Diário de Classe - Ed. 225: Mai/2016

Informativo do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba # 225 | maio 2016 | Gestão "Novos Rumos¨ |

Contracorrente na luta por direitos!

Enfrentar a correnteza de ataques aos trabalhadores exige coragem para ir contra a maré e resistir às propostas de ‘saída’ da crise que sacrificam a classe trabalhadora págs. 6 e 7

Campanha

Conjuntura

Educação infantil

Falta de segurança nas escolas pág. 3

Direitos dos trabalhadores em risco pág. 4

Universalização avança com pág. 5 precarização

2 EDITORIAL

| # 225 | maio 2016

Sismmac

prestaÇÃo de contas FEVEREIRO/2016 SALDO DO MÊS DE JANEIRO/2016 Saldo Bancário 177.444,17 Caixa Interno 6.832,34 Saldo Poupança 50.363,06 Fundo de Greve 617.107,59 Aplicação para compra da sede 840.500,00 (capital) obs.: as aplicações não foram realizadas em janeiro e foram duplicadas em fevereiro TOTAL 1.629.635,75

SALDO ATUAL SALDO BANCÁRIO 176.328,82 CAIXA INTERNO 202,40 SALDO POUPANÇA 50.681,69 FUNDO DE GREVE 670.843,78 APLICAÇÃO PARA COMPRA DA SEDE 879.000,00 SALDO ATUAL 1.777.056,69

* O apoio a outros movimentos faz parte da política aprovada no último Congresso do SISMMAC. A contribuição mensal de 6,2%, que antes era destinada à CUT, passou a ser utilizada como apoio financeiro para movimentos que atuam de acordo com os princípios da organização por local de trabalho, formação política, autonomia em relação a partidos políticos e independência frente a patrões e governos.

Tabela de Vencimentos do Magistério de Curitiba - Abri/2016 (reajuste de 10,36%)

Parte Permanente - Graduação

Parte Especial

A

Parte Permanente - Especialização

O

cenário político e econômico no Brasil e no mundo está em crise. Empresários, banqueiros e governos tentam repassar a conta dessa crise, gerada por eles próprios, para os trabalhadores. Os ataques aos direitos da nossa classe, a classe trabalhadora, aumentam a cada dia e a nossa resposta precisa ser a organização e a mobilização.

Na edição de maio do Jornal Diário de Classe, demos continuidade à análise de conjuntura que iniciamos no mês de abril e falamos um pouco mais sobre os ataques que se desenham sob a forma de projetos de lei e que tramitam no Congresso Nacional. Confira mais na página 4.

No âmbito local, a administração do prefeito Gustavo Fruet tenta a todo custo nos repassar a conta crise. Fazem isso ao precarizar as nossas condições de trabalho nas unidades educacionais ao mesmo tempo em que trata a reposição da inflação de forma oportunista. Querem nos fazer acreditar que tivemos aumento real durante a gestão Fruet, quando na verdade nossos salários só tiveram a inflação reajustada.

Para além disso, até o momento, as negociações da Pauta Prioritária pouco avançaram e precisamos nos reorganizar nas unidades educacionais, envolver a comunidade e somar forças para pressionar a Prefeitura a atender as nossas reivindicações. Somente com luta e mobilização poderemos reverter as tentativas de retirada de direitos da administração municipal.

Em maio, iniciaremos uma campanha sobre a questão da violência nas escolas. Os números de depredação do patrimônio, arrombamentos, furtos e assaltos na entrada e saída das aulas e agressões aumentaram consideravelmente. Entretanto, a única resposta da Prefeitura tem sido o assédio às professoras e professores da rede para abafar os casos. Fique atento e confira, em breve, uma série completa no site e no Facebook do SISMMAC. Outro assunto que vem tirando o sono dos profissionais do magistério é a H1N1. Esperamos que, assim como houve uma grande campanha referente ao mosquito da dengue nas escolas, a administração municipal da nossa cidade invista na prevenção da doença nas unidades educacionais.

Esse e outros assuntos você confere nas páginas a seguir! Acompanhe as lutas travadas por professores e estudantes no Rio de Janeiro, as batalhas dos trabalhadores da Mabe e também dos servidores de Araucária.

Vamos juntos combater a retirada de direitos dos trabalhadores! Seguimos firmes!

DEMONSTRATIVO DE DESPESAS DE FEVEREIRO DE 2016 Informática Hospedagem/site/internet 554,00 Internet/Onda 19,82 Manutenção 170,00 Aquisições Móveis e utensílios 9.883,33 Aparelhos de telefone celular 11.592,00 Assessorias e Serviços Dieese 742,03 Honorários Advocatícios 14.229,40 Contabilidade 1.160,67 Locação copiadora 550,00 Empresa de segurança 116,71 Assinaturas 55,10 Auxílios Diretoria/alimentação 1.310,58 Bolsa/estagiário 1.219,09 Diretoria/transporte 925,20 Transporte/serviços internos 244,20 Transporte/estagiário 124,00 Correio 7.632,90 Energia Elétrica/COPEL 337,92 Encargos 16.463,58 Contribuição estatutária/CNTE 8.989,20 Sanepar 101,58 Eventos Coletivo dos Aposentados 478,37 Campanha de Lutas 1.130,74 Cursos externos 502,15 Trabalhadores Salários/auxílio transporte/auxílio alimentação 28.922,82

Parte Permanente - Mestrado

Nossa tarefa é mobilizar o chão da escola

DEMONSTRATIVO DE RECEITAS DE FEVEREIRO DE 2016 Mensalidades Associados 236.558,16 TOTAL RECEITA 236.558,16

Parte Permanente - Doutorado

Negociações com a Prefeitura só avançam quando o magistério está mobilizado

Exame demissional 60,00 Férias 1.856,50 Assistência médica 7.625,91 Despesas médicas/hopitalares 80,59 Cursos especialização 540,00 Plano odontológico 500,70 Seguro de vida 198,87 Jurídico Gastos processuais 138,88 Sede Material de consumo/limpeza/conservação 1.148,32 Material de escritório 339,33 Manutenção e reparos 5.715,40 Aluguel/IPTU 8.948,54 Comunicação Diagramação/arte 2.900,00 Publicação de edital 140,00 Telefone GVT 450,85 TIM 1.474,36 Copel telecomunicações - internet 369,90 Veículos Combustível 820,00 Desgaste/combustível 403,65 Estacionamento 315,50 Estar 80,00 Seguro Gol 969,21 Tarifas Bancárias 99,14 Apoio a outros movimentos Sindicato dos Sapateiros de Franca 2.000,00 Coletivo Outros Outubros Virão 1.000,00 Associação Capoeira Angola Dobrada 700,00 Sintcom-PR 2.000,00 Oposição ao Sindicato dos Sapateiros do município de Franca 6.342,26 Oposiçao ao Sindicato dos Bancários do DF 1.500,00 TOTAL DESPESAS 156.173,30

B

C

D

E

F

G

H

I

100

1.265,48

1.300,91

1.337,33

1.374,78

1.413,27

1.452,85

1.493,53

1.535,34

1.578,33

101

1.622,53

1.667,96

1.714,66

1.762,67

1.812,03

1.862,76

1.914,92

1.968,54

2.023,66

102

2.080,32

2.138,57

2.198,45

2.260,00

2.323,28

2.388,34

2.455,21

2.523,96

2.594,63

103-PME

2.667,28

2.741,96

2.818,74

2.897,66

2.978,79

3.062,20

3.147,94

3.236,08

3.326,69

104-PME

4.265,31

3.419,84

3.515,60

3.614,03

3.715,23

3.819,25

3.926,19

4.036,13

4.149,14

103

--

--

--

--

--

--

--

--

--

104

--

1.918,15

1.971,85

2.027,07

2.083,82

2.142,17

2.202,15

2.263,81

2.327,20

105

2.392,36

2.459,35

2.528,21

2.599,00

2.671,77

2.746,58

2.823,48

2.902,54

2.983,81

106

3.067,36

3.153,24

3.241,53

3.332,30

3.425,60

3.521,52

3.620,12

3.721,48

3.825,69

107-PMI

3.932,81

4.042,92

4.156,13

4.272,50

4.392,13

4.515,11

4.641,53

4.771,49

4.905,09

108-PMI

5.042,44

5.183,63

5.328,77

5.477,97

5.631,36

5.789,03

5.951,13

6.117,76

6.289,05

109-PMI

6.465,15

6.646,17

6.832,27

7.023,57

7.220,23

7.422,40

7.630,22

7.843,87

8.063,50

110-PMI

8.289,27

8.521,37

8.759,97

9.005,25

9.257,40

9.516,61

9.783,07

10.057,00

10.338,59

107

1.673,59

1.720,45

1.768,62

1.818,14

1.869,05

1.921,38

1.975,18

2.030,49

2.087,34

108

2.145,79

2.205,87

2.267,63

2.331,13

2.396,40

2.463,50

2.532,47

2.603,38

2.676,28

109

2.751,21

2.828,25

2.907,44

2.988,85

3.072,54

3.158,57

3.247,01

3.337,92

3.431,38

110

3.527,46

3.626,23

3.727,77

3.832,14

3.939,44

4.049,75

4.163,14

4.279,71

4.399,54

111-PMII

4.522,73

4.649,36

4.779,55

4.913,37

5.050,95

5.192,38

5.337,76

5.487,22

5.640,86

112-PMII

5.798,81

5.961,17

6.128,08

6.299,67

6.476,06

6.657,39

6.843,80

7.035,43

7.232,42

113-PMII

7.434,92

7.643,10

7.857,11

8.077,11

8.303,27

8.535,76

8.774,76

9.020,45

9.273,03

114-PMII

9.532,67

9.799,59

10.073,97

10.356,05

10.646,01

10.944,10

11.250,54

11.565,55

11.889,39

111

1.924,62

1.978,51

2.033,91

2.090,86

2.149,40

2.209,59

2.271,46

2.335,06

2.400,44

112

2.467,65

2.536,75

2.607,77

2.680,79

2.755,85

2.833,02

2.912,34

2.993,89

3.077,72

113

3.163,89

3.252,48

3.343,55

3.437,17

3.533,41

3.632,35

3.734,05

3.838,61

3.946,09

114

4.056,58

4.170,16

4.286,93

4.406,96

4.530,36

4.657,21

4.787,61

4.921,66

5.059,47

115-PMIII

5.201,13

5.346,76

5.496,47

5.650,37

5.808,58

5.971,22

6.138,42

6.310,29

6.486,98

116-PMIII

6.668,62

6.855,34

7.047,29

7.244,61

7.447,46

7.655,99

7.870,36

8.090,73

8.317,27

117-PMIII

8.550,15

8.789,56

9.035,67

9.288,66

9.548,75

9.816,11

10.090,96

10.373,51

10.663,97

118-PMIII

10.962,56

11.269,51

11.585,06

11.909,44

12.242,90

12.585,70

12.938,10

13.300,37

13.672,78

500

2.213,32

2.275,30

2.339,01

2.404,50

2.471,82

2.541,04

2.612,18

2.685,33

2.760,51

501

2.837,81

2.917,27

2.998,95

3.082,92

3.169,24

3.257,98

3.349,21

3.442,98

3.539,39

502

3.638,49

3.740,37

3.845,10

3.952,76

4.063,44

4.177,21

4.294,18

4.414,41

4.538,02

503

4.665,08

4.795,70

4.929,98

5.068,02

5.209,93

5.355,81

5.505,77

5.659,93

5.818,41

504

5.981,32

6.148,80

6.320,97

6.497,95

6.679,90

6.866,93

7.059,21

7.256,87

7.460,06

505

7.668,94

7.883,67

8.104,41

8.331,34

8.564,61

8.804,42

9.050,95

9.304,37

9.564,90

506

9.832,71

10.108,03

10.391,05

10.682,00

10.981,10

11.288,57

11.604,65

11.929,58

12.263,61

507

12.606,99

12.959,99

13.322,87

13.695,91

14.079,39

14.473,61

14.878,88

15.295,48

15.723,76

Assembleia Geral

Em abril, iniciamos a discussão das reivindicações específicas que irão compor a Pauta Geral do magistério. Ainda temos mais quatro encontros para levantar as propostas que serão levadas para deliberação em assembleia.

No dia 24 de maio, as professoras e professores da rede têm um compromisso com a luta. A assembleia geral da categoria irá debater e aprovar a Pauta Geral de Reivindicações que será entregue para a administração municipal.

expediente Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba Rua Nunes Machado, 1577, Rebouças – Curitiba/PR, CEP. 80.220-070 Fone/Fax.: (41) 3225-6729 | Gestão “Novos Rumos” (2014-2017) www.sismmac.org.br | Direção liberada: Adriano Vieira, Andressa Fochesatto, Francielly Costa, Gabriel Conte, Raquel Soares, Siomara Kulicheski, Viviane Bastos Pampu, Wagner Argenton, Wagner Batista.

Direção que permanece nas escolas: Carine Costa, Danielle Kristine Menezes Faria, Dulce Chaves, Gabriela Dallago, Geny Maria Dallago, João Antonio Rufato, Julia Bueno, Luana Crestani, Luiz Jose Vernizi, Karla Ferri, Marco Antonio Barbosa Mafra, Mariana Navarro, Pedro de Alcântara, Rafael Alencar Furtado, Rosana Almeida, Rosane Lisian Vasconcellos, Samara da Rosa Costa, Suyan Ayala, Vanessa Schivinski Mamoré.

Equipe de Comunicação: Thaíse Mendonça (DRT 8696/PR) e Dalane Santos (DRT 10051/PR) Projeto gráfico, ilustração e diagramação: Ctrl S Comunicação | Simon Taylor (www.ctrlscomunicacao.com.br)

3

maio 2016 | # 225 |

Realidade da Escola

N

os últimos meses, as professoras e professores da rede perceberam um aumento dos casos de assaltos nos arredores das unidades educacionais e também a ampliação do número de escolas e CMEIs depredadas pelo vandalismo presente nas regionais da nossa cidade.

Essa falta de segurança nas unidades educacionais contribui para a instauração do medo entre professores e alunos e também para o adoecimento de quem é vítima desses acontecimentos. Entretanto, para além de darmos uma resposta para cada denúncia das unidades educacionais, precisamos entender o porquê a violência é tão presente dentro da nossa sociedade, a sociedade capitalista.

Levantamento

Falta de Segurança nas Escolas

A origem da violência

De acordo com o estudo realizado pela organização não-governamental britânica Oxfam, cerca de 1% da população mundial detém a mesma riqueza do que os 99% restantes. O relatório também diz que as 62 pessoas mais ricas do mundo têm o mesmo, em riqueza, que toda a metade mais pobre da população global. Apesar das limitações desses dados, não podemos negar que são números alarmantes.

Esses dados parecem pertencer a uma realidade muito distante da nossa, mas o que queremos aprofundar com esse pontapé inicial é de que esses elementos estão relacionados e têm origem na sociedade dividida em classes.

Campanha: Falta de Segurança nas Escolas

Para iniciar uma discussão sobre essas e outras questões, o SISMMAC dá início à campanha Falta de Segurança nas Escolas. O nosso objetivo é abordar os problemas enfrentados no chão da escola que estão de alguma forma relacionados com a violência, a resposta que a Prefeitura tem dado para esses casos e também apontar o caminho a traçar quando um episódio desses acontecer.

Por isso, vamos produzir uma série de matérias que serão publicadas no site e no Facebook do Sindicato. Fique atento e compartilhe!

SISMMAC dá início à campanha sobre a situação de violência vivida na rede municipal de ensino

Com a ajuda das professoras e professores da rede, a direção do SISMMAC fará um levantamento dos casos de violência sofrido por profissionais do magistério dentro das unidades e nos arredores das escolas, sejam eles roubo de carros, assaltos à mão armada, arrombamento das unidades, furto de equipamentos, pichação nos muros, entre outros.

Por isso, se a escola, CMEI, CMAE ou outra unidade da rede na qual você trabalha passou por alguma dessas situações citadas acima, entre em contato conosco pelo Facebook do Sindicato ou fale com o diretor do SISMMAC responsável pelo seu local de trabalho. É muito importante termos esse dado para fazermos o levantamento sobre a falta de segurança nas unidades, sem deixar a realidade de nenhuma regional de fora dessa análise.

Acabar com a cultura do silêncio imposta pela Prefeitura

Hoje, a Prefeitura tenta abafar os casos de violência nas escolas e “orienta” os profissionais do magistério a não darem entrevista para a imprensa. Com isso, a gestão da nossa cidade perpetua a lógica do medo e do silêncio quando as professoras e professores da rede mais precisam de apoio.

Com essa campanha, temos a intenção de aprofundar esse debate com o conjunto da categoria e também pressionar a administração municipal a tomar uma atitude para amenizar esse problema. Pois, mesmo que esses casos façam parte de um conjunto de um cenário maior que está além da nossa realidade local, a Prefeitura pode e deve dar um suporte maior para as trabalhadoras e trabalhadores do município.

Vamos juntos levantar dados e analisar as questões de fundo que perpassam pela violência nas escolas e a situação de pobreza enfrentada pelas comunidades periféricas da nossa cidade. Para além disso, vamos traçar um plano para enfrentar essas situações enquanto categoria! Juntos somos mais fortes!

4

| # 225 | maio 2016

Análise de Conjuntura

Golpe à vista:

nos direitos dos trabalhadores E quem vai pagar o pato?

Se depender da grande mídia, do circo armado que é o Congresso Nacional e do governo, seja ele a continuidade de Dilma ou o governo tampão de Temer, essa resposta está clara: os trabalhadores. Pois, essa é a única receita conhecida para manterem suas taxas de lucros: arrochar salários e retirar nossos direitos.

Quais ataques estão por vir?

No último Conselho de Representantes, entregamos uma lista com 55 projetos de lei que tramitam em nível nacional e retiram direitos dos trabalhadores. Veja alguns:

O

avanço no processo de impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados deixa claro ao menos três fatores muito importantes para nós trabalhadores:

1. O verdadeiro golpe está por vir: o aumento dos ataques aos nossos direitos.

2. Nenhuma saída virá de uma instituição apodrecida como o Congresso Nacional e muito menos com um governo do também corrupto Michel Temer.

3. Temos a necessidade de fortalecer nossa organização na base do movimento e buscarmos a unidade na ação dos trabalhadores para barrar esses ataques.

Que momento estamos vivendo?

Passamos por mais uma crise econômica capitalista não só no Brasil, mas no mundo todo. Os grandes empresários e banqueiros exigem dos políticos mais ‘direitos’ para explorar cada vez mais a força de trabalho em nosso país e, com isso, aumentar suas riquezas.

Também enfrentamos uma crise política que favorece essa pequena parcela da população. Pois, quanto mais conservador for o governo e o Congresso, mais rápido tomarão essas medidas. E, na transmissão da votação do impeachment, pudemos nos certificar que nossa política está cheia de conservadorismo.

Os 13 anos de governo do Partido do Trabalhadores (PT) se alimentou de uma política de conciliação de classes. De um lado, garantia os lucros dos empresários e, do outro, aplicava políticas sociais compensatórias mínimas.

Essa conciliação tem um limite claro: em tempos de crise, os capitalistas exigem ainda mais ataques aos direitos dos trabalhadores. Incapaz de seguir conciliando e dispondo-se a atacar os direitos dos trabalhadores, só que de forma mais lenta e gradual que a tradicional direita, o PT está sendo descartado por aqueles a quem abraçou para chegar e se manter no poder do Estado.

Vale lembrar que o momento em que vivemos é de intensificação do capitalismo no mundo e no Brasil e de suas consequências: concentração de riqueza na mão de poucos e acúmulo de pobreza e miséria na vida de muitos.

1 PL 257/16 – Renegociação das dívidas dos estados e municípios Prevê vários ataques ao funcionalismo público como condicionantes para renegociação dessas dívidas: congelamento salarial, possibilidade de demissão de servidores públicos, suspensão de concursos, privatizações, imposição de previdência complementar, elevação do percentual que se desconta para previdência e limitações para crescimentos na carreira.

2 Reforma da Previdência Propõe o aumento da idade de aposentadoria para todos os trabalhadores e a igualdade dos critérios para acesso a esse direito básico entre homens e mulheres.

Com isso, aumenta o tempo de

trabalho das mulheres que ainda enfrentam, em sua grande maioria, a dupla jornada de trabalho.

3 Reforma Trabalhista Propõe que o negociado valha mais que o legislado, ou seja, todos os direitos que hoje são garantidos por lei podem ser negociados sem a necessidade de cumprirem o mínimo que a lei estabelece.

4 PL 4330/04 – Terceirizações Permite que as empresas terceirizem as atividades-fim (por exemplo, a fabricação de carros, no caso de uma montadora). A medida é prejudicial aos trabalhadores pois coloca em risco direitos trabalhistas e ganhos salariais conquistados através de anos de luta.

Como nos defender?

Além de intensificarmos nossa organização nos locais de trabalho e participarmos de nossas lutas como categoria, devemos nos dedicar a construção de uma unidade na ação com os demais trabalhadores pra barrar esses ataques. A conta dessa crise não é nossa! Essa é a nossa principal defesa: nossa organização e união com os demais trabalhadores.

5

maio 2016 | # 225 |

Ampliação sem investimento

Universalização da educação infantil avança com precarização em Curitiba Sem investimentos concretos na construção de CMEIs e na contratação de profissionais, ampliação da educação infantil avança lentamente à custa da piora da qualidade do ensino e das condições de trabalho

D

esde o início deste ano, as prefeituras são obrigadas por lei a garantir a matrícula de crianças entre 4 e 5 anos na rede pública de ensino.

Foram quase sete anos de intervalo entre a mudança na Constituição Federal e o prazo final para o cumprimento da medida. Mesmo com essa previsão, a Prefeitura não tratou a educação de Curitiba como prioridade. Não investiu na ampliação da infraestrutura, nem na contratação de profissionais. A construção de Centros Municipais de Educação Infantil não chegou nem perto de atender toda demanda existente.

Ataque à qualidade marca abertura de turmas de pré nas escolas

A abertura de turmas pré-escolares nas escolas é uma expansão com pior qualidade de ensino para as crianças curitibanas. Além disso, também significa mais sobrecarga para os trabalhadores da educação.

Enquanto nos CMEIs as crianças de 4 e 5 anos são atendidas por duas professoras de educação infantil durante o dia todo, a mesma faixa etária na escola é atendida por apenas um professor Docência I. Algumas escolas contam com estagiários. Entretanto, são estudantes que não podem ser cobrados pelo mesmo desempenho de funções que um professor formado e concursado. A Prefeitura usa o aprendizado dos estagiários como mão de obra barata para esconder a falta de professores na rede.

Também recebemos denúncia de matrícula de crianças menores de 4 anos em escolas regulares, o que desconsidera a necessidade de espaços e tempos diferenciados para o trabalho com essa faixa etária.

A meta número 1 do Plano Municipal de Educação, que foi sancionado no ano passado, prevê o compromisso de universalizar o acesso à educação infantil até o final da vigência do Plano. Entretanto, a meta é clara em especificar que essa ampliação deve ocorrer em creches.

Obrigatoriedade da pré-escola está prevista desde 2009 Ao contrário do que sugere a falta de planejamento da administração municipal, a demanda por ampliação da educação infantil não é novidade. A Constituição Federal foi alterada em 2009, através da Emenda nº 59, para incluir a pré-escola como uma das etapas que compõem a educação básica.

Em 2013, a Lei 12796 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para regulamentar essa inclusão.

Até então, o ensino fundamental era a única fase escolar obrigatória no Brasil. Com a mudança, o ensino passou a ser obrigatório dos 4 aos 17 anos, incluindo toda a educação básica: pré-escola, ensino fundamental e o

médio. É dever dos pais matricular seus filhos a partir dos 4 anos e obrigação das redes de ensino garantir a vaga para todas as crianças a partir da mesma idade.

O atendimento ainda não é universal para as crianças menores de 4 anos. Entretanto, existe pressão social legítima para zerar as imensas filas de procura por vagas nos CMEIs. Em junho de 2014, a Promotoria de Justiça de Proteção à Educação, através do Ministério Público, entrou com uma ação que cobra da Prefeitura o acesso universal de todas as crianças entre 4 e 5 anos na educação infantil e a disponibilização de vagas para todas as crianças de 0 a 3 anos que solicitarem.

Denuncie a superlotação de turmas e ajude a cobrar condições adequadas para a educação infantil

A Prefeitura não tem respeitado a deliberação do Conselho Municipal de Educação (CME) que estabelece o número máximo de alunos por professor na pré-escola.

Se esse é o caso na sua unidade escolar, denuncie no CME, converse com os pais e mobilize a comunidade escolar. Não esconda o problema da falta de estrutura adequada para a educação infantil!

Faça como algumas escolas já têm

feito: mobilize a comunidade escolar com panfletagens e ações para cobrarmos a qualidade na educação infantil da nossa cidade. Essa luta é de toda a comunidade!

A deliberação 02/2012 do Conselho Municipal de Educação orienta em seu artigo 14: 3 e 4 anos 4 e 5 anos

15 crianças por professor 20 crianças por professor

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Campanha de Lutas

Lutar é a única forma de frearmos os ataques da Prefeitura

Aumento da falta de profissionais nas unidades escolares coloca em risco o atendimento e a saúde de professores

A

s unidades escolares de Curitiba sofrem com a falta de profissionais e a cada dia que passa esse número só aumenta devido a grande quantidade de taposentadorias ocorridas nos últimos meses. Quem sofre as consequências são os profissionais que permanecem no chão da escola, pois a sobrecarga e intensificação do trabalho não raro levam ao adoecimento das professoras e professores da rede.

A administração, por meio de suas chefias indicadas e gratificadas, sabe, mesmo que se esforcem pra abafar e esconder, exatamente o tamanho do problema da falta de profissionais.

Tanto sabem que, após a cobrança do Sindicato, em março de 2015, comprometeram-se em abrir, ainda naquele ano, concurso público para docência I e também para inspetores, além de nomear professores docência II em lista de espera.

Contudo, além de nomear poucos profissionais da lista de espera, este ano a Prefeitura atrasou os concursos que começaram tardiamente com a “promessa” de contratação somente para o segundo semestre. E isso acontecerá somente se os concursos forem homologados até dia 2 de julho de 2016, conforme legislação eleitoral. Desta forma, com as informações levantadas até agora, o segundo semestre começará com a falta de 300 professores docência I, 135 professores docência II e 139 inspetores. Números que tendem só a aumentar.

Enquanto isso a Prefeitura transfere a própria responsabilidade aos profissionais das escolas que, sob pressão, acabam “se virando” e dão o famoso “jeitinho” para garantir o atendimento aos estudantes da rede. Com isso, colocam a própria saúde em risco.

Mas a Prefeitura alega que vai resolver o problema! Segundo edital de ambos os concursos (docência I e inspetores), não há garantias, mesmo após a homologação do concurso, que sejam nomeados profissionais em número suficiente para cobrir as vagas em aberto.

Assembleia Geral do magistério

Pauta Geral de Reivindicações A s reuniões específicas de cada segmento acontecem desde o início de abril e têm gerado importantes debates para a categoria. Este mês ainda teremos mais quatro encontros para a construção da Pauta Geral de Reivindicações do magistério e, no dia 24 de maio, as professoras e professores da rede têm um compromisso com a luta da categoria.

Nessa data, iremos analisar as propostas debatidas nos encontros específicos e aprovar a Pauta Geral de Reivindicações. Por isso, converse com os seus colegas sobre a importância da presença de todos nesse espaço!

Vamos nos unir e pressionar a administração a avançar rumo a novas conquistas para os trabalhadores!

Data: 24 de maio Horário: 18h30, em primeira convocação, e 19h, em segunda convocação Local: Sede do SISMMAC (Rua Nunes Machado, 1577 – Rebouças)

Descaso da Prefeitura marca negociação das reivindicações prioritárias Confira o andamento das negociações da Pauta Prioritária do magistério

P

Falta de profissionais na rede Concurso Docência I

Concurso Inspetores

Previsão de contratação do concurso:

75

300

Quantidade de aposentadorias, exonerações e falecimentos

50 139

Dados do edital de remanejamento divulgado pela SME

Diante desta realidade, não está difícil prever o futuro das unidades escolares que nada fizerem além de esperar e acreditar na boa vontade do prefeito. Mas então, o que fazer?

Bom, são inúmeros exemplos de escolas e locais de trabalho que chamaram a comunidade escolar para encampar essa luta conjunta com as professoras e professores da rede. Muitas vezes, as mães e

Docência II FALTA DE PROFESSORES

Aprovados na lista de espera

Artes: falta 1 professor

18

Educação Física: 127 vagas

544

Ciências: faltam 2 professores

62

Português: falta 1 professor

45

História: falta 1 professor

64

Matemática: faltam 3

Abertura de novo concurso público

pais não sabem a realidade vivida dentro das unidades escolares e é fundamental manter o contato direto com as famílias e somar forças com os demais trabalhadores da nossa cidade. Por isso, reúna a comunidade escolar da sua unidade, converse sobre os problemas enfrentados no chão da escola e convoque todos para lutar por uma educação pública de qualidade. Só a luta muda a vida!

arte das negociações da Pauta Prioritária ocorreu no mês de abril. Entretanto, como já pudemos verificar em anos anteriores, nossa luta é mais vitoriosa quando nos mobilizamos no chão da escola, organizamos a comunidade do entorno das unidades e pressionamos a administração municipal.

Dos itens discutidos até o momento, apenas dois foram acordados entre SISMMAC e administração municipal.

Confira na tabela ao lado as nossas reivindicações e as respostas dadas pela Prefeitura.

Durante o mês de maio, outras duas reuniões de negociação deverão acontecer para finalizarmos as discussões acerca da Pauta Prioritária do magistério. Fique atento!

Nossa reivindicação

Resposta da Prefeitura

Aposentados: garantia dos mesmos direitos concedidos aos profissionais da ativa aos professores aposentados em relação ao novo Plano de Carreira do magistério

Administração municipal encerrou às discussões sobre o pagamento retroativo da correção da distorções e novo Plano de Carreira só será implantado aos aposentados em dezembro de 2016

Crescimento vertical: Número de vagas suficiente para todos os inscritos Pagamento retroativo à janeiro de 2016

Edital publicado após a construção da Pauta Prioritária contemplou o total de profissionais inscritos Pagamento apenas em julho de 2016

Contratação: Prorrogação do vencimento do último concurso de docência II Contratação imediata de profissionais da educação física Realização de procedimento de mudança de área de atuação para pedagogo escolar Abertura de um novo cadastro da educação especial

Concurso de docência II foi prorrogado por mais dois anos e vencerá apenas em abril de 2018 O levantamento sobre a falta de profissionais da educação física realizado pelo Sindicato não condiz com os números identificados pela administração municipal A realização desse procedimento depende da homologação do concurso de docência I realizado no início de abril Demanda da educação especial só será analisada no segundo semestre de 2016

Novo Plano: Cumprimento dos prazos que constam na lei 14.544/14 Reunião da comissão paritária que estabelecerá os critérios para avanço linear e mudança de classe ainda no primeiro semestre deste ano

Até o momento, os prazos estão sendo cumpridos de acordo com a legislação Reunião da comissão paritária que estabelecerá os critérios para avanço linear e mudança de classe acontecerá apenas no segundo semestre de 2016

Salário: Garantir pagamento de gatilhos salariais quando a inflação acumulada entre o período das datas-bases de 2016 e 2017 superar os 5% Equiparação salarial com os demais servidores de Curitiba com escolaridade equivalente à dos profissionais do magistério

Momento inflacionário é atípico e não há necessidade de mecanismos de gatilho Administração solicita que Sindicato nomine os cargos com os quais se deseja equiparação para discussão futura

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saúde

SISMMAC cobra da Prefeitura medidas de prevenção contra a gripe H1N1 Além de cobrar a administração, Sindicato também conversou com um especialista para entender melhor os cuidados necessários com a doença neste ano

A

Prefeitura ainda não respondeu ao ofício enviado pelo SISMMAC no dia 13 de abril que cobra a adoção de medidas para controlar a transmissão da gripe H1N1 nas unidades escolares de Curitiba.

Além de reivindicar o fornecimento de vacina para os profissionais da educação, o ofício do SISMMAC também cobra o envio de orientação sobre as formas de contágio e de prevenção da doença para as escolas e demais unidades escolares.

O surgimento dos primeiros casos confirmados de gripe H1N1 deixou o magistério de Curitiba em estado de alerta. Para entender melhor a doença, o SISMMAC conversou com o médico infectologista Hugo Morales, do Hospital de Clínicas da UFPR. Entenda na entrevista como a doença deve ser tratada com seriedade, mas sem cair no pânico difundido por alguns veículos da mídia comercial.

Em sete anos, números de adoecimentos e mortes caíram no Paraná

79,9 mil

doentes

338 mortes

2009

Para especialista, antecipação da doença em 2016 mostra importância de reforçar cuidados com a prevenção Em 2016, os casos da gripe causada pelo vírus H1N1 começaram a aparecer antes mesmo da chegada do frio. Essa antecipação serviu de alerta geral para reforçar os cuidados com a prevenção da doença. Até o dia 25 de abril, foram registrados 103 casos de gripe no Paraná e sete mortes em decorrência da doença.

Segundo Morales, o tipo do vírus que está circulando neste momento no país é o mesmo que circulou em 2009, quando foi decretada a pandemia da doença. “Em 2009, o vírus sofreu uma mutação e a população estava completamente suscetível. Nesses sete anos, parte da população já teve contato com o vírus e está imune por causa da vacina ou porque já se recuperaram de uma infecção”, complementa.

Em 2009, foram 79,9 mil doentes e 338 mortos no Paraná, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. De lá para cá, o número de casos graves e mortes caiu por causa das campanhas de vacinação e do reforço dos hábitos de higiene e prevenção. No ano passado, foram confirmados 970 casos de gripe influenza no Paraná, sendo 139 pelos vírus H1N1. As mortes por gripe somaram 26, das quais quatro foram causadas pelo vírus H1N1.

Campanha de vacinação na rede pública deveria ser universal Como estratégia de saúde pública, o Ministério da Saúde assegura vacinação gratuita para os grupos mais vulneráveis que, ao contrair a doença, correm risco de desenvolver alguma complicação e morrer.

Por esse critério, adultos jovens, mesmo que tenham maior chance de contrair a gripe, não são incluídos nos grupos prioritários porque costumam responder bem ao tratamento e correm risco muito reduzido de desenvolver complicações. A única exceção são os profissionais de saúde que recebem a vacina para garantir a manutenção do atendimento médico e para impedir que transmitam a doença para pacientes com baixa imunidade.

Entretanto, Morales defende que a vacinação deveria ser universal. “Hoje, não tem vacina para todo mundo na rede pública por questões exclusivamente financeiras. É por isso que são definidos grupos prioritários com as pessoas que têm maior chance de evoluir para óbito”, reforça.

Em relação à cobrança feita pelo SISMMAC à Prefeitura, Morales entende que a vacina aos profissionais da educação seria uma medida para proteger o direito dos profissionais e dos alunos. “A vacina seria importante em especial para os profissionais da educação que trabalham em escolas e berçários, com contato com crianças menores de cinco anos, que compõem uma das faixas de risco vulneráveis à doença”. Para o infectologista, além de ajudar na prevenção da gripe dos professores, a vacina reduziria a chance de transmissão do vírus para os alunos.

Prevenção

26 970 doentes mortes 2015 Dados: Secretaria Estadual de Saúde

A vacina protege contra três tipos de vírus e, por isso, o cuidado com a higienização das mãos e com os hábitos de prevenção devem ser reforçados mesmo por quem foi vacinado. É por isso que, além da vacina, o SISMMAC também cobrou que Prefeitura produza panfletos informativos e adote medidas concretas, como o fornecimento de álcool gel, para garantir a saúde dos profissionais e dos alunos que estudam na rede pública de Curitiba.

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Aposentados

QUEM TE VIU, QUEM TE Vê O Diário de Classe possui a seção “Quem te viu, quem te vê”, que conta a cada mês, a trajetória e história de vida de uma professora aposentada. A seção é um espaço para que essas trabalhadoras compartilhem suas experiências com o conjunto do magistério.

Adesão dos aposentados ao novo Plano de Carreira começa em maio

E

m maio, inicia-se o processo de adesão do novo Plano de Carreira do magistério pelas professoras e professores aposentados. O procedimento é regido pelo decreto 285/2016,

que conta com um passo a passo de como será esse processo. Apesar do decreto ter sido publicado arbitrária e unilateralmente pela Prefeitura, precisamos ficar atentos às datas e prazos.

O Termo de Opção e Adesão deveria ter sido disponibilizado no dia 1º de maio, tanto no Portal RH 24h quanto no site do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC). Os aposentados também poderão ir até o IPMC, localizado no Edifício Delta, para aderir ao novo Plano.

O Termo deverá ser impresso e assinado, e cabe ao servidor aposentado fazer a entrega do documento, mediante protocolo, no Setor de Atendimento do IPMC. A proposta de enquadramento que consta no Termo de Opção e Adesão considera o tempo de serviço e a trajetória individual de cada professor na carreira até a data da aposentadoria. idas

A partir de 1º de dezembro de 2016, os servidores aposentados e pensionistas optantes serão enquadrados na tabela de vencimentos instituída pela lei 14.544/14.

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MAC d o S IS M p a r a o ã ç e ir Ad m u ti r ã o erá um v m a io , o m o r p d ia 3 1 d e o n s a id ti r a r d ú v r ti r d a s 1 3 h 3 0 . a pa ados sent os apo cipar! s o d o T parti devem

Ação judicial: os retroativos da correção das distorções de 2001 Sismmac

O

encerramento das negociações por parte da Prefeitura não deixou outra saída para os aposentados que não fosse a justiça. No início de abril, a direção do SISMMAC e o departamento jurídico do Sindicato entraram com uma ação no Tribunal de Justiça do Paraná solicitando que a administração municipal cumpra a lei 14.544/14.

Uma guerreira páreo duro Do alto de seus 1,57, Terezinha Carmello não se intimida e já enfrentou a intervenção da ditadura na escola

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Informações importantes

Os aposentados com duas matrículas deverão aderir ao novo Plano nos dois padrões.

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A ação está nas mãos do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba para análise da petição inicial. Nosso processo exige que a Prefeitura pague com juros cada centavo que a lei nos garante. Porém, sabemos que a justiça é lenta, ou seja, o prazo para termos um retorno desta ação levará, no mínimo, um ano.

SISMMAC erezinha Carmello começou a lecionar na rede municipal de ensino em tempos difíceis. Era o ano de 1974, a Ditadura Militar completava 10 anos, e a intervenção também batia na porta das escolas.

Em tempos de greve, Terezinha sempre fazia uma conversa com alunos e tamCom garra e coragem, bém com a família na qual história de luta de Terezinha explicava a importância da Carmello conta com mais de luta. Numa dessas, foi repre40 anos de experiências endida pela direção da escola, após ter sido delatada.

“Me tiraram da sala e mandaram que eu parasse de pedir apoio para nossa greve. Não tinha muita saída. Nessa época, o grêmio da escola acabou e ainda não tínhamos o Sindicato”, relembra.

Os 31 anos em que foi professora foram dedicados à Escola Municipal Papa João XXIII. Terezinha foi uma das primeiras a trabalhar em um gabinete de orientação educacional, uma das novidades da década.

A professora conta que foi preciso começar do zero. “As escolas eram precárias e desestruturadas, para se ter uma ideia, não tínhamos cadernos ou lápis”. Nessa época, ela conta que a Associação de Pais e Mestres cumpriu papel fundamental em conjunto com os professores para arrecadar recursos e melhorar a estrutura da escola. “A dureza da nossa realidade fazia com que fossemos muito engajados e tivemos que lutar incansavelmente para que a Prefeitura assumisse a responsabilidade pelas escolas da cidade”.

Outro fato marcante vivido de perto por Terezinha não poderia deixar de ser a transformação da Associação do Magistério Municipal de Curitiba (AMMC) em Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (SISMMAC). As lutas da década de 1980 e a Constituição Federal de 1988 permitiram que os trabalhadores se organizassem em sindicatos, entre outras conquistas.

Terezinha sempre foi representante de escola e durante a década de 1990 fez parte da direção do Sindicato. “As lutas se fazem no dia a dia, seja da ativa ou aposentado. Só conseguiremos vitórias se formos para as ruas, se estivermos unidos como um todo”, considera a professora.

Se você é professor aposentado da rede municipal de Curitiba e ainda não participa do Coletivo de Aposentados do Sindicato, organize-se para acompanhar as reuniões que acontecem na última quinta-feira do mês, às 14h, na sede do SISMMAC! Esse é um espaço importante, que ajuda a manter a categoria unida e mobilizada mesmo após a sala de aula.

As professoras e professores que estão prestes a se aposentar devem fazer a atualização cadastral no site do SISMMAC (www.sismmac.org.br) para receber o Jornal Diário de Classe em casa!

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Giro pela Educação

Estudantes entram em cena na luta por educação de qualidade

Após um ano, servidores estaduais voltam às ruas em memória ao 29 de abril

Mobilização de secundaristas envolve a comunidade e mostra que luta na educação básica pode ir além dos professores

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Antes do Rio de Janeiro, secundaristas ocuparam escolas em São Paulo, Goiás e Espirito Santo

Paollo Rodajna

Rovena Rosa/Agência

M

ais de 73 escolas estão ocupadas no estado do Rio de Janeiro. Além de apoiar a greve dos professores que já dura dois meses, os estudantes secundaristas se colocam em luta para cobrar mudanças radicais no sistema de ensino.

Entre as reivindicações comuns, estão a melhoria na infraestrutura das unidades, eleições diretas para escolha de diretores, extinção do Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj), maior carga horária para filosofia e sociologia, volta de porteiros e inspetores, pagamento sem atraso do

Brasil

salário dos professores, máximo de 35 alunos por salas de aula e passe livre no transporte coletivo.

A luta dos secundaristas no Rio de Janeiro é inspirada pelo movimento vitorioso que conseguiu barrar o fechamento de escolas, em São Paulo, no ano passado.

A maioria das meninas e meninos envolvidos nas ocupações participou dos protestos contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em 2013. Desse intenso processo de lutas, emerge uma juventude mais consciente do seu papel político, que experimentou na prática a lição de que só a luta muda a vida!

Manifestação estadual contou com paralisação de diversas categorias á um ano, no dia 29 de abril de 2015, o governador Beto Richa colocou em prática uma megaoperação policial com o objetivo de impedir que os professores e demais servidores em greve protestassem contra a aprovação de um projeto de lei que permitiria o saqueio de suas aposentadorias.

A corajosa resistência dos servidores contra o projeto e a repressão desmedida e violenta do governo marcaram de forma trágica a história dos trabalhadores no Paraná. Foram mais de 200 feridos, com uso de bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, spray de pimenta e balas de borracha.

Ao longo deste ano, Richa fez exatamente o que os servidores temiam. Sacou R$ 1,5 bilhão da ParanaPrevidência para reforçar o caixa do estado e vem delapidando mês a mês a poupança que deveria ser preservada para pagar as futuras aposentadorias.

O desrespeito sofrido pelos educadores e demais servidores se mantém com a impunidade dos agressores. Em março, a Justiça Militar determinou o arquivamento do inquérito contra os policiais envolvidos. Beto Richa também segue impune. A ação movida pelo Ministério Público do Paraná contra o governador por improbidade administrativa há mais de 10 meses ainda não foi sequer julgada.

O magistério de Curitiba esteve presente no ato e manifestou sua solidariedade aos bravos lutadores que, mesmo agredidos, resistiram em greve até o último momento. Em homenagem a eles, reafirmamos o 29 de abril como um marco da luta das trabalhadoras e trabalhadores paranaenses! Um dia para homenagear a história da classe trabalhadora e reafirmar a continuidade da resistência em defesa de direitos e por uma sociedade livre da exploração!

Joka Madruga

O que a luta dos estudantes ensina ao conjunto da classe trabalhadora O que mais impressiona na onda de ocupações promovidas por estudantes secundaristas, em especial nas ocupações realizadas em São Paulo, é o resgate de princípios e formas de organização desenvolvidos pelos trabalhadores ao longo de sua história. As mobilizações estudantis foram organizadas a partir da base, com assembleias para definir as ações e com autonomia frente a partidos políticos.

Em grande parte das ocupações, os estudantes se dividiram em comissões para garantir a realização de atividades e o cuidado com a escola.

As reivindicações e a seriedade do movimento conquistaram o apoio ativo dos pais e da comunidade.

29 de abril é um marco na luta dos trabalhadores paranaenses em defesa de direitos

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além dos muros da escola

SIFAR

Vitória da resistência Ocupação da Mabe denunciou calote e forçou multinacional a iniciar pagamento dos trabalhadores Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região

A negociação só teve início após os servidores bloquearem por duas horas a Rodovia do Xisto, principal via que liga Curitiba ao polo industrial de Araucária

Greve em Araucária Servidores voltam às ruas para cobrar compromissos conquistados na greve

N Mesmo após a violenta desocupação da planta de Hortolândia, trabalhadores seguiram entrincheirados e com barricadas em frente à fábrica, junto com o Sindicato

A

resistência dos metalúrgicos que ocuparam por quase 50 dias as fábricas da Mabe, em Campinas e Hortolândia, conseguiu forçar os responsáveis pela recuperação judicial a apresentar um plano para o pagar os trabalhadores.

A força dessa resistência, que teve início em dezembro, conseguiu impedir o calote da empresa, que pretendia usar

a falência como desculpa para demitir os cerca de 2 mil trabalhadores das duas fábricas, sem pagar os direitos e os salários atrasados.

A luta ainda não acabou. Os responsáveis pela recuperação judicial da Mabe já anunciaram que tem planos de reativar a planta de Hortolândia sob novo CNPJ, com novas contratações mais baratas, para seguir expandindo seus lucros.

Em Santos, metalúrgicos mantêm seu Sindicato na luta por direitos

N

os dias 7 e 8 de abril, os metalúrgicos de Santos e região derrotaram nas urnas a tentativa da direção da empresa de submeter o seu sindicato. Com mais de 70% dos votos válidos, os trabalhadores reelegeram a chapa da Intersindical e reafirmaram que o Sindicato deve seguir como instrumento de luta e de organização da categoria.

A votação expressiva demostra que os trabalhadores estão firmes com o Sindicato, um dos poucos do país que disseram não à tentativa de reduzir salários com o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Esse programa, implementado com apoio do governo e do Congresso Nacional para favorecer os empresários, foi responsável por reduzir em até 15% o salário de mais de 47 mil trabalhadores brasileiros em 2015.

o próximo dia 18 de maio, os servidores municipais de Araucária voltam às ruas para cobrar que o prefeito Olizandro Ferreira (PMDB) cumpra os compromissos firmados durante a greve de abril.

A categoria estará mobilizada, em um dia de paralisação, para acompanhar a reunião de negociação na qual serão debatidas as reivindicações prioritárias. A greve foi suspensa em abril, após oito dias de mobilização, com a garantia de que o reajuste salarial pago em junho cobrirá toda a inflação dos 12 meses anteriores.

A mobilização é exemplo de que, com união, os trabalhadores podem derrotar os ataques dos governos que usam a crise econômica como desculpa para retirar direitos! Todo apoio à luta dos servidores de Araucária!

Trabalhadores dos Correios do Paraná mostram que Sindicato deve ser independente de patrões e governos

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s trabalhadores dos Correios do Paraná se colocaram em movimento em abril para manter seu Sindicato como uma importante trincheira de resistência e luta.

A chapa ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à direção da Empresa tentou atrapalhar as eleições. Na véspera do pleito, entraram com uma ação na Justiça que conseguiu suspender temporariamente o processo eleitoral.

As eleições foram remarcadas para o dia 28 e 29 de abril após a comissão eleitoral explicar o que a CUT escondeu do Judiciário. Mesmo com essa manobra dos cutistas, os trabalhadores não se deixaram enganar e continuaram firmes na convicção de manter o Sindicato independente em relação aos patrões e governos. A chapa da Intersindical foi eleita com 1.437 votos, contra 912 votos da chapa 2 e 335 votos da chapa 3.

1º de maio é dia de luta da classe trabalhadora!

Há 130 anos, o 1º de maio é um marco da luta por direitos e por uma sociedade livre da desigualdade e da exploração!

Confira mais sobre a história da data no site do SISMMAC!

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Informe-se

I Encontro PIBID Educação Física UFPR

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Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) irá promover um encontro na segunda quinzena de maio. O Pibid tem como objetivo apoiar a formação de estudantes dos cursos de licenciatura e contribuir para elevar a

qualidade da educação básica nas escolas públicas.

A atividade será dividida em dois momentos. A primeira parte acontece no dia 18 de maio e contará com uma mesa de debates com a temática Pensar a prática docente em Educação Física frente à Base Nacional Comum Cur-

1º Encontro PIBID Educação Física UFPR

ricular (BNCC), com a participação de professores da própria UFPR e também da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), proposta pelo Ministério da Educação, propõe fixar 60% dos conteúdos escolares. A mesa irá debater e refletir, na presença de integrantes da Comissão de especialistas da Educação Física que formularam a BNCC e em conjunto com professores da rede estadual e municipal de ensino, a proposta apresentada para o componente curricular educação física, no documento preliminar.

O segundo momento consiste na realização de oficinas pedagógicas. Essas atividades serão organizadas por

professores da rede municipal e estadual, que ministrarão oficinas de circo, parkour, Reeducação Postural Global (RPG), jogos cooperativos e danças circulares.

As oficinas acontecerão em dois períodos do dia 21 de maio, com o objetivo de proporcionar um espaço de apropriação, construção e produção de conhecimentos teóricos e práticos de forma ativa e reflexiva, tendo como objeto diferentes manifestações da cultura corporal.

Importante! É preciso se inscrever para participar das oficinas pedagógicas.

As inscrições vão até o dia 15 de maio e podem ser feitos pelo link tinyurl.com/ pibid2016. As vagas são limitadas, garanta a sua!

PROGRAMAÇÃO Pensar a prática docente em Educação Física frente à BNCC Dia 18 de maio Horário 18h Local Auditório do Setor de Ciências Agrárias/Departamento de Ciências Florestais/UFPR - Campus III (Avenida Prefeito Lothário Meissner, 632 - Jardim Botânico).

Oficinas pedagógicas Dia 21 de maio Horário das 8h às 10h e das 14h às 16h Local Departamento de Educação Física da UFPR (Rua Coração de Maria, 92 – Jardim Botânico).

Exposição de trabalhos na modalidade pôsteres Dia 21 de maio Horário das 10h às 14h Local Departamento de Educação Física da UFPR (Rua Coração de Maria, 92 – Jardim Botânico).

Receba notícias pela lista de transmissão do SISMMAC no WhatsApp

O

SISMMAC irá abrir um novo canal de comunicação com o conjunto do magistério. As listas de transmissão do WhatsApp! Essas listas já acontecem de maneira informal há um tempo com os membros da direção liberada do Sindicato, porém, agora vamos centralizá-las em um único número. Para isso, usaremos o número de telefone 9737-2120. Adicione esse número à sua lista de contato e nos envie uma mensagem para que possamos acrescentá-lo à lista de transmissão do magistério. É importante ressaltar que vamos conferir as respostas e acrescentar os nú-

meros na nossa lista de contatos apenas nesse primeiro mês e esse será um canal para enviarmos informações e novidades para o conjunto do magistério e não para tirar dúvidas da categoria. Para esclarecer questões, continue usando os grupos da escola, o representante, a visita do diretor à unidade, o Facebook, o site e o telefone do SISMMAC (3225-6729).

Vamos juntos contribuir para que as informações e novidades de interesse das professoras e professores da rede chegue para o maior número possível de profissionais do magistério. Juntos somos mais fortes!

Salve o número 9737-2120 no seu celular e nos envie uma mensagem!