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Equipamentos agrícolas 4.0

“A agricultura está a mudar de paradigma e o Grupo Joper assume a sua responsabilidade neste campo ao envolver-se em inúmeros projetos que apoiam o desenvolvimento deste setor.”

Quando João Pereira decidiu empreender na sua primeira oficina para fabricar e reparar carroças, vendeu a casa de família e apostou tudo no negócio. À época, era a melhor casa da aldeia. Uma aldeia que fica nas proximidades de Torres Vedras. Corria o ano de 1941, em plena 2ª Guerra Mundial, mas João Pereira era um homem com a coragem à frente do seu tempo e com uma visão que dura há quatro gerações. A Joper passou das mãos de João para as dos filhos Mário e Irmãos, depois para as do neto Jorge e, no futuro, passarão para as das bisnetas. São quatro gerações de investimento familiar num Grupo que, atualmente, conta com um volume de negócios na ordem dos 16 milhões de euros e que emprega 170 pessoas.

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A marca Joper foi criada no dia do batizado do atual presidente executivo. Assumir a responsabilidade de dar continuidade à empresa foi, desde sempre, uma inevitabilidade. Sempre soube que queria seguir as pisadas do pai e avô. “Nunca me imaginei a ter outro trabalho. Entrei na Joper em 1985, mas sempre acompanhei a evolução da empresa. Tenho uma foto com dois anos na Feira de Santarém, em que estou sentado em cima de uma grade de discos. Foi sempre um gosto e um orgulho acompanhar o meu pai na sua vida profissional. Depois, tive a felicidade de ter a minha mulher, uma das minhas filhas e um dos meus genros que evoluíram na empresa e já são administradores. Estão lançadas as sementes para uma 4ª Geração e tem estado a funcionar muito bem”, refere Jorge Pereira.

A Joper cresceu de forma sustentada e equilibrada sempre a acompanhar a evolução da agricultura a nível nacional e europeu. Neste momento, é uma empresa que antecipa necessidades e que alia o conhecimento na área da maquinaria agrícola à tecnologia de ponta, sendo uma referência dentro e fora de fronteiras. O universo da Joper alargou-se com a aquisição da Tomix, em 1997, e da Ribatejo –

Metalúrgica Benaventense, em 2013. Estas duas empresas, também elas carregadas de história, trouxeram mais valências para este grupo empresarial que alargou o seu âmbito.

Uma Evolu O Sustentada

“Na década de 80, o meu avô já não estava ativamente na empresa, e começou a assistir a um acentuado crescimento. Tínhamos muita matéria-prima e estávamos a admitir muitas pessoas. Para ter a certeza de que estava tudo a correr bem fazia as mesmas perguntas a mim e ao meu pai para perceber se as respostas coincidiam. Era um homem desconfiado e via com receio este crescimento”, recorda Jorge Pereira. A Joper acompanhou o início da mecanização em Portugal e no início da década de 60 deu um grande salto quantitativo, mas também qualitativo.

Deixou de fabricar e reparar as tradicionais carroças, para começar a construir carroçarias de camiões e alfaias agrícolas para os primeiros tratores que começavam a chegar a Portugal. O período após o 25

Uma parceria continuada

Foi um incidente nas instalações da Joper que motivou a parceria com a Securitas. A empresa já tinha um sistema de segurança instalado, mas dada a dimensão alcançada entenderam que seria necessário desenvolver um plano de segurança adaptado às suas necessidades e com um nível de resposta eficiente e eficaz. “Percebemos que não poderíamos depender de um sistema amador. Desta forma, a única hipótese que víamos era ter como parceira uma empresa com credibilidade. Em boa hora que optamos pela Securitas”, afirma Jorge Pereira. Esta é uma relação que teve início em 2006 e que foi crescendo ao nível dos serviços prestados. Começou com o serviço de rondas e foram sendo acrescentados equipamentos à infraestrutura de segurança já existente. Após a aquisição da Tomix, foi criado um projeto de raiz incluindo sistema de intrusão e de CCTV. A solução de segurança foi crescendo em função das necessidades da Joper e da sua alargada dimensão. O presidente executivo da empresa refere que, mais do que um prestador de serviço, este é um negócio de parceiros. “Hoje, os negócios só fazem sentido se forem negócios continuados e a segurança é um negócio continuado. Acontece 24 horas por dia, 7 dias por semana, daí a necessidade de ter um parceiro nesta área. A parceria tem corrido tão bem que decidi instalar uma solução de segurança também na minha casa”.

de Abril de 1974 abriu caminho para a expansão da empresa para fora de fronteiras. A década de 80 ficou marcada por um elevado investimento em equipamentos de produção e pelo início da exportação. Este crescimento alavancou-se com a entrada de Portugal na União Europeia e trouxe novas oportunidades de crescimento nos mercados europeus. Atualmente, o Grupo Joper exporta cerca de 40% do volume de vendas, sendo os principais mercados França, Espanha, Marrocos, Angola e Moçambique.

Desde a venda da casa de família pelo fundador João Pereira que a Joper fez um longo percurso. Após esse ato de arrojo, já passaram por mais duas fábricas, sendo a atual, a quarta. Atualmente, este grupo empresarial conta com 30.000 m2 de área coberta num total de 120.000 m2 de área. Este crescimento deve-se, em grande parte, a um grande investimento pessoal. Entrar em mercados onde há uma acentuada competitividade implica que tenha de se dar provas de credibilidade e essa tem sido a estratégia. “Quando comecei a trabalhar o mercado espanhol, costumava dizer que os espanhóis estavam ao nosso lado, mas virados de costas. Entendiam que tudo o que era português era de qualidade inferior, não acreditavam na nossa qualidade. A forma de conquistar e motivar os clientes a trabalharem connosco é trazê-los à nossa fábrica para que possam ver o que aqui fazemos. Temos uma fábrica que, dentro da nossa dimensão, é uma referência na europa”, refere Jorge Pereira.

A agricultura é um setor no qual se assiste a um elevado crescimento tecnológico. Os equipamentos mais recentes estão dotados de softwares que têm, por exemplo, a capacidade de reconhecer a maturidade das plantas ou que têm inteligência para saber onde são necessárias pulverizações. São equipamentos que contribuem para uma maior sustentabilidade dos recursos, contribuindo, também, para a rentabilização das culturas. A agricultura está a mudar de paradigma e o Grupo Joper assume a sua responsabilidade neste campo ao envolver-se em inúmeros projetos que apoiam o desenvolvimento deste setor. É um Grupo que pretende estar na vanguarda e contribuir ativamente para dar resposta às necessidades dos agricultores.

Este é o caminho para o futuro. Um futuro que faz uso de todo o conhecimento acumulado em oito décadas de história, mas que todos os dias enfrenta desafios. Quando passar o seu testemunho, o presidente executivo assume a sua responsabilidade para o sucesso da geração que se segue: “Fico muito feliz por ter quem dê seguimento ao nosso Grupo, mas é a minha responsabilidade ensinar-lhes tudo o que sei, tal como o meu pai me ensinou tudo o que sabia. Isto irá possibilitar-nos crescer de forma mais sustentada”.

Líder de mercado no ramo da gestão de arquivos, a EAD conta com a Securitas como um dos principais parceiros de negócio. Esta é uma relação que conta com três décadas de crescimento constante.

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