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NEUROMODULAÇÃO
1- O que é neuromodulação?
O termo neuromodulação remete ao processo de regulação dos níveis de atividade de neurônios ou circuitos neuronais com objetivos específicos. As técnicas de neuromodulação diferenciamse da ação bioquímica nos sistemas neurotransmissores promovidos pelos psicofármacos, bem como dos processos psicoterápicos, conforme o Tratado de Psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria (2022).
A neuromodulação pode ser definida como a alteração da atividade dos nervos, por meio de estímulos direcionados a áreas neurológicas específicas do organismo. Também chamada de neuroestimulação, é um tratamento que, por meio da aplicação de estímulos eletromagnéticos diretamente na área nervosa, altera e corrige desequilíbrios no nível de atividade cerebral e nervosa – característicos das disfunções neurológicas. Com o equilíbrio reestabelecido, promove a melhora de sintomas e/ou retarda a evolução de disfunções neurológicas, psiquiátricas e suas respectivas repercussões orgânicas. Com um escopo terapêutico amplo e melhorias contínuas na biotecnologia, a neuromodulação vem apresentando um crescimento considerável, com resultados rápidos, eficazes e com comprovações científicas.
2- Como a neuromodulação
funciona?
O desempenho adequado do cérebro se dá pela ação dos nervos e do funcionamento correto das vias neurais. Muitas doenças e transtornos alteram o comportamento dos nervos e/ou prejudicam o funcionamento dessas vias e por meio da modulação destes nervos ou vias neurais, é possível diminuir os sintomas ou até mesmo recuperar funções perdidas por conta das alterações. recurso de alívio da dor crônica, que de fato é sua indicação mais comum. No entanto, os dispositivos e tratamentos de neuromodulação estão mudando a aplicabilidade em vários outros sentidos. Atualmente, eles afetam praticamente todas as áreas do corpo e tratam quase todas as doenças ou sintomas, podendo estimular uma resposta onde não havia responsividade anterior.
O que a neuromodulação faz, em suma, é alterar o funcionamento dos neurônios e melhorar o tráfego nas vias neuronais por meio de estímulos localizados. Estes estímulos podem ser pulsos magnéticos, correntes elétricas ou até mesmo estímulos químicos, instilados diretamente no espaço subdural (intratecal). As experiências mais comuns têm sido com estimulação elétrica.
Fique atento(a)!
Diana Daronch Belló
PSICOPEDAGOGA E NEUROTERAPEUTA

• Formada em Pedagogia; Pós graduada em Psicopedagogia Escolar e clínica; Pós graduada em AEE( Atendimento Educacional Especializado); Pós graduada em Dislexia; Neuroterapeuta especialista em Neurofeedback e TDCs.
A neuromodulação, seja elétrica ou magnética, se utiliza da resposta biológica natural do corpo, estimulando a atividade das células nervosas, que podem influenciar populações de nervos que liberam neurotransmissores, como a dopamina, serotonina, acetilcolina, noradrenalina, glutamato, gaba, epinefrina, entre outros mensageiros químicos, modulando a atividade neural. O efeito final é uma “normalização” de uma função de rede neural.
Frequentemente, as pessoas pensam na neuromodulação apenas como
Na próxima edição serão abordadas duas técnicas específicas e um pouco distintas de Neuromodulação:
1. Neurofeedbackneuromodulação autorregulatória, também chamado de biofeedback de Eletroencefalograma (EEG).
2. Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC ou tDCS).
