Folha Sindical 576 - Janeiro de 2015

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SINDICAL Jornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Banc谩rios de Florian贸polis e Regi茫o - CUT - Ano 25 Florian贸polis, 06 de Janeiro de 2015

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Precisamos acordar para não dormir eternamente de manipulação dos profissionais, promovendo o individualismo e a desmobilização do espírito coletivo.

Em 1988, o jornalista Zuenir Ventura publicava (Editora Nova Fronteira) o hoje clássico 1968 O Ano que não terminou, reconstituição de um dos mais contraditórios e fascinantes períodos de nossa história. Caracterizado por radicalismos e polarização ideológica, 1968 foi palco de revoluções culturais, políticas e sociais em todo o mundo. Aqui no Brasil, no auge da ditadura militar, os estudantes iam às ruas como forma de resistência, protestar e enfrentar a polícia. Queriam liberdade, justiça, fraternidade.

Em 2014, passados 46 anos daqueles dias de sombra, eis que a história nos recoloca novamente às ruas. De um lado, grupos de jovens unindo-se a velhos militantes, partidos de esquerda e sindicatos, na defesa de direitos que somente puderam ser conquistados com o retorno da democracia. No outro lado dessa contraditória Avenida Brasil, manifestantes esbaforidos gritando esquizofrenicamente pela volta do regime dos coturnos e da política dos quartéis em prontidão. É nessa aparente dissociação cognitiva entre um passado recente de arbitrariedades e violência e um presente de esperanças

Outra estratégia dos banqueiros para fragmentar e dificultar a mobilização dos bancários é a terceirização de alguns setores e serviços, assim como o crescimento de cooperativas de crédito, correspondentes bancários e casas lotéricas, precarizando o atendimento e aviltando salários e benefícios.

ainda em construção que o movimento sindical necessita urgentemente resignificar sua atuação e sua militância.

Apesar das muitas conquistas sociais e econômicas obtidas nas últimas campanhas, a categoria bancária vem sendo constantemente ameaçada pelas transformações estruturais do mundo do trabalho.

As instituições financeiras, protagonistas dessas mudanças tecnológicas e organizacionais, procuram cada vez mais adequar as suas práticas e instrumen-

Em 2015, o Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região completará 80 anos de história. O próximo ano exigirá, dos dirigentes e dos bancários, dedicação e compromisso em torno da defesa dos direitos da tos de gestão em benefício categoria. Mais do que de maiores resultados, em renovar estratégias de luta, detrimento da organização é preciso uma mudança e da luta dos trabalhadores. significativa na forma como nós, trabalhadores do ramo Uma das estratégias usadas financeiro, nos posicionapelos bancos é a criação da mos na sociedade. Nossa ilusão de pequenos poparticipação na construção deres dentro da categoria. das pautas da categoria, O número de funcionários nos debates políticos e no de seis horas (significativa engajamento aos movimenbase militante) foi sendo substituído pelos chamados tos sociais é fundamental comissionados, delegando a para enfrentarmos os desafios em um cenário de esses trabalhadores prerdisputas. Se pretendemos rogativas de administração construir um futuro melhor e de negócios. A exigência do cumprimento de metas e para nosso país devemos nos dispor a fazer parte do o conceito de meritocracia processo. servem como instrumento

Expediente Secretários de Comunicação e Imprensa: Cleberson Pacheco Eichholz e Luiz Henrique Pinto Toniolo Jornalista Responsável: Janice Miranda (MTe-2995DF/JP) Osíris Duarte (Mte 02538/PB) Fotos: Janice Miranda e Osíris Duarte

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SEEB Floripa 80 anos: Mais que um Senhor Sindicato Vamos relembrar um pouco da História para contar a do nosso Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região, que em 2015 completará seus 80 anos. Em 1934 o Presidente Getúlio Vargas promulga o Decreto Lei nº 24.694, que liquida a autonomia sindical e determina que as federações estaduais só podem ser formadas por grupos de sindicatos idênticos. O pluralismo sindical dá um passo atrás. O Sindicato dos Bancários de São Paulo reformula seus estatutos para adequá-los às novas regras do governo.

Com esse cenário colocado é que ocorrem no sindicato cisões entre grupos ideologicamente diferentes. Um grupo fica sem respaldo na categoria e cria o Sindicato de Funcionários Bancários de São Paulo, fundamentalmente assistencialista e atrelado aos patrões.

No mês de maio de 1935, a nova entidade funda a revista Syn-diké, norteada pelo senso da ordem. O quadro geral político é de extrema tensão. Grupos fascistas e antifascistas se enfrentam na Praça da Sé e líderes dos bancários são detidos, acusados de agitadores comunistas.

No mesmo ano é criada a Aliança Nacional Libertadora (ANL), formada por líderes sindicais, socialistas e pessoal da esquerda. A palavra de ordem, a favor do proletariado, é uma só: união sindical.

O governo publica a Lei de Segurança Nacional, que persegue sindicalistas, principalmente de esquerda, e coloca a ANL na clandestinidade. Em Primeiro de

Maio, Dia do Trabalhador e de grandes manifestações pelo país, é criada a Confederação Sindical Unitária do Brasil.

A direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo renuncia em dezembro, a fim de preservar a entidade dada a perseguição aos sindicalistas. Uma junta provisória assume e, três meses depois, também se afasta por não conseguir aprovar um novo estatuto perante o Ministério do Trabalho. Começa então um período de conciliação, com acordos recíprocos entre empregados e patrões.

Foi em meio a esse cenário, no dia 13 de novembro de 1935, que o

Sindicato dos Bancários de Santa Catarina é fundado para vir a se tornar Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região. O perfil da entidade na época era muito mais assistencialista do que de militância.

A entidade tinha uma barbearia, dentista e médico, mas pouco se opunha aos desmandos do poder ou se envolvia na luta de classes no país.

Esse breve relato do momento histórico do sindicalismo é o mais próximo do contexto do Sindicato na época de sua fundação, já que existe uma grande lacuna, por falta de registros, da fundação da entidade até 1957. Mesmo após esse

período, há poucos relatos e documentos que tratem do cotidiano e da atuação do SEEB. É a partir da década de 1980 que começam os registros organizados da história do Sindicato.

Foi na década de 1970 que começou o processo de desmembramento da entidade em bases regionais, deixando assim de ser um Sindicato Estadual, depois de mais de 24 anos como Sindicato de Santa Catarina.

Em 1985 ocorre a primeira Greve nacional da categoria após a ditadura militar.

Ainda neste ano nasce o Movimento de Oposição Bancária (MOB) que, em 1987, vence as eleições da entidade. No ano seguinte, 1988, o Sindicato filia-se a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Somente na década de 1990, precisamente no mês de julho de 1993, que o SEEB Florianópolis se instala na atual sede da entidade.

Durante toda a década, através das reformulações impulsionadas pelo MOB, o Sindicato milita em diversas frentes políticas e de organização civil, contribuindo para lutas importantes na sociedade catarinense e no país. Desde a participação ativa no impeachment do Presidente Collor ao papel de oposição aos governos tucanos, a entidade se engajou de forma mais intensa nas lutas sociais.

O século XXI apresenta novos desafios para a categoria bancária. A tecnologia entre com mais força, a categoria se fragmenta e novos rumos devem ser pensados para que se cumpra o papel que cabe a uma entidade civil organizada num país como o Brasil.

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Evento acontece no dia 24 de janeiro na Asderlic

A tão esperada Feijoada dos Bancários está chegando à sua quarta edição em 2015. O evento, que já entrou para o calendário do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região, acontecerá no próximo dia 24 de janeiro (sábado), a partir das 11h30 na sede da Asderlic (Rua Visconde de Cairu, nº 85, Estreito, na cabeceira da ponte no continente).

Quem quiser participar deve comprar a sua camiseta, no valor de R$ 25,00 com os

dirigentes Gijo (fone: 9151-6998) ou Cris (fone: 9154-2601).

A camiseta dá direito à feijoada completa, caipirinhas de cachaça e vinho, refrigerante e água. A cerveja será cobrada à parte.

As atrações da Feijoada são o sertanejo com Fábio Dunk e a Bateria Show da Escola Consulado do Samba. A molecada terá ainda a recreação infantil. A festa, que é somente para filiados e dependentes, vai até às 18 horas. Agende-se! A gente te espera.

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