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4. APESENTAÇÃO
O embasamento teórico desta pesquisa inclui autores como Stuart Hall, considerado o “pai” dos Estudos Culturais, na Inglaterra e Edward W. Said, intelectual que ajudou a introduzir o termo “orientalismo” na academia, nos Estados Unidos. O embasamento teórico também conta com pesquisadores brasileiros que abordam questões que amarelos, população lesteasiática, viveram no passado brasileiro; há também a ajuda e pensamentos de autores estrangeiros que falam sobre os aspectos culturais no Brasil e na América Latina. O veículo digital escolhido foi jornal Folha de S. Paulo.
APRESENTAÇÃO
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A primeira imigração leste-asiática oficial para o Rio de Janeiro ocorreu no século XIX no Brasil colônia por imigrantes chineses para cuidar do plantio de chá, o que não ocorreu bem, já que o solo não era fértil e muitos “trabalhadores” não tinham experiência nesse tipo de plantio (DEZEM, 2005, p. 48 e 49). Desde então ocorreram fortes correntes migratórias vindas do leste do continente asiático para o Brasil, principalmente no sudeste do país. A imigração mais forte politicamente foi a japonesa, mesmo sob um discurso completamente eugenista da classe política da época (TAKEUCHI, 2008).
Mas apesar dos imigrantes terem chegado há anos no país e terem tido descendentes criados sob a cultura brasileira, esses descendentes ainda sofrem um processo de estrangeirização, assim como a cultura de países leste-asiáticos, apesar de terem se misturado com a brasileira e fazer parte do dia a dia da população. O que certamente contribui para uma não representação nas mídias e consequentemente a mídia tradicional não se comunica de forma efetiva com esta parcela da população. Em dezembro de 2019 o novo coronavírus, Covid-19, foi descoberto em Wuhan, na China e logo se tornou um vírus de caráter epidêmico que se espalhou pelo mundo, se tornando uma pandemia, segundo órgãos de saúde.
O surto da doença não teve apenas vítimas do vírus, mas também se elevou o número de casos de racismo e xenofobia contra pessoas amarelas praticamente no mundo inteiro. Só no estado de São Paulo 1,4% da população, cerca de 570 mil pessoas se autodeclararam amarelas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010; números que podem ter sofrido grande alteração devido a movimentos sociais no Brasil na última década, mas que é complicado saber já que não se tem uma data confirmada para o próximo estudo nacional da população pelo IBGE.