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Transtorno de ansiedade e baixa visual
A Retinopatia Serosa Central é uma doença que geralmente acomete a mácula, região importante da retina (parte central) responsável pela visão de detalhes e cores.
ESPECIAL CAPA
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A doença acomete mais homens, 85% dos casos, o que não significa que não possa afetar mulheres também, entre 25 e 45 anos. Uma vez tendo desenvolvido a doença, ela pode ser resolvida espontaneamente, porém a chance de apresentar recidiva da mesma ainda existe.
Não se sabe ao certo como a doença se origina, mas ela está associada a um aumento dos níveis de um hormônio chamado cortisol (hormônio do stress) e sugere-se associação à gastrite por H. pilory, apneia do sono e ao uso de medicamentos (pomadas, comprimidos, inaladores ou infiltrações) contendo corticosteroides.
As pessoas mais acometidas são aquelas com transtorno de ansiedade. A visão de um ou dois olhos começa a ficar embaçada ou distorcida e surgem manchas acinzentadas na região central da visão.
Geralmente, essa doença ocular tende a desaparecer naturalmente após três ou quatro meses, sem deixar sequelas no paciente. No entanto, em 5% dos casos, podem ter recidivas e evoluir para perda significativa e permanente
da visão central. Para evitar que isso ocorra, é necessário fazer o diagnóstico e tratamento adequado.
Inicialmente o diagnóstico é clínico, auxiliado por exame de mapeamento de retina. Em seguida, pode-se associar exame de Tomografia de Coerência Óptica (OCT).
Outro exame bastante específico para o diagnóstico da doença é a angiofluoresceinografia.
O tratamento consiste em terapias para melhorar a qualidade de vida do indivíduo na questão comportamental, procurando realizar atividades que promovam relaxamento. Em relação ao tratamento específico da doença temos casos em que a observação está indicada, contudo existe outros casos em que a utilização de medicamentos via oral e até mesmo aplicação de laser se faz necessária para resolução da doença e com isto melhora visual. Tudo vai depender da análise de cada caso.
O prognóstico visual geralmente é bom, contudo vale lembrar que a doença pode recorrer e em alguns casos levar a baixa visual irreversível.
DR. LUCAS COLODETTI CRM/PI 7166 - AMB/CBO 187/162 Oftalmologista
CURRÍCULO • Especialista em Retina Clínica, Cirúrgica e Trauma Ocular.
