Campanha de Natal da LBV

Saúde pós-pandemia

Roteiro solidário

Com campanha natalina, a LBV distribui mais de 50 mil cestas de alimentos e 50 mil kits de limpeza a famílias em todas as regiões do Brasil

DA REDAÇÃO

Para sobreviver com os três filhos, Maria Sineide dos Santos depende da agricultura e do Bolsa Família. No dia 13 de dezembro, a família dela foi uma das beneficiadas pela LBV na aldeia Fazenda Mãe Jovina, território do povo Xucuru-Kariri, em Taquarana/RN. Ao lado, a sobrinha Evily Samili Souza dos Santos, 7 anos.
Renata Lima

A pandemia do novo coronavírus acentuou os dramas das camadas socialmente vulneráveis da população, entre eles a fome, que já vinha aumentando antes da atual crise sanitária chegar ao território nacional. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dez milhões e trezentas mil pessoas estão em situação de insegurança alimentar. Ciente disso, entre março e novembro, com a mobilização emergencial SOS Calamidades, a Legião da Boa Vontade (LBV) distribuiu mais de 3 milhões de quilos em doações (cestas de alimentos e kits de limpeza) a famílias atendidas pela Instituição e por organizações parceiras. Esse apoio foi imprescindível, porque muitos perderam a própria renda ou a viram diminuir e, mesmo assim, precisam garantir as refeições em casa para os familiares em distanciamento social.

A entrega desses donativos prosseguiu por meio da tradicional campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!, que beneficiou mais de 50 mil famílias em 175 cidades de todas as regiões brasileiras. Além de promover um fim de ano mais digno a milhares de cidadãos, a Instituição tem alimentado a esperança deles em dias melhores, ofertando palavras de conforto e carinho. Dessa forma, moradores dos mais remotos lugares, como a castigada caatinga do Nordeste, assentamentos, comunidades quilombolas e indígenas, sentem que não são tão esquecidos quanto poderiam imaginar. Ao longo de seus 71 anos de trabalho, a LBV tem comprovado estar junto dos mais necessitados em todo esse tempo, assim como sempre estará presente onde o povo precisar.

Nas páginas a seguir, o(a) amigo(a) leitor(a) poderá conferir, pelos registros fotográficos, quão emocionante foi essa ação humanitária, realizada de norte a sul do país graças às doações dos colaboradores da LBV. Ao repercutir a generosidade de tantas pessoas envolvidas nessa empreitada fraterna, percebe-se que 2020 incentivou toda a sociedade a cultivar ainda mais a empatia, a união e a solidariedade — lição que vale a pena cumprir não apenas em 2021, mas continuamente.

A Legião da Boa Vontade agradece aos que com ela contribuíram, transformando as lutas do ano passado em vitórias, e deseja a todos um ano novo de renovada esperança.

“A Caridade não é um sentimento de tolos. É a misericordiosa estratégia de Deus que, aliada à Justiça Divina (que não é a violência que homens inescrupulosos têm como tal), estabelece nos corações a condição perfeita para que se governe, administre, empresarie, trabalhe, pregue, exerça a Ciência, elabore a Filosofia e se viva, com espírito de Generosidade, a Religião. (JOSÉ DE PAIVA NETTO, Diretor-presidente da Legião da Boa Vontade)

Taipu/RN PRINCIPAIS DESAFIOS: Apenas 6,7% da população têm trabalho; 50% da população recebem meio salário-mínimo per capita. DATA: 15/12/2020. APOIO DA LBV: 100 cestas de alimentos e 100 kits de limpeza. IDHM: 0,569
Kauã Roger

A pequena Miracema do Tocantins, no interior do Estado, ficou conhecida pela atuação do jovem Carlos André Silva (E), que, em uma barraca de lona, auxilia crianças em suas tarefas escolares. A LBV, que há alguns meses já havia ajudado o rapaz com kits pedagógicos, retornou à comunidade, no dia 11 de dezembro, e distribuiu 70 cestas de alimentos e 70 kits de limpeza para as famílias que participam da Escola Alegria do Saber.
Paulo Araújo

**Pacaraima/RR ALGUNS DOS DESAFIOS: Crise migratória; apenas 4,6% da população têm trabalho. DATA: 25/11/2020. APOIO DA LBV • 50 cestas de alimentos • 50 kits de limpeza IDHM: 0,650**
Ana Paula Ferreira

**Aparecida de Goiânia/GO**
Egeziel Castro

“Aqui na comunidade a gente vive de carvão, do Bolsa Família e da agricultura. A luta para criar meus filhos foi muito sofrida. Tinha diaque eu olhava para eles e não tinha uma colher de açúcar pra dar. (...) Émuito duro não ter o que comer. Um filho pedir um pão e você não poderfazer nada... Antigamente, aqui a gente não tinha luz, não tinhaágua,não era nem reconhecida. A gente vivia como no deserto, não sabiamnemque a gente existia, nós não ‘tinha’ identidade. A LBV chegou numahora muito boa, [oferecendo] um Natal sem fome, feliz. Tenho muito queagradecer a Deus e a toda a equipe de vocês [da LBV], que fazem um belotrabalho.” MARIA DAMIANA DA SILVA Aos 53 anos, vive em Aroeira,comunidade quilombola de Pedro Avelino/RN. Foi beneficiada pelacampanha natalina no dia 7/12/2020
Kauã Roger

Em 8 de dezembro, na aldeia indígena Atikum, na Bahia, 50 famílias receberam cestas de alimentos e kits de higiene da LBV. O lugar, pertencente ao município baiano de Curaçá, fica a quase 600 quilômetros de distância da capital do Estado, Salvador. As condições para viver na aldeia são precárias: muitas das casas são de taipa e não possuem água encanada ou tratada nem banheiros.
Gabriela Souza

“Estou aqui para agradecer às pessoas que me ajudaram. Peço que continuem colaborando, para que a LBV possa auxiliar mais pessoas carentes. Tenho muito que agradecer pela cesta que recebi, porque não tinha nada para dar de comer aos meus filhos, mas vocês [da Legião daBoa Vontade] chegaram. Que Deus os abençoe! Obrigada a todos da LBV.” GUILHERMINA CHAPARRO Atendida da LBV em Porto Murtinho/MS no dia9/12/2020
Genivaldo Marquiza

Bela Vista/MS ALGUNS DOS DESAFIOS: Apenas 10,3% da população têm trabalho; 2,1 salários-mínimos: renda média mensal dos trabalhadores formais DATA: 9/12/2020. APOIO DA LBV: 100 cestas de alimentos, 100 kits de limpeza IDHM: 0,698
Genivaldo Marquiza

“Tenho uma vida que está dando para levar, mas boa não é... Comia resto de comida dos outros, às vezes, minha mãe catava xepa para vender. Como uma mãe fala para um filho que não tem [comida]? Eu luto, corro, mas mesmo assim a vida [é difícil]... Eu fiquei muito feliz [em receber a cesta], [em ver] meus filhos comendo com vontade. Foi uma alegria!” VADIELE CONRADO Beneficiada pela LBV na comunidade Vila São Jorge, no Rio de Janeiro/RJ