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CRIAÇÃO DO CARGO DE GOVERNADOR ASSISTENTE

WanderlinoArruda

Os acontecimentos estão sempre dependentes do tempo-espaço, a hora e o lugar, aquele minuto certo da história, que sempre aceitamos como realização do destino.Foioqueaconteceu,algunsmeses depois, da ideia de criação do cargo de governadorassistentenosdistritosrotários.

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Muitososencaminhamentos,muitasas discussões, perguntas sobre a real finalidade, os objetivos específicos, como assegurarafunção.Creioquejápassavade seismesesdeestudodoassunto,emtodos os níveis, dos clubes à Diretoria Internacional. Não havia jeito de bater o marteloeestabelecerasinstruções.

Recebo um longo telefonema do Diretor Hipólito Sérgio Ferreira, ele dizendo que estava em uma reunião, em Evanston, e que o assunto era a criação do cargo de governador assistente. Todo o mundo rotário concordara com a ideia, menos o Presidente Internacional Carlo Ravizza, e, sem ele, nada feito. Sempre teimoso e exigente, nunca tomava uma medida em quenãoestivessecemporcentodeacordo. Ravizza estaria viajando, na próxima semana, para Porto Alegre, para um encontronacionaleinternacional,horaboa de ouvir argumentos sobre a nova e possívelfunçãodistrital.

Hipólito conversou muito sobre o assunto com seus companheiros de Diretoria,etinhatomadoadecisãodefazer dois convites a quem poderia falar e convencer Ravizza, os ex-governadores Gedson Bersanete e Wanderlino Arruda, Gedson como bom engenheiro e eu como professorepolítico.

Haveríamos de ter argumentação convincente, cada um a seu modo, ele com a fala séria de paulista, eu com a cara inocente de mineiro, um bom tempo de vinte minutos para os dois. Ele, Hipólito, e os Diretores, estavam nos confiando a missão. Já havia conversado com Gedson, e Gedson estava à disposição. Poderia eu também ir a Porto Alegre? Sem qualquerdúvida,respondiquesim.

No momento certo, estávamos lá, colocando-nos os dois, de pé, bem em frente ao Presidente Carlo Ravizza, olhos nos olhos. Gedson, desfilando fatos e vantagens da criação do novo cargo; eu, dando o meu jeito de convencer pessoas e plateias, e falando do futuro do Rotary, com uma nova área de treinamento e atuação local e regional. Fomos à luta, e, antes de terminar os vinte minutos, o Presidente do RI, como sempre de semblante fechado, abriu um leve sorriso,levantouamão,edisseagora já estar convencido. Tínhamos razão, e ele estava agradecido por isso. Menos de um mês depois, foi só escolher o modo de dizer “governador assistente” em cada línguarotária.

Não há nada que São Paulo e Minasnãopossamdarjeito!

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