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SEIS FATOS SOBRE O DESCARTE DE PNEUS NO BRASIL

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Todos os pneus produzidos no Brasil são descartados ecologicamente

Automotive Business separou 6 fatos do relatório para você conhecer a indústria de pneus automotivos e como é feito o descarte correto dos pneus inservíveis, aqueles que não têm mais condições de uso ou reforma.

1. Mais de 53 milhões de pneus vendidos por ano Com produtos competitivos, o Brasil é o 7º produtor mundial de pneus para automóveis e o 5º na produção do componente para caminhões e ônibus, segundo o relatório da Anip. Em 2020, a indústria vendeu mais de 53,8 milhões de pneus, contabilizando mercado de reposição e equipamentos originais.

2. No Brasil, 100% dos pneus são descartados ecologicamente Todos os anos, o Brasil descarta milhares de toneladas de pneus que não podem mais ser usados. Em 2019, a Reciclanip contabilizou 471 mil toneladas de pneus sem vida útil destinados de forma ambientalmente correta. No ano seguinte, o resultado foi de 380 mil toneladas - queda ocasionada pela retração do mercado automotivo devido à pandemia. Segundo a ANIP, o Brasil é referência mundial na logística reversa de pneus e consegue destinar corretamente 100% de todos os pneus nacionais. Entre 2011 e 2019, foram destinados 3,5 milhões de toneladas, acima da meta de 3,4 milhões de toneladas.

3. Foram coletadas 5,23 milhões de toneladas Entre 1999 e 2020, a Reciclanip coletou 5,23 milhões de toneladas de pneus, o equivalente a 1,1 bilhão de pneus de passeio. Foram investidos mais de R$ 1,6 bilhão em toda essa operação. Os pneus são recolhidos em mais de 1.000 pontos de coleta em todo o país.

4. Destino dos pneus que não servem mais no Brasil 57%: Reaproveitamento energético – o material tem alto poder calorífico e é utilizado como combustível alternativo em fornos de cimenteiras. 2%: Outros destinos – como asfalto borracha, tapetes para automóveis, pisos industriais ou pisos de quadras poliesportivas. 13%: Produtos laminados – como solas de calçados e dutos de águais pluviais 8%: Siderúrgicas – todo aço retirado dos pneus é enviado para siderúrgicas

5. Compromisso sustentável desde 1999 Desde 1999, o Brasil adotou compromissos ambientais no setor de fabricação de pneus. No mesmo ano, a ANIP criou a Reciclanip, braço da organização com foco na destinação ecologicamente correta de pneus sem vida útil. Em 2010, o Brasil instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina que os comerciantes e distribuidores devem devolver os produtos aos fabricantes e importadores, sendo que esses devem obrigatoriamente fazer o descarte ambiental correto aos pneus inservíveis.

6. Brasil tem 20 fábricas de pneus A ANIP contabiliza 20 fábricas do setor de fabricação de pneus no Brasil, de suas empresas-membro. Nove unidades estão localizadas em SP, das empresas Bridgestone, Pirelli, Prometeon, Maggion, Michelin, Good Year (3) e Titan. As fábricas brasileiras dessas e de outras empresas estão instaladas ainda no AM (Michelin), BA (Bridgestone, Continental e Pirelli), PR (Dunlop e 2 da Tortuga), RS (Rinaldi e Prometeon) e RJ (2 da Michelin).

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CRESCE ACIDENTES DE TRÂNSITO ENVOLVENDO CICLISTAS

Números foram lembrados no Dia Mundial da Bicicleta

Sexta-feira, 3 de junho, é Dia Mundial da Bicicleta, mas os ciclistas brasileiros têm pouco a comemorar: o total de sinistros graves com ciclistas no Brasil aumentou 11% em 2021 na comparação com 2020. Foram 14.416 casos em 2020 e 16.070 em 2021.

Entre 2018 e 2020, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, o Brasil registrou quase quatro óbitos de ciclistas por dia. Além disso, cerca de 55,8 mil ciclistas foram internados gravemente na rede pública entre 2018 e 2021, vítimas de sinistros de trânsito (80% do gênero masculino e 47% com idades entre 20 e 49 anos).

Em alguns estados, o número de internações praticamente dobrou em 2021, como é o caso do estado de Goiás: aumento de 101% em relação ao ano anterior. Também chama a atenção o salto no número de sinistros graves envolvendo ciclistas nos estados do Ceará (44%), Sergipe (37%) e Rio de Janeiro (34%).

Outros dados oficiais levantados pela entidade mostram a evolução dos sinistros. Registros de 2020 da Polícia Rodoviária Federal (PRF), por exemplo, mostram que, só nas rodovias brasileiras, a colisão entre veículos e bicicletas vitimou 13.648 pessoas, sendo que 16% delas não sobreviveram. Outros 223 mil motociclistas e/ou ciclistas também sofreram queda nas pistas, com mais de 7 mil casos com desfecho fatal.

Como reduzir acidentes - Devido a esses dados alarmantes, a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) divulgou uma diretriz de conduta para orientar os médicos especialistas e todo o sistema de saúde sobre as melhores práticas no atendimento de sinistros envolvendo ciclistas. O documento está disponível no site da Abramet.

De acordo com o material, por quilômetro percorrido, aqueles que se deslocam através de bicicletas têm oito vezes mais probabilidade de morrer em um acidente de trânsito do que ocupantes de um veículo de passeio, estatística superada apenas pelos deslocamentos a pé (nove vezes mais) e por motocicletas (vinte vezes mais).

Na nossa reportagem Como o Brasil pode parar de matar ciclistas?, especialistas apontaram que, entre as principais causas para os sinistros, estão: a falta de infraestrutura adequada para as bikes, a falta de políticas públicas que incentivem esse modal, a falta de fiscalização e punição a motoristas causadores de sinistros e, principalmente, os altos limites de velocidade praticados em áreas urbanas. Não bastam apenas medidas isoladas, é preciso uma grande mudança de cultura em nossa sociedade.

O Brasil possui a sexta maior frota de bicicletas circulando pelo mundo, com 70 milhões de unidades, ficando atrás apenas de países como a China, a Índia, os EUA, o Japão e a Alemanha. Também somos o quarto maior produtor mundial, colocando no mercado cerca de 4 milhões de novas unidades por ano.