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Segregação? Tô fora

Gravatá ano 2021

Tomaz de Aquino jornalista e escritor

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Gravatá precisa deixar de ser brejeira

Estamos no século 21 e no ano 21, o que significa que já temos maioridade em termos de futuro. Assisto abismado, para não dizer estarrecido ao bairrismo que alguns insistem em implantar querendo criar uma Esse sentimento xenófobo, sim os gravataenses, chega a ser preconceituoso, para não dizer constrangedor e recheado de ingratidão. ``Os estrangeiros», como são chamados ``os de fora´´ pelos que se consideram `` os de dentro ´´ e que defendem a priori o escanteamento daqueles, de tudo que diz respeito à cidade como participação em entidades, ocupação de cargos públicos, homenagens, etc., cavando assim um abismo étnico entre quem dá e quem recebe os benefícios oriundos da aquisição de segunda moradia por parte dos ``turistas´´ que aqui compram cidade, compram no comércio, investem em imóveis, cavalos, bens de consumo e outros modelos de negócios. Agora com a eleição do novo prefeito retomam o discurso infrutífero, inócuo e até certo ponto ridículo de tentar forçar o refeito eleito a só nomear secretários que tenham na certidão de nascimento o atestado de que são gravataenses. O mais engraçado é que muitos nativos nasceram em Bazerros, Vitória, Caruaru e até Recife e se fóssemos seguir a regra de não querer ninguém de fora, todos esses ` ` e s t r a n g e i r o s d e nascimento ´´ estariam fora também. Outro detalhe é que muita gente é de Chã Grande e alguns até entes de Chã Grande ser cidade, ou seja p o r t a n t o , s ã o m a i s gravataenses do que chãgrandenses, mas esses É capaz de proporem uma marca para identificar quem é de Gravatá e quem não é. E isso nos lembra a triste história dos judeus, o apartheid na África do Sul, e tantos outros

segregação entre os nativos e os de ``fora´´. vazio, oco, de que não se deve prestigiar os que vêm de fora e casas , empregam pessoas da ainda era distrito de Gravatá e também estão fora do jogo. movimentos de separação. Ninguém quer guerra entre nativos e estrangeiros a contribuição dada por cada um para chegarmos até aqui foi positiva. Cabe a nós a partir de agora descolar desse pensamento tupininquim, pequeno e sem resultados para a população. Defendo os de fora pois eles trouxeram desenvolvimento e riqueza para essas bandas e continuam ampliando os negócios aqui em Gravatá. Se for para separar quem é de fora Gravatá nao teria nem sido fundada, pois Justino Carreiro de Miranda não nasceu em Gravatá. Assim deixemos a nomeação ser fruto do mérito, da capacidade e da competência, esse sim deve ser o movimento comumde todos nesse século 21, nesse ano de 2021. A todos uma boa união sem segregação e separação.