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Resiliência

Nuno Cordas, Cooperativa Central Táxis de Portimão

Nos últimos anos, os mercados de transporte de passageiros sofreram transformações substanciais devido à evolução tecnológica e ao surgimento de veículos de aluguer com condutor, pedidos através de viagens personalizadas pela internet. É um facto, que este modelo se tornou viral pela sua simplicidade e praticabilidade, sobretudo nas gerações mais jovens – geração Z – marcadas pela presença da internet no seu quotidiano. A internet faz parte do seu DNA; da sua educação, e até na sua forma de socializar.

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Este mundo digital, no qual mergulhámos sem dar conta, lança novos desafios aos países com o aparecimento de novos modelos empresariais, e novos intervenientes no mercado do setor do transporte de passageiros. Por conseguinte, um pouco por toda a Europa, mas também pelo mundo, urge a temática de uma mobilidade sustentável, tendo em vista a neutralidade carbónica, o que implica doravante a implementação de políticas de descarbonização; alterações substanciais na deslocação em transporte individual – passando inevitavelmente para os sistemas de transporte coletivo e/ou público. E eis que o setor do táxi, pelo serviço público que lhe é reconhecido, se transforma num ambicioso modelo de negócio para investidores privados, que paulatinamente vão encaixando os seus tentáculos por toda a sociedade. Por ser um setor onde a regulamentação é rigorosa, cabe aos demais copiar o que aqui se faz de bem, para implementar noutros partícipes desta atividade; assediando o mercado, e asfixiando o setor com ofertas contraproducentes. Em Espanha, por exemplo, a Área Metropolitana de Barcelona e o

Instituto Metropolitano de Táxis, criaram uma aplicação pública – Picmi Táxi – para competir; auxiliar e ampliar a oferta do serviço público, em detrimento das ofertas privadas, que em nada beneficiam o setor. E submergimos num dilema: se estamos num ataque feroz sem precedente a este setor de atividade com a conivência da UE e Estados-Membros, que caminho queremos, que solução defendemos? Os media andam à boleia do vento favorável tal como os romanos no seu tempo do Ob Portus, verificando a melhor oportunidade, para vender a melhor notícia – daquelas que o povo gosta! Foi notícia, embora com pouco ênfase, que na web summit que decorreu em Lisboa, entre os oradores esteve o ex-executivo sénior da Uber, Mark McGann, responsável pela abertura do caso “Uber Files”, que divulgou informações confidenciais, onde esclarece que a empresa de serviços de viagens, explorava a violência con-

tra os seus motoristas de forma a promover a ideia da empresa contra os taxistas assim como a existência de uma rede de lóbi entre magnatas dos meios de comunicação e políticos. Por sua vez, com mais pompa e circunstância, foi também no-

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tícia que dois homens de 45 e 66 anos foram detidos pela PSP pela posse de aceleradores de taxímetros na freguesia do Parque das Nações, em Lisboa. E o dilema atinge uma profundidade imensurável, se por um lado lutamos contra as conezias instaladas; pelos favorecimentos ilícitos; tráfico de influências e conflito de interesses, por outro lado, temos a necessidade de afastar este tipo de prática, de crime de especulação do setor dos transportes. Ainda assim, o que não é tangível, é o facto de na primeira situação os negócios atingirem M€, e permanecer impune e em silêncio, ao passo que, na esfera deste setor, e na proximidade de todos nós, a precariedade e a extenuação provocada pelas circunstâncias alheias dos últimos anos, torna necessário um acompanhamento quase diário do setor, procurando saber das suas necessidades, fragilidades, e contextualizar o fracasso, permitindo e dando-lhe acesso a instrumentos que salvaguardam o negócio de pequenos e médios empresários do setor do táxi, sobretudo numa fase de imprevisibilidade, com desaceleração da economia; combustíveis e energia com valores elevadíssimos ; inflação, e uma gritante dicotomia entre o litoral e o interior do país. Neste aspeto, o aparecimento e reforço das cooperativas de táxis nos últimos anos, teve um papel substancial no acompanhamento dos táxis, mas faltou a ponte de ligação do conteúdo à prática, não chegando atempadamente, às entidades as quais exercem pressão sobre o poder executivo, os principais problemas; e é imperativo que esta ponte seja uma constante via de comunicação, pois sem essa correspondência, tudo o que se disputa com a tutela, acaba sempre com rótulo de prejuízo alheio para alguém. A circunstância das cooperativas não terem um fim lucrativo ou de dever, primordial e maioritariamente, realizar operações com os cooperadores, retira-lhe o aspeto de mercantilidade, e salvo melhor opinião, pelo seu objeto enquanto organização, de autoajuda; cooperação; responsabilidade social; igualdade; equidade e democracia – e valores éticos honestidade, transparência – tenham resistido às afrontas dos privados até à data. Não obstante, coexiste a ideia que os micro, pequenos e médios empresários do setor do táxi, ao serviço das populações e rede de transportes públicos, ser um negócio privado. E é evidentemente um negócio privado, mas de cariz público; mas também é necessário reconhecer que o serviço de transportar pessoas, é tão antigo como a civilização, e o porquê de estar ao serviço das populações e o seu indissociável interesse público. E o Táxi resistiu. É um setor onde a resiliência é o mote para muitos estudos socioeconómicos, e quiçá uma ferramenta de aprendizagem para os tempos que por aí se avizinham – sobretudo para aqueles que querem subsistir neste setor de atividade. E tão importante como conhecer o

cliente; é conhecer o motorista; é conhecer a rua; é conhecer a cidade; é conhecer o País, e é conhecer a estrutura que auxilia o táxi, quando navegamos à bolina. Que não falte a coragem para de quando em vez, confrontar o governo com as impopulares decisões que toma em detrimento deste setor; que não falte a força para lutar contra quem quer atrair este setor de atividade para o paraíso das multinacionais; que não falte a vontade de todas as cooperativas e associações de táxis, zelarem pelos seus próximos, e denunciar os seus problemas aos que têm a tarefa de os fazer chegar a quem de direito. Pensar no íntimo sobre o futuro deste setor, é legitimo, e partilhar ideias sobre o mesmo também, mas voltando ao dilema inicial: que caminho queremos, que solução defendemos? Eis que é necessário refletir em uníssono com as estruturas que nos representam, e com elas decidir sobre o futuro – fazendo aqui um excurso com dois exemplos reais: Elon Musk compra Twitter e imediatamente despede milhares de trabalhadores – importa é o lucro, não as pessoas. Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, despede milhares de trabalhadores – importa é o lucro, não as pessoas. Isto é a realidade dos nossos dias, e a que fechamos os olhos, ou porque não queremos ver, ou simplesmente não nos mostram. E mesmo que o médico; o enfermeiro; o técnico de diagnóstico, ou o auxiliar, que saiu de dois turnos seguidos nas urgências precise: o táxi vai lá estar. E se o administrador do banco solicitar, o táxi vai lá estar. E se a Dª Noémia da peixaria precisar, o táxi vai lá estar. E mesmo que o trabalhador – aquele a quem lhe é retirada uma fatia do seu salário (valor do seu trabalho) cada vez maior, para o capital, precise, o táxi vai lá estar. A importância deste setor de atividade e do seu interesse público, é um garante para todos nós olharmos os novos desafios de frente; e de não perdermos a coragem de lutar contra quem quer monopolizar e instrumentalizar o táxi. E contra isso, contamos com a coragem e perseverança de quem esteve em Bruxelas no dia 8 de setembro, a exigir da Comissão Europeia, Parlamento Europeu e parlamentos dos respetivos Estados-membros consequências da promiscuidade, e que permitiram a invasão e instalação de uma multinacional na Europa. Têm rosto, passaporte e identificação, e provavelmente já andaram de táxi, e acredito que enquanto houver estrada para andar, o táxi vai lá estar, e com ele, as entidades que representam o setor, com a garantia de que este assunto não vai ficar esquecido.

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gripe perguntas e respostas da Direção Geral de Saúde

Oque é a gripe? A gripe é uma doença aguda viral que afeta predominantemente as vias respiratórias.

Quais os sintomas/sinais da gripe?

No adulto, a gripe manifesta-se por início súbito de mal-estar, febre alta, dores musculares e articulares, dores de cabeçaetosseseca.

Qual a gravidade da gripe?

A gripe é, habitualmente, uma doença de curta duração (3 a 4 dias) com sintomasdeintensidadeligeiraoumoderada, evolução benigna e recuperação completaem1ou2semanas.

Como se evita a gripe?

A gripe pode ser evitada através da vacinação anual. Evitar o contacto com pessoas com a doença e lavar frequentementeasmãosajudamadiminuiraprobabilidadedecontágio.

Quem deve ser vacinado contra a gripe?

Devem ser vacinadas as pessoas que têm maior risco de sofrer complicaçõesdepoisdagripe: Pessoas com 65 e mais anos de idade, principalmenteseresidirememinstituições; Aspessoasquetenham; Doençascrónicasdospulmões,docoração,dosrinsoudofígado; Diabetesemtratamento; Outras doenças que diminuem a resistênciaàsinfecções. Grávidas

A vacina contra a gripe funciona?

Sim. A vacinação reduz muito o risco de contrair a infeção. Se for infectada, a pessoa vacinada terá um menor risco de ter complicações.

A vacina pode provocar a gripe?

Não. A vacina contra a gripe não contémvírusvivos,peloquenãopodeprovocar a doença. No entanto, as pessoas vacinadas podem contrair outras infecções respiratórias virais que ocorrem durante a época de gripe e para as quais não há vacina.

Quem pode tomar a vacina gratuitamente?

A vacina é gratuita nos centros de saúde, sem necessidade de declaração médicapara: DiabetesMellitus Terapêuticadesubstituiçãorenalcrónica (diálise) Trissomia21 Submetidas a transplante de células precursorashematopoiéticasoudeórgãos sólidos Avacinaégratuitanoscentrosde saúde,comdeclaraçãomédicapara: A aguardar transplante de células precursoras hematopoiéticas ou de órgãos sólidos Sobquimioterapia Fibrosequística Défice de alfa-1 antitripsina sob terapêuticadesubstituição Patologiadointerstíciopulmonarsobterapêuticaimunossupressora Doença crónica com comprometimento da função respiratória, da eliminação de secreções ou com risco aumentado de aspiraçãodesecreções

DoençaPulmonarObstrutivaCrónica Avacinaétambémgratuitapara: Profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e Bombeiros com atividade assistencial; Residentes em instituições ou pessoas internadas em unidades do SNS; Bombeiros Guardasprisionaisereclusos

Gripe como proceder. Se estiver com gripe, o que fazer?

Fiqueemcasa,emrepouso; Nãoseagasalhedemasiado; Meçaatemperaturaaolongododia; Se tiver febre pode tomar paracetamol (mesmo crianças). Não dê ácido acetilsalicílicoàscrianças; Seestágrávidaouamamentanãotome medicamentos sem falar com o seu médico; Utilize soro fisiológico para tratar a obstruçãonasal; Não tome antibióticos sem recomendaçãomédica.Nãoatuamnasinfecçõesvirais, não melhoram os sintomas nem aceleram

acura; Beba muitos líquidos: água e sumos de fruta; Se viver sozinho, especialmente se tiver limitaçõesdemobilidadeouestiverdoente, deve pedir a alguém que lhe telefone regularmenteparasabercomoestá.

Evite transmitir a gripe

Reduza, na medida do possível, o contactocomoutraspessoas; Lave frequentemente as mãos com água e sabão. Caso não seja possível, utilize toalhetes; Use lenços de papel de utilização única (deitenossanitáriosounolixocomum); Ao espirrar ou tossir proteja a boca com um lenço de papel ou com o antebraço; nãoutilizeasmãos.

Se tiver dúvidas, contacte o SNS24: 808 24 24 24

cuba alentejo

Situado em peneplanície, com uma paisagem envolvente e vastos horizontes de montado é rodeada de culturas de sequeiro e olival, com casas que mantêm os seus quintais e hortas tradicionais. Para uns, o nome da vila de

Cuba terá tido origem na corrupção da palavra árabe “Coba”, diminutivo de pequena torre. Conquistada por D.

Sancho II aos Mouros, não se sabe ao certo a origem do nome atribuído ao facto de aqui ter sido encontrada uma grande quantidade de cubas, para armazenar vinho.

Estas são teorias de tempos mais remotos. A “Cuba” como é sempre referenciada pelos seus habitantes ganhou estatuto de Vila em 1782 por Alvará Régio de D. Maria I. Surge então a Vila de Cuba com termo próprio, desmembrando-se assim do vasto concelho de Beja e passando para o novo concelho de Cuba as freguesias de Pedrogão, Marmelar, Selmes, e parte da freguesia de S. Matias. Nessa altura Vila Alva, Vila Ruiva, Faro e Albergaria dos Fusos ainda constituíam concelhos independentes, situação que se manteve inalterável até 6 de Novembro de 1839, altura que os últimos quatro concelhos foram extintos, passando Vila de Frades e Vila Ruiva, Albergaria e Faro do Alentejo, para o de Cuba. Esta situação manteve-se até 1854, altura em que é extinto o concelho de Vila de Frades e se reconstituem os concelhos de Cuba e da Vidigueira. Atualmente pertencem ao concelho de Cuba as seguintes aldeias: Vila Alva, Vila Ruiva, Albergaria e Faro do Alentejo, tal como a vila de Cuba. Alguns historiadores defendem que aqui terá nascido o Almirante Cristóvão Colon, possivelmente filho ilegítimo de D. Fernando, Duque de Beja, e de Isabel Zarco. Da pré-história até aos nossos dias, Cuba encerra um vasto e rico património cultural, arquitetónico e histórico. É nas festas e romarias locais que se misturam as gentes e o tradicional cante e vinho de aroma requintado. Aqui, os Sabores ainda são puros, trazendo à mesa o pão, os queijos, os enchidos e os pratos tradicionais. Hoje, Cuba é uma terra em desenvolvimento, proporcionando aos seus habitantes uma boa qualidade de vida, o novo Aeroporto Internacional de Beja e o Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva estão a mudar a face deste concelho, tornando-o numa terra de novas oportunidades! Desta forma, o passeio que lhe propomos tem tantos encantos que em qualquer altura os poderá descobrir!

(informação cedida pela Câmara Municipal de Cuba)