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Resultados mostram grandeza do setor
No Brasil, existem 7,6 milhões de hectares de árvores plantadas para fins industriais, sendo 5,47 milhões de hectares de eucalipto, 1,55 milhão de hectares de pinus e 557 mil hectares de outras culturas. Da área ocupada com árvores plantadas, 32% correspondem aos segmentos de celulose e papel, 26% dos produtores florestais independentes, 15% de siderurgia e carvão vegetal, 6% dos painéis de madeira, 6% das áreas de investidores institucionais e 15% pertencentes a outros segmentos, principalmente ao agronegócio. Os dados são da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), entidade que reúne 70 empresas e associações estaduais dos segmentos de painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel e biomassa.
O consumo de madeira in natura em 2013 somou 185,3 milhões de m3, dos quais 65,2 milhões de m3 de madeira foram utilizados pelos setores de celulose e papel, resultando na produção de 15,1 milhões de toneladas de celulose e 10,4 milhões de toneladas de papéis. Estes volumes fazem do Brasil o quarto maior produtor mundial de celulose e o nono maior de papel.
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O país ainda é o oitavo produtor de painéis de madeira reconstituídos, com 7,5 milhões de toneladas produzidas em 2013.
De acordo com o documento da Ibá, em 2013 os investimentos de suas associadas somaram: R$ 3,3 bilhões, especialmente em reforma e a manutenção de plantios e melhorias industriais; R$ 150,5 milhões em programas sociais, beneficiando 1,4 milhão de pessoas e mais de 1.400 municípios; e, R$ 50 milhões em pesquisa e desenvolvimento.
Em 2013, o setor de árvores plantadas adicionou cerca de R$ 56 bilhões ao produto interno bruto brasileiro e empregou diretamente cerca de 630 mil pessoas, gerando renda de 12,2 bilhões. O número de postos de trabalho que pode chegar a 4,4 milhões se considerados os postos indiretos e o efeito renda, conforme consta na página 72 do relatório. O setor arrecadou R$ 8,8 bilhões em tributos e contribuiu com superávit de US$ 6,4 bilhões para a balança comercial nacional.
Celulose e Papel
A celulose é a principal matéria-prima para a produção de papéis. Os dois tipos de celulose são: de fibra curta e de fibra longa. O processo de fabricação de cada tipo de papel utiliza um tipo de fibra diferente, pois as fibras curtas e longas têm características mecânicas diversas. De forma geral, os papéis de imprimir e escrever, os papéis tissue e alguns tipos de papel cartão são fabricados a partir de fibras curtas que proporcionam maior opacidade e maciez. Os papéis para embalagem, papelão ondulado e outros tipos de papel cartão são fabricados a partir de fibras longas que propiciam maior resistência mecânica. Além disso, outra importante fonte de matéria-prima para a indústria de papel são fibras recicladas, que são utilizadas principalmente para produção de papéis para papelão ondulado e papéis tissue. Existem também as chamadas pastas de alto rendimento que são utilizadas na produção de papel imprensa e revistas.