Manul do Bixo SAAU 2019

12/02/2019

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APRESENTAÇÃO Sejam bem-vindos calouras e calouros do IAU! Parabéns por ter chegado até aqui.

Preparem-se para ingressar no curso de Arquitetura e Urbanismo da USP - São Carlos, o único curso de Humanas desse campus. Você é um dos 45 mais novos futuros arquitetos e urbanistas, ou artistas, ou fotógrafos, ou designers, ou pedintes, ou um pouco de cada coisa! Prepare-se para um turbilhão de emoção e novidade e abra seu coração, deixe-se envolver e aproveite ao máximo essas primeiras semanas: elas serão cruciais para todo o resto do seu curso.

Principalmente, aproveite a Semana do Calouro, e participe das atividades da melhor maneira possível. Dá um trabalhão construir essa semaninha pra vocês, mas ela só faz sentido se vocês entrarem na nossa dança e curtirem tudo da melhor maneira possível. Vem com a gente!

INTRODUÇÃO Algumas dicas básicas serão úteis para facilitar o início da caminhada: o ateliê será sua segunda casa (ou até a primeira, em alguns momentos); café e pizza serão itens básicos e quase inevitáveis nas frequentes noites mal ou nada dormidas, portanto, crie uma relação de harmonia e boa convivência com eles. Ao sair de casa, leve guarda-chuva, protetor solar e casaco, já que o clima aqui é bem temperamental, ou deixe pra lá e se arrependa depois, como todo mundo acaba fazendo mais cedo ou mais tarde. Os momentos de crise com o curso e com a vida serão relativamente frequentes (uns 3 ou 4 por semana), especialmente depois das aulas da Cibele; faça desse limão uma caipirinha e QUESTIONE TUDO! Essa é uma parte importantíssima do longo caminho da sua formação como futura/o arquiteta/o.

Os veteranos e companheiros de sala te ajudarão muito, seja com conversas, uma mãozinha naquela maquete pra amanhã ou assinar seu nome na lista de presença quando necessário. Os professores em geral são muito amigáveis, e pelo tamanho do nosso curso é simples ter contato direto com eles, do mesmo modo que os

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funcionários, que também te ajudarão em momentos importantes (e quebrar alguns galhos também). De maneira geral, por passar muito tempo junto, trabalhar bastante em grupos e respirar arquitetura, os alunos costumam ser bastante próximos entre si. Não é por acaso que tanta gente se apaixona na arquitetura! <3

O corredor é o lugar ideal pra jogar conversa fora ou chamar o professor ou dar uma pausa no meio da aula. O bancão, projetado pelo professor Suzuki, é um ótimo lugar pra dar uma relaxada e interagir com que estiver por lá. O gramadão é um lugar especialmente projetado para curar o stress em excesso; da contemplação da paisagem às coreografias inventadas durante um surto você perceberá que ele não é um simples enfeite.

Ali, no fim do corredor, entre os ateliês e o PQ (sua única opção de lanchonete num raio de 2km, lugar em que você vai deixar metade da sua mesada e ainda ter que ouvir a Conceição te chamar de menininha/menininho), você encontrará um bonito prédio abobado de tijolos aparentes, com um deck de madeira em volta. Aquela é a sede da SAAU, que vamos te apresentar agora.

SAAU A Secretaria Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo, nossa (agora sua, também) querida SAAU, tem o papel de intermediar o contato do corpo de estudantes do curso de arquitetura com a direção do instituto, como nossos representantes discentes (RD’s) nos nossos órgãos colegiados (CG, CCEx, CTA)* e também com outros órgãos do Movimento Estudantil, como o CAASO e o DCE. Por isso, qualquer problema que você encontrar, a SAAU está aqui pra te ajudar a resolver. (Pra entender melhor todas essas siglas, dê uma olhada no glossário no fim do manual, ou pergunte ao veterano mais próximo!)

A SAAU foi fundada há de 18 anos, e desde então tem um papel importante na movimentação estudantil no campus de maneira geral. Também conseguiu, com

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custo, construir sua sede, que é o prédio abobado no fim dos ateliers. Aquele espaço pertence a todos os alunos, o que significa que nós (eu, você e todo mundo) somos responsáveis por manter aquele lugarzinho vivo e pulsante, seja com festas, reuniões, tardes de trabalho, ou seja,o que for possível de acontecer por lá. Cada membro da gestão da SAAU tem uma chave da sede, e para esse ano pretendemos manter de pé o projeto “SAAU ABERTA”, em que a ideia é deixar esse lugarzinho destrancado por um período todos os dias, para incentivar a galera a ocupar e utilizar esse espaço incrível.

O espaço físico da SAAU foi construído com o esforço dos estudantes,que ergueram o prédio cujo projeto, do professor João Marcos, foi escolhido por meio de um concurso interno. A construção aconteceu durante a III NÓS (antiga Semana da Arquitetura) em 2001, mas a verba que viabilizou o projeto veio, em grande parte, da realização do XII EREA realizado em São Carlos naquele ano (mais sobre o EREA à frente). A SAAU e sua sede passam por altos e baixos ao longo do tempo, oscilando de acordo com o interesse e a participação dos alunos. Entre 2016 e 2017, devido a um enorme esforço da gestão, em parceria com a diretoria do Instituto, conseguimos realizar a reforma do deck de madeira, que se encontrava inutilizável e agora, novinho como está, é um convite maior ainda pra que todas e todos utilizem esse nosso espaço sempre!

Acreditamos que a SAAU deva ser construída coletivamente, a fim de sempre enriquecer a nossa formação e interação - através de discussões socioculturais, políticas, de eventos, e, claro, festas! A secretaria acadêmica tem como sua principal função garantir aos estudantes uma vida universitária plena, para formação de um bom profissional com pensamento crítico.

Além disso, acreditamos ser essencial para o arquiteto e urbanista o envolvimento com a sociedade de forma abrangente, ter uma vida social ativa, envolvendo-se com

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a cidade - afinal, é este seu objeto de estudo pelos próximos cinco anos (ou mais).

Apesar de ter uma gestão eleita a cada ano, a SAAU é cada aluno da arquitetura, inclusive quem já saiu e quem acabou de entrar. Todos são convidados a participar, ajudar a opinar nas decisões que são tomadas e também propor e executar novas ações. Quanto mais gente melhor: a SAAU são os alunos e os alunos são a SAAU (piegas, mas verdadeiro)!. Venha participar de nossas reuniões que são sempre abertas! O jeito mais fácil de começar a participar da SAAU é aproveitando ao máximo da Semana do Calouro, que a Comissão da Semana montou com tanto cuidado pra você! Depois disso, é frequentando nossas reuniões ordinárias semanais.

Falando em reuniões e gestão, nos últimos anos a formação de chapa e eleição da gestão ocorreram no início do ano, com a participação dos calouros. Apesar de ser algo muito diferente dos anos anteriores (antes as formações e a eleição ocorriam no fim do ano), deu muito certo e, por isso, a gestão Canteiro 2017 decidiu manter essa data. Então fique atento! Logo após a semana do bixo teremos reuniões de formação e entre fevereiro e março faremos nossa eleição. Não perca essa oportunidade incrível de participar da SAAU e construir mais uma gestão!

MOVIMENTO ESTUDANTIL Na Universidade, ao prestar atenção, é possível se deparar com uma série de problemas e contradições que muitas vezes não imaginávamos existir quando estávamos do lado de fora. Isso exige reflexão acerca do nosso papel enquanto estudantes de uma universidade pública e de que papel ela deve cumprir com a sociedade. A partir do incômodo causado por essa reflexão, além de uma vontade incontrolável de mudar o que não achamos correto ou interessante para os rumos da educação, e ainda reconhecendo no outro inquietudes semelhantes, nos organizamos coletivamente em prol do que defendemos. A isso se dá o nome de Movimento Estudantil.

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Historicamente, o M.E. se organiza através de entidades estudantis, em diversos âmbitos. No campus da USP em São Carlos, temos Secretarias Acadêmicas (SA’s), que representam os estudantes de cada curso ou conjunto de cursos de uma mesma unidade (Escola/ Instituto), e também o CAASO (Centro Acadêmico Armando de Sales Oliveira), que centraliza as SA’s e representa a totalidade de alunos no campus. Também há o DCE (Diretório Central dos Estudantes), que representa todos os estudantes da USP. São nessas e em outras entidades autônomas que se debatem as diversas questões que tangem o movimento estudantil, além de posicionamentos e tomada de decisões e ações!

CAASO Fundado em 22 de abril de 1953 e nomeado em homenagem ao governador do Estado de São Paulo e criador da USP São Carlos - Armando de Sales Oliveira - o Centro Acadêmico do campus da USP de São Carlos, considerado um dos maiores centros acadêmicos da América Latina, mais conhecido apenas como CAASO, é o órgão máximo de representatividade dos alunos da graduação e tem a difícil tarefa de representar 22 cursos de graduação na USP de São Carlos. O centro acadêmico, apesar de ser administrado por uma diretoria eleita anualmente, é constituído pela totalidade do grupo de alunos, o que significa que agora VOCÊ TAMBÉM é o CAASO! Durante seus 66 anos de história, o CAASO fez muito pelos estudantes da USP São Carlos. Desde lutar contra a ditadura militar de 1964, que perseguiu estudantes e professores da USP, até organizar eventos e criar um espaço de convivência e organização para os alunos que é o prédio do CAASO.

O CAASO possui uma grande quantidade de grupos culturais dos quais você pode fazer parte. O Grupo de Som, a GAPeria (bateria), a Atlética CAASO, o FoCA (Grupo de fotografia) e a Companhia de Dança CAASO são alguns deles. O espaço físico, no centro geográfico do campus, possui um salão cultural que abriga atividades semanais como forró, dança de salão, capoeira e yoga, além de serviços

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terceirizados como a papelaria, o xerox e o Bar do Mário, e nosso amado Bandejão (que por sinal, foi ideia dos alunos e era tocado por eles, tinha até uma horta, mas em 2016 foi terceirizado e vem apresentando problemas, como falaremos depois).

Na parte externa fica o nosso palquinho, onde são realizadas festas, eventos culturais e assembleias. Nosso espaço físico é, além de tudo isso, um grande espaço de socialização dos estudantes, e é onde acontecem as reuniões do Centro Acadêmico, abertas à todos xs estudantes, todas as segundas-feiras, às 19h00, na salinha da diretoria.

Consideramos que é muito importante que os estudantes, de alguma forma, se relacionem mais com a sociedade ao seu redor e, por isso, a aquisição de uma carteirinha de Sócio-CAASO pode ser interessante logo no seu primeiro ano. Ela oferece uma quantidade grande de descontos e privilégios em alguns comércios conveniados de São Carlos e também cede descontos nas festas tradicionais que são realizadas todo ano. Além disso, elas são uma fonte de renda importante para o CA, ajudando-o a se manter financeiramente, também auxiliando a manutenção do Colégio CAASO, criado e mantido pelo CA, que oferece cursos de ensino médio, cursinho e supletivo gratuitamente e aulas de idiomas de baixo custo para membros da comunidade são-carlense, que inicialmente surgiu como um cursinho onde os alunos da USP davam aula e hoje tem um prédio próprio com professores funcionários e diretores contratados.

O CAASO teve importante participação na luta pela redemocratização do Brasil, posicionando-se sempre a favor da democracia e da não-violência, além da luta pelos direitos e respeito à liberdade. Durante a ditadura, foi o primeiro a entrar e o último a sair de greve! Possuía uma gráfica própria que foi responsável pela informação não-censurada que corria durante o período da ditadura. Acompanhe e apoie o CAASO, eles podem fazer muito por todos os estudantes do campus!

Atualmente, temas como a permanência estudantil, o apoio à luta dos funcionários

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por melhores condições de trabalho, defesa dos espaços estudantis, como o palquinho e o Colégio CAASO, a reestruturação financeira e administrativa do CAASO e o combate à liminar que proíbe a realização de eventos no campus têm sido algumas de nossas pautas.

É claro que fazer tudo isso não é fácil! Tudo isso custa muito dinheiro e trabalho dos diretores do CAASO. Hoje, por conta de alguns erros administrativos do passado e, especialmente, por conta da crise dos anos 80, o CAASO tem dívidas de origem tributária e trabalhista de tal modo que se tornou muito difícil quitá-la visto que atualmente equivale a cerca de 3,2 milhões.

Recentemente, o CAASO foi intimado a pagar sua dívida, caso contrário, há a possibilidade de perder todas as posses e seu CNPJ. Isso significa que toda a autonomia que o Centro Acadêmico tem, desde realizar eventos e ter uma sala até o própria existência colégio, seriam comprometidas. E quem perde somos nós, estudantes e todas as pessoas que usufruem de alguma forma de atividades do CAASO.

Por isso, foi criada a campanha financeira CAASO VIVE em 2018. [https://www.vakinha.com.br/vaquinha/salve-o-caaso] Venha você também ajudar a construir o seu Centro Acadêmico e garantir que os próximos anos dessa história sejam tão brilhantes quanto os últimos 66 anos!

Página: facebook.com/CAASO.USP Insta: caaso_armando

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MOVIMENTAÇÕES RECENTES Agora que você é oficialmente parte da USP, temos algumas coisas pra te contar e a maioria não é muito boa. Os últimos anos não foram muito fáceis. Desde a gestão do antigo reitor João Rodas, entre 2010 e 2014, a USP passou por muitos problemas, tais como cortes de verbas na área de permanência estudantil, falta de transparência e diálogo. O quadro se repetiu para o reitor Antônio Zago, responsável por tristes retrocessos em nossa universidade.

A permanência estudantil é central na vida de muitos dentro da universidade.

Permanência é tudo que a universidade tem que prover para que qualquer pessoa, rica ou pobre, possa se manter e ter condições de continuar estudando. Isso inclui o alojamento, auxílios moradia, o bandejão, bolsas, a creche, o ônibus entre as áreas 1 e 2 da USP São Carlos, etc. Com a crise financeira, os primeiros cortes são em políticas de permanência. Vale dizer que a “crise financeira” é algo alegado sem muito fundamento. Com a falta de transparência das contas da universidade, é difícil saber como o orçamento é administrado, sendo essa uma das mais importantes pautas do movimento estudantil: a abertura e transparência das contas da USP. Um exemplo forte desses cortes é a terceirização do nosso bandejão (o restaurante universitário), tanto na área 1, quanto na área 2 do campus de São Carlos, consequência direta da “crise financeira” da USP e do PIDV (Programa de Incentivo a Demissão Voluntária). O PIDV já foi usado anteriormente e é uma forma de cortar gastos e diminuir o número de funcionários, e funciona assim: funcionários concursados não podem ser demitidos, por lei; então, são incentivados a pedir a demissão, e em troca USP garante todos os benefícios como se ela estivesse demitindo, o que torna a proposta muito tentadora à funcionários mais antigos que estão cada vez mais sobrecarregados. Porém o programa, que vem acompanhado do congelamento de contratações, retira pessoas de onde elas são mais necessárias, como é o caso do bandejão, prejudicando o funcionamento de setores estruturais

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da universidade. Devemos entender também que esta é uma medida à curto prazo, já que o salário de um terceirizado é em média 25% menor que o do contratado.

Em 2015 a situação do bandejão aqui de São Carlos estava bem tensa. Poucos funcionários para muito trabalho, o que tornava inviável o bom funcionamento do restaurante, em muitos sábados o restaurante sequer abria para os alunos. Diante dessa situação, na iminência da terceirização, os alunos ocuparam a prefeitura do campus exigindo melhorias para a questão do bandejão, e o não prejuízo a nenhum funcionário. A ocupação durou pouco mais de duas semanas e terminou com a assinatura do termo de desocupação pelo então presidente do Conselho Gestor, Carlos Martins. Contudo, durante o período de férias, entre 2015 e 2016, o reitor Marco Antônio Zago implementou a terceirização do restaurante universitário, desrespeitando todas as pautas e compromissos acordados durante a ocupação.

Em 2016 a movimentação se deu em prol das creches da USP. As creches existem em diversos campi e em São Carlos foi fundada em 1985 por reivindicação das funcionárias. Em 2005 passou a ser entendida como permanência estudantil, o que representou uma grande vitória para as mães e pais estudantes. Referência em pesquisa na área de educação infantil, as creches são de grande importância para servidores, mães e pais estudantes e para a comunidade. Porém, desde 2015 a creche não abria novas vagas, e enquanto os servidores que não conseguissem vagas para seus filhos recebiam auxílio financeiro da universidades, pais e mães estudantes de graduação e pós-graduação não tinham direito nenhum, e muitos abandonaram seus estudos para cuidar de seus filhos por tempo integral. Outra reivindicação era a questão dos profissionais das creches. Caso a unidade fechasse, professores e professores seriam remanejados para qualquer outro setor que precisasse de funcionários, desconsiderando sua formação. Diante desse quadro foram organizadas as mais diversas mobilizações: reuniões com diretores, atos, greves estudantis, e negociações. No final de 2016 foi aprovado pelo conselho universitário uma regra que obriga a reitoria a “preencher as vagas ociosas no

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limite da capacidade das creches”. Ainda sim, essa regra ainda não foi totalmente cumprida, e devemos seguir na luta por permanência.

Em 2017 as coisas não melhoraram, pelo contrário, ficamos diante de uma situação de escancarada negligência e silenciamento dos estudantes, retaliações diretas à institutos, professores, alunos e funcionários.

O alojamento de da USP São Carlos é o único, entre todos os campi, que funciona a partir de uma auto-gestão, chamado Território Livre, isto é, a seleção de moradores, a organização do espaço, o estabelecimento de regras dentro da moradia, tudo isso é feito pelos próprios estudantes que ali residem. Isso impede que pessoas que não precisam realmente de auxílio ocupem vagas de estudantes dependentes do programa de permanência.

Contudo, a manutenção do espaço do aloja (como é carinhosamente conhecido por todos) tem sido ignorada pelo prefeito do campus, em outra palavras, coisas básicas como a troca de chuveiros, lâmpadas, manutenção dos sistemas hidráulicos dos banheiros, não têm acontecido, além da superlotação dos quartos, feitos para dois estudantes, hoje todos os quartos têm em média de três à quatro moradores, tornando toda a situação muito desconfortável. Além disso, em 2017 o prefeito do campus manifestou interesse em acabar com a auto-gestão, tendo apoio da reitoria para isso. Visando reverter essa situação, moradores e demais estudantes se mobilizaram e ocuparam a prefeitura. Essa ocupação durou quase duas semanas e, depois de muita negociação e um mandato judicial de saída (que significa nada mais nada menos que “se vocês não saírem por livre e espontânea vontade, serão retirados à força”), os estudantes deixaram a prefeitura sob a promessa de melhorias para o aloja e um acordo de que nenhum aluno seria penalizado pelo ato.

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Passado algum tempo, cerca de três semanas, 9 alunos receberam a notificação de um processo de sindicância, aberto pelo próprio reitor Antônio Zago, sob a acusação de desrespeitar a moral e os bons costumes da USP.

Art. 5º - É dever dos membros da Universidade: I - observar as normas deste Código e os postulados éticos da Instituição, visando manter e preservar o funcionamento de suas estruturas, o respeito, os bons costumes e preceitos morais e a valorização do nome e da imagem da Universidade; Um processo de sindicância equivale à um processo de expulsão, o qual se for aprovado, o aluno é expulso e impedido de prestar exames que o reinserem no sistema da USP, ou seja, não podem prestar qualquer tipo de vestibular ou processo de seleção. Temos aqui mais um exemplo de desrespeito para com os alunos e tudo o que havia sido acordado anteriormente. Cabe ressaltar que esses 9 processos que foram abertos são uma forma de silenciar e amedrontar a comunidade estudantil.

Dentre esse 9 alunos, 3 são estudantes do IAU, o qual manifestou apoio aos estudantes. Perante essa ação, muitas verbas foram cortadas do nosso instituto, inclusive a reforma que aconteceria a partir do segundo semestre do ano passado.

Coincidência não?

Não se sabe ao certo em que pé andam estes processos, pois depois de muitas campanhas por todos os campi a favor dos alunos, os processos foram congelados.

Mas ao que tudo indica, por meio de algum jogo jurídico, o reitor conseguiu reabrir os processos, e como a USP é quase um território a parte do país, pouco se sabe desses processos, as mesmas leis não valem para esta instituição de ensino.

Ainda na linha de represália, desde 2013 existe uma liminar (ordem judicial provisória) que proíbe a realização de eventos não acadêmicos dentro do campus da

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USP São Carlos. Isso impede a realização de confraternizações e eventos que sejam acessíveis para todos os estudantes e também para a comunidade de São Carlos. Os dirigentes do campus já haviam se comprometido a lutar contra a liminar, mas até hoje não conseguimos derrubá-la. E ano passado durante um palquinho ( uma festa que rolava a cada 15 dias lá no palquinho do caaso, aberta para todos os estudantes, sem cobrar ingresso, sempre com uma atração legal. Sdds palquinho), que estava bem cheio, com pessoal da USP, da UFSCar e da comunidade São Carlense, entraram no campus para acabar com esse evento, nada mais nada menos que a POLÍCIA MILITAR. Não há uma lei que realmente proíba a entrada de policiais militares dentro dos campi, mas a relação entre universidades e a polícia é realmente muito polêmica e gera um desconforto muito grande, já que a ação desses policiais está intimamente ligada à repressão. Desde então nunca mais aconteceu um palquinho, e qualquer outro evento que acontece no campus deve, no mínimo, ter a aprovação de um diretor através de um ofício. Dentro do nosso instituto não é muito diferente. Os espaços dos ateliês, que antes eram abertos para toda a comunidade da USP, hoje são de direito quase que exclusivamente dos alunos de arquitetura. Estudantes de outros institutos ou campi podem sim utilizar os espaços, mas só depois de muita burocracia, cartas, ofícios, e assinatura de diretores. Isso é parte de um processo de restrição dos usos dos espaços do campus. É uma forma de limitar as relações entre alunos, professores e funcionários, é mais que isso, é um mecanismo de silenciamento e privatização.

Em 2018 o mandato de Zago se encerrou, e Vahan Agopyan e Antonio Carlos Hernandes tomaram posse como novos reitor e vice-reitor para o mandato de 2018-2022. Porém, o alinhamento político desta chapa não difere muito dos últimos reitores, nos mantendo assim sem muitas perspectivas de melhorias. Vale lembrar que a escolha do novo reitor é feita, exclusivamente, pelo então governador do estado, Geraldo Alckmin. Alunos, professores e funcionários têm voto apenas para efeito de consulta, não temos peso nenhum na escolha.

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Todo esse processo que ocorre nas mais diversas instâncias faz parte do grande projeto de privatização e elitização da Universidade Pública. Temos que nos perguntar qual a universidade queremos e, a partir disso, consolidar a luta.

Queremos uma universidade a qual todas e todos têm acesso, independente de cor, classe social, gênero ou orientação sexual ou uma universidade que caminha para a privatização? Vamos questionar o espaço no qual estamos, debater os processos dos quais somos parte. 2019 nos aguarda para resolver todas essas questões e a luta precisa da coletividade unida! Procure a SAAU para se informar mais sobre os temas e vamos em conjunto lutar por uma universidade melhor, mais justa e mais acessível! Esse ano não vai ser fácil, mas junto a gente consegue!!

O IAU, O CURSO E A PROFISSÃO DE ARQUITETO Ela tem ritmo, conta histórias e causa sensações únicas. A ideia de composição musical se aproxima bastante da arquitetônica. Na maioria das vezes, não como geração criativa, mas como uma laboriosa construção de ideias. No entanto, fazer Arquitetura e Urbanismo deve também associar o pensamento social à construção da cidade. O projeto arquitetônico não se relaciona apenas a questões estéticas, mas também a aspectos sociais, ambientais e urbanísticos. Não vale a pena tentar definir o que é arquitetura ou o papel de um arquiteto aqui neste manual. São respostas complexas e lentamente compreendidas, mas que devem aparecer pra você como uma das questões principais do primeiro ano.

O curso de Arquitetura e Urbanismo da EESC foi fundado há mais de 30 anos, e há 9 anos deixou de ser um departamento da Escola de Engenharia para se tornar o Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP, o que na prática se traduz em maior autonomia na tomada de decisões internas da nossa unidade. Por conta dessas mudanças, órgão colegiados tiveram de ser rapidamente criados e novas burocracias surgiram naturalmente, o que nos coloca em um período de adaptação e reajuste de alguns pontos estruturadores do funcionamento do Instituto. Na onda dessa adaptação, a já antiga necessidade de reformular o curso de graduação surgiu oportunamente (falaremos sobre a Renovação do Curso adiante).

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Atualmente, o curso é estruturado em quatro eixos, sendo eles: Linguagens e Representação, Projeto, Tecnologia e Teoria e História. Os quatro eixos são desenvolvidos paralelamente durante os quatro primeiros anos do curso. O último ano, desse modo, fica dedicado ao estágio obrigatório e ao TGI - Trabalho de Graduação Integrado - a fronteira final do estudante de arquitetura, responsável por tirar o escasso sono de muita gente (mas não se preocupe com isso agora!). Há também uma quantidade mínima de disciplinas optativas que, apesar do nome, são obrigatórias, mas quem escolhe quais serão feitas é o próprio aluno.

A cereja do nosso bolo fica com as maravilhosas viagens didáticas e a dica é: viva elas intensamente! Os destinos são São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Rio de Janeiro, distribuídas do primeiro ao quarto ano do curso. Até 2013, as viagens para Minas Gerais e Rio de Janeiro ocorriam no segundo ano, cada uma em um semestre.

Porém, como processo de renovação do curso, a viagem do Rio de Janeiro foi tirada do segundo ano e deixada apenas para o quarto (no quarto ano o destino a ser escolhido é livre, porém por muitos anos esse destino foi o Rio, o que foi usado como argumento pelos professores à não necessidade desta viagem no segundo ano). Os alunos consideram como uma perda muito grande não realizar essa visita ao Rio de Janeiro no segundo ano, e incentivam a luta pela volta desta viagem, importante para a compreensão de muitos dos conteúdos em que temos contato neste ano.

SEMANAU A “Semana de Arquitetura e Urbanismo” (SEMANAU) é uma atividade extracurricular do curso de Arquitetura e Urbanismo do IAU, organizada pelos alunos da graduação e da pós-graduação do Instituto, e que consiste no conjunto de palestras, debates, workshops, práticas projetuais, oficinas e outros exercícios que promovam a integração, a troca de experiências, conhecimentos e habilidades entre alunos dos diferentes anos, professores e profissionais de diversas áreas.

Em 2017 a SEMANAU definitivamente se consolidou tanto para o instituto como para os alunos. Com o tema “entre o domínio e a subversão”, a terceira edição da SEMANAU teve grande número de inscrições, inclusive de estudantes de outras

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universidades, como da Unicep, universidade privada de São Carlos. Além da presença de importantes palestrantes, e muitas oficinas, para todos os gosto.

Já em 2018, o quadro foi diferente e as atividades da SEMANAU ficaram por vezes esvaziadas, demonstrando pouco interesse e apreço com esse espaço conquistado.

Em 2019, espera-se maior adesão e comprometimento por parte dos alunos e dos docentes, de modo a fortalecer a autonomia e valorizar o trabalho dos estudantes que organizam o evento.

A Semana, se propõe complementar a formação dos estudantes como arquitetos e urbanistas, explorando temas pertinentes à atuação e ao papel profissional mas que não são abordados pelo curso, ou o são de maneira pouco aprofundada.

Durante o ano, como forma de arrecadar dinheiro para a semana, realizam-se bazares e o famigerado tostex! A fila fica uma loucura, até porque as comidinhas ficam no corredor nos dias das aulas de projeto, terça e quinta-feira. Além disso, é durante o ano inteiro que a Semana é planejada, discutida e estruturada, então basta buscar a página no facebook ou entrar em contato com algum veterano pra saber como participar ativamente de mais essa experiência coletiva do nosso instituto.

ARRAIAU (FESTA JUNINA DE AGOSTO) A Festa Junina da Arquitetura era uma festa tradicional da cidade: por ser a última festa junina da região, realizada em agosto, era muito bem frequentada por estudantes do CAASO e da UFSCar e moradores de São Carlos. Chegava a reunir cerca de 5 mil pessoas e ocorria no gramadão. Porém, com a liminar que proíbe eventos no campus, por três anos esta tradição se perdeu. Foi só em 2015 que houve um esforço dos alunos em retomá-la – principalmente os alunos do primeiro ano e da SAAU. Assim, depois de meses de organização, conseguiu-se fazer uma festa maravilhosa e cheia de alegria. Em 2018 essa festa foi um sucesso, a cada ano aparecem mais e mais pessoas. A sensação foi de dever cumprido e espera-se que a tradição continue e a festa só cresça e reviva nosso espaço.

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A organização funciona assim: os alunos do 1º ano ficam responsáveis pela decoração e brincadeiras. Todo ano acontece o bingo, o pessoal adora e sempre pedimos uma ajudinha para conseguir prêmios. No último ano a Atlética cedeu um kit tusca. É sempre a brincadeira que mais fez sucesso, mas também rolou boca do palhaço, argola, cadeia e correio elegante; o 2º ano fica responsável pelos salgados e é a barraca mais frequentada; o 3º é responsável pelas bebidas quentes e frias.

Haja coragem pra beber coisas quentes no agosto calorento de São Carlos; o 4º ano fica com os doces; o 5º e pós ajudam naquilo que for preciso, e normalmente o segundo ano é a barraca mais necessitada. Já estamos super ansiosos para o ArraIAU de 2019!

SÃO CARLOS A cidade de São Carlos conta com um amplo cenário cultural composto por cinema, teatro, festivais, bares e eventos organizados pelo SESC, pela Ufscar e pelo CAASO. Localizado no centro da cidade, o Cine São Carlos possui uma boa seleção de filmes e preços razoáveis para estudantes. Se a preferência para um programa cultural for peças de teatro, podem ser encontradas no Teatro Municipal de São Carlos, no teatro do SESC ou no Centro Cultural da USP. Todos oferecem atrações cênicas e musicais. O professor Ruy Sardinha Lopes geralmente deixará a sala a par das apresentações em cartaz. Além do teatro, o SESC oferece também exposições de artes plásticas, fotografia, mostras de cinema e oficinas. Esses eventos também serão muito provavelmente indicados pelos seus futuros professores. Mas, para não correr o risco de perder algum acontecimento, consulte a programação que os espaços divulgam (pelo guia mensal do SESC ou pelo facebook do Centro Cultural) e se organize para frequentá-las.

Responsável por fomentar o cenário cultural de São Carlos e região, o Festival CONTATO é realizado anualmente por projetos da Ufscar e diversos grupos culturais parceiros, e tem como objetivo desenvolver integração em torno de atividades artístico-culturais. Em 2016 artistas de peso estiveram presentes, como Liniker, As Bahias e a Cozinha Mineira e Baiana System. Nos anos seguintes, devido à dificuldades financeiras e pouco apoio do poder público, o festival não aconteceu,

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mas esperamos que isso mude em 2019 e que você, bixin de tudo, também se apaixone por esse festival maravilhoso que se abre para toda São Carlos.

Além desses festivais, a Ufscar e o CAASO organizam os conhecidos Palquinhos; eventos abertos para os estudantes e para moradores da cidade. Ultimamente os palquinhos têm passado por dificuldades, e desde do fim do primeiro semestre de 2017 não aconteceram mais palquinhos no CAASO. Na UFSCar já faz mais do que isso, cerca de um ano e meio sem palquinho. Com a restrição da entrada de pessoas e proibição do consumo de bebida alcoólica nos campi, e a proibição de qualquer confraternização que veio junto com a liminar, é muito mais difícil realizar esses eventos. Porém é muito importante que não se deixe morrer essa tradição, já que são lugares de intercâmbio de pessoas, ideias e vivências. Vamos torcer para que em 2019 possamos reverter essa situação.

Mas, se a vontade é de um barzinho/balada, o lugar é o Vale Bar. Lá, as quartas-feiras você pode cantar no karaokê por apenas 2 reais, e você encontra os mais diversos tipos de festa, e de vez em quando, bandas e artistas muito legais.

Além disso, também temos as festas em Repúblicas e tem de tudo: rolê mais trash com open de bebida bem barata, tem festa temática, tem festa de 5 reais que você leva a sua bebida. Tem para todo mundo, para todos os gostos.

Ainda, se a vontade é rolê de comida, recomendamos o Burguer Joint, hamburgueria que faz sucesso entre os universitários, que fica próximo à praça dos pombos; na praça quinze, temos o Kamzu e a Hamburgueria São Carlos; e o mais esperado,uma vez por ano temos o festival Matsuri, o festival japonês na praça do mercado, vale a pena conferir.

MODOS E MEIOS DE MORAR Uma das maiores dúvidas que surgem quando mudamos de cidade para fazer faculdade é: onde morar? E nós podemos ajudá-lo com isso. O campus 1 é popularmente conhecido por 4 saídas: da Arquitetura, da Matemática, da Física e da Produção, e é por elas que você pode começar a se localizar para encontrar uma

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moradia. As saídas são mais ou menos próximas da Arquitetura. Uma dica é escolher um lugar que se adeque às suas vontades e ao seu bolso.

A saída da Arquitetura é a mais próxima do local onde você estudará. Próximo a ela você pode contar com um número suficiente de supermercados, lanchonetes, restaurantes, bares e ponto de ônibus. Apesar disso, essa é a saída mais afastada do centro da cidade, o que pode ser uma desvantagem em alguns casos. Por aqui há grande concentração de repúblicas estudantis.

Já a saída da Produção é possivelmente a mais distante do prédio da Arquitetura, mas é a que conta com a melhor estrutura de comércio. Localiza-se no centro da cidade e por isso é um dos locais de mais fácil acesso a padarias, escolas de idiomas, farmácias, supermercados, consultórios médicos, bancos, etc. Por aqui, você encontra apartamentos maiores, antigos mas bem conservados, ideais para se dividir com alguns amigos.

A saída da matemática carece de pontos de comércio próximos, mas fica a alguns quarteirões da Avenida São Carlos, o que ajuda nessa procura. Esse ponto em alta concentração de pequenos apartamentos de quarto único direcionados a estudantes, e que costumam ter um preço mais alto em relação às outras saídas.

Também possui uma considerável concentração de Repúblicas.

Já a saída da Física é conhecida como a saída mais perigosa para quem transita por lá durante a noite (na parte murada da USP, principalmente), mas as instalações são de boa qualidade e os preços razoáveis. Pra quem mora ali, a concentração de pontos comerciais mais próximos coincide com os da saída da Arquitetura (na Av. Miguel Petroni).

Conhecidas as localizações de moradias próximas à Universidade, precisamos falar sobre os modos de morar. Você pode morar sozinho, dividir um apartamento com uma ou mais pessoas ou morar em repúblicas. A verdade é que em qualquer uma dessas opções você terá consequências boas e ruins.

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Morar sozinho é bom porque o espaço é só seu e você pode mantê-lo como quiser.

No entanto, pode sentir falta de alguém para conversar nas horas de descanso, de companhia para os horários de refeições e alguém para desabafar nos momentos de crise. A maioria das residências individuais não é mobiliada, o que acaba gerando a necessidade de despender uma grana com eletrodomésticos e móveis. Além de você sempre precisar se virar sozinho para a faxina.

Dividir um espaço com uma ou mais pessoas (como numa pequena república) pode ser uma boa ideia se você gosta de companhia, mas deve levar em conta a necessidade de respeitar os limites daqueles que moram com você. É importante fazer acordos para a organização da casa e que definam o espaço de cada um, sem frescura e sem grilo! Também há a opção de morar em uma república maior, que geralmente fica em uma casa grande, chegando a ter um grande número de pessoas. Apesar da agitação constante desses lugares, é uma ótima maneira de fazer amigos pra toda a vida e viver uma experiência que você dificilmente viverá em outra época.

Há também a opção de morar no Alojamento da USP. Situados dentro do Campus, é uma alternativa para quem não tem condições financeiras para bancar uma moradia.

Caso você escolha morar no alojamento, tente falar com alguém do alojamento (ou peça que alguém te indique uma pessoa de lá) o quanto antes, logo no dia da matrícula. Normalmente, ninguém fica sem lugar por lá!

Página do Aloja: facebook.com/AlojaUSPsaocarlos ENCONTROS DE ARQUITETURA E FENEA A FeNEA (Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo) é uma entidade sem fins lucrativos, sem filiações partidárias, livre e independente dos órgão públicos ou privados, congregando mais de 80.000 estudantes de arquitetura em mais de 305 entidades de ensino superior em todo o Brasil. Como união dos estudantes da área, todos os centros, diretórios, grêmios ou secretarias acadêmicas são responsáveis pela federação quanto por qualquer estudante. A Federação é dividida em cinco regionais: Sul, Leste, São Paulo, Centro, Nordeste e

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Norte. A nossa regional é a São Paulo, a mais populosa, agregando 89 universidades.

Para organizar e colocar todas as faculdades em comunicação, cada regional realiza seus conselhos (CoREA - Conselho Regional de Entidades Estudantis de Arquitetura e Urbanismo) discutindo o andamento e posicionamento da Federação, levando o resultado para o CoNEA (Conselho Nacional de Entidades Estudantis de Arquitetura e Urbanismo).Entre os vários trabalhos e projetos da FeNEA os mais conhecidos são os EREAs (Encontro Regional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo) e ENEAs (Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo). Nesses espaços estudantes de todo o Brasil se reúnem para tomar cerveja (e porque não?), fazer oficinas, assistir palestras, tomar mais cerveja, participar de workshops e - logicamente - festas. O encontro que é realizado pelos próprios estudantes e é uma das únicas oportunidades de conhecer a galera de outra faculdade, bater um papo e fazer muitas amizades!

Em São Carlos já aconteceram três EREAs, seguindo uma tradição de acontecer a cada 7 anos. Em 2018 ocorreu o último EREA em São Carlos, o Carlão, organizado por estudantes de vários anos no IAU e sediado no Parque do Bicão - parque que aliás, todos devem conhecer em algum momento da graduação. E o calendário de encontros não termina por aqui, fique de olho pelo facebook e junta uma galera para ir nos EREAs e no ENEA. E se você pedir do jeito certo, o instituto costuma dar uma ajuda com gastos, principalmente na questão do transporte. Para esse ano o ENEA Siará já foi, mas ainda tem muito encontro nesse ano, e você pode escolher quantos quiser, só não vale falar que não sabia!

ENEA SIARÁ - CE (NACIONAL)

facebook.com/eneasiara

EREA PIRI - GO (REGIONAL CENTRO)

facebook.com/ereapiri2019

EREA GRANDE PORTO - (REGIONAL SUL)

facebook.com/erea.sul

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EREA RAÍZES - SE (REGIONAL NORDESTE )

facebook.com/erearaizes

EREA RP - SP (REGIONAL SÃO PAULO)

facebook.com/erearp19

EREA FRONTEIRAS - RO (REGIONAL NORTE)

facebook.com/ereafronteiras

EREA REGÊNCIA - ES (REGIONAL LESTE)

facebook.com/ereareg19

Página FeNEA: facebook.com/fenea.br EXTRA CURRICULARES E COLETIVOS

Coletivo de Negras e Negros do CAASO Você já percebeu que a grande maioria dos estudantes da USP é branca?

Esta diferença não está presente apenas dentre os estudantes, ela se repete, e agrava, entre os professores da universidade. Temos que nos questionar sobre esta situação, pois 52% da população brasileira se autodeclara negra. Assim, por que a universidade também não tem esta composição racial? O Coletivo de Negras e Negros do CAASO convida todas e todos os estudantes negros do campus a participar de nossos encontros, de forma a debater e compartilhar nossas vivências enquanto pessoas negras, nos apropriar sobre a questão racial e trabalhar este tema com as demais pessoas do campus. Entre em contato através do facebook: Página: facebook.com/coletivoelzasoares Coletivo de Mulheres CAASO Coletivo auto-organizado e político de mulheres do CAASO, desde 2009 lutando contra o machismo no meio universitário e focando na realidade do nosso campus.

Suas ações vão desde intervenções no CAASO e no campus, até rodas de debate, eventos com mesas e apresentações de música, reuniões de planejamento e de formação, campanhas de empoderamento e de denúncia, além de posicionamentos acerca dos eventos da vida universitária, como o TUSCA. Convidamos a todas as

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mulheres do campus a somar conosco na luta, com o poder da sororidade feminina somos capazes de mudar ainda mais a realidade de um campus machista e crescer como mulheres e cidadãs. Nossas reuniões são às segundas-feiras às 18h na salinha dos coletivos dentro do Salão de Jogos do CAASO. Página: facebook.com/coletivomulherescaasoufscar Coletivo Nuances O Nuances, Coletivo de Diversidade Sexual e de Gênero do CAASO, tem como propostas combater as opressões dentro do campus, através do debate e empoderamento, para transformar o ambiente universitário em um local mais acolhedor para LGBTs. O Nuances possui um grupo auto-organizado* no Facebook.

Através dele, marcamos atividades e reuniões periódicas, nas quais discutimos diversas pautas e realizamos formações. Caso deseje fazer parte, mande uma mensagem para a página! *Ser auto-organizado significa que o grupo é composto apenas por indivíduos LGBT+. Isso é feito para garantir a segurança e evitar a exposição de membros.

Página: facebook.com/nuancescaaso Campanha USP do Agasalho A Campanha do Agasalho dos Alunos da USP de São Carlos é um projeto social voluntário, organizado por estudantes com a finalidade de auxiliar a comunidade carente de São Carlos através da doação de agasalho e atividades sociais. Tendo arrecadado quase 50 mil peças de roupa em 2017! Participando, os membros se desenvolvem e incorporam aspectos como liderança, organização e trabalho em equipe. Por meio de visitas e atividades sociais, visa diminuir a distância entre a universidade e a comunidade, aproximando todas as pessoas envolvidas com o projeto, de forma a gerar um impacto social positivo para todos.

Página: facebook.com/campanhadoagasalhouspsc

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Sanca Social A Sanca Social é uma entidade gerida por universitários de São Carlos que tem como ideal ser a ligação entre estudantes e sociedade. Nossa missão é contribuir para o desenvolvimento social da comunidade são carlense por meio de projetos e ações que mobilizem, conscientizem e aproximem os estudantes e a sociedade.

Página: facebook.com/sancasocial

ECON - Equipe de Concreto USP/São Carlos A Equipe de Concreto EESC-USP é um grupo dedicado a estudos e desenvolvimento em concreto voltado a participação no Congresso Brasileiro de Concreto, e está aberto para alunos de diferentes cursos, principalmente da Arquitetura.

Página: facebook.com/econeescusp

Operação Natal A Operação Natal (OPN) é um projeto de extensão da UFSCar e da USP São Carlos, agrupando voluntários dessas duas universidades. Com a missão de contagiar as pessoas, criando laços e gerando impacto altruísta na sociedade, promove-se durante o segundo semestre ações voltadas para ajudar instituições carentes da cidade. Foi criado em 2006 no PET da Produção da UFSCar. Atualmente, após 12 anos de crescimento contínuo, o projeto de extensão é sólido e tem conquistado grande reconhecimento perante os moradores da cidade e instituições parceiras.

Página: facebook.com/operacaonatalsc

CVU - Centro de Voluntariado Universitário O CVU (Centro de Voluntariado Universitário) é uma associação sem fins lucrativos, de caráter não-religioso e não-político, fundada em Abril de 2011, em Ribeirão Preto, composta por estudantes e professores universitários. A finalidade do CVU é fomentar o trabalho voluntário no meio acadêmico por meio de ações voluntárias, vagas de vivência e eventos. Para conhecer mais sobre o CVU, acompanhar as ações e se tiver interesse em participar do grupo ou saber mais, entre em contato conosco pela página no Facebook, onde divulgamos futuras ações e também fotos e agradecimentos de ações já realizadas.

Página: facebook.com/cvusc

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PIZZADA Pizzada é a festa mais tradicional da arquitetura. É um momento de integração com os outros anos, de comer os sabores de pizzas mais inusitados que você já viu (pizza de presunto com leite condensado, de rúcula com brigadeiro ou uma x todos os ingredientes que estiverem pela frente!), e de se acabar de dançar músicas que vão desde o indie até o pagodão. A tradição é em toda semana do calouro, os veteranos diretos, neste caso a 018, fazerem uma pizzada para os que estão entrando, e como forma de contribuição, na segunda semana de aula vocês, 019, fazem sua primeira pizzada. Na primeira pizzada você se junta com toda a sua sala para fazer massa de pizza e daí saem mil histórias e aprendizados. E pra ajudar vocês, nós fizemos aqui um manual de como fazer uma pizzada, para facilitar a vida e não deixar morrer essa tradição.

Existem algumas regras básicas para rolar uma pizzada: encontre alguém com carro para fazer os corres; encontre alguém mão-de-vaca, com bom senso, e que saiba pechinchar para fazer as compras; encontre alguém persistente para acender o forno; não vise o lucro, porém tome cuidado com o prejuízo; sempre é cobrado o valor de R$5 pizza open, para ser um role acessível a todos.

Onde comprar A maioria dos ingredientes você encontra nos atacados de São Carlos: Tonin, Makro ou Tenda. No Tonin o gerente já é nosso parça e sempre nos dá desconto (é só ir na salinha que tem à sua esquerda quando você entra no supermercado e conversar com ele); no Makro tem que fazer cadastro, mas é coisa de 5 minutos e um rg, porém lá, dizem eles, os preços já tem desconto e não dá mais pra abaixar o preço; o tenda é sua última opção.

O melhor lugar para comprar os frios é no HS Frios, lá você consegue tudo ralado e de uma qualidade ótima, e fica na avenida São Carlos, ao lado do Tiquinho. O Tiquinho inclusive é ótimo para comprar as coisas doces, lá o leite condensado é mais barato.

A lenha é comprada sempre na Bom Pedaço, uma pizzaria parça também, onde o pizzaiolo até nos ensinou como se monta o forno. Mas também existem outros lugares, caso eles não estejam disponíveis. O melhor nesse caso é procurar a galera que fez a última pizzada e se informar com eles.

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Montagem do forno Após inúmeras técnicas e tentativas frustradas, finalmente alguém nos ensinou como se monta um forno de verdade, e vamos compartilhar aqui com vocês: as lenhas são colocadas em grelha, em três camadas, no fundo do forno. Embaixo da grelha, você coloca um papelão encharcado de álcool (pode ser o de limpeza, o em gel para churrasqueiras ou em último caso álcool de posto) e coloca fogo. A lenha demora para ficar em brasa, e se o fogo estiver apagando, utilize as técnicas de desespero: encharcar papéis higiênicos de banheiro com óleo e álcool e alimentar o fogo com ar. O importante é ter persistência e começar cedo. E também, as lenhas não podem molhar nem um pouquinho, senão já era.

Ingredientes e quantidades:

Ingrediente

Quantidade

Observação

Massas

100

façam massa caseira, dá trabalho mas é muito mais gostosa, saudável e barata

Queijo

6 kg

compre ralado para poupar trabalho

Presunto

3 kg

compre ralado para poupar trabalho

Calabresa

1 pacote

compre fatiada para poupar trabalho

Molho de 2 pacotes de 2 kg Tomate

Milho

1 lata grande

Ervilha

1 lata pequena

Azeitona

2 pacotes

sem caroço porfa

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Cebola

1,5 kg

Tomate

2 kg

Catupiry

1 pacote grande

catupiry original, pfvr nunca te pedi nada

Brócolis

1 kg

congelado já vem picado, limpo e cozido

Beringela

4 unidades

os vegetariano pira

Rúcula

2 maços

Goibada

2 pacotes pequenos

Manjericão

Leite 6 caixas Condensado

compre de itambé para cima; use 4 caixas para fazer brigadeiro, as outras para pizza de banana; o leite condensado queima se for ao forno, então esquente apenas a massa e depois coloque ele

Banana

uma dúzia

Orégano

1 pacote grande

Papel Toalha muito

aqueles de banheiro são os que mais rendem - compre 2 pacotes; O papel toalha normal não rende tanto e é mais caro, compre 6 rolos

Lenha

lenhas mais finas queimam

20 toras

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Receita Massa de Pizza (Vegana): Ingredientes - 1/2 kg de farinha de trigo - 250 ml de água - 100 ml de óleo - 1 saquinho de fermento biológico em pó (10g) - 1 colher (de café) de açúcar - 1 colher (de café) de sal - Farinha para abrir a massa

Modo de Fazer: 1. Dissolva o fermento na água morna.

2. Junte o óleo, o sal e o açúcar.

3. Vá adicionando a farinha e trabalhando com as mãos até obter uma massa homogênea.

4. Caso necessite de mais farinha, pode colocar até não grudar mais na mão.

5. Trabalhe esta massa por uns 15 min. ou até ficar lisa e soltando bolhas de ar.

6. Deixe descansar por uns 40 minutos, coberta com um pano.

7. Estique as pizzas, coloque em formas untadas, e leve ao forno pré aquecido por 15 minutos para pré assar, de 15 a 20 minutos em temperatura alta. Faça furinhos com garfo na massa antes de colocar no forno, para não formar bolhas enquanto assa.

Observações: o fermento biológico em pó é mais barato que o fresco. Sempre utilizamos fermento biológico em pó da Dr.Oetker, quem vem 10g por saquinho.

Cada receita rende 4 massas, então para fazer 100 massas, 25 receitas.

As massas demoram em torno de 6h para ficarem todas prontas e é um processo cansativo, então recomenda-se fazer-las um dia antes e deixar na geladeira até o dia da festa.

Depois de todo esse corre, é só alegria! Partiu comer pizza até não dar mais!

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DICIONÁRIO DE SIGLAS

EESC - escola de engenharia de sao carlos IAU - Instituto de Arquitetura e Urbanismo CAASO - Centro Acadêmico “Armando de Sales Oliveira” SAAU - Secretaria Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo CG - Comissão de Graduação CCex - Comissão de Cultura e Extensão CTA - Conselho Técnico Administrativo TGI - Trabalho de Graduação Integrado FeNEA - Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo EREA - Encontro Regional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo ENEA - Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo COREA - Conselho Regional de Entidades Estudantis de Arquitetura e Urbanismo CONEA - Conselho Nacional de Entidades Estudantis de Arquitetura e Urbanismo CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo ABEA - Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura GRUPOS NO FACEBOOK Alunos IAU-USP Moradia e Mobília Federal/CAASO CAASO UFSCar

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