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MÃE MORTA
Ana Kelly
Quando a última lágrima cair, quando a última borboleta bater as asas, e o verde não mais existir, O que será de nossas casas?
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Quando a abundância for um mito, a paz uma lembrança, respirar não for mais possível, O que será de nossas crianças?
Quando o Sol for um castigo, a chuva um milagre, quando formos banidos, O que será de nossos mares?
Quando viver se tornar um perigo, entre o descaso e a poluição, e a esperança enfim se perdido, O que será da população?
Quando nas águas não houver mais vida, sobre a terra nada para se orgulhar, minha alma estará ferida, O que será de mim sem poder sonhar?
Quando o mundo estiver deformado, privado de suas riquezas, povos em guerra, fracassados, O que será da mãe natureza?
Nascida em 1989, na Capital de São Paulo, escreve desde muito pequena. Tem poesias e contos publicadosemantologias.Seutrabalhomaisrecente compõe o livro “Bruxas ao Luar” da editora Gatos & Histórias.ÁlvaresdeAzevedoeEdgarAllanPoesão suasmaioresinspirações.
