Revista do SindBancários

Revista do SindBancários Publicação de balanço da gestão 2017-2020 editada pelo SindBancários – Julho 2020

A marca

de quem te defende

EXPEDIENTE Esta revista é uma publicação do SindBancários com objetivo de apresentar um balanço da gestão 2017-2020, cultivar nossa memória de lutas e apontar para as batalhas que teremos de travar por direitos.

Coordenação do projeto: Luciano Fetzner (Presidente em Exercício) Organização da produção: Gilnei Nunes (Diretor de Comunicação) Produção, textos e edição: Clóvis Victória Jr. (Jornalista, Coordenador de Comunicação – MTb 13.829) Design Gráfico: Gerson Schneider | SCHNEIDER Propaganda e Marketing Revisão e colaboração: Equipe de comunicação: Henrique Lammel (MTb 16.191), Nina de Oliveira, José Antônio Silva (MTb 3.870) Imagens e edição de vídeos: Caio Venâncio (MTb 19.624) Ilustrações: Augusto Franke Bier Crédito fotos: Arquivo Histórico do SindBancários Saiba como se sindicalizar aqui e fique sócio de um Sindicato que sabe como lutar pelos teus direitos. bit.ly/2BcUZRn facebook.com/SindBancarios.PoA/ twitter.com @SindBancarios Instagram: sindbancariospoa www.sindbancarios.org.br

Sindicalize-se!

Diga S!M para quem defende

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APRESENTAÇÃO

Solidariedade é vida

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s tempos que correm formam a imagem de uma tempestade perfeita em mar muito agitado. O prenúncio da tragédia e do medo chegaram com uma onda autoritária disposta a arrancar direitos que levamos muitos anos para conquistar. Desde 2017, enfrentamos uma Reforma Trabalhista desenhada para ampliar a exploração do nosso trabalho e que criou uma barreira entre os Sindicatos e trabalhadores, com a Lei 13.467/2017, ao permitir que as negociações fossem feitas diretamente entre empregado e o patrão.

Depois veio a Reforma da Previdência. Precisamos então trabalhar mais tempo, ganhar menos como aposentados. Nos disseram que tínhamos que ajudar o país a sair da crise.

As duas reformas viraram lei, demos nossa parcela de contribuição para um país melhor, mas a crise só piorou.

Nós, bancários(as), enfrentamos estas tormentas com mobilização, ações jurídicas coletivas, participação em greves gerais e com uma Campanha Salarial 2018 que preservou nossas conquistas. Olhamos para trás e vemos o acerto de construirmos um acordo coletivo válido por dois anos.

Preservamos a integridade da nossa Convenção Coletiva de Trabalho Nacional (CCT) que nos legou dois anos de sucessivos aumentos reais em todas as nossas verbas salariais, incluindo a PLR. Com a chegada de Bolsonaro ao governo, uma chuva de Medidas Provisórias a partir de 2019 atingiu diretamente a nossa categoria. A MP 905/2019 foi o exemplo mais claro de ataque. Negociamos com os bancos e conquistamos a não aplicação desta MP válida até abril de 2020.

Não satisfeitos, tentaram mudar mais uma vez nossa jornada com a MP 936. E nós, novamente, conseguimos que o destaque fosse retirado através de pressão e articulação junto aos senadores. Nas negociações com os bancos, conquistamos o compromisso de não aplicação de qualquer redução salarial à categoria.

Temos agora um desafio planetário pela frente. A pandemia do novo coronavírus nos avisa que precisamos cuidar melhor das nossas vidas. As mortes, as doenças, tantas tragédias, nos colocam diante de um desafio: aprendermos a ser solidários.

Mesmo quem está isolado, trabalhando em home office, vai precisar de seu amigo, vizinho, colega, familiar.

Estamos todos no mesmo barco. Vamos juntos enfrentar a tempestade em alto mar e sair dela ainda mais fortes e prontos para a luta.

A solidariedade é questão de vida!

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Caixa Nossa luta é permanente

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rimeiro, veio a reestruturação com a conversa de que melhoraria a eficiência da Caixa. Depois, o desmanche. Em 2017, queriam fatiar a Caixa para vender no varejo dos pregões das Bolsas de Valores.

Em meio a esses movimentos de entrega de um patrimônio fundamental do povo brasileiro, vieram ataques ao Saúde Caixa, extinções de setores importantes, transferências e perseguições.

Ora, a Caixa é um banco público que está mais importante do que nunca para o país. As pessoas que mais precisam fazem filas para receber um auxílio emergencial que nós heroicamente viabilizamos na ponta do sistema.

A Caixa precisa ser pública porque sempre tira o país das crises. Nossa luta pela Caixa pública é permanente.

VÍDEOS

Em 20 de abril de 2017, nossa luta contra a reestruturação da Caixa completava um ano. Ato Nacional denunciava que a redução do número de empregados estava adoecendo os colegas de tanto trabalho.

Em 20 de outubro de 2018, fomos de novo para a frente do EdifícioSede Querência para denunciar o desmonte da Caixa 100% pública.

A intenção de venda da Lotex era só o começo.

Em 14 de fevereiro de 2020, bancários da Caixa vestem preto para protestar contra a reestruturação e o fatiamento.

Em junho de 2018, os empregados da Caixa realizam um ato em defesa do Saúde Caixa.

Em junho de 2019, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães esteve em Porto Alegre, foi até a sede no Centro de Porto Alegre e evitou conversa com dirigentes do SindBancários. Protestamos.

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Em 19 de novembro de 2019, Ato Público em Defesa da Caixa Pública lançou a campanha #ACaixaÉTodaSua. Além do fatiamento da Caixa para a venda, dirigentes denunciaram os riscos à democracia que o governo Bolsonaro representa.

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Banco do Brasil

Quanto mais público, mais forte

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lhando para 2017, podemos imaginar o que aquele PDV feito às pressas, convocando as pessoas a decidirem de um dia para o outro a adesão significou. Nada mais do que um processo com explicação política: o desmonte do Banco do Brasil atacou, de primeira, o maior patrimônio do banco, o funcionário.

Mas não parou por aí. Os ataques seguiram com ameaças de venda de ações, cobrança de metas abusivas, assédio moral. E, claro, eles precisavam atacar a nossa saúde, ameaçando a Cassi de extinção. Querem enxugar desde 2016 para vender baratinho nas Bolsas de Valores.

O atual presidente, Rubem Novaes, não tem poupado palavras para passar vergonha. Chegou a dizer que a vida “não tem valor infinito” durante a pandemia de Covid-19.

Este ano, em junho, voltou a dizer absurdos: agora é que o BB tem que ser privatizado por causa das amarras de banco público. Amarras? Quem está amarrado não trabalha e não lucra tanto como o BB.

VÍDEOS Bancários do Banco do Brasil realizam ato em fevereiro de 2020 em defesa do banco público e mostram os prejuízos que a reestruturação pelo Projeto performa vai causar na vida dos bancários(as).

Em fevereiro de 2020, a agência Uruguai do Banco do Brasil, no Centro de Porto Alegre foi palco de ato de denúncia dos efeitos da reestruturação do Banco do Brasil. Dirigentes avisaram que a direção colocava colega contra colega para enfraquecer o banco e facilitar o desmonte e a venda.

Em outubro de 2018, dirigentes do SindBancários foram para frente da Agência Uruguai no Dia Nacional de Lutas contra o Descomissionamento e em Defesa da Cassi.

Os dirigentes esclareceram: distorção da GDP significa mais um capítulo do desmonte do BB para o governo vender.

O SindBancários leva muito a sério a segurança dos colegas. Tanto que seguidamente vamos a agências bancárias que sofrem ataques. Neste vídeo, denunciamos que o Posto do Jardim Botânico sofreu o sexto arrombamento em dois meses.

Greve geral de 30 de abril de 2017 parou o país.

Um dos temas da paralisação nacional foi a defesa dos bancos públicos. Dirigentes denunciaram desmonte no Banco do Brasil, Caixa, Banrisul, BRDE e Badesul como preparação para venda.

Ato denuncia desmonte do Banco do Brasil, com ataques a direitos dos funcionários, para facilitar a venda.

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Banrisul Público

A jornada de lutas é permanente

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Banrisul é a maior e mais lucrativa empresa pública do Rio Grande. Entra governo, sai governo e o banco público de todos os gaúchos e gaúchas ajuda a contornar as crises, faz o Estado crescer e ajuda quem mais precisa com crédito mais acessível. Em sua trajetória para chegar a um século de vida, o Banrisul nunca sofreu tanta ameaça como agora. Em 2018, duas vendas de lotes de ações em abril foram objeto da investigação do SindBancários. Levamos o caso à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aos Ministérios Públicos Federal e Estadual e até a Polícia Federal.

Mesmo isso não impediu que o governador Eduardo Leite desse o passo mais longo dos últimos tempos para entregar o Banrisul. Em setembro de 2019, a PEC 280 chegou a Assembleia Legislativa para retirar a obrigatoriedade do plebiscito da Constituição Estadual. Eles sabem que o Banrisul é a joia da coroa e o povo não aceita vendê-lo.

Em 22 de março de 2017, começou a nossa mais recente jornada de luta em defesa do Banrisul público. Criamos a Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público na Assembleia Legislativa. Há 30 anos defendemos o Banrisul de todos os gaúchos e gaúchas. Jamais desistiremos!

Em 22 de março de 2017, Banrisulenses lotaram o Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa para criar a Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público

VÍDEOS Em outubro de 2017, em plena Campanha Salarial, a SUREG do Banrisul ficou fechada para chamar atenção sobre a importância de o banco dialogar com a representação sindical dos Banrisulenses.

Mesas de negociação mantiveram íntegra do Acordo Coletivo dos Banrisulenses em 2018 e conquistaram abono

Banrisulenses cortam o bolo do aniversário de 90 anos do Banrisul em frente à agência Central na Praça da Alfândega, Centro Histórico de Porto Alegre em 12 de setembro de 2018. A caminho do centenário como banco público.

A mais recente jornada de lutas em defesa do Banrisul público começou em 22 de março de 2017 com o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público na assembleia Legislativa

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Frente Parlamentar se reuniu em fevereiro de 2020 na Assembleia Legislativa para organizar a defesa do Banrisul público contra o ataque da PEC ao plebiscito

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Santander Combate sem trégua à exploração

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Santander é um banco espanhol que está há um bom tempo no Brasil. E, se falarmos de quanto os(as) bancários(as) brasileiros(as) trabalham para fazer o lucro mundial do banco, vamos ver que a riqueza está aqui.

Todo ano, os(as) bancários(as) brasileiros respondem por entre 26% e 29% em média do lucro mundial do Santander. Nem por isso, o banco deixa de tentar explorar ainda mais.

Em maio de 2019, iniciamos uma grande jornada de resistência.

O banco impôs uma ordem de abertura de agências bancárias em todo o país aos sábados. Dizia que os colegas aderiram a um serviço voluntário de educação financeira. Mas quem prefere trabalhar de graça aos sábados em vez de ficar com a família?

O banco não teve descanso. Desistiu do projeto de fazer os bancários trabalharem aos sábados. Vencido esse obstáculo, continuamos negociando democraticamente a manutenção e melhoria dos direitos dos bancários. Como ocorreu ao conquistarmos a não aplicação da MP 936 que libera a suspensão do contrato de trabalho e reduz renda.

E, durante a pandemia, realizamos uma assembleia online nacional e mantivemos empregos, salários e o afastamento de colegas do grupo de risco à Covid-19. Nossa luta é sem descanso.

Por todo o mês de maio de 2019, resistimos à pressão do banco por abrir agência no bairro Bom Fim em Porto Alegre com serviço voluntário de educação financeira. Resistimos e mantivemos agência fechada

VÍDEOS Em setembro de 2017, não tivemos dúvidas. Fomos protestar contra medidas discriminatórias do Santander e denunciamos que LGBTs, negros e mulheres eram discriminados ao receberem salários inferiores para desempenharem mesmas funções em alguns casos.

30 de junho de 2017, agências do Santander permaneceram fechadas para a participação na greve geral contra a reforma trabalhista e em defesa da democracia

Em 4 de maio de 2019, iniciamos uma jornada de resistência histórica. O Santander anunciou a abertura aos sábados de várias agências pelo país para prestar educação financeira por meio do serviço voluntário dos bancários. Nós chamamos essa prática de exploração.

Em 3 de fevereiro de 2020, SindBancários mobiliza colegas do Santander para participarem da definição de suas prioridades na negociação do Acordo Coletivo com o banco.

Na primeira rodada de negociação com o Santander para o acordo Coletivo de Trabalho, em São Paulo, COE/Santander cobra tarifa zero para todos os funcionários brasileiros

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Cultura da solidariedade

Vamos precisar de todo mundo

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á quem diga que, depois da pandemia da Covid-19 e do medo do novo coronavírus, a nossa vida nunca mais será a mesma. Nos falam de um “novo normal” como se os(as) trabalhadores(as) bancários(as) não soubessem que o mundo exigirá mudanças.O Sindicato já exercita essas mudanças. Uma nova cultura da solidariedade emerge nas nossas ações. O outro não poderá ser mais invisível aos nossos olhos.

Quem mais precisa que ajuda. Quem precisa menos pode ajudar mais. Nós, bancários(as), estamos ligados nestes novos tempos. A palavra cultura está impregnada no nome de nossa entidade e amplifica seu significado futuro. Lutamos todos os dias para mudar cultura de exploração nos bancos.

Devemos pensar em continuar lutando pelos bancos públicos, pelos nossos direitos conquistados com muita luta, alegria, por um valor acima de todos nós: a democracia está no DNA do nosso jeito de lutar. E há muitos jeitos. Inclusive, se divertindo com aulas de inglês, aulas de yoga no projeto Isolamento Saudável ou curtindo um show ao vivo às sextas e sábados. E até mesmo nos campeonatos de futebol do Sindicato. Quanto mais juntos, mais fortes, mesmo diante da pandemia.

Desde abril de 2020, o SindBancários já doou 3,6 toneladas de alimentos. São 3 mil cestas básicas e mais muitas quentinhas.

Também iniciamos uma campanha em que o bancário indica a instituição de caridade para onde vão as doações. Não podemos mais parar de ajudar. Precisamos ficar juntos do jeito que der.

Todos vão precisar de todos!

Em 24 de junho de 2020, a ação solidária do SindBancários entregou cestas básicas no Educandário São João Batista por indicação de um colega bancário do Santander

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Na Ocupação Vila Maria, a solidariedade do SindBancários ajuda o povo que mais precisa a enfrentar dificuldades do isolamento social

Escola Criança Cidadã recebe a solidariedade do SindBancários sob a forma de mantimentos durante crise da pandemia do novo coronavírus

Areal do Futuro homenageia SindBancários em seu desfile no Carnaval 2019 pelas ruas da Cidade Baixa de Porto Alegre

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Vai uma saúde aí? Projeto Caminhando por Aí iniciou atividade com caminhada em maio de 2019 na Redenção em Porto Alegre e já teve trilha

Seja no campo, no sete ou no futsal, nossos boleiros bancários curtem muito a integração que o futebol proporciona

Aposentados da Caixa confraternizam em 11 de setembro de 2019 com almoço no Piquete dos Bancários no Parque Harmonia

Desde 2018, a história, o plantio da uva, e a cultura passaram a ter lugar no SindBancários. O Clube do Vinho reúne aqueles que apreciam animados encontros para falar do que gostam de apreciar

ACESSE MAIS Saiba aqui como indicar entidade para o Sindicato levar ajuda com alimentos e participe da Campanha Ação Solidária O carnaval 2020 em dois momentos.

No primeiro, Sindicato vai até o barracão da escola de Samba Império da zona Norte e entrega mantimentos em maio de 2020 na pandemia Antes da pandemia, na madrugada de 7 de março de 2020, a ala dos bancários desfilou no Complexo do Porto Seco para homenagear o seu presidente mais ilustre, Olívio Dutra.

Em meio às filas nas agências e para preservar a saúde e a integridade dos bancários, carro de som circula pela área de atuação do SindBancários orientando população a tomar cuidado com a sua saúde e a saúde dos bancários Saiba como participar do Clube CineBancários e ajude a financiar um cinema que ajuda a divulgar filmes nacionais e promove debates sobre cultura, cidadania e democracia na Casa dos Bancários

Participe e curta online nosso Projeto Isolamento Saudável durante a pandemia

Yoga Inglês Dança Ginástica Teatro 9

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Itaú Avanços em tempos de manter direitos

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esde que a Reforma Trabalhista varreu direitos dos trabalhadores a partir de 2017, ficou mais difícil negociar com os bancos. Mas não impossível. O caso do Itaú é uma prova. Não teve demanda de trabalhador que não fosse para a mesa de negociação das reuniões permanentes do COE/Itaú com a direção do banco. Houve perdas de direitos? Não. Houve garantias e até avanços. Em 2019, conquistamos o parcelamento do endividamento dos trabalhadores afastados por doença. Sem contar que o acordo aditivo do Itaú manteve as bolsas de estudos e outras conquistas. E, desde 2017, não paramos de alertar sobre a cobrança de metas abusivas e sobre os prejuízos para os colegas que o fechamento de agências representava.

Durante a pandemia, em março de 2020, conquistamos o compromisso de o Itaú não demitir, afastar os colegas do grupo de risco do trabalho presencial e implantar protocolos de sanitização e regras do home office. Realizamos, em maio, uma assembleia virtual que debateu e aprovou um acordo com duração até o final do decreto nacional de calamidade em 31 de dezembro. Mesmo diante das ameaças aos nossos direitos, mostramos capacidade de negociação e conquistas. A MP 936, que reduziu salários e suspendeu contratos, não foi aplicada na nossa categoria. Tivemos avanços em tempos de resistir às perdas.

Dirigentes do SindBancários protestam contra fechamento de agências do Itaú em Porto Alegre em maio de 2019, e exigem critérios mais adequados a colegas que serão transferidos de local de trabalho.

VÍDEOS Colega do Itaú Marcia Ribeiro conta como foi sua reintegração com ajuda do Sindicato após demissão injusta do Itaú quando estava adoecida.

“Cadê a agência que estava aqui?”. Este foi o tom do ato do SindBancários e Fetrafi-RS em 12 abril de 2019 em frente à agência do Itaú de Porto Alegre.

Dirigentes do Sindicato mantêm agência do Itaú na Rua dos Andradas em Porto Alegre fechada por falta de segurança a clientes e bancários em 2018.

Mesmo contra demissões, Sindicato prestou esclarecimentos jurídicos aos colegas do Itaú interessados em aderir ao PDV do Itaú em agosto de 2019

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Em dezembro de 2018, colegas do Itaú aprovaram em assembleia na Casa dos Bancários, renovação do PCR e bolsas de estudo para graduação, segunda graduação e pós-graduação

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Bradesco Na luta por condição de trabalho

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s últimos tempos não foram dos mais fáceis para os colegas do Bradesco. O banco lançou um Plano de Demissão Voluntária em 2018. O Sindicato não assina nem negocia esse tipo de demissão, mas ajuda quem quer tomar a melhor decisão. Reuniões de esclarecimento sobre o que era esse plano foram realizadas pelo departamento jurídico. Além de mantermos as nossas conquistas e assinarmos um Acordo Coletivo Aditivo com o banco, válido por dois anos em outubro de 2019, conquistamos um crescimento de 19% na remuneração pelo quilômetro rodado por colegas que usam o próprio carro.

Conseguimos boas vitórias jurídicas também. Depois de muitos anos, o Bradesco finalmente passou a integrar a gratificação semestral no 13º salário de seus empregados na folha de pagamento de fevereiro de 2017. Também ficamos atentos aos problemas com ar condicionado em agências, à liberação dos colegas de agências alvo de assaltos ou arrombamentos e, claro, quanto aos protocolos de sanitização contra a Covid-19 e o coronavírus. Neste último caso, cobramos agilidade nos protocolos e fomos visitar agências em que colegas ficaram doentes. E, claro, conquistamos, mediante negociação com o Comando Nacional dos Bancários, o compromisso do Bradesco de não demitir durante a pandemia. E, quando demitiu, como foi o caso de uma colega na área do SindBancários, nós a reintegramos na Justiça do Trabalho.

VÍDEOS

Em 3 de fevereiro de 2017, dirigentes do SindBancários que trabalham no Bradesco se reuniram com o novo diretor regional e levaram muitas questões que deveriam melhorar. Uma delas foi cobrada com firmeza: o banco tinha que dar um jeito na cobrança abusiva por metas.

Em maio de 2018, durante reunião dos colegas do Bradesco no Encontro Estadual dos Bancos Privados, preparatório à Campanha Salarial, a reclamação era geral. Depois que a Reforma Trabalhista passou a vigorar como a Lei 13.467 em novembro de 2017, o Bradesco passou a adotar um sistema de metas abusivo. O efeito foi o aumento do adoecimento.

Visita à agência, no Centro Histórico, constata que bancários ainda estavam na agência após a detecção de um caso de Covid-19. SindBancários pediu que os protocolos de sanitização fossem agilizados.

No início de junho de 2020, o Sindicato acompanhou a implantação dos protocolos de sanitização e de afastamento de colegas na agência do Bairro Partenon do Bradesco.

Porta giratória de agência Andradas do Bradesco estava com defeito. Em outubro de 2017, diretores do SindBancários foram para a frente da agência e não deixaram abrir até que o problema de segurança fosse resolvido.

Depois que colega de agência bancária do Centro de Porto Alegre foi diagnosticado com Covid-19, o Bradesco demorou para implementar os protocolos de sanitização. O Sindicato teve que dar uma conversada com a Matriz do banco para pedir agilidade na desinfecção e na troca de funcionários para abrir a agência em junho de 2020.

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Saúde Aqui, a gente cuida um do outro

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á faz um bom tempo que o SindBancários investe no combate ao assédio moral e alerta para a importância de um ambiente de trabalho decente. Metas abusivas, pressão. Por que tudo isso faz mal aos(às) bancários(as)?

Ora, basta pensarmos no quanto esse tipo de comportamento de gestão dos bancos atenta contra a saúde. O sofrimento mental, os problemas de Transtornos de Estresse Pós-Traumático (TEPT), estão todos relacionados ao ambiente adoecido pelos bancos.

Pense que o Grupo de Ação Solidária (GAS) se reúne há 18 anos todas as quartas-feiras na Casa dos Bancários para que os colegas afastados por algum tipo de doença conversem sobre os sofrimentos que passam. Criamos um serviço de atendimento de urgência psicológica para o(a) bancário(a) receber ajuda.

E pense que um assalto traz um sofrimento que pode durar para sempre.Este ano, a equipe de saúde do SindBancários criou uma campanha muito importante.

O lema “A gente se cuida” tenta mostrar que o ambiente de trabalho dos(as) bancários(as) não tem que ser aquele da concorrência. Mas o da solidariedade. Preste atenção no colega e pergunte se ele precisa de ajuda.

Em março de 2019, o Seminário de Saúde “Integrando estratégias de enfrentamento ao adoecimento nos bancos”, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, atendeu uma das maiores preocupações dos(as) bancários(as) na Consulta Nacional realizada em 2018: saúde e condições de trabalho.

VÍDEOS Na formação da Rede Solidária de Saúde, o seu depoimento é muito importante. Ouça depoimentos de seus colegas e participe do Projeto “A gente se cuida”.

Você é uma inspiração bancária

Desde que o governo Temer assumiu em 2016, as condições de saúde pioraram muito para os(as) trabalhadores(as). Em julho de 2018, o Sindicato foi ao Ministério Público do Trabalho (MPT-RS) denunciar a piora do ambiente de trabalho nos bancos.

Bancários denunciam caça aos doentes pelo governo Temer em ato de setembro de 2017.

Em novembro de 2018, vídeo mostra a luta dos bancários que precisam recuperar a saúde perdida no ambiente adoecido dos bancos.

Em abril de 2017, o GAS chegava aos 15 anos. Neste vídeo, mostramos a importância de cuidar da saúde dos(as) bancários(as) como uma política de combate ao adoecimento nos bancos e a recuperar a saúde perdida no ambiente adoecido dos bancos.

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Em 2017, o final do ano de confraternizações do GAS foi diferente.

O tradicional amigo-secreto juntou dinheiro em uma caixinha solidária. Em fevereiro de 2018, os mantimentos arrecadados chegaram à Ocupação Nazaré em Porto Alegre.

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Formação Quando a gente entende a importância da política

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os últimos tempos, uma grande revoada autoritária na política fez um trabalho terrível para a democracia no Brasil e no mundo. A ponto de fazer as pessoas acharem que a política é algo que elas não devem nem pensar em se meter.

Pois a Formação do SindBancários percorreu o caminho inverso dessa ideologia. Desde 2017, apostamos em eleições de delegados sindicais e em um processo de formação permanente que já ocorre há mais de 10 anos.

Palestras de ex-ministros. Efeitos da Revolução 4.0 na vida do(as) bancários(as). As decisões que ministros tomam e o Congresso Nacional transforma em leis são também tema da Formação. Cursos preparatórios de CPAs 10 e 20 e CEA ajudam os(as) bancários(as) a buscarem maiores chances de ascensão na carreira.

A gente esquece que somos sujeitos coletivos quando o banco impõe que pensemos só em trabalho. Mas a Formação do Sindicato procurar ligar os pontos. Tudo diz respeito a todos nós e a nossa capacidade de resistência.

O ex-presidente do SindBancários, Olívio Dutra, foi o grande homenageado nos atos de 40 anos da Greve de 1979. Olívio foi preso durante esta greve e agora o auditório da Casa dos Bancários passou a ter seu nome.

VÍDEOS Em dezembro de 2018, o ano da Formação do Sindicato se encerrou com palestra do sociólogo Jessé Souza na sede da Fetrafi-RS.

Perceber que as lutas das mulheres por reconhecimento e por direitos no último século foram decisivas para melhorar as condições de trabalho e fortalecer a democracia é fundamental para a formação de todos. No 8 de Março de 2020, Dia Internacional das Mulheres, as bancárias foram à luta. Como sempre.

Documentário “Vidas valem mais que carvão” mostra a importância de lutar contra os megaprojetos de mineração para preservar a saúde e a ecologia em julho de 2019.

A pressão dos bancários derrotou a chaga da MP 905, aquela proposta do governo Bolsonaro sob encomenda dos banqueiros que acabava com a jornada de 6H dos(as) bancários(as).

Grupo de colegas aposentados encerra ano de 2019 do curso de inglês do SindBancários com uma versão animada de um sucesso dos anos 1980: “We are the world”.

A pandemia da Covid-19 e o descaso do governo Bolsonaro impuseram distanciamento. Mas, desde março de 2020, mantemos nossas reuniões de formação. Agora, virtuais.

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Jurídico A gente busca direitos sempre

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ma passada de olhos pelas fotos desta página vai mostrar que muitos cheques foram distribuídos para os(as) bancários(as) da base do Sindicato desde 2017. A tradução de ações coletivas que envolvem colegas de bancos públicos e privados é: quando os bancos não observam direitos, o departamento jurídico entra em campo.

Ações de cobrança de 7ª e 8ª horas, inclusão de Remuneração Variáveis (RVs) nas verbas salariais, ações coletivas que questionam o fim de reestruturações em bancos públicos... Os direitos podem ser traduzidos em cheques, mas aqueles papéis que fazem os bancários deixarem a Casa dos Bancários com sorriso no rosto representam lutas.

Fizemos reuniões de esclarecimento. Assembleias para aprovar critérios negociados de pagamento de valores. E, mais recentemente, o Sindicato precisou se adaptar ao isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus. Os cheques começaram a pingar diretamente na conta dos Banrisulenses nas ações de RVs. Precisamos ficar afastados, mas não distantes. Nos últimos três anos, cerca de 17,4 mil cheques foram distribuídos aos(às) bancários(as) associados ao Sindicato. O valor de tudo que os bancários recuperaram de direitos junto aos bancos chegou a R$ 160 milhões. O Sindicato fez, entre 2017 e 2020, 21 entregas de cheques para os(as) bancários(as) de sua base.

VÍDEOS O SindBancários vence a ação coletiva que movia contra a União Federal pedindo o fim da incidência do Imposto de Renda sobre o Prêmio Aposentadoria dos bancários do Banrisul.

Na noite de 29 de junho de 2020, SindBancários realiza primeira assembleia virtual de prestação de contas. As contas de 2019 foram aprovadas por unanimidade. Apesar das dificuldades com a Reforma Trabalhista e com as Medidas Provisórias 905 e 936 do governo Bolsonaro, as contas do Sindicato fecharam com superávit de R$ 3,3 milhões.

Em 16 de janeiro de 2020, assembleia aprovou por unanimidade o novo estatuto do SindBancários. A ideia é se adaptar à nova legislação trabalhista, com ampliação da base de sócios contribuintes, da representação a trabalhadores terceirizados e mudança na estrutura administrativa das diretorias.

A pressão dos bancários derrotou a chaga da MP 905, aquela proposta do governo Bolsonaro sob encomenda dos banqueiros que acabava com a jornada de 6H dos(as) bancários(as), desde 2019.

Jurídico do Sindicato tira as dúvidas dos colegas interessados em participar do PDV do Bradesco em setembro de 2019.

Jurídico do Sindicato tira dúvidas sobre ação coletiva de integração do ADI as verbas salariais do Banrisulenses em outubro de 2019

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Em junho de 2018, os bancários foram à assembleia e decidiram pela criação do Fundo de Sucumbência. Depois da Reforma Trabalhista, em 2017, trabalhador que perde ação precisa pagar honorários de advogados do patrão. O fundo de sucumbência do Sindicato protege os bancários desse pagamento nas ações coletivas.

Revista do SindBancários

Quem somos – Diretoria 2017|2020 DIRETORIA-EXECUTIVA PRESIDENTE (Licenciado): Everton de Moraes Gimenis (Bradesco) SECRETÁRIO GERAL (Presidente em exercício): Luciano Fetzner Barcellos (Banrisul) FINANCEIRO: Tiago Vasconcellos Pedroso (Caixa) ADMINISTRATIVO (Secretário-geral em exercício): Luis Gustavo Vargas Soares (Bradesco) COMUNICAÇÃO: Gilnei Silva Nunes (Banrisul) JURÍDICO: Maristela Rocha (Caixa Econômica Federal) APOSENTADOS E SEGURIDADE SOCIAL: Natalina Rosane Gué (Santander) CULTURA, ESPORTE E LAZER: Ana Lucia Soares Guimaraens (Banrisul) SAÚDE E CONDIÇÕES DE TRABALHO: Jamile de Moraes Chamun (Itaú) POLÍTICAS SOCIAIS E CIDADANIA: Sandro Artur Ferreira Rodrigues (Itaú) RELAÇÕES SINDICAIS E RELAÇÕES DE BASE: Gerson Marques dos Reis (Banrisul) FORMAÇÃO: Virginia Maria de Faria Jorge (Caixa) FINANCEIRAS E TERCEIRIZADAS: Luiz Carlos Cassemiro (Santander) DIRETORIA DE APOIO: Ademir José Wiederkehr (Santander); Matheus Souza Neri (Banrisul); Antonio Augusto Borges de Borges (Itaú); Daniela Silva de Souza (Itaú); Eroni Batista Ribeiro (Banrisul); Fábio Moraes Dellanhese (Banrisul); Ida Jaqueline Pellegrino (Santander); Jailson Bueno Prodes (Caixa Econômica Federal); Jairo Severo Soares (Itaú); Marilene Bruza Sá (Banrisul); Rogério de Rodrigues Rodrigues (Banco do Brasil); Ronaldo de Souza Gross (Bradesco).

SUPLENTES DA EXECUTIVA: Mauro Salles Machado (Santander); Carlos Eduardo Bobsin (Banrisul); Caroline Soares Heidner (Caixa Econômica Federal); Claudete Genuino Marocco (Banrisul); Bianca Garbelini (Banco do Brasil); Gilson Marques Lemos (Caixa Econômica Federal); Ernesto Humberto dos Santos (Itaú); Rachel de Araújo Weber (Caixa Econômica Federal).

CONSELHO FISCAL: Jorge Luis Consminski Lucas (HSBC); Leandro Santos Silva (Banrisul); Nilton Correa Gomes (Bradesco); Carlos Odone Dahlheimer Viale (Banco do Brasil); Paulo Roberto Stekel (Santander).

CONSELHO FISCAL – SUPLENTES: Edson Ramos da Rocha (Bradesco); Itamara Pinto Brum (Banrisul); Eduardo Munhoz Baptista (Itaú); Guaracy Padilla Gonçalves (Caixa Econômica Federal); Carmen Lúcia Guedes (Santander).