Os Meus Tabuleiros- Colónias

O objectivo da colecção adiante descrita é conseguir uma colecção por tipos. Com o presente trabalho pretendemos fazer o registo dos numismas possuídos e, ao mesmo tempo, ter uma ferramenta de consulta fácil para, em leilões e feiras, saber os que faltam para atingir o objectivo.

Entre uma simples linha com o nome da moeda em falta e a sua descrição com fotos, escolhemos a segunda opção.

As fotos das moedas em falta aparecem com uma bordadura a vermelho e a referência de catálogo está também a vermelho.

Dado o grande volume de moeda cunhada nas colónias, optámos por concentrar o foco da nossa colecção em Portugal Continental e, para as Colónias, ficámo-nos apenas pela República. Temos algumas dezenas de moedas da monarquia, mas são apenas aquisições ocasionais.

mongedasilva@sapo.pt

Actualizado em 02OUT2022

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(1482-1975) Descoberta em 1482 por Diogo Cão, só no século seguinte começa a ser colonizada. As primeiras moedas para a colónia são cunhadas no reinado de D. Pedro II.

Em 1961Angola inicia a luta pela independência que é conseguida em 11NOV1975, na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal.

(1706-1750) Neste reinado não houve emissão de moedas para Angola embora alguns autores considerem que as moedas de V, X e XX Réis cunhadas para o Brasil circularam também nesta colónia. Além de não haver achados, não há qualquer documento que suporte esta afirmação

A verdade é que ali apenas foram encontradas, EM GRANDE QUANTIDADE, moedas de X RÉIS DE 1737 CUNHADAS PARA O REINO.

ANGOLA

D. MARIA II (1834-1853)

O reinado de D. Maria II decorreu numa quase permanente guerra civil que arruinou as finanças públicas. Cunhar moeda para as colónias não era uma prioridade e, para Angola, apenas foi emitida a moeda de Meia Macuta durante os últimos anos do reinado. Fruto dessa falta de meios foi também a aplicação do carimbo “ESCUDETE COROADO” sobre toda a moeda circulante a fim de lhe duplicar o valor.

CASA DA MOEDA DE LISBOA COBRE ½ MACUTA

Peso: 19 g Ø: 37 1851 M2 01.02

CARIMBO ESCUDETE COROADO EDITAL DE 21 DE MARÇO DE 1837

Tem muitas variações, sobretudo no nº de pontos que representam a coroa DUPLICA O VALOR DA MOEDA

Aplicado sobre:

Sobre V Réis de D. José M2 02

Sobre ¼ MACUTA M2 03

Sobre ½ MACUTA 1762 D. José M2 04

Sobre D. José 1770 M2 05

Sobre ¼ MACUTA 1763 D. José M2 03.02

Sobre ½ MACUTA 1762 D. José M2 04.01

Sobre ½ MACUTA 1763 D. José M2 04.02

Sobre D. José 1770 recunhado s/XL 1753-Ido do Brasil M2 05.04

D. LUÍS I (1861-1889)

CASA DA MOEDA DE LISBOA V RÉIS (1871-1874) Peso: 6,3 g Ø: 27 1871

DUPLICA O VALOR DA MOEDA

Os carimbos, são os mesmos do reinado anterior e têm dezenas de variantes

Tal como o anterior edital, de 1837, continua a carimbagem de moeda corrente e especifica que é aplicado sobre: ½ MACUTA P5 03 MACUTA

Não há como distingui-los dos de D. Maria II excepto se aplicados sobre moedas de 2 Macutas

RÉIS (1871-1874) Peso: 25,5 g Ø: 37 1874 … Lu 03

OFÍCIO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA DE 1871

As moedas correntes de V, X e XX Réis com datas de 1871 a 1874 foram cunhadas para Angola.

D. CARLOS I (1891-1908)

Não foi emitida qualquer moeda para a colónia. Porém, como no comércio corria muita moeda de prata estrangeira, foi decidido carimbá-la toda para legalizar o seu curso.

PORTARIA Nº 527 DE 31DEZ1895

- CARIMBO ESCUDETE

Manda esta portaria carimbar toda a moeda DE PRATA que corria na colónia. Aparecem também moedas de cobre carimbadas que só se explicam como falsificações destinadas a enganar colecionadores

20 CENTAVOS – BRONZE

Peso: 2,5 g Ø: 18

1962 Bela .………………………………… R 12.01

50 CENTAVOS – BRONZE

Peso: 4 g Ø: 20

2$50 – CUPRO-NÍQUEL

Peso: 3,5 g Ø: 20

1953 Bela R 16.01 1954 Sob ..……..………………………… R 16.02 1955 Bela ..……..………………………… R 16.03 1957 Sob ..……..………………………… R 16.04 1958 Sob ..……..………………………… R 16.05 1961 Sob ..……..………………………… R 16.06

1953 MBC ..……..…………………… R 18.01

1956 MBC+.……..…………………… R 18.02 1967 Sob . .……..…………………… R 18.03 1968 Sob ..……..…………………… R 18.04 1969 Sob …..………………………… R 18.05 1974 Sob …..………………………… R 18.06

10$00 – PRATA

Peso: 5,4 g Ø: 24

1952 Bela ..……..………………………… R 20.01 1955 Sob .……..………………………… R 20.02

1 ESCUDO – BRONZE

Peso: 8 g Ø: 26

20$00 – PRATA

Peso: 10 g Ø: 30

1953 Bela ..……..……………………… R 17.01 1956 MBC R 17.02 1963 MBC+.……..……………………… R 17.03 1965 Sob ..……..……………………… R 17.04 1972 Sob ..……..……………………… R 17.05 1974 Sob .. R 17.06 1974 Eixo oblíquo ……………………… R 17.07

1952 Sob ……..………………………… R 22.01 1955 Sob …..………………………… R 22.02

10 CENTAVOS – ALUMÍNIO

Peso: 1,8 g Ø: 16 1974 R 09.01

10$00 – CUPRO-NÍQUEL

Peso: 9 g Ø: 28

5$00 – CUPRO-NÍQUEL Peso: 7 g Ø: 24,5

1969 Sob ..………………………… R 21.01 1970 Sob …. R 21.02

20$00 – CUPRO-NÍQUEL

Peso: 12 g Ø: 30

1972 Bela ..……..………………………… R 19.01 1974 a) .……..………………………… R 19.02

a) Devido à revolução de 25 de Abril de 1974 os 5$00 de 1974 não chegaram a ser lançados em circulação. Foram, porém, pilhados do Banco Nacional Ultramarino de Luanda pelo que aparecem regularmente nos leilões

1971 Sob …..………………………… R 23.01 1972 Sob R 23.02

Descoberto em 1500 durante a viajem da Armada comandada por Pedro Álvares de Cabral para a Índia, só em 1520 se inicia a colonização.

Em 1697 dá-se a primeira grande descoberta de ouro e, a partir daí, houve um maior desenvolvimento da colónia e um grande fluxo migratório. Nos 50 anos pós-descoberta do ouro a população aumentou de 300 mil para 3 milhões de habitantes. Em 1720 D. João V viu-se mesmo obrigado a controlar a emigração para o Brasil pois havia já falta de mão-de-obra em Portugal.

Em 1807, na sequência das invasões napoleónicas a família real embarca para lá e este é elevado à categoria de reino sendo assim criado o REINO UNIDO DE PORTUGAL, BRAZIL E ALGARVES

É o período de maior desenvolvimento do território. Em 1822 é declarada a independência e proclamado D. Pedro I como primeiro Imperador.

RÉIS)

MOEDA (2.000 RÉIS)

(4.000

As moedas de ouro desta colecção a seguir descritas foram cunhadas para circular em Portugal e não no Brasil.

Estas cunhagens nem sempre foram ordenadas pelo rei. Tinham, porém, mais aceitação que as cunhadas para circular na colónia pois podiam ser usadas no pagamento de importações sem ter de pagar a taxa de câmbio.

Os catálogos Brasileiros consideram-nas como moedas locais Usando o mesmo critério, todas as moedas cunhadas em Lisboa ou no Porto e com destino ao Brasil deveriam ser de Portugal Continental. CRUZADINHO – 400 RÉIS-OURO MINAS GERAIS Peso: 0,9

1752/58-B (Bahia para Minas) Jo 40 1754/64-R (Rio de Janeiro) Jo 41 1771-R (Rio) Paralelas rectas Jo 42

960 RÉIS-PATACÃO– PRATA

Peso: 26.8 g Ø: 40

1818/22-R Rio de Janeiro J6 25 1819/22-B Bahia J6 26

MOEDA-4.000 RÉIS– OURO

Peso: 8.1 g Ø: 27

1818/22 Rio de Janeiro J6 27 1819/20 Bahia J6 28

SÉRIE DE 1930

Descoberto o caminho marítimo para a Índia em 1498, logo foram enviadas armadas para garantir a soberania. Foi assim criado o Império Português do Oriente, com direito a ser governado por um Vice-Rei.

Foram abertas casas da moeda em Goa, Damão e Dio e, com um menor período temporal, em Malaca, Ceilão, Cochim, Chaul e Baçaim. Em 1961 a Índia invadiu e ocupou o território dando assim fim ao então denominado Estado da Índia

D. MANUEL I

GOA (1510-1521)

1 Pardau de ouro = 6 Tangas= 180 Bazarucos= = 360 Reais= 540 Dinheiros

1 Pardau de prata= 5 Tangas= 150 Bazarucos= = 300 Reais= 450 Dinheiros

1 Tanga= 60 Reais

Metal Designação Reais

Cobre Cepaica 0,5 Dinheiro= ⅔ Real 0,6(6) ½ Leal 1 Leal ou Bazaruco (1,2 a 2 Reaiss) 2 Prata ½ Esfera= Vintém (Desconhecida) 20 Esfera (Desconhecida) 40 Ouro ½ Manoel (MEA) 240 Manoel ou Cruzado 480

(1495-1521)

MALACA (1511-1521)

1 Pardau de ouro= 6 Tangas ou Bastardos= 360 Reais= 600 Dinheiros

1 Pardau de prata= 5 Tangas ou Bastardos= 300 Reais= 500 dinheiros

1 Tanga (Bastardo) = 60 Reais

Metal Designação Reais

Calaim Caixa (Desconhecida) 0,3 Dinheiro= 3/5 Real= 2 Caixas 0,6 Soldo= 10 Dinheiros 6 ¼ Bastardo= 2,5 Soldos 15 Bastardo= 1 Tanga= 10 Soldos 60 Prata Malaquês= 12 Bastardos -Desconhec 720 Ouro Católico (Desconhecida) 1000

As moedas e respectivas denominações foram fortemente influenciadas pelas que lá então corriam. O seu valor variava com o lugar e com o tempo pelo que, as tabelas acima, são apenas uma aproximação que nos permite sobretudo ordená-las pelo seu valor.

GOA

D. JOÃO III

(1521-1557)

1 Pardau S. Tomé= 6 Tangas ou Bastardos= 360 Reais= = 180 Bazarucos= 900 dinheiros 1 Tanga= 60 Reais

LISBOA, GOA, DIO, MALACA, CEILÃO e COCHIM Metal Designação Reais

Calaim ⅛ Bazaruco (Ceilão) 0,125 Dinheiro = 2/5 real 0,4 Soldo = 10 Dinheiros 4 Bastardo = 10 Soldos 40 Cobre ¼ Bazaruco 0,5 ½ Bazaruco 1 Leal ou Bazaruco (2 a 1,2 Reis) 2 4 Bazarucos 8 < > Tanga (Moeda de conta) 60 Prata Patacão = 6 Tangas 360 Ouro Pardau de S. Tomé = 6 Tangas 360 Escudo de S. Tomé 1000

Com moldes provavelmente de Lisboa

CALAIM

DINHEIRO – 0,4 Reais Peso: 2 g Ø: 20 J3 18

D.

SEBASTIÃO I (1557-1578)

1 Pardau S. Tomé= 6 Tangas ou Bastardos= 360 Reais= = 180 Bazarucos= 900 dinheiros

1 Pardau de prata/Bastião = 5 Tangas= 300 Reais/Bazarucos= 900 Dinheiros 1 Tanga= 60 Reais

GOA, MALACA e COCHIM Metal Designação Reais

Calaim Dinheiro 0,4 Soldo = 10 Dinheiros 4 Bastardo = 10 Soldos 40 Cobre ½ Bazaruco 0,5 1 Real =1 Leal =1 Bazaruco) 1 a 1½

1 Bazarucos 1 2 Bazarucos 2 4 Bazarucos 4 Tanga 60 Prata ½ Bastião 150 Bastião = 5 Tangas 300 Pardau S. Tomé= 6 Tangas 360

GOA

1 REAL - COBRE Peso: 3,0 g Ø: 17 Se 01

MEIO BAZARUCO – 0,5 Reais Peso: 1,2 g Ø: 16 Se 02 1 BAZARUCO – 1 Real Peso: 3 g Ø: 18 Se 09

4 BAZARUCOS – 4 Reais

Peso: 18 g Ø:24

PRATA

MEIO BASTIÃO – 150 Reais

Se 18

Peso: 10 g Ø: 21 Se 22

BASTIÃO (Pardau) – 300 Reais

Peso: 19 g Ø: 30 Se 23

OURO

PARDAU S. TOMÉ – 360 Reais

Peso: 3,49 g Ø: 20 Se 24

COCHIM

COBRE

1 BAZARUCO – 1 Real

Peso: 5,5 g Ø: 19 Se 19

2 BAZARUCOS – 2 Reais

Peso: 9 g Ø: 22 Se 20

4 BAZARUCOS – 4 Reais

Peso: 20 g Ø:26 Se 21

CEILÃO

D.FILIPE III (1621-1640)

1 Xerafim= 5 Tangas= 375 Bazarucos; 1 Tanga= 75 Bazarucos= 60 Reais; 1 Bazaruco= 0,8 Reais

GOA, DIO, CEILÃO e MALACA

Metal Designação Reais

Calaim ½ Bazaruco 0,4 1 Bazaruco 0,8 Prata ½ Tanga = 37,5 Bazarucos 30 1Tanga = 75 Bazarucos 60 2 Tangas = 150 Bazarucos 120 4 Tangas = 300 Bazarucos 240 Xerafim de 5 Tangas 300 ½ Patacão = 3 Tangas 180 Patacão = 6 Tangas 360 Ouro São Tomé de 1 Xerafim 300 São Tomé de 15 Tangas (*) 900 (*) Variou de “14 Tangas+26 Reais”= 866 Reais até “15 Tangas+20 Reais”= 920 Reais

CEILÃO

MEIO BAZARUCO – 0,4 Reais - CALAIM Peso: 1,0 g Ø: 12 F3 02

1 BAZARUCO – 0,8 Reais- CALAIM Peso: 3,0 g Ø: 15 F3 03

TANGA – 60 Reais - PRATA Peso: 3,0 g Ø: 20

para CEILÃO

(G-A)

1 XERAFIM– 300 Reais (SÃO JOÃO) Peso: 11 g Ø: 27 1641/49

D. AFONSO VI

(1656-1667)

1 Xerafim= 5 Tangas= 375 Bazarucos; 1 Tanga= 75 Bazarucos= 60 Réis;

DIU, GOA e COCHIM Metal Designação Réis Cobre Bazaruco 0,8 Prata ½ Tanga = 37,5 Bazarucos 30 1 Tanga = 75 Bazarucos 60 ½ Xerafim 150 Xerafim = 5 Tangas 300 Ouro São Tomé de 5 Xerafins 1500 DIU

XERAFIM– 300 Reais (CRUZ DE CRISTO) Peso: 11 g Ø: 27 1650/52

BAZARUCO – 0,8 Reais - COBRE D-O Peso: 6,1 g Ø: 18 1656 ………………………………………….. A6 01

TANGA – 60 Reais - PRATA A-D / I-D Peso: 2 g Ø: 18 1661 A6 03.05

GOA (G-A)

MEIA TANGA– 30 Reais - PRATA G-G Peso: 0,9 g Ø: 13 1659 …………………………….…………… A6 02

TANGA– 60 Reais - PRATA Peso: 2 g Ø: 18 1661/64 A6 03.01/31.04

(D-O)

D. JOÃO V

(1706-1750)

Rupia= 2 Xerafins/Pardaus= 10 Tangas= 600 Réis= 750 Bazarucos

1 Tanga= 75 Bazarucos= 60 Réis

GOA, DAMÃO, DIO e BAÇAIM

Metal Designação Réis

Zinco 1 Bazaruco 0,8

Tutenaga 2 Bazarucos 1,6 2,5 Bazarucos 2 5 Bazarucos 4 7,5 Bazarucos 6 10 Bazarucos 8 15 Bazarucos 12 30 Bazarucos 24 Roda de 1 Bazaruco 0,8 Roda de 2 Bazarucos 1,6 Roda de 3 Bazarucos 2,4 Roda de 5 Bazarucos 4 Roda de 10 Bazarucos 8 Roda de 15 Bazarucos 12

Cobre 2,5 Bazarucos 2 5 Bazarucos 5 7,5 Bazarucos 6 15 Bazarucos 12 ⅛ Atiá= 1/32 Tanga 1,875 ¼ Atiá= 1/16 Tanga= 1 Dugani 3.75

Metal Designação Réis

½ Atiá = ⅛ Tanga= 2 Duganis 7.5 1 Atiá= ¼ Tanga= 4 Duganis 15 2½ Réis 2,5 5 Réis 5 7½ Réis 7,5 10 Réis 10 15 Réis 15 20 Réis 20 30 Réis = ½ Tanga 30 60 Réis = 1 Tanga 60 Prata ½ Pardau 150

1 Pardau (= ½ Rupia) 300 1 Rupia (= 2 Pardaus) 600 ½ Xerafim 150 Xerafim = 5 Tangas 300 Ouro São Tomé de 1 Xerafim 300 São Tomé de 2½ Xerafins 750 São Tomé de 5 Xerafins 1500 São Tomé de 10 Xerafins 3000

30 Réis = ½ Tanga 30 60 Réis = 1 Tanga 60 ½ Atiá = ⅛ Tanga 7,5 Atiá =¼ Tanga 15 Prata 30 Réis = ½ Tanga 30 60 Réis = 1 Tanga 60 ½ Pardau 150 1 Pardau 300 1 Rupia 600 Ouro São Tomé de 1 Xerafim 300 São Tomé de 2 Xerafins 600 São Tomé de 4 Xerafins 1200 São Tomé de 5 Xerafins 1500 São Tomé de 8 Xerafins 2400 8 Xerafins 2400 São Tomé de 12 Xerafins 3600 12 Xerafins 3600

SÃO TOMÉ DE 12 XERAFINS – 3.600 RÉIS Peso: 4.7/49 g Ø: 20 1762/67

MARIA I (1788-1799) (Moedas emitidas até 1809)

Rupia= 2 Xerafins/Pardaus= 10 Tangas 1 Tanga= 75 Bazarucos= 60 Réis

GOA e DIU

Metal Designação

Réis

Tutenaga 1½ Bazarucos 1,2 3 Bazarucos 2,4 5 Bazarucos 4 10 Bazarucos 8 15 Bazarucos 12 20 Bazarucos 16 Cobre ¼ Atiá = 1/16 Tanga 3.75 ½ Atiá = ⅛ Tanga 7,5 Atiá =¼ Tanga 15 1½ Real 1,5 3 Reis 3 4½ Reis 4,5 6 Reis 6 12 Reis 12 20 Reis 20 30 Reis = ½ Tanga 30 60 Réis= 1 Tanga 60

Prata 30 Reis = ½ Tanga 30 60 Réis= 1 Tanga 60 ½ Pardau 150 1 Pardau 300 1 Rupia 600

Ouro São Tomé de 2 Xerafins 600 São Tomé de 4 Xerafins 1200 São Tomé de 8 Xerafins 2400 12 Xerafins 3600

TANGA

6.4

25.5

10.03 Por razões práticas, a TANGA e a ½ TANGA de cobre deixaram de ser cunhadas após a assinatura da Convenção pois, se o fossem, pesariam 25,6 e 12,8 gramas. Significaria isto que, quem fosse às compras com a modesta quantia de uma Rupia em moedas de cobre, teria um peso no bolso de 16 x 25,6= 409,6 gramas.

DECRETO DE 28 DE JUNHO DE 1902 Terminado no ano de 1900 o prazo de aplicação da Convenção Luso-Britânica, foi decidido manter os valores da moeda pois a população estava já acostumada ao seu uso. Foi então emitida uma nova série de moedas de cobre em que a data aparece pela primeira vez em números romanos e o título do rei em português Rupia= 16 Tangas= 720 Réis 1 Tanga= 45 Réis

SISTEMA DECIMAL (1958-1961)

ESCUDO = 100 CENTAVOS

Em 1958 uniformizou-se o sistema monetário em todas as colónias, excepto em Macau. Como à data da introdução do sistema a Rupia valia 5$85 (na prática = 6$00), substitui-se a RUPIA por uma moeda de 6$00, criando-se assim um peculiar sistema em que as moedas cunhadas eram sub-múltiplos de 6$00. Nas notas havia também os múltiplos: 30$00 e 60$00. Devido à paridade RUPIA/PATACA, aconteceu o mesmo em Timor em que a PATACA foi igualmente substituída por uma moeda de 6$00.

10 CENTAVOS – BRONZE

Peso: 2,0 g Ø: 18

1958 Bela …..…………………….…… R 13.01 1959 Bela …..…………………….…… R 13.02 1961 Sob R 13.03

30 CENTAVOS – BRONZE

Peso: 4,0 g Ø: 22

1958 MBC R 14.01 1959 Bela R 14.02

1$00 – 1 ESCUDO – ALPACA

Peso: 5.6 g Ø: 24

$60 - 60 CENTAVOS – ALPACA

Peso: 3.5 g Ø: 20

1958 Bela R 16.01 1959 Sob R 16.02

3$00 – 3 ESCUDOS – ALPACA Peso: 8.0 g Ø: 26.8

1958 Bel R 15.01 1959 Bela R 15.02

1958 Bela R 17.01 1959 Bela R 17.02

6$00 – 6 ESCUDOS – ALPACA Peso: 14.0 g Ø: 31

1958 Be R 18.01

1557-1999

Os comerciantes portugueses estabeleceram-se em Macau no no Séc XVI mas o território nunca foi considerado uma colónia. Em 1557 começaram inclusive a pagar um aluguer anual. O “aluguer” terminou em 20DEZ1999 e a soberania foi devolvida à China, ficando Macau como região autónoma.

A moeda corrente foi sempre a da China e a de Hong-Kong. Em 1894 adoptam como unidade de conta na administração pública o “Real à Ocho” do México, localmente denominado de PATACA. Em 1904 é pela primeira vez emitido papel-moeda pelo Banco Nacional Ultramarino. Só em 1952 são cunhadas as primeiras moedas metálicas para o território.

=

5 AVOS – BRONZE

Peso: 2,0 g Ø: 16.5

SISTEMA 1967-1980

1 PATACA

Peso: 10.6 g Ø: 28 NÍQUEL

1967 …Bela …..……………………….…… Ma 02.01

1968 Bela …..……………………….… Ma 17.01 1975 Sob …..……………………….… Ma 17.02 CUPRO-NÍQUEL 1980 MBC …..……………………….… Ma 17.03

10 AVOS – BRONZE

Peso: 4,6 g Ø: 22

1967 Bela Ma 04.01 1968 Bela Ma 04.02 1975 Bela Ma 04.03 1976 Bela …..…………………….… Ma 04.04

50 AVOS – CUPRO-NÍQUEL

Peso: 5.5 g Ø: 20

PRATA

5 PATACAS – Ag 720 Peso: 10 g Ø: 30 1971 Bela …..……………………….… Ma 23.01

20 PATACAS – Ag 650

Peso: 18 g Ø: 36

1972 Sob Ma 11.01 1973 Sob Ma 11.02 1978 Sob Ma 12.01

1974 Bela Ma 29.01

10 AVOS – LATÃO-NÍQUEL

Peso: 3.2 g Ø: 19

1982 Sob Ma 05.01 1983 Bela Ma 05.02 1984 Bela

Ma 05.03 1985 Sob Ma 05.04 1988 Bela Ma 05.05

20 AVOS – LATÃO-NÍQUEL

Peso: 4.6 g Ø: 21

1 PATACA – CUPRO-NÍQUEL

Peso: 9 g Ø: 26

1982 Sob Ma 07.01 1983 Sob

Ma 07.02 1984 Sob Ma 07.03 1985 Sob Ma 07.04

50 AVOS – LATÃO-NÍQUEL

Peso: 5.6 g Ø: 23

1982 Sob Ma 13.01 1983 Sob

Ma 13.02 1984 Sob Ma 13.03 1985 Sob Ma 13.04

1982 Sob

Ma 18.01 1983 Bela

Ma 18.02 1984 Sob

Ma 18.04

Ma 18.03 1985 Sob

5 PATACAS – CUPRO-NÍQUEL Peso: 10.8 g Ø: 30

1982 Sob ** baixa Ma 24.01 1983 Sob **baixa

Ma 24.02 1983 Sob **alta

Ma 24.02 1984 Sob

Ma 24.03 1985 Sob . Ma 24.04 1988 Sob Ma 24.05

10 AVOS – LATÃO-NÍQUEL

Peso: 1,4g Ø: 17

1993 Sob Ma 06.01 1998 Bela Ma 06.02

20 AVOS – LATÃO-NÍQUEL

Peso: 2,7 g Ø: 20

1993 Sob Ma 08.01 1998 Sob Ma 08.02

1 PATACA – CUPRO-NÍQUEL

Peso: 9 g Ø: 26

50 AVOS – LATÃO-NÍQUEL

Peso: 4.6 g Ø: 23

1992 Sob …..……………………….… Ma 19.01 1998 Bela Ma 19.02

2 PATACAS – NÍQUEL

Peso: 5,6 g Ø: 26

1993 Bela Ma 14.01

1998 Bela Ma 21.01

5 PATACAS – CUPRO-NÍQUEL

Peso: 10 g Ø: 27

1992 Sob Ma 25.01

10 PATACAS – BIMETÁLICA

Peso: 12.1 g Ø: 28

1997 Sob ……….……………………... Ma 27.01

1999 – ÚLTIMA EMISSÃO RETORNO DA MACAU À CHINA

MOÇAMBIQUE 1500-1975

A partir de 1500 e com o florescimento dos negócios da Índia, iniciou-se também a colonização da costa de Moçambique. Os seus portos eram importantes para dar apoio às armadas. O comércio de escravos, ouro e marfim tinham um importante quinhão na economia.

Moçambique dependeu do Vice-Rei da Índia só se tornando uma colónia autónoma após a implantação da República

Comerciantes indianos, sobretudo de Goa, estabeleceram-se aí e ainda hoje lá se mantêem. Eram também da Índia Portuguesa as primeiras emissões mandadas cunhar por D. João V. Em 25JUN1975 ganha a sua independência

1755

BANDO DE 1760 CARIMBO M

Aplicado sobre moeda de OURO e PRATA que corria no território

BANDO DE 20 DE AGOSTO DE 1768 CARIMBO MR

Aplicado sobre moeda de COBRE, PRATA e OURO que corria no território

Ambos os carimbos foram usados num período de tempo curtíssimo (2 a 3 meses) pelo que, se aplicados em moedas com data posterior à lei, SÃO FALSOS.

Carimbo LM Coroado

PORTARIA DE 2 DE JUNHO DE 1873

Carimbo aplicado em 1888, no distrito de Lourenço Marques (LM), para legalizar as moedas de prata que aí circulavam AVISO DA JUNTA DA FAZENDA

DE 5 DE MAIO DE

1889

Carimbo PM Coroado

Carimbo aplicado em 1888, na Província de Moçambique (PM) para legalizar as moedas de prata que aí circulavam

A maior parte dos carimbos que aparecem à venda são falsos e reconhecem-se sobretudo pelo desenho da corôa que tem de ser igual à dos 50 Réis de D. Luís. É fácil detectar os falsos quando aparecem em moedas cunhadas depois da data da lei.

FALSO

D. CARLOS I (1889-1908)

CARIMBO PM 1889-1895

AVISO DA JUNTA DA FAZENDA DE 19JAN1889

Os carimbos PM COROADOS do reinado anterior, fabricados na Casa da Moeda de Lisboa, foram insuficientes para a tarefa por se terem desgastado e partido com o uso.

Como eram urgentes, foi decidido fazer localmente e de maneira tosca, carimbos PM simples. De imediato houve falsários que começaram a fazê-los e a falsificação continua nos dias de hoje.

As únicas falsificações facilmente detectadas são quando os carimbos são apostos em moedas com data posterior a 1895, que foi quando deixaram de ser aplicados.

Exemplar no MUSEU DA CASA DA MOEDA

SOBRE RUPIA-ÁFRICA ALEMÃ

SOBRE RUPIA DE D. LUÍS

1953 Sob .……………………………… R 17.01 1957 Sob ……………………………… R 17.02 1960 Sob ……………………………… R 17.03 1963 Sob ……………………………… R 17.04 1965 Sob ……………………………… R 17.05 1968 Sob ……………………………… R 17.06 1969 Sob ……………………………… R 17.07 1973 Sob R 17.08 1974 Sob ……………………………… R 17.09

1960 Bela ……………………………… R 23.01 1971 Sob R 24.01 1973 Sob .……………………………… R 24.02 1952 MBC R 27.01 1954 MBC R 27.02 1955 MBC+ …………………………… R 27.03 1960 MBC- R 27.04 1966 Sob R 27.05 1968 MBC+ R 28.01 1970 Sob .……………………………… R 28.02 1974 Sob ……………………………… R 28.03

20$00 – PRATA

Peso: 10 g Ø: 30

20$00 – NÍQUEL

Peso: 12 g Ø: 30

1952 MBC ……………………………… R 29.01 1955 MBC- R 29.02 1960 MBC R 29.03 1966 MBC+ … R 29.04

1971 Sob R 30.01 1972 Sob ……………………………… R 30.02

no séc. XX. A colónia tornou-se independente em 12 de Junho de 1975.

Durante este reinado não foi cunhada moeda para a colónia.

LEI DE 3 DE NOVEMBRO DE 1854

Mandou aplicar o carimbo COROA PEQUENA sobre toda a moeda corrente a fim de saber o valor do numerário existente.

Existe também um carimbo semelhante, mas maior, denominado COROA GRANDE que foi usado nos Açores.

CARIMBO COROA PEQUENA

(1702-1975)

Timor era a mais distante colónia, situada na ilha do mesmo nome e dividida com os Holandeses. Terminada a 2ª Guerra Mundial, as Índias Orientais Holandesas tornaram-se no que hoje é a Indonésia. Timor manteve o seu estatuto colonial até que, em 1975, foi tomado militarmente pela Indonésia. A situação manteve-se até 1999, data em que a ONU passou a administrar o território. Em 2002 tornou-se independente.

Timor dependia do Vice-rei da Índia até meados do séc. XIX. A partir daí passou a depender administrativamente de Macau. Só se tornou uma colónia autónoma em 1898. Em 1894 Macau e Timor adoptam como unidade de conta

na Administração Pública o Peso Mexicano, localmente denominado PATACA MEXICANA ou PATACA GROSSA As moedas correntes eram, inicialmente, da Índia Portuguesa. A partir do séc. XIX foram os Florins das Índias Holandesas assim como a moeda chinesa, visto serem chineses a maioria dos comerciantes. Em 1905 foi introduzido o papel-moeda sendo de 1945 as primeiras emissões de moeda metálica

comissão militar feita em 1971-1973 permitiu-nos recolher muita dessa antiga moeda de que apresentamos apenas alguns dos exemplares mais significativos:

Por várias ocasiões foram mandadas carimbar as Patacas Mexicanas para legalizar o seu uso e a Fazenda só aceitava Patacas carimbadas.

A medida teve, porém, pouco sucesso pois os contribuintes não tinham Patacas carimbadas em número suficiente para os pagamentos.

A carimbagem foi por isso rapidamente abandonada sendo por isso RARAS as moedas carimbadas

SÉRIE DE 1945-1951

PATACA = 100 AVOS

10 AVOS – BRONZE

Peso: 3.0 g Ø: 21 20 AVOS - ALPACA

1945 MBC R 01.01 1945 e.v. ……………………………………………………………………… R 01.02 1948 Sob R 01.03 1951 MBC R 01.04

Peso: 8 g Ø: 27

1945 Bela …………………………… R 02.01

50 AVOS - PRATA

Peso: 3.0 g Ø: 21

1945 Bela R 03.01 1948 Sob R 03.02 1951 Bela R 03.03

PAPEL-MOEDA

Em 1945 foram também emitidas notas de 1, 5, 10, 20, 25 e 100 PATACAS, umas emitidas especificamente para Timor, outras emitidas para Macau, mas com o carimbo PAGÁVEL EM TIMOR.

SÉRIE DE 1958 (ESCUDOS)

ESCUDO = 100 CENTAVOS

Como à data da introdução deste sistema a PATACA valia 5$85 (na prática = 6$00), substitui-se a PATACA pela moeda de 6$00, criando-se assim um peculiar sistema em que as moedas cunhadas eram sub-múltiplos de 6$00. Tínhamos também os múltiplos nas notas de 30$00 e 60$00, assim como notas de 100$00 e 500$00 Devido à paridade RUPIA/PATACA, aconteceu o mesmo na ÍNDIA em que a RUPIA foi igualmente substituída por uma moeda de 6$00. BRONZE

1992 - MEDALHA MISSÃO PAZ EM TIMOR LUSITANIA EXPRESSO

PELOS DIREITOS HUMANOS

Em 1991, após uma visita do Papa, houve muitas manifestações a favor da independência. Uma dessas manifestações, em Novembro de 1991, foi severamente reprimida. No Cemitério de Santa Cruz, onde os manifestantes se refugiaram, houve cerca de 150 mortos.

O jornalista Britânico Max Stall conseguiu fazer sair do território imagens desse massacre e isto foi determinante no apoio internacional à independência.

Em Portugal organizou-se uma expedição com o objectivo de levar manifestantes portugueses a Timor. Entre eles estava o ex-Presidente da República, General Ramalho Eanes.

Em 11 de Março de 1992 o navio foi impedido pela marinha de guerra indonésia de atracar em Dili. A medalha comemora essa MISSÃO PAZ EM TIMOR.