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MOTORISTAS DA UBER AGORA PODEM VER TRAJETO E VALOR ANTES DE ACEITE

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Apesar do atendimento da reivindicação, há reclamação de queda de valores

Nesta terça-feira, 5, o aplicativo da Uber para motoristas foi atualizado e trouxe algumas novidades que agradaram e outras que irritaram os condutores. Agora, eles passam a saber o destino final do passageiro e o valor total da corrida antes de aceitarem a viagem. O novo recurso está disponível em todas as capitais do país e em alguns municípios de regiões metropolitanas.

Antes, os motoristas só tinham acesso a uma estimativa do percurso até o motorista. Com a mudança, agora eles passam a saber o trajeto completo até o ponto final e o valor da corrida, incluindo o preço dinâmico, quando este estiver ativo. Ou seja, já não é mais preciso aceitar a viagem para saber até onde se vai. Para os passageiros, nada muda.

O objetivo da empresa é diminuir o número de cancelamentos, que subiu muito por causa da alta nos preços dos combustíveis. Com as informações mais detalhadas, os motoristas já sabem de antemão se a corrida é interessante ou não. “O objetivo é tornar cada oferta ainda mais clara, fornecendo mais detalhes das viagens que estão sendo solicitadas por meio do aplicativo para que os parceiros possam decidir antecipadamente quais desejam realizar”, afirmou a gerente de operações para segurança da empresa, Araceli Almeida, em comunicado à imprensa.

“Para os motoristas, mostrar a trajetória é algo bemvindo, porque isso é uma reivindicação desde 2017”, afirma Eduardo Lima, presidente da Amasp (Associação de Motoboys e Motoristas de Aplicativos de São Paulo). A organização atualmente trabalha em um app que irá concorrer com Uber e 99 e terá taxas melhores para os motoristas.

Melhoria no aplicativo vem com redução da remuneração - No entanto, Lima afirma que a Uber alterou o modo de cálculo do preço dinâmico, que ocorre quando há condições extraordinárias (excesso de demanda, por exemplo) e aumenta os preços para o consumidor, gerando também um aumento de renda para os parceiros. “Está em outro formato. Antes era um multiplicador, agora é um valor fixo. Isso não caiu no agrado dos motoristas. A Uber fala que não mudou nada, mas, na prática, os motoristas estão reclamando que está havendo defasagem [na arrecadação]. Na prática, o repasse diminuiu na modalidade do dinâmico”, afirma Lima.

Outra reclamação dos motoristas é que a forma de calcular o valor das viagens também mudou. “Antes, o motorista recebia a tarifa básica e um cálculo sobre o tempo da viagem e os quilômetros rodados”, afirma Lima. Agora, os motoristas estariam ganhando uma estimativa de viagem que se manteria inalterada mesmo com mudanças no trajeto. “Por exemplo, se o passageiro falar ‘ó, passa aqui na rua de trás para eu pegar minha filha’ ou algo do tipo, o motorista vai percorrer um trajeto a mais, gastar mais tempo, porém ainda vai ganhar aquele valor que foi estipulado”, explica Lima.

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CAI VENDA DE CARROS NO PRIMEIRO TRIMESTRE, MAS A DE ÔNIBUS SOBE

Alta de março para fevereiro foi de cerca de 30%

Avenda de automóveis e comerciais leves usados alcançou, em março, 782,4 mil veículos, o que representa alta de 28,9% sobre fevereiro. O crescimento em relação ao mês anterior era esperado pelo maior número de dias úteis, mas a média diária de transferências também cresceu e passou de 31,9 mil para 35,6 mil entre o segundo e o terceiro meses do ano. A análise de março mostra ainda que para cada automóvel zero-quilômetro emplacado foram negociados 6,1 de segunda mão.

No acumulado do ano, as transações de veículos leves usados somaram pouco mais de 2 milhões de unidades, mas registraram queda de 24,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Os números foram divulgados na quinta-feira, 7, pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários. A retração ocorre por motivos como a base de comparação elevada e também a redução na oferta de crédito.

Só ônibus crescem no acumulado O mês de março teve 4 mil ônibus usados negociados e anotou alta de 30,3% sobre fevereiro. Do segundo para o terceiro mês, a média diária de transferências subiu de 161 para 181 unidades. Para cada ônibus novo emplacado em março foram vendidos 2,2 usados. No acumulado do ano, as transferências somaram 9,4 mil ônibus usados, o que representa a única alta trimestral entre todos os segmentos: 5,1% sobre iguais meses de 2021.

Mercado de caminhões novos afeta usados Como em todos os segmentos, a transação de caminhões usados também cresceu em março, com 27,2 mil unidades, 28,3% a mais que no mês anterior. A média diária aumentou de 1,1 mil para 1,2 mil transferências. Mas a taxa de usados versus novos em março se manteve estável em de 2,7 para 1.

Já os 68,8 mil caminhões de segunda mão negociados no trimestre indicam queda de 25,3% na comparação interanual. De acordo com a Fenabrave, a dificuldade de as montadoras entregarem caminhões novos por falta de componentes eletrônicos e até pneus estaria comprometendo as transações de usados. A maior dificuldade em financiar também atinge os compradores desses veículos de carga.

Menor queda trimestral é das motos As transferências de motos de segunda mão alcançaram 259,8 mil unidades em março. O crescimento sobre fevereiro foi de 32,5%, o maior entre todos os tipos de usados. A média diária de vendas saltou de 10,3 mil para 11,8 mil do segundo para o terceiro mês.

Já a taxa de usadas versus novas foi baixa, 2,4 para 1, porque o mês de março também teve um bom número de motos zero-quilômetro entregues - mais de 110 mil, o melhor resultado mensal desde dezembro. Para o trimestre, os números da Fenabrave informam 650,4 mil usadas negociadas. A comparação com iguais meses de 2021 indica a menor retração de todos os setores (-16,5%). A base de comparação elevada e a menor oferta de crédito também prejudicaram o setor neste início de 2022.