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viagens & memória por marisa v. n. cruz Experimentando os novos veículos do BRT carioca

Na cidade do Rio de Janeiro, o sistema BRT foi inaugurado em 2012, tendo como seu primeiro corredor o Transoeste. Sua função era unificar diversas linhas em um sistema tronco-alimentador.

No início, essa nova empresa era formada por um pool de viações que atendiam a capital fluminense. Com isso, foram criados novos corredores, como o Transcarioca, Transolímpica e, em construção, o Transbrasil.

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Eu me lembro que no final de 2017 eu visitei o centro de controle operacional do BRT, localizado no Terminal Alvorada, a convite de um encontro de busólogos solidários da região. Naquela época, o sistema era totalmente rigoroso, pontual e respeitando o mínimo de tolerância de falhas do sistema.

Mas um pouco depois dessa época, o sistema BRT carioca começou a decair em manutenção e eficiência operacional, prejudicando sua qualidade. Até que em 2021, a prefeitura estatizou todo o sistema, chamando-a pelo nome fantasia de Mobi-Rio, e no ano seguinte, investiu em pregões para a compra de ônibus totalmente novos, entre articulados e Padron, substituindo todo o layout de sua marca, trocando o azul pelo amarelo. E recentemente as primeiras dezenas de seus novos veículos já estão em operação.

Em uma sexta-feira, um dia antes do feriadão de carnaval, finalmente eu experimentei os novos veículos do BRT. Sim, são confortáveis, espaçosos, com ar-condicionado e letreiro interno indicando suas paradas.

No Terminal Alvorada, antes de embarcar, eu avistei inúmeros veículos no pátio, incluindo os articulados Mon- dego que operaram na capital paulista e estavam aguardando o pico da tarde para retornar às operações das linhas eventuais SE05 para Madureira e SE06 para o bairro da Penha.

Fui experimentar a linha 22 para o Jardim Oceânico, operado pelos novos ônibus articulados Marcopolo Torino Express de geração 2014 sob Volvo B340M. Esta é praticamente a linha principal de todo o sistema, atendendo quem vem do metrô pela estação Jardim Oceânico até o terminal. Fui até o Jardim Oceânico, e de lá eu avistei os novos veículos Padron – Apache Vip de geração 5 fazendo a linha 50 até o Centro Olímpico.

Quando eu peguei no horário das 15 horas, eu reparei que o sentido Jardim Oceânico estava mais vazio, porém um pouco perigoso. Preferi ficar na parte dianteira do veículo, onde tinha mais passageiros. Na volta, havia lotação de passageiros sentados. Em seguida, parei no Barra Shopping e lá permaneci até às 21 horas.

Já no horário noturno, ao entrar na estação BRT de frente ao shopping, observei inúmeros passageiros passando por baixo da catraca da estação para não pagar passagem. De lá, peguei o ônibus até o Jardim Oceânico. Praticamente vazio, com somente 5 pessoas. Preferi ficar na parte da frente novamente (apesar que a parte traseira estava uma zona), já que no sentido oposto estava completamente carregado.

E agora com os veículos novos, espero que mude a cara do sistema e que o BRT volte ao seu brilho como antes, voltando à sua máxima eficiência operacional.