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Iolanda Costa

(1965)

Arte Educadora - Atriz - Locutora - Contadora de história Poeta. Infância: o rádio e escrivinhar; companheiros: os livros. Adolescência: o teatro; meus companheiros: os livros. Maturidade: a arte educação, o rádio, o teatro, colunista de jornais e revistas e a contação de histórias ; mais do que nunca os livros como companheiros .Participou dos seguintes livros: Antologia Senhoras Obscenas (2016, 2018 e 2019); Antologia da Resistência, A Poesia Queima (2018); Antologia AS MULHERES POETAS... E tem publicado textos em suas colunas no Jornal Momento Atual e Revista Spot.

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NEM... nada me pertence... nem meus dentes...

me dispo até do cisco dos meus olhos...

nada me pertence! nem as articulações que enrijecem minhas pegadas nada me pertence! nem meu consciente inconsciente nada me pertence... nem a lágrima... a gargalhada ou o sorriso...

nem os dentes de leite, nem o dente do siso... nada me pertence... e tudo me vence!

PARDA O que posso fazer por ti? Tu és parda, foste pardo bebê, foste parda menina, hoje parda mulher, de passos tortos e pardos, de rosto pardo, olhos pardos, corpo pardo. O que posso fazer por ti? dizer-te pardas palavras, dizer-te que tu és alva? dizer-te que tu és amarela? que tu és vermelha? AS MULHERES POETASque tu és negra? NA LITERATURA BRASILEIRA 119

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