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SINDICAL Jornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região - CUT Ano 25 - Nº 255 Florianópolis, 24 de Junho de 2015

Contando com uma base de apoio poderosa, bancos seguem lucrando mesmo em tempos de “crise”!

Conferência Estadual

dos Bancários será 04.07

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BB e Caixa

Privados

Definem suas pautas

Pauta unificada

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Jornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região

Editorial

Campanha Nacional dos Bancários e a hora da verdade

Diretoria do Sindicato

Em 2014, o lucro dos seis maiores bancos no Brasil ultrapassou os 60 bilhões de reais. Passados somente os três primeiros meses de 2015, esse número já chega a mais de 20 bilhões.

No entanto, mal iniciados os primeiros movimentos preparatórios a nossa campanha nacional 2015, os porta vozes da Av. Paulista, centro financeiro do país, já ensaiam o discurso de sempre, prevendo muitas dificuldades em atenderem as nossas reivindicações, sinalizando inclusive que dificilmente será possível manter a lógica dos últimos acordos, garantindo inflação mais ganho real aos nossos salários.

A verdade é que, além dos consecutivos ganhos de produtividade obtida pelo setor, todos os bancos tem reduzido o número de funcionários, fazendo aumentar significati-

vamente os índices de eficiência.

Ou seja, nunca os banqueiros brasileiros ganharam tanto! Além disso, a escalada vertiginosa da taxa Selic tem proporcionado ganhos de tesouraria extraordinários, transferindo aos bancos grande parcela do orçamento da união à titulo de juros da dívida.

Enquanto isso, o governo anuncia medidas que reduzem ou restringem direitos dos trabalhadores, com a justificativa da necessidade de ajustar suas contas.

A verdade é que o desequilíbrio do orçamento público somente será resolvido com a distribuição da riqueza nacional, taxando as grandes fortunas e as heranças, promovendo uma reforma fiscal com imposto progressivo e medidas que combata a sonegação de impostos.

Não bastasse tudo isso, aliados à

Conferência Estadual dos Bancários

bancada conservadora do Congresso (do agro negocio, sistema financeiro, boi, da bola, bíblia e da bala), os patrões tentam impor a terceirização ampla e irrestrita da atividade laboral no país, com a desculpa de modernizar as relações de trabalho e reduzir os custos de produção.

A verdade é que a terceirização precariza o emprego, reduz salários, aumenta a jornada e o que é mais grave, pulveriza a representação sindical das categorias profissionais e dificulta a resistência e a mobilização dos trabalhadores.

E nós bancários? Diante do contumaz discurso dos banqueiros, precisamos construir a nossa própria narrativa, nos organizando, mobilizando e enfrentando nessa Campanha toda a falsidade dos banqueiros e mais uma vez fazer valer as nossas verdades.

04.07.2015 - A partir das 09H00 Hotel Cambirela - Av. Max Schram, 2199 Estreito - Florianópolis.

Inscrições:seebfloripa.com.br 48 32247113 SEGER

Expediente Secretários de Comunicação e Imprensa: Cleberson Pacheco Eichholz e Luiz Henrique Pinto Toniolo Jornalista Responsável: Janice Miranda (MTe-2995 DF/JP) Osíris Duarte (Mte 02538/PB) Ilustrações: Mendes Folha

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Capa: Manipulação do original “Too pig to fail”

Projeto Gráfico, Editoração Marcio Furtado (mfpg100@gmail.com) Tiragem: 3.000 exemplares Redação: Rua Visconde de Ouro Preto, 308, Centro - Florianópolis/SC CEP: 88020-040 Fone: (048) 3224-7113 Fax: (48) 3223-3103 secom@seebfloripa.com.br

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Aprovada pauta de específica moral. O PCR deve valorizar o funcionalismo, estipulando como piso o salário mínimo do Dieese e o interstício na tabela de antiguidade de 6%, um valor maior das letras de mérito e com um tempo menor para adquirir.

O 26º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil aprovou dia 14, em São Paulo, ao final de três dias de discussões, a pauta de reivindicações específicas da Campanha Nacional dos Bancários de 2015. Participaram do encontro 303 delegados de todo o País, dos quais 201 homens e 102 mulheres.

A seguir publicamos algumas das principais reivindicações aprovadas. Elas farão parte da 17ª Conferência Estadual dos Bancários, no dia 4 de julho em Florianópolis e estarão presentes também na Conferência Nacional no dia 31 de julho, em São Paulo.

Remuneração e condições de trabalho - Aprovada a intensificação da luta por melhorias no PCR, por mais contratações e por melhores condições de trabalho, sem assédio

Saúde e previdência - Os funcionários do banco estão muito preocupados com o aumento de adoecimentos causados pelo ambiente bancário. A categoria vai cobrar do banco a liberação de dados sobre doenças ocupacionais para que as informações sejam repassadas aos dirigentes sindicais e membros dos conselhos de usuários da Cassi.

Também foi aprovada a manutenção do princípio de solidariedade na Cassi e a inclusão de funcionários oriundos de bancos incorporados pelo BB, para que sejam assistidos pelo Programa de Saúde da Família e demais coberturas.

Sobre a Previ, os funcionários querem o fim da resolução 26, para que o superávit do

31º Conecef - Unidade para Conquistar

As principais propostas debatidas no 31º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) trataram fundamentalmente de condições de trabalho. Questões como mais contratações, fim do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), combate a metas abusivas e defesa da isonomia foram o centro dos debates. No encontro, os delegados deliberaram também pela manutenção da mesa única com a Fenaban e negociação concomitante com a Caixa das questões específicas.

Participaram do 31º Conecef 348 delegados de todo o País, sendo 198 homens e 150 mulheres. A busca pela paridade nesse fórum deliberativo dos trabalhadores da Caixa continua.

Uma das deliberações referentes à organização do movimento foi de manter a cota de gênero de 50%. As delegações que não atingirem esse percentual sofrerão corte de 50% para o congresso de 2016.

Unidade - Seguindo o slogan do 31º Conecef “Unidade para conquistar”, todas as forças políticas do movimento dos empregados da Caixa decidiram pela formação de um Fórum Nacional em defesa da Funcef, que terá por objetivo discutir as questões relacionadas à Fundação, em especial o plano de equacionamento do déficit do Reg/Replan Saldado e Não Saldado.

Durante a plenária de encerramento do

Conecef, no domingo, dia 14, o coordenador dos trabalhos e integrante da Comissão Executiva dos Empregados(CEE/Caixa-Contraf/CUT), Genésio Cardoso, repudiou o manifesto divulgado pelos diretores eleitos da Funcef, em que se queixam de não terem sido convidados para participar do Congresso.

Pauta específica - Dentre as reivindicações aprovadas constam prevenção do assédio moral e sexual, condições de trabalho para os deficientes, combate às metas abusivas, medidas e garantias

BB

plano de previdência seja investido na melhoria dos benefícios. O 26º Congresso também reiterou a campanha pelo fim do voto de minerva no Conselho Deliberativo e a implantação de teto para os benefícios. Os bancários explicam que, sem o teto, os diretores do banco se aposentam ganhando muito mais que os demais funcionários.

Os bancários também aprovaram cobrar esclarecimentos sobre os estudos realizados pela consultoria Accenture, uma vez que há preocupação do funcionalismo sobre a possibilidade de redução de representação de diretorias eleitas. Além disso, há dúvidas sobre as propostas de terceirização da gestão dos investimentos e da administração.

Organização do movimento - Os delegados do 26º Congresso reafirmaram a estratégia de Campanha Nacional Unificada, com negociação de mesa única na Fenaban e mesas concomitantes para discutir as questões específicas do BB, além do modelo construído pela categoria de comissões de empregados que assessoram a Contraf-CUT nas negociações específicas com os bancos.

BB e sistema financeiro nacional - O delegados debateram sobre a importância do fortalecimento do BB como banco público voltado para o financiamento da produção e do desenvolvimento econômico e social do país.

Defenderam ainda a internacionalização do BB e a regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, que trata do Sistema Financeiro Nacional.

CAIXA

em caso de assaltos e sequestros para as vítimas e familiares, melhoria e ampliação no atendimento do Saúde Caixa; fim do voto de minerva na Funcef, extensão do Saúde Caixa para os empregados que se aposentaram por meio de PADVs, extensão do auxílio-alimentação e cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas, inclusive aos desligados em PADV, retomada do modelo de Agência Segura, combate a terceirização, defesa da isonomia, fim do GDP (programa Gestão de Desempenho de Pessoas), mais contratações entre outros.

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Privados

Trabalhadores de bancos privados querem pauta única de lutar pela contratação diferenciada, para incluir essa parcela de trabalhadores no acordo coletivo dos bancários. A pauta específica dos trabalhadores do Bradesco tem 18 itens e a proposta é atualizá-la com questões como auxílioeducação, inclusão de pais e mães no plano de saúde e remuneração variável.

Santander - Os bancários

Uma pauta unificada para todo Brasil. Esse o ponto em comum dos quatro encontros nacionais dos bancários de instituições privadas, realizados no dia 26 de maio, em São Paulo. Na busca da unidade da categoria realizaremos a 17ª Conferência Estadual dos Bancários, no dia 4 de julho em Florianópolis. Destacamos abaixo as discussões ocorridas nos

encontros nacionais e que subsidiarão o nosso evento estadual e também a Conferência Nacional dos Bancários no dia 31 de julho, em São Paulo.

Bradesco - Em um dos momentos de discussão, os participantes fizeram uma análise da estrutura da holding Bradesco. Uma das bandeiras da Contraf-CUT é a

do Santander, assim como os do Bradesco fizeram uma análise do balanço do banco, em cima dos dados apresentados pelo Dieese.

Assim será possível defender as demandas e traçar um plano de luta para cobrar o banco, na busca de unidade nacional para que o movimento ganhe mais força.

Itaú - A discussão entre os funcionários do Itaú definiu questões centrais para este ano, como os nomes da Comissão de Or-

ganização dos Empregados (COE).

Este é o período de reorganizar a comissão e escutar todas as demandas nacionais com o objetivo de definir uma pauta única e negociar a agenda de negociação com os bancos.

HSBC - O encontro do HSBC debateu o anúncio feito pelo banco inglês de que analisa a venda de seus ativos financeiros no Brasil. A Contraf/CUT cobra para que haja visibilidade no processo e quer mostrar à sociedade os reflexos sociais negativos dessa venda. Os órgãos reguladores consideram apenas e tão somente as questões mercadológicas e esquecem das pessoas e de suas necessidades.

A sede do HSBC no Brasil fica em Curitiba, onde estão lotados cerca de 7.500 trabalhadores. Em todo o país, o banco britânico tem em torno de 21 mil trabalhadores distribuídos em 850 agências.

Dia 29 de maio - A luta dos Sindicatos e Movimentos Sociais

O Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região foi um dentre vários sindicatos que estiveram presentes no ato realizado no dia 29 de maio, no centro de Florianópolis. Assim como na capital catarinense, em todo o país trabalhadores de diversos segmentos participaram da manifestação chamada de “Dia Nacional de Mobilização e Luta”.

Dentre as categorias presentes no ato estavam municipários, trabalhadores do transporte coletivo, professores estaduais, trabalhadores da saúde estadual, representantes de entidades estudantis, movimentos da sociedade civil, como o Passe Livre e Brigadas Populares, entre outros representantes de segmentos da sociedade civil organizada.

Entre as bandeiras levantadas na manifestação estava o fim do projeto de lei que amplia a terceirização indiscriminada do trabalho, o conjunto de medidas provisórias que afetam os trabalhadores e que foram aprovadas sem um debate mais amplo com a sociedade, melhor uso e distribuição dos recursos públicos dando manutenção aos direitos do trabalhador e lisura dos gestores e políticos na condução da máquina pública.

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