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PROVÍNCIA DE SÃO PAULO: da criação da vice-província à reconfiguração

Ahistória da Província Redentorista de São Paulo é revisitada desde a última edição da revista “Informativo da Província”, pelo Pe. Victor Hugo Lapenta, C.Ss.R, psicólogo e estudioso da Congregação do Santíssimo Redentor, que viveu boa parte das transformações da unidade paulista.

Depois de apresentar as origens dos redentoristas alemães para o Brasil, Pe. Victor Hugo compartilha, nesta edição, os passos seguintes da Província de São Paulo. Os textos passam pela criação e consolidação da então Vice-Província, os primeiros anos já como Província, e terminam com as transformações vividas após o Concílio Vaticano II.

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Os processos de reestruturação e reconfiguração nos confirmam o fim iminente desta rica história centenária, relembrada nestas páginas por um Redentorista, que estudou e viveu grande parte dos acontecimentos da Unidade paulista. São linhas de inspiração, que reforçam o compromisso do contínuo e eterno anúncio da Copiosa Redenção, na vindoura Província Nossa Senhora Aparecida.

Criação e consolidação da Vice-Província de São Paulo

Já em 1894 a Missão Redentorista, vinda da Baviera para o Brasil, instalou comunidades, uma em Aparecida, no Santuário Diocesano, e outra em Campinas de Goiás, sede da Missão, logo transferida para Aparecida.

Contexto ambiente – No Brasil, os bávaros encontraram uma população católica, devotos, porém ignorantes e pouco sacramentados. Eram os tempos de oligarquia agrária da República Velha até a revolução getulista de 1930, e aí se davam a urbanização e nascente indústria. Em âmbito internacional, duas guerras mundiais (1914-18 e 1939-45) iriam complicar a vida dos religiosos alemães no Brasil.

Nos começos havia um distanciar-se das autoridades civis frente à religião. Mas o Cardeal Sebastião Leme levou a entendimentos, realizando, em 31 de maio de 1931, a proclamação de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil, em solenidade na Capital Federal, com 1 milhão de fiéis, episcopado,

Presidência da República, Corpo Diplomático, intelectuais, políticos e militares. O Cardeal levou o Presidente Vargas a beijar a imagem da Senhora Aparecida. Foi implantado o Cristo Redentor no alto do Corcovado. Diante do potencial católico, o Governo permitiu o catecismo nas escolas e as capelanias militares.

Título canônico e territórios – A Missão passou a ser Vice-Província até 1944, quando foi elevada à Província. A Unidade abrangia São Paulo e Goiás, tinha futuro nos Estados sulinos e atendia o Sul de Minas Gerais. Ela cedeu o Paraná aos redentoristas do Mato

Pelo menos dois nomes a não perder: o Pe. Vicente Grilhisl, um Irmão da primeira turma a vir para o Brasil, que obteve um dinâmico sacerdócio missionário, e o Pe. Pelágio Sauter, o apóstolo de Trindade, futuro santo canonizado de Goiás.

Grosso, reservando-se os direitos de passagem e de pregação de missões.

Moradias – Em Campinas de Goiás, tudo a fazer: construção de moradia e da matriz, plena produção agrária para sustento da comunidade, desenvolvimento de pastoral para uma região rural com paróquias sem padre, realização de desobrigas e festas do Santuário de Trindade. Há um bonito paralelo entre os beneditinos a civilizar a Europa e os redentoristas a evangelizar o sul goiano.

Em Aparecida, só em 1912 foi inaugurado o Convento da Comunidade, que abrigou o Vice-Provincialado até 1936, quando ele foi instalado na Penha. A moradia servia também de hospedagem para o clero peregrino. O Seminário Santo Afonso até 1939 foi parte da comunidade do Santuário, alojado em um chalé acanhado para uns poucos jovens. Isso levou, em 1902, à compra do Hotel Arlindo, na Praça, com espaço para até 30 alunos. Foi adquirida uma propriedade no bairro da Pedrinha, para férias dos seminaristas. Em 1917, inauguraram um prédio para o Seminário. Este, em 1929, para ceder a casa aos participantes do Congresso Mariano, foi levado para o Colegião, uma construção grandiosa, porém não acabada. Aos cem anos, o Seminário iria orgulhar-se de uma história de 3.486 matriculados. Hoje, temos entre eles 16 bispos, uns 400 padres e dois Superiores Gerais da Congregação.

Consolidação – 1904 foi o ano de estabilização. Aparecida hospedou os bispos da Província Eclesiástica Meridional para uma Assembleia Nacional. Esta terminou em 8 de setembro, com a Coroação de Nossa Senhora Aparecida, Rainha do Brasil. E brotaram fundações: Penha (1905-67), Bom Jesus dos Perdões (1913-20), Araraquara (1920), Pindamonhangaba (1928-66), Tietê (1935), São João da Boa Vista (1940). Em terras gaúchas, Pelotas (1920-21), Cachoeira do Sul (1921-95), Carazinho (1935-37), Pinheiro Marcado (1937-59) e Ijuí (1941-49). Buscavam vocações germanas e italianas e um refúgio para os religiosos da Alemanha, ameaçados pelo nazismo.

Vida conventual – Os congregados viviam as normas rígidas dos velhos tempos, separados do mundo em clausura severa, em obediência passiva, cultivo da espiritualidade redentorista, uso o tempo todo do hábito religioso, bênçãos do Superior para água e coisas menores e para as saídas de casa, em meditações, orações, estudos, reuniões semanais, zeladores e capítulos de culpas, exercícios penitenciais, silêncio, leituras durante as refeições, recreios comuns, feriados às quintas-feiras, tudo suporte para o carisma apostólico.

Lideranças – Centralizada, a Congregação tinha Reitor-Mor vitalício em Roma. Os Superiores todos eram nomeados por ele. Pe. Geraldo Pires de Souza foi, em 1939, o primeiro brasileiro a ocupar o cargo de Vice-Provincial.

Os Irmãos – Eram inferiores aos clérigos, com direito a duas comunhões eucarísticas na semana. Suas vestes eram sem o colarinho, no refeitório, deviam ocupar mesa separada, proibidos de entrar na biblioteca e de ler jornais e revistas. Vida piedosa, submissa, de trabalhos domésticos. Foram uma força decisiva na implantação da Vice-Província. Não podem ser esquecidos o Ir. Simão, da turma inicial, autor de altares e de móveis; o Ir. Bento, pintor e escultor, que fez o Cristo Crucificado para a entrada do século XX, hoje, nas paredes da Basílica Histórica, e talhou o primeiro presépio do Santuário, crucifixos e santos para as casas; o Ir. Lucas, o porteiro, gentil e atuante junto aos romeiros, e tantos outros!

Formação – O Visitador Gebardo Wiggerman foi um hábil organizador de forças. Conseguiu que viessem da Baviera outras turmas, elementos maduros e entusiasmados formandos. Ele se deu conta de que vocações brasileiras completariam os quadros. Confiou ao Pe. Valentim von Riedl a direção do seminário. Imagina-se a alegria dos dois quando os primeiros formandos foram ordenados presbíteros, na Baviera, em 1912 – Pes. Oscar Chagas Azeredo, José Lopes Ferreira, Orlando Lino de Morais e José Benedicto da Silva.

O Noviciado havia sido na Penha e em Aparecida. A Vice-Província passou essa etapa da formação para Perdões e Aparecida, até fundar a casa de Pindamonhangaba. Desde os anos 30, alemães e holandeses, brasileiros e argentinos, falavam de um Estudantado latino-americano. E ele surgiu na Argentina, indo os clérigos brasileiros para lá, em 1932, apesar do desgosto de muitos na Baviera e no Brasil.

Decidiu-se o Vice-Provincial, Pe. Leonardo Eckl, por um estudantado e o instalou em Tietê, na Chácara Santa Teresinha, começando a construção. Eram os anos de 1935-36. Com isso, estavam os clérigos e professores longe da guerra e do nazismo. Melhor ainda, a Unidade brasileira estava completa para autonomia.

Atuação Pastoral – Os redentoristas, zelosos, desenvolveram uma pastoral extraordinária coerente com o carisma da Congregação. Assinalem-se:

1. O empenho pastoral junto aos romeiros abriu caminhos para a Senhora Aparecida ser elevada à Rainha e Padroeira do Brasil. Com intenção de dinamizar tal devoção, Dom Joaquim Arcoverde colocara os Redentoristas no Santuário Diocesano. A igreja do Santuário foi sagrada em 1909 como primeira Basílica Menor do Brasil. Em 1929, com apoio de Dom Duarte, Arcebispo de São Paulo, e de Dom Leme, do Rio de Janeiro, o Pe. Antão Jorge, C.Ss.R, pároco e reitor do Santuário, fez realizar-se em Aparecida um Congresso Mariano Nacional, decisivo para a declaração por Pio XI do padroado nacional da Senhora Aparecida.

Riqueza partilhada pelos Redentoristas, a devoção caracterizou os Padres Gebardo, João Batista Kiermaier, Antônio Andrade e todos, enfim.

2. As Santas Missões. Trazer missionários para o Brasil era parte do projeto do episcopado nacional. As comunidades da Vice-Província se sabiam missionárias. Cada Superior de Comunidade decidia com autonomia suas missões, pois equipes serão iniciativas de mais tarde. Araraquara, progressista, no centro do Estado e núcleo ferroviário, foi escolhida para o mister, liderando pregações no oeste paulista. A Vice-Província, em 1941, realizou grandiosa preparação missionária da cidade de São Paulo, para o Congresso Eucarístico Nacional no ano seguinte.

Entre os missionários da Unidade estão os Padres Vitor Coelho, Oscar Chagas, Orlando Lino de Moraes, Miguel Poce, Henrique Barros, Daniel Marti, Sílvio Copetti. Lembremos sobretudo o Pe. Geraldo Pires, o grande mestre formador de 108 missionários, ele mesmo brilhante e gracioso orador.

3. Da impressora manual e do semanário de 1900 nasceram as Oficinas Gráficas de Arte Sacra, hoje Editora Santuário, e todo o complexo das Comunicações Sociais. Nome a lembrar: Pe. Valentim Mooser.

Brasileiros! Levantemos nosso cântico jucundo! Cristo vive, Cristo reina, Cristo impera em todo o mundo! (Hino do Congresso Eucarístico Nacional de 1942)

Inícios Provinciais (1944-1962)

Para os Redentoristas de São Paulo, não foi simples e fácil a aquisição da autonomia de Província. E esta os levou para um sólido desenvolvimento e uma longa e trabalhosa colheita dos frutos apostólicos.

Em 1944, a Vice-Província estendia-se pelos calorosos solos goianos, abrigava-se nos gélidos invernos dos pampas gaúchos, estando ao centro nos temperados planaltos paulistas. Em 1953, Lages, em Santa Catarina, ampliaria o quadro territorial. O governo da Unidade residia na Penha, um bairro paulistano. A entidade, em outubro daquele ano, celebrava o jubileu áureo da fundação em

Aparecida de sua primeira comunidade. Ela estava tranquilamente consolidada, com a completa organização de uma Unidade, zelosa no desempenho no Santuário da Padroeira do Brasil, nas missões paroquiais e nas copiosas atuações redentoras. Festa Jubilar – Eram 10 as comunidades da Vice-Província. Em termos de pessoal, tinham 64 padres, 37 irmãos, cerca de 50 clérigos, 19 noviços e 200 seminaristas menores. Em acordo tácito, o missionário Pe. Vítor Coelho, e com ele alguns outros, colhia abundância de vocacionados. Pe. Pedro Henrique os recebia no Seminário e Pe. Valentim Mooser garantia os gastos com as rendas da gráfica a produzir artes sacras. Tal acordo se contrapunha aos que pretendiam transferir o seminário para o Rio Grande do Sul, alegando as vocações de italianos e alemães, desejosos de um lugar para acolher os confrades fugitivos do nazismo e de uma Alemanha derrotada na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Desde 1939, a liderança da Vice-Província estava em mãos de um brasileiro, o Pe. Geraldo Pires de Souza. Em complexo e muito sigiloso conjunto de iniciativas, ele lutou e conseguiu a elevação da Unidade brasileira à Província autônoma. Para tanto, serviu-se do apoio do Núncio Apostólico Dom Bento Aloísio Mazzela, de capelães militares das tropas brasileiras em combate na Itália, do Provincial da Argentina, de gente da Espanha e outros mais. Isso em meio à guerra, que desde 1942 o Brasil, unido aos Aliados (americanos, ingleses, russos e outros), sustentava contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão), a guerra que impedia qualquer contato vice-provincial com a materna Unidade Redentorista de Munique.

Proclamada a Província – Pe. Pires organizou a celebração do jubileu de ouro da vinda dos Redentoristas bávaros, em 1894. Convocou para Aparecida a presença dos Superiores das Comunidades, recebeu o Núncio Apostólico, o Cabido Metropolitano de São Paulo, e mais gente ilustre, e em 30 de outubro houve, na Basílica solene, a Missa Pontifical e, à noite, foi cantado um vibrante Te Deum. Em seguida, a surpresa. Foi lido o telegrama do Superior Geral da Congregação com a elevação da Unidade Paulista como Província autônoma e Pe. Pires como Superior Provincial. Este, em fala brilhante, deu graças e declarou Nossa Senhora Aparecida como Madre Provincial.

Turbulências – Na Província nascente, uma quase totalidade de confrades ficou muito feliz. Mas um grupelho, entre os 36 confrades alemães da Unidade brasileira, uniu-se para uma reação. Propuseram transformar o Rio Grande do Sul em Vice-Província da Baviera. A contenda envolveu paulistas, mesmo um novo Governo Provincial, gaúchos, bávaros e o Governo Geral, arrastando-se até 1953. O conflito passou por cartas, visitas canônicas, Capítulo Geral da Congregação, visitas de Conselheiro Geral e do novo Pe. Geral Leonardo Buys. O tempo e a história tudo transformaram em guerra passada e acabada. Os germanos desistiram da pérola brasileira, e a Baviera criou uma Vice-Província no Japão.

Generosidade e Justiça – Em contraposição às turbulências, Pe. Pires enviou e levou as comunidades a enviarem para a Baviera caixas e caixas de alimentos, roupas e tecidos, botões e linhas, calçados, remédios, tudo além do dinheiro e espórtulas de missas. No Capítulo Geral de 1947, Pe. Pires foi um dos homens do dinheiro, doando sem medidas aos carentes. Pe. Antônio Macedo, em 1948, substituiu Pe. Pires como Provincial e também como generoso doador. Ele foi além e pagou velha dívida alegada pelos bávaros.

Toda a complexidade interna dos eventos iniciais de sua Província e as atuações nas paróquias e igrejas próprias não foram obstáculo para os Redentoristas se dedicarem a uma consistente atuação apostólica extraordinária em todos os setores – Santas Missões, retiros, Meios de Comunicação Social, santuários, giros pelas dioceses, Cursilhos de Cristandade, Legião de Maria, e tudo o mais que fosse para a redenção dos mais abandonados e excluídos.

Do Vaticano II à Reconfiguração

A segunda metade do Século XX caracterizou-se na Província Redentorista de São Paulo por robustos passos de atualização. Deram-se eles por inspiração do Concílio Vaticano II. Dentro da figuração do próprio Papa São João XXIII, seu convocador, foi o Concílio uma abertura das janelas eclesiais para os tempos modernos.

São João XXIII estava inspirado por Deus para a convocação do Sínodo Universal e para os inícios de sua realização, em 1962. Daí sua tranquila coragem de enfrentar oposições nos tradicionais ní- veis eclesiásticos mais elevados. Seu sucessor, São Paulo VI, dele herdou a continuidade conciliar até o final em 1964.

A Província Redentorista de São Paulo vinha se remodelando. Ela se repartiu: criou, em 1956, a Vice-Província do Rio Grande do Sul, elevada à Província, em 1964, ano em que Goiás viu nascer sua Vice-Província, declarada Província, em 1994. Isso estabilizou o território da Unidade Paulista – o Estado de São Paulo e mais o Triângulo Mineiro.

Eventos e impactos prévios e atuais

– O Pe. Antônio Macedo, Superior Provincial, em 1948, conduziu os gloriosos festejos dos 50 anos do Seminário Santo Afonso, reunindo em Aparecida os Superiores de todas as Comunidades, os Clérigos, noviços, seminaristas e ex-alunos. Estavam presentes Dom João Muniz, ex-aluno do Seminário, os Monsenhores do Cabido da Arquidiocese de São Paulo, padrinhos de vocações, benfeitores e amigos da Congregação. Foi uma densa programação: pontificais, ordenações sacerdotais, peças de teatro, concertos musicais, jantares festivos, jogos e fotos.

– Contudo, logo depois, o Cardeal Motta decidiu que os Redentoristas lhe devolvessem o Colegião, que abrigava o Seminário. A Província, de 1950 a 1953, lançou-se à construção de seu prédio. Fez tudo e de tudo, desde os projetos de Pes. Inocêncio Pereira e

Humberto Pieroni, olarias para os tijolos e ladrilhos, e o comando das obras até as decorações piedosas da Capela do Seminário pelo Pe. Isidro de Oliveira. Inaugurava-se com solenidade o Seminário em 1953. – Em 1948, a Província enviou para Roma três jovens padres para obterem formação especializada para o magistério no Estudantado de Tietê. Pe. Juvenal Roriz foi o primeiro doutor em Filosofia da Província, Pe. Ariovaldo Amaral obteve o doutorado em Direito Canônico e Civil, e o Pe. Leone Ceva especializou-se em Teologia Dogmática. O Colégio Maior, de Roma, daí por diante foi frequência sucessiva de membros da Província. Depois do Vaticano II, a Unidade Paulista investiu abundantemente nos estudos renovadores. Além da Capital Pontifícia, Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Canadá, Colômbia e, quem sabe, outros lugares ainda foram países onde os nossos estudaram. – Superando restrições eclesiásticas e concorrências políticas de aparecidenses, a Província conse - guiu a concessão de uma minúscula onda de rádio. Em 9 de julho de 1951 nascia a Rádio Aparecida, uma dimensão nova a complementar o Santuário Nacional da Padroeira do Brasil – uma ampliação das forças missionárias da Congregação. A soma de outras ondas foi construindo a maior emissora católica das Américas. Lá estava o Pe. Vítor Coelho com Os Ponteiros Apontam para o Infinito, a Consagração a Nossa Senhora, programas bíblicos e catequéticos, educação familiar e higiene. Lá também estariam Pe. Rubem Galvão com a Marreta na Bigorna e dezenas de sucessores.

– A Rádio Aparecida somou-se à Editora Santuário, dando início ao complexo dos Meios de Comunicação Social, integrados da Congregação Redentorista e do Santuário Nacional. Editoras, Rádio Aparecida, TV Aparecida, A12.com, em seus ramos complementares, são responsabilidades funcionais missionárias redentoristas, que ampliam mundialmente a devoção a Nossa Senhora Aparecida, enquanto evangelizam os mais pobres.

– Em 1955, Pe. Antônio Macedo é elevado a Bispo Auxiliar de São Paulo. Foi o primeiro de um conjunto episcopal, gerado na Província (12 entre arcebispos e bispos). E são dois os confrades da Província eleitos Superiores Gerais da Congregação Redentorista: Pe. Tarcísio Ariovaldo Amaral e o atual, Pe. Rogério Gomes.

– Iniciadas no Jardim Paulistano, as construções da Igreja paroquial e do convento, muda-se do bairro da Penha para lá a Sede Provincial. Era o ano de 1953. Pouco depois, o Pe. José Ribolla, Superior Provincial, em gesto que julgava coerente com o Vaticano II, entrega para a Arquidiocese de São Paulo a Paróquia da Penha.

– Mudanças e mais mudanças: em 1956, fundou-se, na fazenda de Potim (SP), o Seminário São Geraldo, para a formação de Irmãos. Em 1957, surgiu a comunidade de Garça (SP), para a paróquia e projeto de pré-seminário. Porém é um grupo de seminaristas filósofos, que por um tempo lá ficou. Em 1995, ela se mudou para o conjunto paroquial-missionário de Panorama, às beiras do Rio Grande, e lá permaneceu até ser extinta. 1959 foi o ano dos começos de Pré-Seminário de Sacramento, no Triângulo Mineiro. Lá, a paró - quia foi assumida em 1971, sendo pouco depois inaugurada nessa casa a formação propedêutica. Hoje, Sacramento abriga um Centro de Assistência Social (CAS). O noviciado de Pindamonhangaba mudou-se para Tietê, utilizando a casa que se esvaziara com a ida do Teologado, no mesmo ano, para a Rodovia Raposo Tavares, no km 20, na periferia de São Paulo. Um acordo com os Verbitas e Carlistas criou o ITESP, situado no bairro do Ipiranga, na capital paulista. Transferiu-se para o bairro a comunidade dos clérigos, construiu-se a Casa dos Professores e a Biblioteca Provincial. No Instituto, por alguns anos, funcionou um Curso Superior de Teologia Moral.

– Em uma descentralização congregacional, pela primeira vez, a Província elegeu seu Superior Provincial, o Pe. Amador Leardini, em 1971. Este presidiu o Capítulo Provincial de 1971-72, que fez os novos Estatutos Provinciais, coerentes com o Vaticano II e o Capítulo Geral da Congregação. Passou os estudos filosóficos dos formandos para antes do Noviciado, realizou anualmente cursos de integração teológica para toda a Província e, em seu Governo, foram criados os Secretariados da Província e três equipes missionárias provinciais.

– Os formandos iniciaram estudos filosóficos e de História com os Salesianos de Lorena (SP). Depois, a Filosofia mudou-se para a fundação de Campinas (SP).

– Em 1996 a Vice-Província de Recife uniu-se a São Paulo. E a Província partiu para casas de periferia em Mauá (SP), Cidade Tiradentes, Jardim Oratório e Diadema (SP), colocando comunidades de clérigos.

Entre tantos fazeres e desmanchares, veja o leitor, que outros muitos não foram aqui recordados. A Província, em momento nenhum, deixou de pregar Missões Paroquiais, tocou a construção da Nova Basílica, viu os romeiros chegarem aos milhões, formou novas gerações, enfim, viveu!

E somos MISSIONÁRIOS DA ESPERANÇA, CONTINUANDO OS PASSOS DO REDENTOR.

Dom Vicente Ferreira

O futuro se desenhará pela nossa capacidade resiliente de conversão: eclesial, ecológica e cultural.

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