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2.2.4 MEDOS-PERSAS

Uma das coisas mais notáveis da civilização babilônica foi a invenção do Código de Hamurabi. Este código era uma lista de leis que determinavam como deveriam viver os habitantes do reino. É dele a expressão: “olho por olho, dente por dente”.

Como temos observado até aqui, nenhum Império da Antigüidade durava para sempre. Em certo momento aparecia um povo mais forte para destruí-lo. Assim, em 539 a.C., os persas, comandados por Ciro, dominaram a Babilônia.

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2.2.4 MEDO-PERSAS

Os persas eram um povo que vivia na região onde hoje está o Irã. A partir do século VI a.C., eles iniciaram a conquista de um dos maiores Impérios da antigüidade.

Em 550 a.C., o rei persa Ciro conseguiu unir as diversas tribos, formando um grande exército para invadir os territórios vizinhos.

Devido aos constantes ataques de Assurbanipal, Elã se enfraqueceu. Os persas aproveitando-se dessa decadência, sob o comando de Ciro, que se designou Ciro II, tomam Susã, antiga capital do Elã e a transforma em sua capital. Cada povo conquistado por Ciro passava a pagar pesados impostos aos persas. Sob seu comando, apoderou-se da Babilônia e derrotou Nabonido em 538 a.C. Ciro II morre em 530 a.C., assumindo seu filho Cambises o colosso do império medo-persa.

O rei Cambises, filho de Ciro, conquistou o Egito. Os persas logo dominaram toda a Mesopotâmia, a Fenícia, a Palestina e vastas áreas que se estendiam até a Índia. Cambises II marcha com o intento de tomar Cartago, mas fracassa vindo a falecer no regresso desta batalha.

Não possuindo herdeiro, assumiu Dario em seu lugar com o nome de Dario I. Seu reinado foi marcado por terríveis insurreições na Babilônia, no Egito, na Armênia, no Elã, na Média e na própria Pérsia.

Ciente da imensa dificuldade de governar sozinho um vasto Império, então o dividiu em 20 províncias chamadas de satrapias. Cada satrapia tinha um governador com o título de sátrapa, escolhido pelo rei, é claro.

Apesar da boa organização, os persas não conseguiam unificar todo o gigantesco Império. Os povos dominados viviam se revoltando, e as rebeliões foram dividindo e enfraquecendo o Império. Para agravar a situação, os persas tentaram invadir por duas vezes a Grécia e foram derrotados.

Dario acreditava que seria fácil dominar a Grécia, afinal, a Pérsia já possuía quase todo mundo habitado. Como alguém poderia resistir seu poder? Assim, Dario enviou mensageiros para cada cidade-estado. Algumas com receio de serem destruídas obedeceram, mas com Atenas e Esparta a coisa foi diferente. Em Esparta os mensageiros do rei persa simplesmente foram mortos. Em Atenas, foram atirados no fundo de um poço cheio de lama.

Dario indignado partiu rumo a essas cidades. Imaginava uma vitória fácil. Não sabia que os gregos tinham uma vantagem: para eles, a guerra não era decidida apenas pela quantidade de soldados, mas também pela qualidade dos combatentes, pela disciplina militar, pelos planos estratégicos. Por isso, quando as tropas persas invadiram a Grécia tiveram uma amarga surpresa. Na famosa batalha de Maratona, os gregos estavam em minoria, mas partiram velozmente para o ataque.5 Os persas nunca poderiam imaginar tal atitude. Foram envolvidos e massacrados. Durante dez anos os gregos puderam viver em tranqüilidade.

Xerxes I, o Assuero da Bíblia (nome hebraico de Xerxes), reinou de 485 a 465 a.C., e se casou com Ester. Antes de vingar-se dos gregos, esmagou as insurreições no Egito e na Babilônia. Em 482 a.C., preparou um exército gigantesco para atacar os gregos. A Grécia não era unificada por um poder central. Não havia capital nem governo único. Era composta de várias cidades-estados (também chamadas de pólis). Cada cidade-estado tinha autonomia, com suas próprias leis e governo. Os cidadãos se reuniam em grandes assembléias para discutirem “res pública” – “coisas públicas”. É da palavra “polis” que se originou a palavra “política”. Para os cidadãos da pólis, a atividade política era considerada nobre, porque afetava a vida de toda comunidade. Tebas e Corinto estavam entre as cidades-estado mais

5. Diz a história que logo depois do triunfo na batalha de Maratona, o general grego Milcíades ordenou que um mensageiro fosse a pé até Atenas para anunciar a vitória. O rapaz correu cerca de 42 quilômetros. Dada a notícia, caiu morto, tornando-se um exemplo de determinação e força de vontade. Até hoje, essa mesma distância é corrida pelos atletas da maratona, uma das principais provas disputadas nas Olimpíadas da atualidade.

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