presidida pelo ortopedista Dr. Ricardo Affonso Ferreira, e a ONG Zoé, presidida pelo endoscopista Dr. Marco Aurélio D’Assunção. A primeira, de Campinas, desenvolve um grande trabalho com a população indígena. A segunda, de São Paulo, atua no atendimento de famílias ribeirinhas da Amazônia Legal. São dois exemplos, entre muitos outros, que merecem o reconhecimento de toda a comunidade médica.
EDS: um exemplo e modelo a ser seguido
Fundada em 2003, a ‘Expedicionários da Saúde’ tem números que impressionam: até hoje, já foram realizados 46 expedições, 64 mil atendimentos, 9 mil cirurgias, 100 mil exames e procedimentos, e doados 5 mil óculos. O principal diferencial da ONG é a utilização de um moderno Centro Cirúrgico Móvel, transportado e montado nas aldeias.
Para se ter uma ideia do crescimento deste trabalho, a primeira expedição contou com quatro pessoas e 150 quilos de equipamentos. A última, realizada em abril deste ano, reuniu 75 pessoas e 20 toneladas de equipamentos, com a realização de cerca de 400 cirurgias.
Tudo isso só é possível porque, ao longo desses anos, a Expedicionários da Saúde conseguiu construir uma estrutura sólida, que já conta, inclusive, com colaboradores que se dedicam exclusivamente à ONG, embora a maior parte dos trabalhos ainda seja feita por voluntários. Parcerias com grandes empresas, nacionais e internacionais, viabilizam as expedições e ajudam a manter o escritório em Campinas, que não para. Paralelamente, ela também recebe contribuições de pessoas físicas ou empresas menores, com valores de R$ 30,00 a R$ 1.000,00, mas esta participação ainda é pequena.
Tudo começou em 2002, quando um grupo de amigos, na maioria médicos, visitou o Pico da Neblina (AM) e conheceu uma aldeia Yanomami. “A gente viu as necessidades

Dr. Ricardo Affonso Ferreira, um dos fundadores da Expedicionários da Saúde
da região e começou a pensar o que poderia fazer do lado cirúrgico. Rapidamente foi decidido que o ideal seria levar o hospital para a floresta, para que esses indígenas, que são os verdadeiros guardiões da floresta, ficassem nas suas terras e não precisassem ir para as grandes cidades, onde é tudo muito difícil, porque a nossa cultura é bem diferente da deles e muito sedutora”, explica Dr. Affonso Ferreira, que, aos 65 anos, continua atendendo em seu consultório e, com frequência, amplia o expediente para também dar conta de todas as demandas da ONG.
Para ele, como já dissemos no início desta matéria, o trabalho voluntário é uma coisa quase que inerente ao ato de ser médico. “Pelo menos no começo, o sonho do médico sempre foi de ajudar o próximo. E o trabalho voluntário é quando você atinge a excelência, né? Você não tem o “pecúnio” de retorno. Então, quando você faz esse trabalho, é para poder cuidar dos outros mesmo, e a satisfação que dá é enorme”, garante.
E se você está pensando em começar um trabalho voluntário, fique atento ao conselho de quem já tem muita bagagem nessa área. “É ir à luta, não deixar passar a oportunidade. As oportunidades de ajudar o próximo, com certeza, aparecerão na vida de um médico, se você não pensar que você tem de ganhar para ajudar o próximo”, pondera. “É preciso estar sempre de olho aberto nas oportunidades que aparecerão, porque muitas pessoas nem reconhecem quando elas surgem”, diz.
EDS: Missão Covid-19
Na fase mais crítica da pandemia, a ONG Expedicionários da Saúde mudou o foco do trabalho e lançou o projeto Missão Covid-19, que teve três frentes de atuação: o suporte ao povo da floresta, com 262 enfermarias em 11 Estados; a construção do hospital de campanha em Campinas, com 122 leitos; e a distribuição, para 17 Estados, de 1,8 mil máscaras de mergulho para oxigenioterapia. Após a desmontagem do hospital de Campinas, a maior parte dos equipamentos foi doada para diversas prefeituras da região.
ONG Zoé – 11 médicos e um economista iniciam trabalho em 2019
A fundação da ONG Zoé é bem mais recente: novembro de 2019. Começou quando 11 médicos e um economista se juntaram para ajudar populações carentes que vivem em locais remotos. A primeira expedição aconteceu um ano depois, em Santarém, no Pará, quando foram realizados 114 exames de ultrassom. Desde então, os trabalhos não param. No mês de março de 2022, foram concluídas duas expedições, a 5ª e a 6ª, simultaneamente, quando foram realizados, em uma semana, 186 exames de imagem, 57 cirurgias, entre hérnias, hemorroidas, fístulas e cistos, além de 140 consultas médicas.
O presidente da Zoé, Dr. Marco Aurélio D’Assunção, conta que a criação da ONG foi consequência do desejo de ajudar o próximo. “Tive a oportunidade de conhecer a região do Oeste do Pará em 2015, num projeto chamado “Quem Procura Cura”, de rastreamento de câncer colorretal. Foi uma sensação de prazer e, ao mesmo tempo, de ver que muitos neste país precisam de atendimento à saúde, pois o resto eles têm”, explica o médico.
A Zoé atua no atendimento a

Voluntário da ONG ZOé em atendimento domiciliar a ribeirinhos

famílias ribeirinhas dos municípios de Belterra, Aveiro e parte de Santarém e conta com um barco-hospital durante suas expedições. Seu objetivo é criar um modelo de atendimento à saúde que possa ser replicado em outras regiões com realidades semelhantes. “Paralelamente a assistência à saúde, a ONG também atua com os pilares educação – ao levar em suas expedições acadêmicos e médicos residentes, com objetivo de proporcionar uma experiência única de aprendizado –e ciência, com a compilação de dados de cada expedição com objetivo de favorecer a realização de estudos científicos”, explica o médico.
Os desafios de realizar as expedições são muitos. As populações atendidas ficam em uma região onde a distância média de qualquer lugar para um serviço de urgência é de 15 quilômetros. O Pará foi escolhido porque é o estado onde a expectativa de vida menos cresceu nos últimos anos e também por ter a menor proporção de médico por mil habitante: 1,07.
O desafio logístico é grande e começa bem antes de cada expedição: definição de quais atendimentos serão realizados, busca por recursos que viabilizem as ações, montagem das equipes, organização de transporte e hospedagem, realização de parcerias locais, entre outras ações necessárias
Mas, para o médico, toda essa dedicação vale muito a pena. “Pessoal e espiritualmente, a atividade de assistência e o reconhecimento que essas populações carentes de saúde nos dão são o que nos fazem verdadeiros seres humanos. Quando levamos residentes e estudantes, vemos que eles voltam pessoas diferentes, mais elevadas espiritualmente e melhores seres humanos. É nítido”, finaliza.

Voluntário da ONG ZOé em atendimento domiciliar a ribeirinhos

Dr. Marco Aurélio D’Assunção, em uma das expedições da ONG Zoé
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Expedicionários da Saúde ZOé
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