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DOM EVARISTO NA DIOCESE DE RORAIMA

das cenas dos abusos cometidos contra os Yanomami.

Dom Evaristo assume no lugar de Dom Mário Antônio da Silva, que deixou o cargo no Estado para assumir a Diocese de Cuiabá, no Mato Grosso, no dia 23 de fevereiro do ano passado. No Marajó, Dom Evaristo diz ter descoberto “a abertura missionária para toda a querida Amazônia, e a importância da Amazônia para a Igreja e para o mundo”. Diante da nomeação do Papa Francisco, Dom Evaristo diz tê-la recebido “com muita disponibilidade e abertura de coração para acolher a nova realidade e seus desafios como um apelo de Deus”.

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Natural de Gaspar (SC), onde nasceu no bairro de Pocinho no dia 29 de março de 1959, Frei Evaristo vestiu o hábito franciscano quando ingressou no Noviciado de

Rodeio (SC), da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no dia 20 de janeiro de 1977. No dia 2 de agosto de 1982 fez a profissão solene na Ordem dos Frades Menores e foi ordenado presbítero no dia 19 de maio de 1984.

Frei Evaristo ficou por uma década em Angola. Essa experiência missionária começou no dia 31 de maio de 2001. De 2003 a 2006, Frei Evaristo presidiu a Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola. Em janeiro de 2010 encerrava essa etapa missionária e retornava para a conhecida Baixada Fluminense, em Duque de Caxias, bairro de Imbariê, como Vigário Paroquial. Ali continuou até 2012 quando o Capítulo Provincial o elegeu Definidor e o manteve como coordenador da Fraternidade de Imbariê. No Capítulo Provincial de 2016, ele foi eleito Vigário Provincial e passou a acumular a função de Secretário da Evangelização.

Frei Evaristo sucedeu a Dom Frei José Luiz Azcona, religioso missionário da Ordem dos Agostinianos Recoletos e bispo prelado do Marajó desde 1987. Dom Evaristo foi ordenado em 06 de agosto de 2016, em Gaspar (SC), depois de ser nomeado bispo pelo Papa Francisco no dia 1º de junho de 2016.

Quando assumiu a Prelazia de Marajó disse: “Os desafios sociais e eclesiais não me assustam quando há uma Igreja viva. O que me dá medo é a acomodação, é perder o ímpeto missionário”.

Atualmente, a Diocese de Roraima se destaca com apoio e suporte da população migrante e indígena presente no estado e continua caminhando na missão de evangelização, em comunhão e participação com o

Santo Padre, Papa Francisco, e toda a igreja na Amazônia.

Da nova realidade, D. Evaristo reconhece seus desafios: “povos indígenas, migração, garimpo ilegal, violência, conflito de terras e territórios e o desafio da evangelização nessa realidade”. Mas também sabe “que a Igreja local é missionária, servidora e profética”, destacando “o serviço prestado pela Diocese aos migrantes venezuelanos”. Uma Igreja que segundo seu novo Bispo, “pauta as suas opções iluminada pelo Evangelho e não por aplausos ou críticas. É uma Igreja que tem clareza da sua opção de estar ao lado dos povos indígenas, migrantes e vulneráveis”.

Dom Evaristo é consciente de chegar num momento marcado pela tragédia humanitária que enfrenta o povo Yanomami, que define como “um escândalo da sociedade brasileira com repercussões internacionais”. Diante disso ele quer “somar com todos os de boa vontade, no esforço do resgate pelo respeito e dignidade deste povo, que vive a paixão de Cristo diante dos nossos olhos. Quero estar ao lado e apoiar a todos aqueles que defendem a vida, promovem a paz, e desenvolvem o cuidado da Casa Comum”.

Se sabendo limitado, D. Evaristo afirma que “é necessário contar mais com a misericórdia de Deus e a ação do Espírito, do que com as nossas forças, e caminhar sempre com os irmãos em espírito de sinodalidade”. Ele lembra seu lema presbiteral, que é a promessa de Deus a Moisés: “Vai, eu estou contigo”. Por isso reconhece que “nossa única segurança é a presença do Deus que nos chama e nos envia através do seu Filho Jesus Cristo”. Igualmente lembra seu lema episcopal: “Avança para Águas Profundas”, que segundo Dom Evaristo, “não permite que eu me acomode”.

Para sua nova missão pede a oração de todos e a intercessão de Nossa Senhora do Carmo, enviando sua bênção.