Segundo turno das eleições municipais: NOSSO VOTO PRINCIPAL É EM NOSSA ORGANIZAÇÃO! Mais uma vez, reforçamos nossa posição nas eleições: nossa prioridade deve ser a organização do magistério municipal a partir dos locais de trabalho para que outras conquistas importantes sejam possíveis. Foi com mobilização que barramos o PPQ, conquistamos um reajuste salarial de 19,56% – praticamente zerando perdas salariais de mais de 10 anos – e conquistamos o início da implementação dos 33% de hora-atividade ainda em 2012. Nenhuma das grandes conquistas, inclusive essas, que os trabalhadores tiveram na sua história veio de “mão beijada” ou foi concedida por algum governante. Todas foram frutos de nossa capacidade de organização e de luta por nossos direitos. Portanto, não é hora de nos dividirmos por conta de candidato A ou B. Pelo contrário, é hora de nos unirmos ainda mais através de nossas principais reivindicações, que são essenciais para melhorar de fato a qualidade da Educação Pública de Curitiba. No início de setembro, entregamos nossa Pauta de Reivindicações 2012 para todos os candida‐ tos a prefeito. Entretanto, essas reivindicações ainda não foram tratadas de forma concreta nessa disputa eleitoral.
Agora, no segundo turno, sem a participação do atual prefeito, é hora de defendermos ainda mais nossas reivindi‐ cações prioritárias, construídas pelo conjunto da categoria, para mostrar nossa união frente a uma nova administração. Confira abaixo as reivindicações que o magistério defi‐ niu como prioritárias para a Educação Pública de Curitiba, presentes na Pauta de 2012, e a atenção dada a elas pelos candidatos.
CONDIÇÕES DE TRABALHO As propagandas eleitorais falam muito sobre a constru‐ ção de novas unidades e sobre o aumento da carga horária de atendimento, mas nenhum dos dois candidatos propõe algo sobre a redução do número de alunos por turma, con‐ tratação de mais professores, educadores ou sobre a amplia‐ ção, para além do que já conquistamos, da hora-atividade/ permanência.
REDUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA: Os dois candidatos falam em melhorar a qualidade da educação, mas não há como avançar nesse sentido com salas superlotadas, que chegam a ter 49 alunos em turmas de 4º ano ou 37 alunos em turmas do 1º ano. O ideal seria que as turmas não ultrapassassem 20 alunos nos anos iniciais e 25 nos anos finais do ensino fundamental. AMPLIAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE: Os candidatos desco‐ nhecem ou fingem não saber que os professores de Curitiba conquistaram, através de sua ação coletiva e direta na greve no início de 2012, a implementação dos 33,33% de hora-ati‐ vidade a partir do segundo semestre desse ano. Apesar do atraso e da quebra de compromissos por parte da Prefeitura (ver Diário de Classe de setembro), a ampliação já se iniciou e estamos intensificando as cobranças para que seja cumpri‐
da em sua totalidade no máximo no início de 2013. O que ainda precisa ser feito nesse ponto: • Contratação de um número de professores e educadores que realmente atendam à demanda da ampliação, nas escolas e CMEIs. • Efetivar os 33% de hora-atividade em todas as unidades e ampliar para 40% no início do ano letivo de 2014, rumando para os 50% ainda no final da próxima gestão municipal (2018). Garantindo tempo na própria jornada de trabalho para um planejamento qualificado e para formação continuada, qualificando o tempo do professor na sala de aula e por consequência a qualidade da educação pública. Nunca é demais lembrar que isso já é fato em algumas cida‐ des e estados do país, inclusive economicamente mais po‐ bres do que Curitiba. • Respeito e garantia da hora-atividade para as pedagogas, inclusive as de CMAEs, pois atualmente esse direito não é respeitado.
COMPOSIÇÃO DA JORNADA NAS ESCOLAS DE 6º AO 9º ANO: Implantar a jornada de trabalho de 20 horas‐aula semanais para os profissionais que atuam nos anos finais do Ensino Fundamental, com aulas de duração de 50 minutos.