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Cultura

Pedagogia do Afeto e Pedagogia do Cidadão Ecumênico, da LBV

Música para a Cultura de Paz

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Na LBV, ela é ferramenta de ensino nas escolas e nos serviços socioeducacionais, sendo agente motivador, de integração e de crescimento pessoal

LEILA MARCO

Incentivar uma criança a aprender música é, sem dúvida, um gesto que pode repercutir no resto da vida dela. Depois de conversar algumas horas com educadores da Legião da Boa Vontade (LBV), saí impressionada com o poder extraordinário dessa arte universal. Na LBV, ela é levada muito a sério, mesmo que os momentos de atividades com os instrumentos musicais, o canto do coral, as cirandas de roda, as brincadeiras ou o simples chocalhar de objetos sonoros, nas mãozinhas dos bebês do berçário, sejam tão leves, relaxantes e alegres.

Quem já experimentou esse universo de sons melódicos viu que ele pode fazer a diferença em seu desenvolvimento cerebral, melhorar habilidades como a concentração, a disciplina de estudo das demais matérias, a percepção, o ritmo, a coordenação motora, a memória, bem como a socialização. Os professores são unânimes ao acrescentar mais alguns bons motivos: dizem que os alunos aprendem também a ter mais paciência, perseverança e sensibilidade.

Como você, amigo(a) leitor(a), poderá ver nesta reportagem, a música na LBV está há muitos anos no dia a dia das 82 unidades da Instituição pelo Brasil, seja como disciplina nas escolas, seja em oficinas nos serviços de convivência, e é considerada uma ferramenta educativa importante para o desenvolvimento emocional, psicológico, cognitivo, motor e social de seus atendidos.

Aprender um instrumento desenvolve habilidades

Diversos pesquisadores da área musical apontam que muitas são as habilidades despertadas por quem aprende música, mais especificamente na prática instrumental. Conheça, a seguir, algumas delas.

(Fonte: www.praticamus.com.br)

AUDIÇÃO Reconhecimento de intervalos, melodia e harmonia; precisão rítmica e senso de pulsação; e capacidade de “tocar de ouvido” ou de imaginar como uma música soa sem precisar tocá-la.

COGNIÇÃO Leitura musical; compreensão dos tons, da harmonia, da estrutura e de estilos musicais; e memorização.

TÉCNICA Habilidades específicas do seu instrumento; agilidade e precisão; e controle de articulação, dinâmica e timbre.

MUSICALIDADE Expressividade; projeção do som; e capacidade de expressar caráter e significado. São Paulo/SP

PERFORMANCE Comunicação com o público e interação com outros performers; coordenação de grupo; e preparação para o palco (administrar a ansiedade, a concentração e a resposta aos erros).

AUTORREGULAÇÃO Compreender e administrar o próprio aprendizado; coordenar o estudo; e administrar a concentração e a motivação. AVALIAÇÃO Capacidade de avaliar o próprio desempenho; descrever e discutir música; comparar diferentes performances; e monitorar o progresso individual.

CRIATIVIDADE Interpretação; composição e criação de arranjos; e improvisação.

Desenvolvimento musical desde o berçário

São Paulo/SP

Logo no início da conversa com dois dedicados educadores do Conjunto Educacional Boa Vontade, em São Paulo/SP, ambos foram categóricos ao afirmar em uníssono: “Todas as crianças têm uma veia musical grande”. Então, já fica desmistificado qualquer entrave que se possa imaginar, afinal disseram em bom som: “todas as crianças” já trazem consigo essa característica, acrescentando o fato de que não importa a etnia, a classe social ou qualquer outra classificação que possa distinguir os seres humanos.

O maestro legionário Nilton Duarte, professor da disciplina na referida unidade de ensino, com toda sua experiência — lá se vão mais de 30 anos só nessa escola —, conta que começou a lecionar nas turmas do berçário com aulas de desenvolvimento musical, musicalidade essa que será trabalhada ao longo de toda a Educação Infantil dos pequeninos e que receberá novos contornos no decorrer da trajetória de ensino no colégio. “A música é um elemento bastante positivo para a criança, ajuda a desenvolver o seu caráter. Ela se sente valorizada e leva isso, sendo jovem, adulto”, ressalta.

E completa o maestro: “O primeiro instrumento é a voz humana. Por isso, já no 4o ano do Ensino Fundamental, aos 9 anos de idade, convidamos os estudantes a integrar o coral. A música traduz realmente o nosso sentimento, ela nos traz alegria, emociona. Quando criança, a gente gosta de cantar todo tipo de canção, por isso, no coral da Legião da Boa Vontade, buscamos as letras educativas, que levem ao Bem, à valorização e à preservação da Vida”.

Aqui vale abrir parênteses para destacar que, graças ao incentivo do presidente da LBV, o compositor José de Paiva Netto, criador da Pedagogia do Afeto (destinada a crianças de até os 10 anos) e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico (a partir dos 11 anos de idade) — que propõe a formação integral do indivíduo, unindo “cérebro e coração” —, a rede escolar da Instituição sempre utilizou a música em suas atividades diárias, inclusive no período pedagógico, como estratégia dos professores em suas diversificadas dis-

O maestro legionário Nilton Duarte é um dos professores que veem no ensino de música, além de todos os benefícios já citados, uma forma de ampliar o leque de oportunidades para crianças e jovens atendidos pela LBV também no campo profissional. “Primeiro, a gente ensina pela emoção; se a pessoa realmente gosta e se dedica a ela, pode ser profissional naquele instrumento, tocar numa orquestra, formar grupos...”, afirmou.

Presidente Prudente/SP

Natal/RN

ciplinas, décadas antes dos órgãos educacionais torná-la obrigatória na matriz curricular da Educação Básica. Assim, em 2008, quando a nova lei foi implementada, o ensino da Música como disciplina foi ainda mais aprimorado nas escolas da Entidade.

ESPAÇO DE TROCAS E VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR

O educador Danilo do Nascimento, que há sete anos trabalha no Instituto de Educação da LBV da capital paulista, também afirma que a musicalidade é poderosa ferramenta na prática pedagógica. Na entrevista, realizada no Espaço Musical Idalina Cecília de Paiva, lugar dedicado ao preparo musical de crianças e jovens na escola da Instituição, ele destacou que o local desperta nos alunos o sentimento de união e parceria. “Aqui é um espaço de troca muito grande entre os educandos, um ensina o outro. É nítido ver que fazem laços de amizade, eles podem conviver com estudantes mais velhos. (...) Sempre um auxiliando, ensinando o outro, musicalmente e em relação à parte humana.”

Além disso, é possível observar a evolução dos estudantes que participam das aulas de Música, pois vão assimilando mais facilmente os demais conteúdos. “Melhora a parte social, cognitiva, ajuda a elevar a autoestima, auxilia na concentração, porque o exercício musical é pura atenção. Quando eles estão tocando na orquestra, na banda ou cantando no coral, estão de olho na partitura, ouvindo o colega que está tocando ao lado, percebendo se estão no ritmo, no tom certo, olhando para o regente... Há várias coisas acontecendo ali”, observa.

Danilo faz questão de comentar que essa troca de sentimentos faz bem igualmente aos educadores. “Sinto-me realizado dan-

do aula na LBV! Costumo dizer que é o melhor lugar em que trabalhei na minha vida inteira, pela liberdade de trabalho, pelos resultados e pelo envolvimento dos estudantes”. E falou desse retorno: “(...) Uma coisa que eu nunca vivenciei em outras escolas foi ver alunos dizendo que querem ser professores. Isso é muito importante, porque é resultado da valorização que a escola dá aos educadores; então, o educando vai querer ser professor. Como ele vê na LBV o respeito com os professores, a valorização, isso o inspira”.

Na oportunidade, ao ser questionado sobre o seu sentimento ao ver tantos estudantes egressos que já se tornaram professores de Música ou que se preparam para lecionar a disciplina, ele assim se expressou. “É um orgulho e uma alegria enorme que sinto. Costumo dizer que, ao ver os meus alunos passando em provas aí fora, fico mais feliz do que quando eu passei. É como um filho, é uma relação de pai e filho”, concluiu.

São Paulo/SP

“[A LBV] é o melhor lugar em que trabalhei na minha vida inteira, pela liberdade de trabalho, pelos resultados e pelo envolvimento dos estudantes. (...) Uma coisa que eu nunca vivenciei em outras escolas foi ver alunos dizendo que querem ser professores. Isso é muito importante, porque é resultado da valorização que a escola dá aos educadores.”

DANILO DO NASCIMENTO

Professor de percussão e regente da Banda Ecumênica Infantojuvenil Boa Vontade

J o ã o N e r y

De estudante a monitor voluntário

João Nery

FAZENDO ESCOLA Mateus de Oliveira, 20 anos, e Miguel, 14. Este, seguindo os passos do irmão mais velho, também toca trombone na Orquestra Filarmônica Jovem Boa Vontade.

Mateus Moreira de Oliveira, 20 anos, é um desses alunos egressos citados pelo professor Danilo que retornam à escola da Legião da Boa Vontade para devolver ao próximo aquilo que aprenderam. No início de 2022, ele recebeu uma grande notícia: havia passado no vestibular para cursar a faculdade de Música na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e na Universidade de São Paulo (USP) e acabou optando por fazer o curso na USP. Era início da realização de um sonho que almeja há alguns anos.

O jovem, que começou a trajetória na área no 4o ano do Ensino Fundamental, época em que passou a integrar o coral da escola, ingressou na Orquestra Ecumênica Infantojuvenil Boa Vontade como trombonista. “Inicialmente, era um meio de união”, recorda. Mas, com o passar do tempo, os benefícios e as afinidades foram crescendo: “Ao começar a estudar Música nesse espaço, tive uma baita mudança nas minhas notas. Passei a pegar as matérias com mais facilidade. Antes, eu

“A música do compositor Paiva Netto não é só notas pelas notas e técnica pela técnica, é algo além. Ele faz com que o ser humano se conecte com o Divino. Isso é o que eu penso fazer, tratar a música dessa maneira.”

MATEUS DE OLIVEIRA

Estudante e monitor voluntário de Música na escola da LBV em São Paulo/SP

O Espaço Idalina Cecília de Paiva, no Conjunto Educacional Boa Vontade, que leva o nome da saudosa mãe do presidente da LBV, grande incentivadora da música na vida de seu ilustre filho, o educador e compositor Paiva Netto, completou, em 3 de março, 10 anos de existência. No local, crianças e adolescentes, grande parte deles vindos das regiões mais vulneráveis da capital paulista, encantam-se e crescem com a musicalidade e o aprendizado do canto e de instrumentos.

tinha mais dificuldade, ficava de recuperação, mas mudou bastante... Memória, concentração... Fiquei bem mais atento”.

Sobre os planos para o futuro, o estudante, que já colabora na escola como monitor voluntário, não esconde o desejo de retribuir o que vivenciou na Instituição. “Eu gosto muito da escola da LBV, quero ajudar de alguma forma, quero ser professor neste local. Trabalhar para valorizar a música brasileira e para dar mais oportunidades a crianças e jovens. O que ela foi para mim pode ser para mais pessoas.”

Mateus também ressaltou que um diferencial do repertório da obra musical do educador e presidente da LBV é um dos fatores fundamentais para sua escolha. “A música do compositor Paiva Netto não é só notas pelas notas e técnica pela técnica, é algo além. Ele faz com que o ser humano se conecte com o Divino. Isso é o que eu penso fazer, tratar a música dessa maneira. Veio daqui essa vontade de falar do espiritual. Agradeço muito ao presidente da LBV e aos meus professores”, finaliza.

Arquivo BV

Música, autismo e inclusão

A musicalidade é um dos pilares das atividades do Programa LBV — Potencializando Habilidades (PPH), que acompanha o desenvolvimento pedagógico, emocional e social dos alunos com necessidades educacionais diferenciadas, promovendo estratégias e adaptações que os ajudem no aprendizado dos conteúdos curriculares. Graças a essa iniciativa, Juan Kler Paixão, 9 anos, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) e é aluno do 4o ano do Ensino Fundamental do Centro Educacional da LBV, no Rio de Janeiro/RJ, tem apresentado um adequado desempenho pedagógico, tirando boas notas e tornando-se cada vez mais participativo na escola. Ele começou a se interessar por instrumentos musicais ainda na Educação Infantil, apreciando mais o piano, o pandeiro e o pandeiro meia lua.

As oficinas de música têm sido fundamentais para esse progresso. “Elas ajudam muito o nosso trabalho com os estudantes com questões diagnósticas na escola, principalmente os que têm dificuldade na sua comunicação social, no seu repertório verbal, porque contribuem para que essa criança sinta prazer de estar naquele ambiente, o que favorece também a memória, o raciocínio lógico, a atenção e a concentração, proporcionando a ela motivação e alegria. Esses sentimentos são responsáveis pela liberação de hormônios importantes para a aprendizagem, como a serotonina e a dopamina”, explica a coordenadora do PPH, Andreia de Jesus, especialista em Neurociência Pedagógica. Ela ainda completa: “A música enriquece e potencializa as habilidades em toda a região cerebral, tendo as principais áreas ativadas: lobo frontal (área da atenção, criatividade e raciocínio lógico); lobo parietal (área de linguagem e interpretação); lobo temporal (área da audição e memória auditiva); lobo occipital (área da visão) e cerebelo (área relacionada aos aspectos motores e psicomotores), que também serão potencializadas a partir das experiências vivenciadas com os instrumentos musicais entre outras, que são fundamentais no processo educacional”.

Cultura para inclusão social

Nos Centros Comunitários de Assistência Social da Legião da Boa Vontade, a musicalidade apresenta-se por meio de atividades de convívio, com o objetivo de que a criança e o adolescente, ao passarem pela Instituição, se tornem cidadãos que exerçam o seu protagonismo, convivam de forma saudável em sociedade e ajudem a transformar a comunidade onde estão inseridos.

O Centro Comunitário de Assistência Social da LBV em Presidente Prudente/SP é uma dessas unidades que utilizam a música nas atividades do serviço LBV — Criança: Futuro no Presente! Entre os dias 15 e 24 de fevereiro, ocorreu a oficina de convívio com instrumentos musicais, atendendo à própria solicitação dos usuários do serviço. “A atividade propicia às crianças uma maneira interativa de se fazer arte e de ser arte, pois a música está em todo lugar o tempo todo”, afirma o educador João Pedro Dourado, licenciado em Música e que cursa especialização em Produção Fonográfica.

A garotada foi apresentada aos instrumentos triângulo, afoxé, agogô, tubos de percussão, bumbos de fita, pandeiro, cajon, pandeiro meia lua, chocalho, flauta e

“Uma pessoa que tem sua vida tangida pela música na infância torna-se um adulto com mais habilidades artísticas e com maior controle emocional. Possibilitar isso a essas crianças e adolescentes, usando o trabalho excelente da LBV, é uma forma de contribuir com a missão da Instituição de promover o desenvolvimento social no despertar do Cidadão Planetário.”

JOÃO PEDRO DOURADO

Educador da LBV em Presidente Prudente/SP

violão e assistiu a uma demonstração de como tocá-los. Além disso, conheceu um pouco da biografia dos maiores intérpretes do gênero baião.

O fato de trabalhar com um público em situação de vulnerabilidade social dá ao educador ainda mais motivação, por saber que está fazendo a diferença: “Só de entregar um instrumento pra cada um dava pra ver a felicidade nos olhos deles; gostaram muito de conhecer um novo estilo de música que é bem distante da realidade deles e puderam se aproximar de instrumentos que antes eram desconhecidos”.

Fotos: Thiago Ferreira

Melhora foco e leitura

Será que melodias sonoras podem nos afetar mais do que imaginamos? Recentes pesquisas da Universidade de Caen, na França, demonstram que elas melhoram o foco e a concentração e auxiliam na apreensão de conteúdos de raciocínio lógico, pois ativam a região do cérebro responsável pelo entendimento de disciplinas como Matemática e Línguas. Assim fica fácil entender o progresso de Matheus Eduardo da Silva, 8 anos, atendido do serviço de convivência da Legião da Boa Vontade em Maceió/AL. “O Matheus era uma criança muito tímida. Com as atividades de música da LBV, ele começou a despertar, melhorou a leitura e a timidez; hoje em dia consegue estar na frente de uma turma falando e já recebeu vários elogios, tanto daqui quanto da escola”, afirma a mãe do menino, Maria da Conceição da Silva.

O estímulo musical aliado a outras ações postas à disposição por educadores da Entidade, como Geloteca, em que as crianças têm acesso a vários tipos de livros, contribuíram para que Matheus se tornasse “um dos três melhores alunos da turma dele. Ele domina a leitura melhor do que muitos colegas do 5o, do 6o ano da sua escola. Na LBV, a gente pega os livros, leva pra casa, lê e devolve. Isso foi fundamental para o desenvolvimento dele”, conta a mãe.

Essa ação inclusiva da musicalidade fez tanto bem a Matheus, que a equipe da revista BOA VONTADE, ao conversar com ele, notou a desenvoltura do menino. “Foram vocês da LBV que me ajudaram. Eu aprendi muito com os amigos que fiz aqui, com os educadores, com minha família... Foi assim que venci”, revelou durante a conversa.

Quando perguntado se a mensagem e os ensinamentos transmitidos pelas canções na Instituição o ajudaram a enxergar o mundo de forma diferente, ele foi categórico: “Sim! A cuidar do meio ambiente, a economizar água. Se eu passar pelo banheiro e ouvir barulho de água, vou lá e desligo. Falo que tem que economizar, porque o mundo não tem água infinita. Outra coisa: se vejo um velhinho que não pode pegar uma coisa, eu vou até ele e ajudo. Estou fazendo a minha parte, tentando dar o meu melhor pra todo mundo”.

Da esq. para a dir.: Paulo Henrique, ex-atendido pela LBV; Matheus; Maria da Conceição; e Miguel. Aos colaboradores da LBV, a genitora agradece todo o apoio: “Gostaria de dizer a eles muito obrigada por mudar e transformar a vida da minha família e dos meus filhos para melhor”.

Oscar ambiental

Canção da LBV ganha prêmio de melhor música

Uma referência nacional quando o tema é valorização de iniciativas, pessoas e instituições que trabalham em favor do meio ambiente e da sustentabilidade do planeta, o Prêmio Hugo Werneck chegou à sua 12a edição como o “Oscar da Ecologia”. A entrega da premiação ocorreu no dia 22 de fevereiro deste ano, em cerimônia transmitida de forma remota. Na oportunidade, a canção Cuida da Terra*, com letra e música do maestro legionário Nilton Duarte e interpretação do autor e de Áthina Luiza, acompanhados do Coral Ecumênico Infantojuvenil Boa Vontade, foi agraciada na categoria de “Melhor Música”.

Para saber mais sobre a iniciativa e a escolha da composição, a nossa equipe conversou com o jornalista e ambientalista Hiram Firmino, diretor-geral da Revista Ecológico, órgão responsável pela premiação. Profissional de destaque na comunicação ecológica, teve importantes participações em grandes empresas de comunicação

* Cuida da Terra — A canção foi composta em 2008, por ocasião da produção do álbum temático Minha casa é o planeta Terra, do Coral Ecumênico Infantojuvenil Boa Vontade, formado por crianças e adolescentes atendidos nas unidades socioeducacionais da Legião da Boa Vontade.

A gravação da música Cuida da Terra contou com a participação de 80 coralistas das cidades de Brasília/DF, Goiânia/GO, Maringá/PR, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e Uberlândia/MG, além de 12 músicos da Banda e do Octeto Boa Vontade e de dois solistas.

Fotos: Vivian R. Ferreira Divulgação

Hiram Firmino, jornalista, ambientalista e diretor-geral da Revista Ecológico, órgão responsável pela organização da premiação.

impressa, como o Estado de Minas e o Jornal do Brasil, até fundar, há 30 anos, essa publicação totalmente voltada ao tema.

Hiram confidenciou que a primeira vez que assistiu ao vídeo da canção teve “um sentimento de encantamento, de ternura, e algo me impressionou: a plateia cantando junto a música”.

Em seguida, guardou o material para fazer a indicação para o prêmio: “O dr. Hugo Werneck tinha uma frase: ‘Nós temos de sensibilizar o ser humano para ele voltar a olhar à Natureza e se encantar com ela’. Quando eu ouvi a música, fiquei paralisado; ela é uma delícia, vai num crescente, é de uma singeleza, com uma mensagem poética, junto com o Coral Infantojuvenil da LBV, a orquestra... Ficamos maravilhados! Então, o vídeo foi apresentado para a comissão julgadora, e todo mundo gostou dele. Foi ótimo, um momento especial”.

Ele falou ainda do trabalho educacional da Legião da Boa Vontade utilizando a música: “A criança é um terreno fértil, ela é importantíssima, porque, educando-a, um novo ser humano vai ser formado, e o progresso é inevitável. Eu quero agradecer a vocês [da LBV] por terem feito o nosso prêmio um sucesso. A contribuição de vocês foi fundamental”.

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