4 minute read

Lista de Obras [ List of Works ]

pp. 59-65

I NEZ T EIXEIRA

Advertisement

Degelo, 2021 acrílico sobre papel [acrylic on paper]

160 × 120 cm

Sete desenhos [Seven drawings] pp. 68-69

J ORGE F EIJÃO

Da série Mundus, mundi II # Políptico A, 2020 carvão e grafite sobre papel [charcoal and graphite on paper]

268,5 × 442,5 cm

Políptico com nove desenhos [Polyptych with nine drawings] pp. 71-75

J ORGE F EIJÃO

Da série Mundus, mundi II, 2020 carvão e grafite sobre papel [charcoal and graphite on paper]

89,5 × 147,5 cm

Nove desenhos [Nine drawings] pp. 76-77

J ORGE F EIJÃO

Da série Mundus, mundi II # Políptico C, 2021 carvão e grafite sobre papel [charcoal and graphite on paper]

268,5 × 442,5 cm

Políptico com nove desenhos [Polyptych with nine drawings] pp. 79-83

J ORGE F EIJÃO

Da série Mundus, mundi II, 2021 carvão e grafite sobre papel [charcoal and graphite on paper]

89,5 × 147,5 cm

Nove desenhos [Nine drawings] pp. 84-85

J ORGE F EIJÃO

Da série Mundus, mundi II # Políptico E, 2021 carvão, grafite e tinta acrílica sobre papel [charcoal, graphite and acrylic paint on paper]

268,5 × 442,5 cm

Políptico com nove desenhos [Polyptych with nine drawings] pp. 87-91

J ORGE F EIJÃO

Da série Mundus, mundi II, 2021 carvão e grafite sobre papel [charcoal and graphite on paper]

89,5 × 147,5 cm

Nove desenhos [Nine drawings] pp. 94-95

M ARIA C APELO

Olive noir, 2018 tinta-da-china e tinta-da-china e lápis sobre papel [Indian ink; Indian ink and pencil on paper]

29,5 × 27,5 cm

Dezanove desenhos [Nineteen drawings] p. 97

M ARIA C APELO Sem título [Untitled ], 2018 óleo sobre tela [oil on canvas]

190 × 185 cm p. 98

M ARIA C APELO Sem título [Untitled ], 2015 óleo sobre tela [oil on canvas]

185 × 190 cm p. 101

M ARIA C APELO Sem título [Untitled ], 2015 óleo sobre tela [oil on canvas]

185 × 190 cm p. 102

M ARIA C APELO Sem título [Untitled ], 2017 óleo sobre tela [oil on canvas]

190 × 185 cm p. 105

M ARIA C APELO Sem título [Untitled ], 2018 óleo sobre tela [oil on canvas]

190 × 185 cm p. 106

M ARIA C APELO Sem título [Untitled ], 2016 óleo sobre tela [oil on canvas]

185 × 190 cm pp. 110-119

D UARTE B ELO

Serra da Estrela, 1990-2018 diaporama, fotografia, p/b e cor [slideshow, photography, b/w and color]

A Natureza, é bem sabido, ensinou primeiro o arquitecto a transmitir por meio de longas colunatas a ilusão da distância, mas os telhados impedem a penetração da luz e não permitem que se obtenha o mesmo efeito quando se olha para o alto. Aqui a Natureza é inigualável com as suas abóbadas verdes e arejadas e as nuvens impregnadas de sol, a uma nuvem sucedendo sempre uma outra mais para cima. O nosso olhar pode não conseguir alcançar a mais alta, mas os raios de sol atravessam-na e vêm iluminar os vastos espaços em baixo, uma nave após outra nave, cada uma com as suas próprias luzes e sombras. Longe, por cima de mim, mas não tão longe como parecia, a suave penumbra de uma destas naves, ou espaço, é agora atravessada por um raio de luz dourada a esgueirar-se por uma brecha aberta na folhagem mais alta e empresta uma es tranha glória a tudo aquilo em que toca, as folhas soltas e balouçantes, tufos de musgo semelhantes a uma barba longa e lianas ondulantes como a serpente. E no mais aberto recanto desse espaço tão aberto, parecendo aos nossos olhos suspensa de coisa nenhuma, a flecha de luz revela um emaranhado de brilhantes fios de prata, a teia de uma enorme aranha das árvores. Estes fios, que pareciam tão distantes e todavia eram clara e distintamente visíveis, recordaram-me que o artista humano só é capaz de reproduzir as distâncias horizontais recorrendo à monótona repetição de arcos e pilares, postados a intervalos regulares, e que o mais pequeno desvio desta ordem aniquila o efeito pretendido. Mas a Natureza, pelo contrário, produz os seus efeitos ao acaso e parece acentuar a ilusão maravilhosa, graças somente a essa profusão infinita de motivos em que ela se revela e ligando uma árvore a outra árvore com um emaranhado de lianas semelhantes a anacondas. E esta teia de robustos cabos permite o aparecimento de outras muito mais pequenas e frágeis, as teias aéreas de fibras semelhantes a cabelos, que vibram com o sopro do vento provocado pela asa do insecto que passa.

W.H. H UDSON , Verdes Moradas

Nature, we know, first taught the architect to produce by long colonnades the illusion of distance; but the light-excluding roof prevents him from getting the same effect above. Here Nature is unapproachable with her green, airy canopy, a sun-impregnated cloud – cloud above cloud; and though the highest may be unreached by the eye, the beams yet filter through, illuming the hide space beneath – chamber succeeded by chamber, each with its own special lights and shadows. Far above me, but not nearly so far as it seemed, the tender gloom of one such chamber or space is traversed now by a golden shaft of light falling through some break in the upper foliage, giving a strange glory to everything it touches – projecting leaves, and beard-like tuft of moss, and snaky bush-rope. And in the most open part of that most open space, suspended on nothing to the eye, the shaft reveals a tangle of shining silver threads – the web of some large tree-spider. These seemingly distant, yet distinctly visible threads, serve to remind me that the human artist is only able to get his horizontal distance by a monotonous reduplication of pillar and arch, placed at regular intervals, and that the least departure from this order would destroy the effect. But Nature produces her effects at random, and seems only to increase the beautiful illusion by that infinite variety of decoration in which she revels, binding tree to tree in a tangle of anaconda-like lianas, and dwindling down from these huge cable to airy webs and hair-like fibres that vibrate to the wind of the passing insect’s wing.

W.H. H UDSON , Green Mansions

This article is from: