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SEAE faz nova consulta sobre troca de ativos

Os distribuidores associados estão sendo novamente chamados pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), do Ministério da Fazenda, a opinar sobre a operação de troca de ativos entre a International Paper e a VCP, no processo que analisa o ato de concentração. A Secretaria já havia consultado a Andipa e agora está contatando diretamente os distribuidores associados para manifestarem-se sobre a operação entre os fabricantes.

A troca de ativos está sendo avaliada simultaneamente pela SEAE e pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do

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Ministério da Justiça, que vão emitir parecer no processo em trâmite no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Além deste caso, os órgãos analisam ainda a venda das unidades da VCP.

Em agosto, o CADE decidiu sobre a compra da Ripasa pela Suzano e VCP, impondo restrições às sócias, que administram a nova empresa no modelo de consórcio. O CADE determinou que a marca Ripax seja vendida ao mercado, que as duas fabricantes estão proibidas de exigir fidelidade a seus distribuidores e recomendou redução da tarifa de importação do cut size.

Para trabalhar com preço médio de venda do cut size no varejo a R$ 9,04, valor apurado em outubro pela pesquisa da Andipa, o distribuidor não poderia estar pagando mais que R$ 2.270,00 a tonelada preço base na indústria. Comprando o papel a este valor, o distribuidor estaria apenas garantindo uma margem de contribuição de 5%, isto sem considerar os custos fixos das empresas.

O cálculo destes dados é resultado de um trabalho de análise do modelo financeiro da distribuição realizado pela Associação, que avaliou a relação entre os preços de compra e de ponta, além dos custos e encargos na operação. O estudo considerou ICMS de 15,5%, que corresponde à alíquota média de vendas intra e interestadual. Dentre as variáveis analisadas, o custo de frete adotado foi relativo à região Sudeste e corresponde a cerca de 1,68% da mercadoria. O valor de compra (R$ 2.270,00) foi apurado com base no mark-up de 24%.

Na avaliação da Andipa, o percentual de 5% é uma margem de contribuição pequena, que não permite ao empresário da distribuição fazer os investimentos necessários, exigidos hoje pela moderna gestão e pelo mercado em transformação.

O estudo da Associação desconsiderou o valor médio real de compra, já que cada fabricante tem sua política de preços, que varia conforme uma série de critérios da sua política comercial, entre eles o porte do distribuidor, o volume e freqüência das compras. Mais relevante, na avaliação da Andipa, é que o estudo põe em evidência a necessidade de um olhar mais atento para a rentabilidade do negócio de distribuição de papel, em especial no segmento cut size.

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