2 minute read

Figura 7 - Mapa Loteamentos Residenciais Fechados na RMC

Advertisement

O mapa da figura 7 apresenta todos os municípios da RMC bem como todos os loteamentos residenciais horizontais fechados levantados pelas autoras. A partir desse mapa é possível colocar algumas características da RMC em relação aos EREFs.

Observando a posição dos polígonos vermelhos em relação à mancha urbana dos municípios, vê-se que os EREFs se localizam em maioria nas franjas urbanas (SILVA, 2008), contribuindo para um cenário de urbanização dispersa. Como os empreendimentos de EREFs demandam uma área loteável de grandes dimensões, áreas periurbanas e áreas rurais são atrativas por possuírem grande disponibilidade de área e pelo valor da terra ser mais baixo do que aquele da terra urbanizada, viabilizando o empreendimento do ponto de vista comercial. Diferentemente da situação da Região Metropolitana de São Paulo, onde é observável largo grau de conurbação dos municípios, a RMC se caracteriza principalmente pela dispersão dos núcleos urbanos; possuindo apenas alguns pontos de conurbação, como entre Campinas, Valinhos e Vinhedo ou Campinas e Hortolândia (MASSARETTO, 2010). Esta dispersão é sustentada em grande parte pela estrutura viária da região – principalmente pelas rodovias Bandeirantes (SP-348), Anhanguera (SP-330) e D. Pedro I (SP-065) – que possibilitam a implantação de loteamentos e espaços residenciais fechados ao longo do seu curso, descontextualizados dos centros urbanos. Essa estrutura viária, além de favorecer o movimento pendular de uma população que estabelece suas relações de moradia e trabalho entre cidades na RMC (MIGLIORANZA, 2005), também corrobora com a propagação de um sistema de enclaves, como posto por Caldeira (2000), do qual os EREFs fazem parte, mas também os shoppings centers, condomínios empresariais e grandes estabelecimentos comerciais como hipermercados; todos interligados pela rodovia, percorrida pelo automóvel individual, que também é incluído no “mercado do medo”, como mais uma barreira de proteção do indivíduo. Pera (2016) e Marinho (2017) apontam, inclusive, para uma tendência do modelo de urbanização dentro da RMC, tendo na implantação de EREFs um dos seus maiores artifícios. Desse ponto de vista, com a expansão urbana sendo feita a partir de EREFs, há uma intensificação do sistema de enclaves e seus acessórios, além de inclinar-se para uma produção urbana exclusivista (já que quem tem acesso a estes espaços é apenas uma parcela pequena da popu-

This article is from: