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tendo, como fim, o desenvolvimento de competências relacionadas ao uso das tecnologias, recursos e linguagens digitais, ou seja, para o desenvolvimento de competências de compreensão, uso e criação de TDIC em diversas práticas sociais.

e) Formação Docente - Desafios da Formação do Professor/Mediador

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O Novo Ensino Médio propõe maior interdisciplinaridade entre as áreas de conhecimento e contempla a multidisciplinaridade entre os componentes curriculares. O professor deve receber essa formação e orientação na universidade para não fragmentar ou restringir o saber a uma única forma ou abordagem. Nesses termos, o perfil profissional deve atender a uma formação quanto aos pilares inter, multi, transdisciplinar e transversal para o desenvolvimento das competências, habilidades, princípios, valores e atitudes. Para tal, é essencial oportunizar espaços formativos para aprofundar o conhecimento pedagógico, aprimorar o uso de tecnologias e metodologias ativas e, principalmente, favorecer o diálogo com vistas ao trabalho colaborativo entre pares.

Um dos principais problemas está na formação pedagógica dos professores em cursos de licenciatura que, por vezes, deixam desassistida a área da docência. Outro agravante é a dificuldade de correlacionar conteúdos da disciplina ministrada a outras disciplinas, deixando de contextualizar os conhecimentos propostos com o cotidiano dos estudantes. As Escolas da SCALIFRA-ZN definem o professor como mediador e, para tal, requerem uma formação que atenda à ampliação do conhecimento em outras áreas, além da especialização, bem como a ampliação da cultura geral, preparando-o para lidar com as mudanças do mundo contemporâneo. Deve ser capaz de promover constante inovação na atividade profissional e atualizar-se em tecnologias, num contínuo e participativo processo de qualidade, em que professores e estudantes estejam engajados em projetos de inovadora e permanente aprendizagem.

A formação do professor mediador, nesses termos, compreende conceitos de interdisciplinaridade como uma das bases estruturais do novo modelo de ensino. No que tange à divisão curricular em quatro áreas do conhecimento e à abordagem destinada aos itinerários formativos, com ênfase na flexibilização curricular, propõem-se assuntos contextualizados numa abordagem integrada e significativa para melhor formação dos jovens, vinculada ao projeto de vida previsto para

o Ensino Médio. Deve, assim, apropriar-se de conhecimentos que possibilitem a compreensão do mundo com vistas à consciência crítica e à responsabilidade (Art.35-A, § 7º, LDB).

Assim, as escolas da SCALIFRA-ZN definem estratégias para trabalhar o desenvolvimento do projeto de vida não só de estudantes, mas também de professores, como potenciais orientadores vocacionais e profissionais. Na ação pedagógica, um ponto fundamental é a promoção da aprendizagem colaborativa, que capacita o trabalho em equipe e a aprendizagem com seus pares. Na formação integral do professor e do estudante, deve constar o estímulo a atitudes cooperativas e propositivas para lidar com desafios da comunidade, do mundo do trabalho e da sociedade em geral.

O Projeto de Vida na escola ajuda o professor e o estudante à construção do caminho entre “Quem eu sou” e “Quem eu quero ser”. Por meio de um processo bem estruturado, unindo autoconhecimento, planejamento e prática, aprendem a identificar potenciais, interesses e sonhos, definindo metas e estratégias para alcançar objetivos. Projetar a vida é, de certa maneira, dar sentido a ações, o que pode ser realizado por meio de um processo gradual, contínuo, intencional, lógico e reflexivo, com vistas à autoavaliação e ao autoconhecimento.

Nesses termos, o foco está no processo - “ampliação de repertório, reflexão sobre si e planejamento” - e não necessariamente no resultado, considerando que o mundo está em contínua transformação e os sujeitos estão em níveis distintos de amadurecimento na construção da autonomia intelectual e emocional. O protagonismo juvenil exige do educador a mediação na relação do estudante consigo mesmo, com outros e com a situação sobre a qual ele atua. Dessa forma, os professores, em processo de autoformação, renovam princípios, valores e competências socioemocionais, como meio de participação no mundo e em situações da vida real, evidenciando interesses, criatividade e a construção de múltiplas competências. Nesse sentido, o professor entende que não basta elaborar planos. É preciso traduzir pensamentos e emoções em palavras e saber a melhor forma de comunicá-las.

Ainda, a formação de professores objetiva o aprofundamento de conceitos da educação híbrida, como inovação e contraponto ao modelo de aula tradicional, oferecendo vantagens quanto à educação on-line e benefícios na adoção de diferentes metodologias e na forma de operacioná-las. Essa disrupção aplica-se a

maneiras inovadoras de transformar o modelo convencional de ensino por meio de uma aprendizagem mais prática, multidisciplinar, interdisciplinar, transdisciplinar, digital e inclusiva. Alguns modelos de ensino podem ser aprendidos e adotados, como rotação por estações, laboratório rotacional e sala de aula invertida. Estes seguem o modelo de inovação híbrida e incorporam as principais características da sala de aula tradicional e do ensino on-line, como os modelos flex, la carte, virtual enriquecido e de rotação individual, desenvolvidos de modo mais disruptivo em relação ao sistema tradicional.

6. Metodologias Ativas e Híbridas

Diante do exposto, fica explícita a importância do protagonismo do professor e de sua interação com outros docentes e estudantes no processo educativo e na mediação dos espaços de aprendizagem. Em uma realidade mutável e complexa, mudanças permanentes se sucedem de forma inimaginável, gerando diferentes perspectivas a respeito do futuro no mundo do trabalho, para o qual a escola deve preparar as novas gerações.

Nesse sentido, uma das maneiras de formação do jovem para o novo é o investimento em processos de ensino-aprendizagem por metodologias ativas, ancoradas em ferramentas e tecnologias educacionais. A época acelerada em que se vive exige uma atualização nos processos de aprendizagem, além do simples acréscimo de máquinas e aplicativos. Sabe-se que o processo de aprendizagem é único e diferente para cada ser humano, que as pessoas aprendem de formas diversas, em ritmos e tempos diferentes. Por isso, uma concepção de processo de ensino-aprendizagem, que considera o protagonismo dos estudantes na construção de conhecimentos e no desenvolvimento de valores e atitudes, contempla diferentes formas de organização das experiências educativas, por meio das quais os estudantes são inseridos, a fim de que desenvolvam autonomia moral e intelectual. Nesse sentido, o papel do educador, como mediador, e a inserção dos estudantes no processo necessitam de estratégias metodológicas que vão além da memorização de conteúdos conceituais, favorecendo o pensamento científico, crítico e criativo, a empatia e o autoconhecimento, como condutores de experiências de aprendizagem. Entende-se, assim, que o ensino híbrido se apresenta como uma das possibilidades de integração de tecnologias digitais nos ambientes de aprendizagem para favorecer a construção coletiva de conhecimentos. Nessa perspectiva, as tecnologias digitais são recursos que favorecem a organização dos estudantes, em grupos heterogêneos, para experiências que mobilizam diferentes recursos cognitivos, por meio de atividades colaborativas, com oportunidades de interagir, construir, testar e repensar ações coletivamente.

As metodologias ativas, portanto, possibilitam transformar as aulas em experiências de aprendizagem realmente significativas para os estudantes, imersos em uma cultura digital e com uma perspectiva diferente das gerações anteriores.

Por isso, esta Proposta Curricular enseja que os recursos didáticos dela decorrentes estejam conectados a outros objetos educacionais digitais que favorecem o uso de metodologias ativas, como plataformas, livros digitais e recursos de realidade aumentada (RA), auxiliando alunos e professores no planejamento e na execução de planos de trabalho, projetos pessoais e coletivos de estudo, investigação, pesquisa e construção.

A implementação de metodologias ativas é uma decisão que a escola e o professor podem adotar, como recurso para empoderar e engajar os estudantes, a fim de explorarem o lado lúdico do conhecimento, tornando as experiências de aprendizagem mais significativas. Essas metodologias incidem na mentalidade dos alunos, preparando-os aos desafios da vida pessoal e social. Concebe-se o espaço escolar, com o uso dessas metodologias, como um lugar de comunicação, interação, troca e construção, o que possibilita aos professores e alunos perceberem-se como produtores de conhecimento e agentes de transformação da realidade em que vivem.

7. Processo Avaliativo com foco na Avaliação Formativa da Aprendizagem

A avaliação formativa nas escolas da SCALIFRA-ZN é uma prática que estimula a visão de ensino-aprendizagem. Tem foco na dificuldade dos estudantes e no processo sobre a prática pedagógica do professor, podendo ser qualificada como um método avaliativo, sem caráter classificatório. Deixa de ser o ponto final do processo e se coloca como um recurso de observação da trajetória de ensino-aprendizagem, buscando aperfeiçoamento por ser contínua e sistematizada. A avaliação formativa é, portanto, o principal recurso para diagnosticar a evolução da aprendizagem dos estudantes e para perceber o que cada um aprendeu ou não durante um período definido, com base em dois modelos de avaliação: as avaliações externas avaliam a qualidade da educação, por meio de resultados obtidos pelos estudantes em provas, como ANA, SARESP e ENEM. As avaliações formativas internas são realizadas pela escola, preparadas, aplicadas e analisadas pelo professor, por meio de provas e testes, roda de conversa e outros, realizados durante cada etapa de ensino. Reforça os aspectos diagnósticos e formativos, com os somativos, utilizando os mesmos instrumentos de avaliação, mas diferindo na intencionalidade.

Assim, as avaliações internas podem ser aplicadas antes, durante ou após o processo de aprendizagem, objetivando entender em que ponto está cada estudante e o seu nível de conhecimento. Nesse sentido, acompanhar o estudante e a sua evolução é fundamental, pois o processo fornece subsídio ao professor/mediador e ao aluno, o que permite também detectar os pontos fracos desse processo, inclusive do método do professor, possibilitando meios de formação que respondam às características individuais dos estudantes.

Dessa maneira, há, efetivamente, a integração entre avaliação e ensino-aprendizagem, o que agiliza a reorientação de como ensinar e aprender, em respeito ao ritmo de aprendizagem de cada estudante e no fornecimento de dados ao professor quanto à sua prática didático-pedagógica. Além dessa importante contribuição, colabora com o entendimento de pais e mediadores sobre as evidências de aprendizagem e sobre o desenvolvimento das competências e habilidades previstas, bem como vivência de princípios, valores e atitudes em cada etapa de ensino. Como consequência, a avaliação deve ser contínua, cumulativa, sistemática e sem

frequência pré-estabelecida, resultado do desenvolvimento e acompanhamento natural às aulas.

Nessa perspectiva, o professor mediador deve capacitar-se para o uso de diferentes instrumentos nessa modalidade de avaliação, que é ampla e criativa. Pode valer-se dos recursos e atividades das avaliações tradicionais, mudando a intencionalidade e a forma de uso, como ferramenta de aprendizagem e não como fim. Nesse sentido, alguns recursos e atividades podem ser usados como instrumentos, conforme especificados a seguir: a. Autoavaliação - Talvez seja a mais importante atividade da avaliação formativa. É uma ferramenta de autonomia que permite ao estudante assumir o protagonismo de seu desenvolvimento e compartilhar com o professor a responsabilidade sobre sua formação. Sempre bem orientada por objetivos claros que o ajudem a refletir sobre seu desempenho nas atividades propostas, o estudante tem a chance de analisar sua trajetória de aprendizado, tendo consciência das competências consolidadas e de suas dificuldades. b. Múltipla escolha – A avaliação é prática e objetiva e promove resultados rápidos. O professor deve ter o cuidado de preparar perguntas absolutamente claras e alternativas sem ambiguidade. c. Resposta construída – Este tipo de avaliação é um pouco mais trabalhoso, mas indispensável, pode ser oral ou escrito, de respostas objetivas (mais curtas) ou subjetivas. d. Portfólio - É um instrumento que documenta as etapas de um projeto ou de um conjunto de atividades realizadas pelos estudantes. Para servirem à prática formativa, o professor deve acompanhar a construção da documentação, viabilizando feedbacks e ajustes acerca do processo e dos resultados obtidos.

Para a avaliação formativa, as escolas devem promover a formação do professor em vista do planejamento das atividades, definição de objetivos a cada aplicação, seleção dos melhores instrumentos, feedback construtivo para o estudante e preparação para a sua autoavaliação. Cabe ao mediador viabilizar a coleta e registro de evidências a cada atividade formativa e oportunizar a comunicação clara e efetiva com os gestores e pais, sempre permitindo que o estudante seja protagonista de sua aprendizagem.

Portanto, ao contrário da avaliação comum, a avaliação formativa tem como foco a aprendizagem, pois os instrumentos avaliativos são utilizados, com frequência, num processo contínuo, e proporcionam análises e redirecionamento do processo de aprendizagem. Para tanto, o professor deve ter clareza das seguintes questões: o que avaliar? (pode ser uma habilidade ou uma competência); para que avaliar? (para identificar dificuldades e tomar decisões sobre a aprendizagem); como avaliar? (por meio de instrumentos avaliativos que podem ser prova oral ou escrita, debate, roda de conversa, apresentação de um trabalho, lista de exercícios, entre outros).

8. Formação Geral Básica por Área de Conhecimento

A formação geral básica é parte comum do currículo por meio do qual todos os estudantes terão acesso aos conhecimentos essenciais à sua formação integral. É construída a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que propõe o desenvolvimento das competências e habilidades das Áreas de Conhecimento, com o objetivo de aprofundar e consolidar as aprendizagens essenciais, a compreensão de problemas complexos e a reflexão sobre as possíveis soluções. Os Componentes Curriculares que compõem o novo Currículo são os que o compunham anteriormente, mas reorganizados para atender à nova proposta curricular e à carga horária. O novo Ensino Médio, importante mudança na educação brasileira, atualiza o ensino que se conhece hoje, tornando-o mais atrativo aos jovens estudantes, justamente por conectar seus anseios a um modelo de ensino-aprendizagem significativo no contexto atual.

A Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018, que atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, define, em seu artigo 6º, para maior clareza de exposição, a Formação Geral Básica como um “conjunto de competências e habilidades das áreas de conhecimento previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que aprofundam e consolidam as aprendizagens essenciais do ensino fundamental, a compreensão de problemas complexos e a reflexão sobre soluções para eles”.

Ainda, de acordo com o mesmo artigo, define-se: ■ Competência: “Mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Para os efeitos desta Resolução, com fundamento no caput do art. 35-A e no § 1º do art. 36, da LDB, a expressão ‘competências e habilidades’ deve ser considerada como equivalente à expressão ‘direitos e objetivos de aprendizagem’, presente na Lei do Plano

Nacional de Educação (PNE)”. ■ Habilidades: “Conhecimentos em ação, com significado para a vida, expressas em práticas cognitivas, profissionais e socioemocionais, atitudes e valores continuamente mobilizados, articulados e integrados”.

De acordo com o art. 36, da lei nº 13.415/2017, “o currículo do Ensino Médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por Itinerários Formati-

vos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino”. Assim, entre as novidades do Novo Ensino Médio, encontram-se os conceitos de Formação Geral Básica (etapa destinada ao estudante no percurso de sua formação integral e onde desenvolverá habilidades propostas pela BNCC e integralizadas em 1800 horas) e de Itinerários Formativos.

Em acordo a essa proposta, a Formação Geral Básica (FGB) está articulada como um todo indissociável, enriquecida pelo contexto histórico, econômico, social, ambiental, cultural, local, trabalhista e social, e deverá ser organizada por áreas de conhecimento, como:

a. Linguagem e suas Tecnologias

Por meio desta área, procura-se ampliar a autonomia, o protagonismo e a autoria nas práticas de diferentes linguagens; a identificação e a crítica aos diferentes usos da linguagem, explicitando seu significado para as relações; a apreciação e a participação em diversas manifestações artísticas e culturais e no uso criativo das diversas mídias.

As aprendizagens previstas para o Ensino Fundamental devem ser consolidadas e ampliadas nesta etapa. Os componentes para a área – Língua Portuguesa, Artes, Educação Física e Língua Inglesa – devem assegurar o trabalho organizado para as competências e habilidades que requer a integração entre elas. Assim, as dez competências gerais, observadas para a Educação Básica, preveem a efetividade da interface entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, alicerçada no desenvolvimento de competências e habilidades a partir da aprendizagem contextualizada, integrada e articulada de conteúdos, conceitos e processos cujos encaminhamentos dependem da efetiva compreensão desse percurso.

Consideram-se, assim, os fundamentos básicos de ensino-aprendizagem da Linguagem, comprometidos com a formação necessária à participação do jovem em diferentes práticas socioculturais quanto ao uso da linguagem, domínio multissemiótico e letramento digital midiático. Dessa forma, a Área da Linguagem e suas Tecnologias abrange interdisciplinarmente os saberes necessários ao desenvolvimento integral do estudante e destaca o ensino para a aquisição de competências em vista da inserção e atuação social. Essa proposição, que apresenta a competência específica, o campo de atuação, os objetos do conhecimento dos componentes curriculares pertencentes à área, a habilidade e, por fim, as expec-

tativas de aprendizagem que remetem à intencionalidade da ação pedagógica, está prevista no quadro a seguir.

Competência: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e de interpretação crítica da realidade, para continuar aprendendo.

CAMPO DE ATUAÇÃO OBJETO DO CONHECIMENTO HABILIDADE

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Artes

• Vivência e análise de processos e produções artísticas (espetáculos, apresentações, exposições, obras de arte, concertos, shows, festivais, feiras, exibições audiovisuais, etc.) e a forma de chegada ao público • Apreciação de produções artísticas e posicionamento crítico sobre sua criação, circulação e recepção • Avaliação da utilização das tecnologias e mídias, bem como a mediação da indústria cultural de produções artísticas

Educação Física

• Análise do contexto cultural, da evolução histórica e da influência dos marcadores sociais (classe, gênero, idade, origem cultural, etc.) na construção das diversas práticas corporais (EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos. Instigar a análise crítica da Mídia.

Apresentar as possibilidades de linguagem presentes nos textos, proporcionando suporte para um processo de leitura crítica e de produção.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Quadro 3 – Área da Linguagem e suas Tecnologias

b. Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

No Ensino Médio, na Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, amplia-se a base conceitual anterior e mantém-se a referência às principais categorias da área. Concentra-se na análise e avaliação das relações sociais, dos modelos econômicos, dos processos políticos e das diversas culturas. Assim, na presente área, parte-se do desenvolvimento de competências específicas, unidade temática, objetos de conhecimento de cada um dos componentes curriculares, habilidades e, por fim, as expectativas de aprendizagem. Esses elementos estão referenciados no quadro abaixo, seguindo o modelo das escolas.

Competência: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial, em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.

UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

INDIVÍDUO, NATUREZA, SOCIEDADE, CULTURA E ÉTICA Filosofia

• Antiguidade e nascimento da

Filosofia na Grécia • Idade Média: a ruptura com o pensamento Antigo e o estabelecimento de uma nova ordem a partir do Cristianismo • Modernidade; Humanismo; Renascimento; Revolução Científica e o Iluminismo, como pilares do mundo ocidental e das novas visões de mundo • A crise da razão e o advento da filosofia contemporânea

História

• Concepções de tempo e espaço do período de transição do capitalismo: da Revolução Industrial ao Imperialismo • Fontes históricas; sujeitos, memória e tempo • Revoluções Cubana, Mexicana e

Russa • Reconhecimento da construção da Democracia nas Américas

Geografia

• Espaço e tempo • Análise da problemática socioambiental na construção do espaço geográfico e a relação com as classes sociais e a estratificação social • Rugosidades; Transformação e sociedade

Sociologia

• Teorias dos autores clássicos e contemporâneos das ciências sociais, como instrumento de análise da realidade social • Aplicação de Métodos quantitativos e qualitativos da pesquisa na área de ciências sociais • Pesquisas da área social; Contextos sociais (EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de natureza qualitativa e quantitativa (expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos, gráficos, mapas, tabelas, etc.). Compreender a influência da filosofia grega na cultura e ciência ocidental.

Interpretar historicamente e ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura, analisando a produção da memória pelas sociedades humanas.

Quadro 4 - Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

c. Ciências da Natureza e suas Tecnologias

No Ensino Médio, na Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, objetiva-se a construção e utilização de conhecimentos específicos da área para argumentar, propor soluções e enfrentar desafios locais e/ou globais, relativos às condições de vida e ao ambiente. As escolas franciscanas da SCALIFRA-ZN definem sua ação educacional no ensino de Ciências da Natureza e suas Tecnologias a partir do quadro apresentado a seguir, constituído por competências específicas da área, unidade temática na qual são articulados os saberes, conhecimentos específicos para cada componente curricular, habilidades e, por fim, expectativas de aprendizagem.

Competência: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou global.

UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

MATÉRIA E ENERGIA

Biologia

• Ecologia • Bioquímica e Metabolismo energético

Física

• Leis de Newton; Forças peso, normal, atrito, resistência do ar; Forças resultantes: tangencial e centrípeta; Trabalho de uma força; Potência; Energia cinética;

Energia potencial elástica; Energia potencial gravitacional; Energia mecânica;

Quantidade de movimento; Impulso;

Princípios da conservação da energia e da quantidade de movimento; Colisões;

Torque; Máquinas simples (alavancas, roldanas, planos inclinados); Movimentos orbitais; Transmissão de calor (condução, convecção, irradiação); Mudanças de estado físico; Leis da termodinâmica;

Transformações de energia

Química

• Transformações físicas e químicas;

Propriedades físicas dos materiais;

Conceitos e representação das reações químicas; Leis ponderais; Quantidade de matéria e suas relações (massa atômica, massa molar, mol, constante de Avogadro); Constituição da matéria; Simbologia do átomo; Estequiometria; Fluxo de energia e de matéria no ecossistema;

Sistemas abertos e fechados; Termoquímica; Entalpia; Combustíveis: tipos, consumo, recursos e meios alternativos;

Propriedades da matéria (solubilidade e concentração); Substâncias e misturas, processos de separação; Histórico da química, abrangendo a alquimia, filósofos da natureza e cientistas contemporâneos (EM13CNT101) Analisar e representar as transformações e conservações em sistemas que envolvam quantidade de matéria, energia e movimento para realizar previsões em situações cotidianas e processos produtivos que priorizem o uso racional dos recursos naturais.

(EM13CNT103) Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas origens para avaliar as potencialidades e os riscos de sua aplicação em equipamentos de uso cotidiano, na saúde, na indústria e na geração de energia elétrica. Explicar a importância da fotossíntese na manutenção do fluxo de energia e de matéria ao longo das cadeias tróficas, utilizando modelos e esquemas.

Identificar as transformações de energia, envolvidas em situações cotidianas.

Categorizar os diferentes ecossistemas e sistemas biológicos de modo a constatar a necessidade dos fluxos de energia para a manutenção da vida.

Analisar aspectos do movimento de veículos, reais ou experimentais, tais como velocidade, distância, tempo, energia e quantidade de movimento.

Estabelecer conceitos da Biologia com os de outras ciências, como os conhecimentos físicos e químicos, para entender processos como os referentes à origem e à evolução da vida e do universo ou o fluxo da energia nos sistemas biológicos; os conhecimentos geográficos e históricos para compreender preservação ou destruição dos ambientes naturais e mesmo para compreender a produção do próprio conhecimento biológico.

Comparar a composição do estado inicial e do estado final de diferentes sistemas para identificar e representar transformações químicas.

d. Matemática e suas Tecnologias

No Ensino Médio, na Área de Matemática e suas Tecnologias, os estudantes devem utilizar conceitos, procedimentos e estratégias não somente para resolver problemas, mas para formulá-los, descrever dados, selecionar modelos matemáticos e desenvolver o pensamento computacional por meio da utilização de diferentes recursos. Nesta área, parte-se do desenvolvimento de competências para assegurar o desenvolvimento integral do estudante e, por meio de sua organização curricular, propor a ação educacional, descrita no quadro a seguir, que se constitui de competências específicas, unidades temáticas, objetos de conhecimento, habilidades e expectativas de aprendizagem.

Competência: Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para interpretar situações em diversos contextos, como atividades cotidianas e fatos das Ciências da Natureza e Humanas ou, ainda, questões econômicas ou tecnológicas, divulgadas por diferentes meios, de modo a consolidar uma formação geral e científica.

UNIDADE TEMÁTICA OBJETO DE CONHECIMENTO HABILIDADES EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA • Funções: interpretação de gráficos e de expressões algébricas • Variação de grandezas, como velocidade, concentração, taxas de crescimento ou decrescimento de populações, índices econômicos, entre outros • Estatística: gráficos (e infográficos), medidas de tendência central e de dispersão • Matemática financeira: representação gráfica dos juros em função do tempo • Geometria Analítica: equação da reta definida por dois pontos • Porcentagens: cálculo de índices, taxas e coeficientes (EM13MAT101) Interpretar situações econômicas, sociais e das Ciências da Natureza que envolvem a variação de duas grandezas, pela análise dos gráficos das funções representadas e das taxas de variação com ou sem apoio de tecnologias digitais. Descrever a variação de uma grandeza em função da outra.

Interpretar gráficos que representam a variação entre duas grandezas.

Construir gráficos mostrando a variação entre duas grandezas.

Comparar valores em gráficos que mostram a variação entre duas grandezas.

Elaborar conclusões a partir da análise de um gráfico que representa a variação entre duas grandezas.

Construir gráficos de juros compostos, associando a função exponencial.

Encontrar a lei de formação de uma variação linear ou afim por meio da geometria analítica.

Quadro 6 – Área de Matemática e suas Tecnologias

9. Itinerários Formativos / Diferenciais das Escolas

Os Itinerários Formativos, com duração mínima de 1.200 horas, são um conjunto de unidades curriculares, ofertadas pelas escolas e que possibilitam ao estudante escolher, aprofundar e ampliar, conforme seu interesse, conhecimentos em uma das seguintes áreas: Área da Linguagem e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, em um percurso com começo, meio e fim. Essas unidades curriculares são formadas por um conjunto de estratégias cujo objetivo é desenvolver competências específicas, podendo ser organizadas em áreas de conhecimento, disciplinas, módulos, projetos, entre outras formas de oferta.

O conjunto de unidades curriculares de um Itinerário deve ser organizado em torno de um ou mais dos seguintes eixos estruturantes: 1. Investigação científica 2. Processos criativos 3. Mediação e intervenção sociocultural 4. Empreendedorismo

Para tanto, consideram-se as demandas e necessidades do mundo contemporâneo, o contexto local, as possibilidades de oferta dos sistemas e escolas, em sintonia com os diferentes interesses dos estudantes e sua inserção na sociedade. Assim, por meio dos itinerários formativos, objetiva-se: ■ aprofundar aprendizagens relacionadas às competências gerais, às Áreas de Conhecimento e/ou à Formação Técnica e Profissional; ■ consolidar a formação integral dos estudantes, desenvolvendo a autonomia para que realizem seus projetos de vida; ■ promover a incorporação de valores universais, como ética, liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade; ■ desenvolver habilidades que permitam ao estudante uma ampla visão de mundo, tomar decisões e agir nas mais diversas situações, seja na escola, no trabalho, na vida (BRASIL, 2019).

Como parte comum a todos os itinerários das escolas da SCALIFRA-ZN, os estudantes realizarão, como unidade curricular, o Ensino Religioso que, segundo a identidade da Mantenedora, constitui área de conhecimento e projeto de vida.

• Ensino Religioso – Área de Conhecimento e Unidade Curricular

Dada a índole e a identidade da SCALIFRA-ZN, de fundamento confessional-franciscano, a disciplina de Ensino Religioso tem relevância também para a etapa do Ensino Médio, definindo-se como Área de Conhecimento, articulada à leitura, decodificação, análise e compreensão do fenômeno religioso, em sua plenitude. Constitui-se como fundamento, em nível pessoal e social, pelo respeito à diversidade religiosa e à pluralidade cultural. Assim, com o acompanhamento e desenvolvimento dos saberes dos estudantes, objetiva-se a formação integral do ser, considerando a pessoa em todas as suas dimensões. Segundo o quadro curricular, a seguir apresentado, que orienta para um tema gerador a cada ano do Ensino Médio, dinamiza-se a experiência formativa por meio de competências específicas, unidades temáticas, objetos de conhecimento, habilidades e, por fim, expectativas de aprendizagem.

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 1º ANO - ENSINO MÉDIO TEMA: Autoconhecimento e cuidado com a vida

Competência 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial, em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a se posicionar criticamente quanto a esses processos e às possíveis relações entre eles. Competência 2: Participar pessoal e coletivamente do debate público, de forma consciente e qualificada, respeitando as diferentes posições, com vistas a escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM

Manifestações do Sagrado: símbolos, mitos, ritos e textos • O Transcendente na diversidade religiosa: religiões e sociedades • O cultivo do Sagrado na construção e vivência do projeto de vida (EM1ER07SCALIFRA) Reconhecer, em pesquisas e estudos, as identidades religiosas presentes na dimensão humana. Assumir a sua identidade religiosa e respeitar as demais. (EM1ER09SCALIFRA) Analisar expressões de fé e conjuntos de práticas religiosas a partir de comportamentos dos grupos e culturas, do reconhecimento de diferentes ritos, símbolos e celebrações. Respeitar a diversidade religiosa. (EM1ER10SCALIFRA) Demonstrar capacidade de assumir, com autonomia, as consequências de suas escolhas, com vistas à autorrealização e ao bem comum. Empregar esforços na escolha de atitudes que promovam o bem próprio e comum. (EM1ER11SCALIFRA) Elaborar o projeto pessoal e respeitar a defesa da vida, visando ao exercício da ética social em uma atitude cidadã. Refletir e construir o seu projeto de vida na dimensão ética e coletiva.

• Projeto de Vida – Unidade Curricular

O Projeto de vida, organizado como Unidade Curricular no Ensino Médio, é composto por Itinerários Formativos e metodologia interdimensional para desenvolver habilidades cognitivas, procedimentais, espirituais e socioemocionais. Com essa unidade curricular, objetiva-se a orientação do estudante na realização de um projeto para si, isto é, desenha uma proposta de motivação e de interesse ao estudante, a fim de direcioná-lo à construção do que deseja para o futuro, com base em quatro eixos estruturantes: Autoconhecimento, Eu e o outro, Planejamento e Preparação para o mundo fora da escola. Ainda, o Projeto de Vida apresenta-se como instrumento pedagógico para a dimensão formativa no processo de ensino-aprendizagem, de modo a propiciar ao jovem o autoconhecimento e a formação de sua identidade, ao mesmo tempo em que se capacita para a inserção social e ingresso no mundo do trabalho. Para tanto, cada etapa da Educação Básica terá preservada sua especificidade, tendo, como instrumentos formativos, eixos que se alinham às dimensões do ser. O modelo do Projeto de Vida constitui-se de habilidades específicas que se apoiam em uma intencionalidade, descrita nas expectativas de aprendizagem, conforme quadro a seguir.

ETAPA EIXOS DIMENSÃO

Ensino Médio • Autoconhecimento • Desenvolvimento da inteligência • Gerenciamento das emoções • Resiliência e autoestima • Relações saudáveis e espírito de cidadania • Bom desempenho escolar • Administração de conflitos • Empreendedorismo e escolha profissional

Pessoal

(identidade/ autoconhecimento/ autocuidado)

PROJETO DE VIDA

HABILIDADE

PV01 Identificar atitudes pessoais, buscar caminhos para persistir, para manter o foco, mostrando-se confiável no cumprimento de tarefas com qualidade.

PV02 Analisar atitudes pessoais, explorar novos caminhos para persistir e para manter o foco, mostrando-se confiável no cumprimento de tarefas com qualidade. PV03 Compreender o conceito de valores, de crenças e identificá-los em seu cotidiano.

PV04 Desenvolver hábitos saudáveis, mentais e físicos, e organizar o tempo. PV05 Lidar com estresse, frustração, fracasso e adversidade, como parte do processo para alcançar metas acadêmicas e projetos presentes e futuros. PV06 Desenvolver hábitos saudáveis, como parte do processo, para alcançar metas acadêmicas e projetos profissionais. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Conhecer a si mesmo, identificando potencialidades e limites a serem superados.

Demonstrar disposição para assumir atitudes positivas frente aos desafios da vida.

Realizar autoavaliação com vistas à superação dos limites pessoais.

Reconhecer princípios e valores de vida presentes nas pessoas, grupos ou instituições. Demonstrar amor próprio, cuidando de si mesmo.

Demonstrar resiliência e capacidade de lidar com as vicissitudes da vida.

Assumir certa disciplina e cuidado pessoal com vistas às metas estabelecidas.

• Pressupostos Teóricos Legais dos Itinerários Formativos

Ainda que este documento defina as bases de identidade da SCALIFRA-ZN, cada escola tem autonomia para construir sua proposta curricular, respeitadas as suas especificidades, contextos e atos legais. Destaca-se, ainda, que são determinantes à elaboração do Projeto Político-pedagógico a clareza da identidade institucional, a coerência com a identidade, a consonância com a BNCC para a etapa, a observância das Resoluções em âmbito local e nacional e, por fim, a observância às determinações das respectivas secretarias de educação. Compete, ainda, a cada escola a clareza quanto à comunidade local e ao contexto no qual se situa, a fim de construir respostas a problemáticas reais.

• Educação Tecnológica e Profissional/Vocacional

A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) é uma modalidade educacional, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), com a finalidade precípua de refletir, orientar e preparar “para o exercício da profissão”, contribuindo à inserção do cidadão no mundo do trabalho e na vida em sociedade. Com essa concepção, a LDB situa a educação profissional e tecnológica na confluência de dois dos direitos fundamentais do cidadão: o direito à educação e o direito ao trabalho, colocando-a em uma posição privilegiada, conforme determina o art. 227, da Constituição Federal, ao incluir a profissionalização e o direito à educação como fatores que devem ser garantidos “com absoluta prioridade”. Essa visão corrobora com a função educativa e social da EPT, buscando as condições para a formação cidadã, em que os jovens devem apropriar-se de seu potencial, com especial recorte às possibilidades de continuidade da formação, seja na graduação e em seus desdobramentos seja no pleno exercício da vida profissional.

Pela Lei nº 13.415/2017, as instituições, caso desejem, podem criar ou buscar parcerias que oportunizem a organização da oferta de EPT, de modo que a modalidade passe, de fato, a integrar a composição do Ensino Médio, deixando de ser complemento ou adição, com a finalidade de promover a inclusão alinhada às demandas atuais da sociedade. A resolução CNE/CP Nº 1, de 05 de janeiro de 2021, reafirma as bases para a formação técnico-profissional, definindo as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Profissional e Tecnológica. Entende-se por diretriz o conjunto articulado de princípios e critérios a serem observados pelos sistemas e instituições de ensino públicos e privados, na organização, planejamento, desenvolvimento e avaliação da Educação Profissional e Tecnológica, presencial e a distância.

Vale mencionar também que propõe a Educação Profissional e Tecnológica como modalidade educacional, que permeia os níveis da educação nacional, integrada às demais modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia, organizada em eixos tecnológicos, em consonância com a estrutura social e ocupacional do trabalho e com as exigências da formação profissional, nos diferentes níveis de desenvolvimento, observadas as leis e normas vigentes. Para as Escolas da SCALIFRA-ZN, trata-se da formação para o trabalho e da integralidade do ser, como pressuposto da ação educacional. Nessa perspectiva, o trabalho é também compreendido como realização humana inerente ao ser (sentido ontológico), assim ele não se restringe a um meio de sobrevivência ou subsistência, mas a uma possibilidade de agir com consciência de si, reconhecendo valores e capacidades pessoais, de forma ética, como cidadão consciente.

Para tanto, ao se definir a organização que melhor se equipara à escola de Ensino Médio, seja pelo modelo de formação integrada seja pelo Ensino Médio integrado ao ensino técnico, o que se quer com a concepção de educação integrada é que a educação geral se torne parte inseparável da educação profissional, em todos os campos em que se dá a preparação para o trabalho: nos processos produtivos, educativos, na formação inicial, no ensino técnico, tecnológico ou superior. Esse movimento organiza o trabalho, como princípio educativo, para superar a dicotomia trabalho manual e trabalho intelectual e incorporar a dimensão intelectual ao trabalho produtivo, formando trabalhadores para atuar como dirigentes e cidadãos. Portanto, a formação profissional não se refere exclusivamente ao exercício do trabalho, mas à compreensão das dinâmicas socioprodutivas da sociedade moderna, com as suas conquistas, conflitos e revezes.

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