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Pedidos de Casamento


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HISTÓRIA DE AMOR MODERNA
Ingrid e Rodrigo: praia, aliança e uma lha.
Um conto de fadas moderno. Assim pode ser resumida a história de amor de Ingrid R. Balbo Pereira (33) e Rodrigo Alexandre Pereira (28). Os dois começaram a namorar há 12 anos e nem imaginavam que suas vidas estariam unidas até hoje.
O pedido de casamento veio de surpresa. Depois de cinco anos juntos, Ingrid descobriu que estava grávida. Um baita susto! Não estava nos planos ter lhos tão cedo. Eles pensavam em viajar e festar bastante. A notícia deixou a futura mamãe bem abalada. “Fiquei confusa; até um pouco triste”.
Mas essa tristeza logo iria embora; Rodrigo tinha um plano. Logo que soube que seria pai, encomendou as alianças. Como as famílias costumam passar a virada do ano na praia, ele pensou que esta seria uma grande oportunidade para fazer uma surpresa.
Era 31 de dezembro de 2010. Estavam todos na praia de Balneário Camboriu. Quando o relógio marcou cinco para meia noite, Rodrigo chamou a todos, falou que queria fazer uma oração de virada de ano. Na verdade, ele olhou para o pai de Ingrid e falou: “Quero casar com sua lha, você me concede a mão dela em casamento?”. A choradeira estava feita! Ingrid se emocionou. Ele abriu a caixinha que estava enfeitada com um laço branco. Amarrou a ta no pulso dela e colocou aliança no dedo. Nesse momento, começaram a soltar os fogos. O show pirotécnico parecia ter sido preparado só para eles. As luzes no céu serviram para brindar aquele momento inesquecível. “Todo meu medo passou. Esqueci de tudo. Fiquei tão feliz, foi tão lindo! Uma surpresa”- lembra Ingrid.
Os dois foram morar juntos e decidiram casar na igreja só mais tarde, quando a lha estivesse maiorzinha. E foi o que realmente aconteceu. Com um aninho, a pequena Mariah foi a daminha dos pais. Mais uma cena que cou guardada na memória: a aliança levada por aquela que presenciou o pedido de dentro da barriga da mamãe.
A família cresceu! Hoje Rodrigo e Ingrid, além de Mariah, que está com cinco anos, têm o Lucca, que tem um ano. “Agora vejo que Deus estava à frente de tudo. A gravidez foi a melhor coisa que nos aconteceu”.
PEDIDO DE CASAMENTO:
Uma tradição que se renova e embala os romances
Pedido de casamento não sai de moda. A entrega da aliança para a pessoa amada sempre será um momento especial para o casal. A Celebrar foi em busca de histórias emocionantes. Sejam tradicionais ou modernas, românticas ou discretas, com certeza, marcaram a vida dos dois.
Ingrid R. Balbo Pereira, contadora e Rodrigo Alexandre Pereira, gerente comercial da Moper.

MAIS HISTÓRIAS DE PEDIDOS DE CASAMENTO:
Camila e João: sobremesa de ouro

O casal namorou por três anos. João pediu a mão de Camila, direto para os pais dela. Ela disse que tudo bem, mas o pedido também teria de ser feito para ela, a nal era a principal interessada. Um tempo passou, até que, em um jantar, veio a surpresa. “Quando ele saiu para fechar a conta, voltou e falou que tinha pedido uma sobremesa especial, e eu nem me toquei. Quando essa sobremesa chegou, com as alianças em cima das cerejas, que eu amo, com sorvete e calda de chocolate em volta, o rapaz tentou erguer para eu não ver, mas a luz de cima bateu nas alianças e re etiu; e eu vi antes de ele pedir. Aí ele se ajoelhou na frente de todos e me pediu em casamento”, relembra Camila.


Luana e Fábio: o rio da união

Um romance curto e certeiro. O casal se conheceu em setembro do ano passado e começou o namoro. Os planos de ter um lho vieram logo; por isso começaram a pensar em casamento. Mas, o pedido foi uma surpresa. Fábio levou a namorada para conhecer os pais, que moram no interior de São Paulo. Na volta, parou para que ela conhecesse o rio Paraná. E foi nesse lindo lugar que ele a pediu em casamento. “Às margens do rio Paraná, na divida de Mato Grosso do Sul com São Paulo, Estados de que o Fábio gosta tanto. Foi emocionante”- conta Luana. Agora, os dois já estão à espera do primeiro lho e pretendem se casar em outubro. “Nós nos APAIXONAMOS, nos ADMIRAMOS e nos AMAMOS. E, desse AMOR, nascerá um menino ou menina”- alegra-se Fábio.

Camila Romeiro Zocca Agapito, estudante e João Batista Agapito Junior, militar.
Luana de Souza Pasqueto, secretaria e Fábio Castilho, economista

Ourives UMA PROFISSÃO DE OURO
Conheça uma das pro ssões mais antigas do mundo, capaz de hipnotizar os olhares de todos
ransformar algo já precioso em uma peça ainda mais bela. Essa é a função do ourives, pro ssional que fabrica joias. A arte de trabalhar com metais preciosos, prata e ouro, é chamada "ourivesaria”; por isso, o artesão é chamado de ourives. Essa é uma das pro ssões mais antigas do mundo. Sítios arqueológicos encontrados no mar Egeu provam que, por volta de 2.500 a.C., já existiam joias fabricadas em ouro. No Egito antigo, eram produzidos trabalhos altamente detalhados. Na Idade Média, os pro ssionais que desenvolviam essa arte alcançavam grande prestígio perante reis, rainhas e toda a corte, os quais faziam questão de sempre exibir joias deslumbrantes.


Nessa época, ourivesaria era uma arte familiar, passada de pai para lho.
Devido à grande industrialização e ao modernismo tecnológico, a ourivesaria se tornou uma pro ssão cada vez mais rara, por se tratar de uma atividade de natureza artesanal. Porém, ainda existem alguns pro ssionais que trabalham em pequenas o cinas.
Em Dourados, são cerca de vinte pro ssionais que atuam nessa área. É um trabalho detalhado, que exige muito capricho.
Você sabia?
O Brasil está entre os 15 países no mundo que mais produzem joias em ouro. Apesar de existirem algumas escolas que formam ourives, a oferta de cursos de ourivesaria é escassa no país.
De serviços gerais a ourives!
Veja como Clodoaldo Deliberty Machado descobriu que poderia transformar ouro e prata em matéria prima do seu dia a dia
Clodoaldo Deliberty Machado é ourives há quinze anos. Encontrou na pro ssão uma paixão. Não sabia que tinha talento nato para fabricar joias. Tudo começou quando foi contratado para trabalhar como auxiliar de serviços gerais em uma joalheria. O patrão sabia que ele já havia trabalhado com marcenaria e pensou que, por se tratar de um trabalho manual, Clodoaldo poderia levar jeito. “Nem sabia que existia essa pro ssão, mas aceitei o desa o. Tentei e consegui. A primeira aliança não cou muito boa, mas fui aprendendo e pegando o jeito”, lembra Clodoaldo, que, desde esse dia, não voltou mais à função de limpeza. O homem que já trabalhou em várias pro ssões (peão de fazenda, frentista de posto, motorista, garçom) agora tinha se encontrado. Era isso que queria fazer para o resto da vida: ser ourives. Há cinco anos, resolveu abrir o próprio negócio, depois de ter trabalhado por dez anos em joalherias de Dourados. O “Ateliê Artes e Joias” produz todo tipo de acessório e tem como “carro- chefe” as alianças. Clodoaldo, que também é designer, faz, pelo menos, vinte alianças por mês. Clodoaldo atende com horário marcado. Ele mesmo atende aos clientes e, quando preciso, agenda fora do horário comercial.
“Esse é o meu diferencial. Eu converso com as pessoas, entendo o que elas querem e faço o meu melhor. Não importa o quanto vou ganhar. Eu me dedico da mesma forma em qualquer serviço. Eu desenho, crio, dou ideias pros clientes e também produzo qualquer modelo que a pessoa queira. É um trabalho artesanal e exclusivo. Não tenho estoque, faço sob encomenda, são joias personalizadas”, explica. O ourives conta que produzir alianças não é fácil. É preciso ter dom, muita técnica, paciência e capricho. “Para uma peça car pronta, leva em torno de três dias, mas já consegui fazer uma em três horas, pois era um caso urgente de um cliente de fora”. O par de alianças mais difícil que já fez foi o dele e da esposa. “Eu mesmo criei. Tem uma cruz de brilhante, acabamento e detalhes em pedras. Levei um mês.”- declara, todo orgulhoso. A aliança mais cara que fabricou foi um anel de noivado com diamantes de 25 quilates e 15 brilhantes de cinco quilates. Custou R$ 40 mil. Existem também casos curiosos, como noivos que terminam o relacionamento antes de casar e, mesmo assim, buscam as alianças. Também tem a história de um noivo que tinha terminado e devolveu a aliança. Em vez de desmanchar, Clodoaldo resolveu guardar. Um tempo depois, o cliente voltou com a noiva e quis fazer outra. Então, ele contou que tinha a anterior guardada. O homem cou contente, pois havia toda uma história por trás daquela joia. “É uma pro ssão que dá frutos, com certeza. Com ela, sustento minha família e ajudo as pessoas do bairro. E sei que nunca vai sair de moda, porque as joias são eternas. É uma paixão que tenho, e eu co muito feliz ao ver as pessoas usando minhas peças. Sei o quanto é importante para elas; por isso, é importante pra mim”- naliza emocionado.

82 A profissão em detalhes
* Designer: profissional responsável pela ideia da joia. * Ourives: profissional que executa o projeto. Muitas vezes, responsável também pela criação da joia. * Cravador: profissional responsável pela colocação das pedras e dos desenhos de acabamento. * Fundidor: criador de moldes em cera. * Polidor: responsável pelo acabamento fino das joias.
O PASSO A PASSO DA PRODUÇÃO
Primeiro o ourives deve se preocupar com a procedência do ouro, da prata e das pedras que chegam às suas mãos. Em seguida, vem o processo de fundição. O metal deve ser laminado de acordo com o modelo da joia. Após esse preparo, o ourives vai desenvolver a sua arte no ouro ou na prata, dando forma à peça que lhe foi encomendada. Depois, vem a cravação, que é a arte de colocar as pedras na joia. Para finalizar, é feito o polimento da peça.
DICA: COMO PRESERVAR SUA JOIA
Ao comprar uma joia, o cliente recebe uma embalagem adequada para guardá-la. Evite guardar uma joia misturada com outras peças. De vez em quando, leve-a para uma revisão. O ourives é o profissional capacitado para avaliar as joias e verificar se elas estão com as pedras soltas, se precisam de limpeza ou polimento.