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A automação nos trouxe até aqui

Aautomação desempenha um papel fundamental na indústria. José Folha, gerente de Portfólio de Produtos South America, da Festo, destaca que ela permite que se alcancem padrões de qualidade e escala com custos adequados à alta exigência do mercado. É dessa maneira que as linhas de produção produzem de forma flexível e ágil, uma grande variedade de produtos, com qualidade, custos e prazos competitivos, afirma o gerente de Marketing da Mitsubishi Electric, Hélio Sugimura. Além disso, a automação tem a função de permitir que tarefas repetitivas e muitas vezes insalubres não sejam feitas pelos operadores, reduzindo o risco de acidentes ou afastamentos de trabalho. O diretor da Pilz do Brasil, Paulo Fernandes acrescenta que hoje estamos vivendo a 4a Revolução Industrial, ou Indústria 4.0, em que a automação se aproveita do mundo digital e cibernético, trazendo a Inteligência Artificial e Internet das Coisas para o chão de fábrica. “Enquanto a automação industrial em suas primeiras gerações focava em redução de custos e escalabilidade, a Indústria 4.0 adiciona um novo fator: a Flexibilidade na produção”, salienta o executivo da Pilz. Essa nova característica permite à indústria acompanhar mais rapidamente as mudanças no padrão de consumo e demanda, entregando agilidade e velocidade aos processos, tornando-os cada vez mais seguros.

Sugimura continua: soluções e sistemas de automação industrial, com aplicações diversas, vão ao encontro da necessidade de maior produtividade e maior eficiência, oferecendo uma maior interação entre o chão de fábrica e toda a empresa. É o que permite responder com mais assertividade às mudanças, transformando os negócios, com ganhos de eficiência e consolidando o relacionamento com colaboradores, comunidades, governos e o meio ambiente, em cada uma das etapas da cadeia de valor. Para o gerente da Mitsubishi, o futuro da automação caminha para sensores embutidos nas máquinas e com variedade de tecnologias conectadas, incluindo sensores compactos para medição de variadas grandezas, redes mais confiáveis e flexíveis, processamento computacional de alto desempenho, robótica, armazenamento em nuvem, Inteligência Artificial, tecnologias cognitivas e realidade aumentada. Juntas, elas estão transformando completamente todos os setores produtivos.

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Ferramenta de inovação

A automação é como uma alavanca para a melhoria da sociedade global, combinando tecnologia avançada, experiência e know-how, de forma confiável, ressalta Hélio Sugimura, da Mitsubishi Electric, “Queremos que as nossas soluções assegurem um ambiente global sustentável, enquanto nos esforçamos para criar uma sociedade segura, protegida e confortável que respeite todas as pessoas”. Com o uso da automação em diversas áreas de negócios e em toda a cadeia de valor, é possível resolver vários problemas ambientais, incluindo mudanças climáticas, reciclagem de recursos e convivência harmoniosa com a natureza. A chave do sucesso da implementação da automação, destaca Hélio, passa pelas mãos da indústria, alinhada à necessidade iminente de contribuir ambientalmente. É necessário estimular a visão de longo prazo e entender que preocupações ambientais serão fundamentais para alavancar o futuro econômico, levando em consideração o equilíbrio entre essas duas frentes, financeira e ambiental. E complementa que a automação, principalmente se for aliada à coleta de dados e medição de indicadores, permite que os gestores percebam oportunidades de melhoria que seriam os primeiros passos para inovação dos processos de trabalho. Hoje há disponibilidade de tecnologias de armazenamento de dados em nuvem, ferramentas de realidade aumentada, software SCADA altamente escalável. Essas tecnologias não devem ser usadas com um fim em si, mas uma ferramenta de apoio à produção e inovação com retorno sobre investimento (ROI) justificável.

Folha, da Festo, explica que empresas com altos graus de automação conseguem atingir o ápice da customização, sem perder a qualidade obtida normalmente em processos de larga escala e mantendo a alta produtividade, com tempos reduzidos de produção. Essas qualidades em conjunto permitem tanto aos clientes como aos fornecedores a oportunidade de poderem testar novas tecnologias, formas e processos com o objetivo de se manterem atuais em busca de diferenciação, o que os tornam inovadores.

Provocação

Lançamos uma provocação aos nossos entrevistados: o que seria do mundo contemporâneo sem a

Enquanto a automação industrial em suas primeiras gerações focava em redução de custos e escalabilidade, a Indústria 4.0 adiciona um novo fator: a Flexibilidade na produção automação? José Folha, gerente de Portfólio de Produtos South America, da Festo, respondeu que atualmente não cabe mais o pensamento de um mundo sem automação, “Seria como um mundo sem internet ou sem comunicação”. Impensável. A automação permite acesso a uma infinidade de produtos que se tornaram commodities e se, caso a automação deixasse de existir, teríamos uma explosão de preços em diversos setores da economia. Se isolarmos a situação econômica da análise, seria como se houvesse um bloqueio de fornecimento e haveria escassez de diversos bens e as pessoas demorariam um tempo para se acostumarem a essa nova realidade. Seria como se um asteróide atingisse a terra e impedisse a produção de bens de consumo por um grande período. Esse bloqueio não afetaria somente bens de consumo, mas toda a cadeia de fornecimento, inclusive de alimentos, bebidas, necessidades pessoais, farmacêuticas entre outras. Enfim, seria um caos.

Já Hélio Sugimura, gerente de Marketing da Mitsubishi Electric lembrou que provavelmente teríamos uma oferta de produtos bem mais simples, com pessoas envolvidas em tarefas perigosas e repetitivas, com um custo final bem mais alto para o consumidor. Não seria possível alimentar toda a população mundial sem a mecanização e automação da agricultura. O meio ambiente, certamente, estaria muito mais degradado. “Vamos pensar na indústria automobilística: sem sistemas automatizados e robôs, os funcionários seriam responsáveis por levantar, aplicar e soldar peças extremamente pesadas, e o processo seria incrivelmente lento. Mais do que isso, seria extrema- mente perigoso. Um deslize, e uma peça de carro comum poderia facilmente matar alguém”, afirma Sugimura, da Mitsubishi. E ele continua: Os carros seriam muito mais difíceis de encontrar e os preços disparariam. Por quê? Porque os trabalhadores teriam que ser pagos para preencher todas as funções não automatizadas. A rotatividade de funcionários estaria em alta, porque quem iria querer realizar a mesma tarefa repetitiva indefinidamente por horas a fio, muito menos por anos de sua vida?

Acidentes no local de trabalho seriam comuns e os trabalhadores seriam forçados a se aposentar mais cedo por causa de lesões debilitantes do trabalho repetitivo. Com tudo isso, os custos seriam muito mais altos para os fabricantes.

E esse cenário, transportado para outros setores industriais, significaria uma oferta muito menor, preços mais altos e maior desigualdade social. Sem a automação, não teríamos o mundo contemporâneo como conhecemos hoje, pois

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foi um dos pilares do desenvolvimento das indústrias, massificação de produção, a geração de riqueza e desenvolvimento. A utilização de tecnologias de automação também possibilitou o desenvolvimento de novas tecnologias, materiais e a especialização de trabalhadores. Em uma sociedade voltada para o consumo, tudo o que vemos em volta ou consumimos, possui a aplicação da automação em algum momento do seu processo produtivo.

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Por Daniela Feltrin Marchini (*)