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SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA

Rua Padre Pedro Pinto, 1948 Por Sheila Castro

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Foto - fonte internet

O bairro Floresta nasceu como subúrbio. Foi um dos primeiros locais de moradia dos operários que trabalharam na construção da capital. É a vizinhança mais antiga da região, sendo a primeira residência dos operários da comissão construtora da capital: a Casa do Conde

No princípio, o bairro era formado por chácaras que, segundo historiadores, eram responsáveis pelo abastecimento de hortifrutigranjeiros da capital recém inaugurada. Os vestígios da primeira forma de ocupação ainda existem. A área da Praça Comendador Negrão de Lima é um exemplo. Ela está no local onde existia a chácara da família Negrão de Lima. A sede da propriedade, situada na Rua Leonídia Leite, continua preservada e foi tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município.

A origem do nome Floresta é controversa. A história mais conhecida, relatada pelo historiador Abílio Barreto, conta que um hotel boêmio chamado Floresta teria motivado o nome.

O local começou a se desenvolver a partir de 1905, com a chegada do bonde, fomentando o comércio.

O Viaduto Santa Tereza foi construído em 1929, por volta do ano de 1930, o comércio começou a se desenvolver, principalmente na região

Fonte Internet Estrada Velha de Venda Nova - 1946 Fonte internet Avenida Vilarinho - final dos anos 70

comprendida pelas avenidas do Contorno e Assis Chateaubriand .

Na década de 40, o adro da Igreja Nossa Senhora das Dores, de 61,80 metros de altura, era o local preferido para moças e rapazes para o footing (do inglês, ir a pé). As mulheres – todas com seus melhores vestidos, salto alto, maquiadas e perfumadas – desfilavam, como se estivessem em um tapete vermelho. Locais tradicionais como a rua Itajubá que, durante muito tempo, foi um dos pontos mais movimentados da cidade pela animação de seus bares e bailes de carnaval, também fazem parte da história do bairro.

E foi na Floresta que moraram grandes escritores como Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e Pedro Nava (1903-1984). A amizade foi tão significativa que ganharam uma estátua em bronze localizada na esquina das ruas Goiás e Bahia, no Centro de BH – a um quarteirão do monumento a Rômulo Paes, que homenageia o escritor e compositor mineiro, autor da frase gravada no monumento, que diz: ―A minha vida é esta, subir Bahia e descer Floresta‖. moraram também personalidades ilustres como Negrão de Lima e até o compositor carioca Noel Rosa, que na ocasião veio passar uma temporada em Belo Horizonte em busca da cura da tuberculose que o afetava.

Há 111 bens tombados no bairro Floresta. Alguns são tombados pelo IEPHA, outros por instância municipal.

É no Bairro Floresta que fica a famosa Rua Sapucaí. A principal estação de metrô de Belo Horizonte, a Estação Central, tem uma saída para a rua, por meio das famosas escadas coloridas.

Culturalmente, o bairro também é destaque. Atrai muitas manifestações artísticas que ganham destaque no Teatro Alterosa, na Praça Comendador Negrão de Lima e, na sede do Giramundo, que

Fonte internet -Foto vista da Sapucaí

.abriga uma escola de teatro de bonecos e um museu, responsáveis pelo maior acervo de marionetes do Brasil. Uma das contribuições para o levante do movimento por lá é o Circuito de Arte Urbana (CURA). Uma reunião de artistas foi responsável por pintar murais nos prédios do Centro da cidade e surgiu então o primeiro Mirante de Arte Urbana do mundo.

O Bairro Conta com uma variada rede de bancos e estabelecimentos comerciais, dentre eles o Shopping Floresta, os enxovais da Casa Pérola, as tortas e doces da Confeitaria Momo e as balas de licor da fábrica de chocolates Lalka, perfumaria e medicamentos manipulados da Farmácia Universal, a banca de jornais

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