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1.11. Centro Comunitário Infantil The Playscape
Figura 19: Detalhe da arquitetura contendo elementos vazados feitos com os tijolos de barro - Centro Infantil Econef.
1.11. Centro Comunitário Infantil The Playscape
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FICHA TÉCNICA:
Arquitetos responsáveis: WAA (We Architech Anonymous) Área: 2657 m² Ano: 2021 Localização: Pequim – China Fonte: Archdaily Brasil (2021).
“O equilíbrio é invisível até que seja perdido” – Equipe responsável pelo projeto
O Playscape é um centro comunitário realizado sobre as antigas estruturas do complexo industrial de armazenamento de grãos da região norte da cidade de Pequim, que contou até meados dos anos 1970 com também uma instalação de transporte. O cliente inicial do projeto era um grande provedor da área da saúde, que se empenha em estar sempre apoiando o desenvolvimento infantil correlacionando com os movimentos atuais entre as gerações. Archdaily Brasil (2021).
Figura 20: Fotografia do projeto - Centro Comunitário Infantil The Playscape
Fonte: Archdaily Brasil (2021).

O conceito do projeto se baseia em retornar com os antigos fragmentos das práticas infantis se ocorriam no bairro, entre brincadeiras, cultura popular, interação pais e filhos e desvincularem do excesso de uso das telas e aparelhos tecnológicos. A proposta de trazer ao espaço uma imersão “de volta ao bairro”, como sendo uma permanência nostálgica ao espaço, que auxilia no desenvolvimento infantil em meio a um bairro funcional. Por ser um projeto de ressignificação do antigo armazém, implantado em um novo bairro, o Playscape teve de incorporar alguns traços:
1. Interação em grupo – esconde-esconde: O livre-arbítrio é vital para envolver a imaginação de uma criança e promover essa interação dentro de um grupo. 2. Perigos – parque de aventuras: o equilíbrio é invisível até que o perdemos, as crianças decidem que nível de risco se sentem confortáveis para experimentar. 3. Proporção corporal – espaço: os espaços são projetados para crianças com recantos para explorar e compreender a ergonomia. 4. Descobertas – labirinto: lugares fora de vista precisam ser explorados para se revelarem, a rota mais eficiente ou direta nem sempre é a mais agradável. 5. Imaginação – fantasias: A paisagem é abstraída removendo iconografia e permitindo flexibilidade em cenários baseados no pensamento.
Ao tomarmos nota por estes traços que guiaram o programa de necessidades, entendemos a ludicidade penetrante do projeto, uma mistura de real X imaginário, cidade X fantasia, novo X antigo, e como a paisagem montanhosas realmente se desprende de toda aquela explosão tecnológica do mundo chinês. A busca pelo equilíbrio é o ponto enfatizam-te que o cliente inicial, gostaria que as crianças passassem em seu crescimento, as ferramentas que o local promove de criação e consciência corporal geram respostas emocionais em consequência as atividades ali desenvolvidas e também as experiências ali convividas. Archdaily Brasil (2021).
Figura 21: Detalhe da circulação através dos escorregadores e a presença do conceito de montanhas - Centro Comunitário
Fonte: Archdaily Brasil (2021).
A consciência corporal, conhecida também como propriocepção, se organiza espacialmente pelas diversas conexões entre pontes, escorregadores e escadas dispostas no local como pelas topografias dançantes, que podem ser utilizadas por diferentes fases de vida de acordo com os diâmetros. Na imagem 22, visualizamos exemplares de escorregadores, pontes e escadas.

Figura 22: Detalhe de escorregadores, ponte e escadas no projeto - Centro Comunitário Infantil The Playscape
Fonte: Archdaily Brasil (2021).
O antigo complexo de armazenamento de grãos é formado por um aglomerado de edificações circundando um grande pátio. Uma via pública no edifício da zona sul do centro, é limitado ao uso direto, para que seu acesso somente se torne possível pelas pontes áreas que conectam os terraços à cobertura. Este mesmo acesso, torna possível um acesso privado para um jardim de infância adjacente ao Playscape. Archdaily Brasil (2021).

Figura 23: Fotografia das conexões através das passagens elevadas - Centro Comunitário Infantil The Playscape
Fonte: Archdaily Brasil (2021).
Para segmentar as idades, e focar os desenvolvimentos corporais necessários, se dividiu o Playscape em 3 unidades. O Playscape 1, com volume menor, topografia flexível e nível baixo para as crianças de 2 à 4 anos, e flexibilidade aos bebês que contam com apoio de um restaurante e biblioteca interna. O Playscape 2, é direcionado para uma aprendizagem interativa e educativa para maiores de 4 anos, que contam com espaço de escalada e salas de aula multiuso. O Playscape 3, é espaço com o sistema desenvolvido para brincadeiras ao ar livre, o grande pátio interno que se comunica com todas as edificações. Ao pensar em parte do edifício Sul, os arquitetos tomaram como ponto de apoio de banheiros, vestiários, anfiteatro e apoio institucional, com as interações espaciais do playspace 2. Archdaily Brasil (2021).

Figura 24: Diagrama de setorização - Centro Comunitário Infantil The Playscape
Fonte: Archdaily Brasil (2021).
Para seguridade das crianças e supervisão dos pais todas as coberturas dos edifícios, são terraços contínuos que se interligam e dão visão aos espaços outdoor e parcialmente ao indoor. O maior desafio dos arquitetos foi em recriar uma iconografia espacial, em que as atividades e os movimentos fossem em torno do grau de risco de cada etapa, além disso incitaram a criatividade, a imaginação e os sentidos corporais ao se tornarem independentes das suas próprias aventuras. O foco projetual foi muito além de abordar os elementos urbanos para cada idade, trouxeram a este espaço público a capacidade de distorcer as escalas e manipular as sequências de movimentos afim de construir ideias do aprendizado sensorial. Archdaily Brasil (2021).
