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do Automotive Business automotivebusiness.com.br

FALHAS NO ASSISTENTE DE DIREÇÃO DOS CARROS DA TESLA SÃO INVESTIGADOS

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Governo norte-americano quer saber se item se desliga num acidente

Nos últimos meses, a Tesla vem passando por uma investigação profunda da Administração Nacional de Segurança no Tráfego das Rodovias (NHTSA) dos EUA. O objetivo é investigar falhas no assistente de direção que equipa os carros da montadora, o Autopilot.

Na semana passada, o órgão anunciou que pode expandir a investigação e analisar 830 mil veículos da Tesla em circulação nos EUA.

Para se ter uma ideia, isso é quase metade de toda a quantidade de carros já comercializada pela empresa (cerca de 1,9 milhão). É também 11% a mais do que a quantidade que a NHTSA pretendia investigar antes.

Investigação na Tesla pode gerar recall Isso acontece porque o órgão apurou “padrões” na performance dos veículos e no comportamento associado dos motoristas, os quais seriam suficientes para fazer a investigação passar de “análise preliminar” para “análise de engenharia”.

Quando uma investigação da NHTSA chega nesse estágio, um recall dos veículos pode vir em seguida, embora essa opção ainda não seja discutida oficialmente.

A NHTSA justificou a ação dizendo que quer “explorar o grau em que o Autopilot e sistemas associados da Tesla podem exacerbar fatores humanos ou riscos de segurança comportamentais ao comprometer a efetividade da supervisão do motorista”.

Na semana passada, o órgão revelou também que descobriu pelo menos 16 casos em que o Autopilot “abortou o controle do veículo em menos de um segundo antes do primeiro impacto”, sugerindo que o motorista não estaria pronto para assumir controle do automóvel.

Tesla quer tirar o corpo fora Ou seja: o órgão desconfia que o Autopilot seja programado para se autodesligar imediatamente antes de uma colisão. Se for verdade, isso derrubaria o argumento da Tesla de que não tem responsabilidade sobre os acidentes porque o Autopilot não estaria ligado na hora em que aconteceram.

Se o Autopilot coloca o veículo numa situação de risco e depois se desativa em menos de um segundo antes de o carro bater, então a responsabilidade seria da Tesla.

A investigação acontece em um momento importante para a NHTSA: após perder poderes durante a administração de Donald Trump, o órgão voltou a ganhar importância com o presidente dos EUA, Joe Biden.

No ano passado, as mortes no trânsito registraram o maior número em 16 anos no país: 42.915 óbitos. Ao criar e fiscalizar regulamentações, a NHTSA tem o poder para tentar diminuir esses números.