Folha maio

FOLHA

SINDICAL Jornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região - CUT Ano 25 - Nº 254- Florianópolis, 21 de Maio de 2015

Dia nacional de luta

Conferências Estaduais

Construindo a pauta

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O caminho é a mobilização

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Campanha Nacional Conheça o calendário

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Jornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região

Editorial

Diretoria do Sindicato

Estamos novamente às portas de uma campanha

riam muito bem vindas e atingiriam uma parcela da população

nacional unificada. Se no ano anterior, a campanha teve

que há muito se beneficia e pouco contribui com o desenvolvi-

forte influência das eleições gerais e o posicionamento

mento do país.

político-partidário explícito dos banqueiros, o horizonte

Por falar em desenvolvimento, sabemos que a turbulência

apresenta neste ano fatores que tornam ainda mais com-

econômica que o país atravessa é provocada pela crise política.

plexas as negociações. A começar pela atuação e

Porém, o Sistema Finan-

postura dos parlamentares

ceiro Nacional parece

no Congresso Nacional, cuja

não ter sido atingido por

a maioria dos Deputados

esta onda, tendo em vista

representa os interesses

que os Bancos continuam

dos empresários, do agro-

ganhando como nunca.

negócio e do grande capital.

Somente no ano passado

Em disputa com o Governo,

os cinco maiores bancos

colocaram na agenda políti-

lucraram R$ 60 bilhões e os

ca do Congresso a pauta

resultados apresentados no

de retirada de direitos dos

primeiro trimestre já ante-

trabalhadores, representada

cipam um ano com lucros

pela aprovação do PL 4330,

ainda maiores. Então, qual

que amplia a terceirização

é a mágica? O PIB do Brasil

da mão de obra para todas

em 2014 ficou próximo de

as atividades das empresas.

zero e os Bancos apresentam crescimento do lucro na

Entretanto, não podemos

ordem de 18,5%! A fórmula

deixar de destacar a responsabilidade do Governo, que se nega a dialogar com as Centrais Sindicais, Sindicatos e Movimentos Sociais, enquanto faz ajustes na economia reduzindo ou dificultando o acesso de benefícios da classe trabalhadora e do povo, com a mesma agilidade que se implantou, por exemplo, o fator previdenciário no governo FHC. Mesmo considerando que o impacto das MP’s 664 e 665 atinja parcela significativa dos trabalhadores, são ainda mais devastadores

é simples: taxa Selic nas alturas, incremento da cobrança por taxas e serviços e redução dos postos de trabalho e de atendimento.

E aí perguntamos a você bancário: como está sua vida? Seu trabalho? Faça uma reflexão. Sua saúde está em dia, não existe pressão e assédio no ambiente de trabalho? Os Bancos lucram às custas dos trabalhadores que não têm atendidas as suas

os impactos nas relações de trabalho provocados pela

demandas. Por isto a organização e mobilização da categoria é

aprovação do PL da terceirização. Entendemos que os

fundamental. Sem luta não há conquistas. Não é à toa que di-

ajustes necessários para reequilibrar a economia não podem

versas categorias como professores, municipários, servidores da

penalizar as classes menos favorecidas e os trabalhadores.

justiça acordaram e fazem greves para garantir e ampliar seus

Medidas como o ajuste fiscal, a redução da taxa SELIC, a

direitos. Sua participação no movimento é fundamental. Não

tributação de grandes fortunas e do capital especulativo se-

terceirize sua responsabilidade.

Expediente Secretários de Comunicação e Imprensa: Cleberson Pacheco Eichholz e Luiz Henrique Pinto Toniolo Jornalista Responsável: Osíris Duarte (Mte 02538/PB) Fotos: Arquivo SEEB Charge: Luis Mendez Folha Folha

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Projeto Gráfico, Editoração Marcio Furtado (mfpg100@gmail.com) Tiragem: 2.500 mil exemplares Redação: Rua Visconde de Ouro Preto, 308, Centro - Florianópolis/SC CEP: 88020-040 Fone: (048) 3224-7113 Fax: (48) 3223-3103 www.seebfloripa.org.br secom@seebfloripa.com.br

História comprova que a mobilização da categoria bancária é essencial

Mais uma Campanha Nacional Unifi-

devido ao golpe militar, a categoria volta a

pagamento adicional para os demitidos sem

cada se aproxima, e como a história mostra,

se organizar e se mobilizar. Em 1985, com a

justa causa e um novo direito que passaria a

a adesão dos bancários é fundamental para a

redemocratização, ocorre a primeira greve

integrar a CCT: o vale-alimentação.

conquista das reivindicações. No ano em que

desde a década de 1960. Encerrada após

o SEEB Florianópolis e Região irá completar

dois dias, mas com o movimento alcançando

a categoria conquista aumento real acima

80 anos de lutas e conquistas, mais uma vez,

enorme visibilidade pública e contando com

da inflação, o que veio se repetindo desde

a mobilização fará a diferença. As conquistas

forte apoio da população. Em São Paulo,

então, assim como as paralisações.Em 2006

que a categoria alcançou ao longo das últimas

grandes passeatas tomaram as ruas da

foi conquistado valor adicional de PLR. Pela

décadas só foram possíveis após atividades

região financeira do centro da cidade. É

primeira vez Caixa e BB assinam a convenção

que contaram com a participação massiva dos

criado o primeiro Comando Nacional e os

coletiva de trabalho junto aos demais bancos.

bancários.Vamos fazer uma breve viagem pela

economiários da Caixa conquistam o direito

Em 2009, nova mobilização da categoria,

história do movimento sindical bancário para

à jornada de seis horas diárias, passando à

com greve e novas conquistas alcançadas. A

destacar a importância da participação de cada

categoria bancária em 1986.

licença-maternidade foi ampliada para 180

um.

Nos anos seguintes, a categoria orApós intensa mobilização, em 1933

Em 2004, após greve de 30 dias,

dias. O modelo de cálculo da PLR adicional foi

ganiza greves com grandes adesões – inclusive

aperfeiçoado, acarretando em mais ganhos

os bancários conseguem sua primeira grande

fora da data-base –, em defesa de suas reivin-

para os bancários. Depois de anos lutando

conquista: a jornada de seis horas. Entre 24

dicações e das conquistas já alcançadas. Uma

para que o setor reconheça o problema do

de janeiro e 12 de fevereiro de 1946, bancári-

das vitórias daqueles anos foi o auxílio-creche,

assédio moral, os trabalhadores conseguem

os de todo o Brasil entraram em greve pleite-

em 1986. A Campanha Salarial – como era

a implantação de um grupo de trabalho para

ando um salário mínimo profissional. Embora

chamada a Campanha Nacional Unificada até

discutir o tema. Em 2010, é criado um canal

sem sucesso nessa reivindicação, a classe

2003 – de 1990 foi às ruas com o bordão Essa

de combate à prática.

obteve importantes vitórias, como abonos

Primavera Tem Que Ser Nossa!. A greve, que

anuais e aumento geral.

durou 13 dias, garantiu o vale-refeição, que

bancários adoecidos por causa da

foi incluído na Convenção Coletiva do Trabalho

intensa pressão pelo cumprimento de metas

(CCT).

começou a aumentar. Em 2012, a categoria

Em 1951, após paralisação de 69 dias, é instituído o Dia do Bancário, em homenagem à data do início daquela greve

A implantação do Plano Real, em

Nos últimos anos, o número de

consegue uma vitória para os bancários em

(28 de agosto). Aquele ano viu também a

1994, embora tenha acabado com a inflação,

licença médica que ficam sem o salário e sem

contestação da lei de greve vigente à época.

diminuiu drasticamente o poder de compra do

o benefício do INSS, enquanto aguardam

A paralisação que entrou para a História

trabalhador. Para envolver os bancários nas

a perícia do órgão ou devido à alta progra-

como a greve da dignidade ocorreu em 1961,

mobilizações daquele ano, o Sindicato inovou,

mada. Esses trabalhadores passam a ter sua

ano em que foi conquistado o adicional por

colocando em prática paralisações surpresas

remuneração mantida pelo banco.

tempo de serviço (ATS). Em campanha junto

(chamadas Kinder Ovo). Quase todos os dias a

com outras categorias, os bancários e os de-

entrada em um local de trabalho era atrasada

dos bancários, participe dos encontros regio-

mais trabalhadores brasileiros conquistaram o

ou uma unidade fechada para a realização de

nais que os sindicatos promovem, ajude a

13º salário.

uma assembleia.

construir a pauta de reivindicação da catego-

A tática deu certo e os bancários conseguiram

ria. Você não pode ficar de fora dessa luta!

Após uma lacuna de mais de 20 anos

Fique atento ao calendário de luta

Folha

Sindical

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Dia nacional de mobilização e luta

Dia 29 de maio é dia de mobilizar para lutar pelos direitos do trabalhador As Centrais Sindicais e vários

ato em defesa do cidadão.

Florianópolis e Região estará

movimentos sociais do país

A agenda de lutas proposta

presente nessa luta e convoca

se preparam para o dia 29 de

pelos movimentos sindical e

toda a categoria para abraçar

maio. O chamado Dia Na-

sociais prevê, além da retirada

cional de Mobilização e Luta

do PL 4330 de tramitação,

a militância e fazer coro nas

pretende aglutinar diversos

a luta contra o ajuste fiscal,

segmentos em todo o país

pela reforma política e pela

pela luta dos direitos dos

democratização da mídia. A

trabalhadores. Não se trata de

bandeira contra a corrupção

um ato pró ou contra qualquer

será outra presente no ato.

partido político, mas sim um

O Sindicato dos Bancários de

ruas contra os desmandos de um setor privado ganancioso, uma classe política corrupta e uma justiça seletiva, baseada em interesses que não dizem respeito a sociedade brasileira.

No dia 27, às 18 horas, no auditório do SEEB será realizada uma assembleia para organizar o dia de mobilização e luta. Venha contribuir nessa construção e seja protagonista da luta por seus direitos.

Calendário da Campanha Nacional dos Bancários - 2015

MAIO

27 Encontro Nacional de Dirigentes do segmento privado

O que você perde com a Terceirização

Reunião por Banco

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- Assembleia organizativa do dia Naicional de Luta Dia Nacional de Luta

JUNHO

06 Encontro Regional BB e Caixa - Fpolis 12 Congressos BB e Caixa em São Paulo 13 Congressos BB e Caixa em São Paulo 14 Congressos BB e Caixa em São Paulo

JULHO

31 Conferência Nacional dos Bancários em São Paulo

Redução de salário - No setor financeiro, terceirizados chegam a ganhar cerca de 70% menos do que os bancários e com menos direitos.

Aumento da jornada de trabalho Maior adoecimento e acidentes de trabalho Você poderá ser demitido e recontratado como terceirizado recebendo um salário menor e

AGOSTO

01 Conferência Nacional dos Bancários em São Paulo 02 Conferência Nacional dos Bancários em São Paulo 06 Assembleias para Aprovação da Minuta

sustentando duas empresas com seu trabalho (a empresa contratante e a terceirizada) Um negócio em que só as emrpesas saem ganhando e o trabalhador perde: salário, direitos e a sua saúde.