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3.5 Referências Estéticas

mais sensível por querer capturar o máximo de emoção possível.

8. Dias de gravação

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Três vezes por semana por um mês para garantir que nada de errado.

9. Hora de gravação

Quatro horas para ter certeza de que todos os equipamentos estão prontos para a gravação e que o depoimentos estajam o suficiente.

* OBS: Devido a pandemia do novo coronavírus, nossas gravações tiveram alterações: Para as gravações presenciais a produtora foi reduzida, sendo somente permitida a entrada da Diretora, Produtora e Câmera. Também forão realizadas entrevistas pelo aplicativo Zoom. Não foi permitida a entrada em shoppings para captar imagens de lojas de Fast Fashion, assim como algumas lojas de rua no Brás e no Bom Retiro.

Etapa de Edição 3

Desenho de Produção Descrição 1. Infraestrutura para Edição

Ilha de edição da casa da Luiza

2. Montagem- Manipulação de Sons e Imagens

X

3. Equipe

Diretor, diretor de fotografia e arte, som e editor.

3.5. Referências Estéticas

Referências estéticas nada mais é que um conjunto de informações sobre o que usamos como exemplo para nos inspirar a criar o nosso conteúdo, podendo nos ajudar a decidir o jeito que queremos gravar nosso projeto, a narrativa, etc. Então, como referência para criar o Vestindo o Futuro, foram escolhidas três obras documentais, sendo elas: Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar (2019), The True Cost (O Verdadeiro Custo) (2015) e Desserviço ao Consumidor (2019). ❏ Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar (2019):

É uma obra dirigida e roteirizado por Marcelo Gomes. Foi lançado no dia 11 de julho de 2019. Tendo a seguinte sinopse: Na cidade de Toritama, considerada um centro ativo do capitalismo local, mais de 20 milhões de jeans são produzidas anualmente em fábricas caseiras. Orgulhosos de serem os próprios chefes, os proprietários destas fábricas trabalham sem parar em todas as épocas do ano, exceto o carnaval: quando chega a semana de folga eles vendem tudo que acumularam e descansam em praias paradisíacas.

O documentário conta a realidade de uma cidade no interior de Pernambuco, onde a economia é toda e somente de calças jeans. Toritama é uma cidade desconhecida no agreste pernambucano e que é responsável por 20% da produção de calça jeans nacional. Como esse foi o primeiro filme documentário de Marcelo Gomes, percebemos um pouco da narrativa de seus outros filmes, mas mesmo assim não deixando o estilo documentário para trás – com a fotografia em cores bem claras e meio pastéis podemos perceber bem e sentir aquele ar de cidade do interior que vive em um ritmo mais lento. Porém, este não é o caso de Toritama que se intitula de “Grande São Paulo” já que quem vai para lá consegue um emprego rapidinho.

O documentário começa com Marcelo narrando como era aquela cidade na época da sua infância com uma música melancólica ao fundo enquanto vários cartazes aparecem, no começo

a câmera está em movimento e balança por causa dos buracos da rua não asfaltada, mas não atrapalha em nada a narrativa. O áudio, capta muitos ruídos para mostrar como a cidade calma se transformou em uma fábrica, que às 07h00 já está a todo vapor, até mesmo nos finais de semana, todos estão trabalhando. Os barulhos eram tão intensos e maçantes que deixou o diretor ansioso por causa do que se lembrava na infância: a cidade silenciosa. Em um momento o diretor decide deixar com que os moradores que esperam tanto o Carnaval para passar o longo feriado na praia, gravar a estadia lá enquanto ele fica na calma e sozinha cidade que visitava junto com o seu pai, há quarenta anos.

Neste documentário, usamos como referência o fato dele denunciar cuidadosamente e sutilmente o trabalho sem parar da maioria das pessoas na cidade, onde eles só descansam duas vezes no ano (Carnaval e final de ano: Natal e Ano Novo) e nos outros continuam batalhando para conseguir o mínimo para sair da cidade e viajar, queriamos denunciar também na mesma suavidade que o documentário fez. ❏ The True Cost (O Verdadeiro Custo) (2015):

Foi dirigido e roteirizado pelo francês Andrew Morgan e foi lançado em maio de 2015, na França. Sua sinopse é: Explore a ligação entre a pressão dos consumidores por alta-costura de baixo custo e a exploração de trabalhadores nas fábricas.

O documentário foi gravado em várias partes do mundo, mas o seu principal foco foi em Bangladesh, mais precisamente em Dhaka, onde houve um desabamento em 2013, que matou mais de trezentos trabalhadores, a maioria mulheres, e deixou milhares feridos. No início, o documentário começa tranquilo e colorido, cheio de relatos do cotidiano dos entrevistados, sobre como gostam de suas roupas, tudo sempre em um tom de paleta colorida e pastel. As câmeras na maioria das vezes no plano médio, com as pessoas sentadas e atrás delas um fundo claro – isso quando são pessoas de classes mais resolvidas, já as pessoas trabalhadoras ficam na frente de um fundo mais escuro, porém nem sempre eles repetem isso.

A estética do documentário mesmo depois de ter atingido um assunto mais sério, no meio da narrativa, não mudou a paleta de cores, tem muitas passagens de tempo, que ajuda as pessoas a entender bem o que está se passando naquele momento, deixando até mesmo uma angústia no ar, com algumas imagens que não escondem em nada a dor e sofrimento dos trabalhadores da indústria da moda.

The True Cost aborda alguns assuntos para a narrativa sendo eles: o fast fashion, a queda do prédio de seis andares do Rana Plaza, trabalho escravo, o impacto da moda na agricultura e como o uso de agrotóxicos no algodão prejudica a vida da população ao redor – fazendo com que elas tenham doenças incuráveis, além do acúmulo de lixo têxtil e a influência da publicidade. São muitos assuntos que poderiam atrapalhar a narrativa do documentário, mas que só deixou o assunto mais rico e completo, todos esses pontos tem um começo, meio, fim.

Este documentário, é o que mais combina com o Vestindo o Futuro, não queríamos falar somente de um assunto, e como ele fala sobre vários temas correlacionados sem perder o foco decidimos assim ter ele como maior referência, porém somente na narrativa, porque no visual não foi possível, devido a pandemia do Covid-19. O Verdadeiro Custo, “é uma história sobre ganância, medo, poder e pobreza”, como diz o narrador nos primeiros minutos do documentário. E, é um pouco disso que trouxemos para o documentário. ❏ Desserviço ao Consumidor (2019):

É uma série documental de quatro episódios, produzida por Chris Cechin-De La Rosa e Christopher Collins. Foi lançado pela plataforma streaming Netflix, no dia 13 de novembro de 2019. Sua sinopse é: esta série documental mostra que a propaganda enganosa e a negligência na produção de produtos populares podem ter consequências gravíssimas.

A série documental mostra que a propaganda enganosa e a negligência na produção de produtos populares, que podem ter consequências gravíssimas na vida do consumidor. Ela fala a respeito dos produtos sintéticos e seu perigo a saúde, coisas que simulam certos materiais como maquiagem, móveis de fácil montagem e cigarros eletrônicos. A série relata casos de pessoas que sofreram com isso e conversa até mesmo com especialistas, ela é bem didática e interessante de se assistir, pois o seu ritmo é sempre entusiasmante.

Diferente dos outros documentários usados como exemplo, este segue uma pegada mais intensa e frenética, tanto nas falas dos entrevistados como no ritmo das passagens de tempo e músicas de fundo. A paleta de cores também é mais escura mostrando a profundidade do problema, as entrevistas também são bem dinâmicas, fugindo um pouco do padrão de ficarem sentado os produtores vão para as ruas enfrentando problemas e pessoas. O áudio também é completamente limpo para manter o foco só nas vozes das pessoas e suas experiências, os enquadramentos são bem abertos em alguns momentos para mostrar a imensidão do problema de produtos sintéticos e sempre no final de cada episódio ela deixa uma pergunta no ar sobre o que deveríamos fazer sobre aquele assunto lembrando as séries clássicas de documentário.

Desta obra audiovisual, nos inspiramos em como eles abordaram as pessoas e as fizeram ver

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