Akikolá - Junho/2023

EXPEDIENTE:

Coordenação: Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R.

Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918

Projeto gráfico e diagramação: Sandro Abritta

Capa: Imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

DESTAQUE

Província do Rio

Omês de junho, dentre outros aspectos, nos apresenta a espiritualidade do Coração de Jesus. Um coração manso e humilde, misericordioso, capaz de amar e dar a vida! Esta realidade nos faz pensar em nosso coração humano, por vezes tão egoísta e incoerente.

A fé em Jesus é uma fé intimamente ligada ao coração. “Coração, na linguagem bíblica, é o nosso centro existencial, o âmago do nosso ser. É aquela dimensão onde residem as nossas motivações, decisões, angústias, alegrias e intenções’.

O coração tanto guarda suas carências, como é, também, o espaço dos mais sublimes sentimentos. Nela, somente a pessoa e Deus podem chegar mais profundamente.

Jesus nos diz que do coração é de onde podem proceder os bons ou os maus desejos e opções. Por isso, a mudança do coração (con-

A CONVERSÃO DO

Coração

versão) não pode ser confundida com algo raso, banal ou instantâneo. Estamos falando de um processo de proporções estruturais na vida de uma pessoa.

Não podemos confundir a conversão bíblica com a empolgação de um sentimento fugaz. Conversão é mais do que tornar-se membro de um grupo religioso. É mais do que distinguir-se pelas roupas, acessórios ou enfeites religiosos. Afinal, como surgir verdadeiros novos convertidos sem a acolhida do Evangelho de Jesus? Sem novas práticas de amor?

Conversão implica em uma radical transformação do coração. Metanoia! É um caminho de superação das idolatrias e equívocos e a adoção de um novo modo de vida, com base nos ensinamentos e nas palavras de Jesus. É um processo dolorido de troca de mentalidade, pressupostos, paradigmas. “E isso não é nada simples.”

Aqui vale uma reflexão séria: tem sido verdadeiramente a Palavra de Jesus que tem

direcionado o seu coração e suas decisões? Você está em busca da pessoa de Jesus ou das coisas que você pode ganhar d’Ele?

Infelizmente, é possível que passemos anos e anos frequentando missas, retiros, shows e toda sorte de ambientes religiosos, mas ao mesmo tempo, distantes de um relacionamento verdadeiro com Jesus. Sem conversão do coração! “Quem dizem os homens que Eu sou? (Mc 8,27)”

Lamentavelmente, uma parte da religião foi transformada em um supermercado da fé e Jesus, em um multiproduto que atende a todas as nossas fúteis aspirações narcisistas e egoístas. Tudo isso é fruto do nosso coração ganancioso e individualista. Todavia, há esperança! Jesus redime corações, ressignifica motivações, traz novo sentido para nossa existência e faz novas, consistentes e verdadeiras conversões para uma vida verdadeiramente nova. Coração de Jesus, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!

Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R.

Caro(a) leitor(a) do AKIKOLÁ,

Ícone da Esperança: A devoção à Mãe do Perpétuo Socorro

Oreitor da Comunidade Redentorista de Santo Afonso (Casa Geral) e do Santuário do Perpétuo Socorro de Roma, na Itália, onde é venerado o Ícone original, Padre Gianni Congiu, C.Ss.R., reflete sobre o Ícone da Mãe do Perpétuo Socorro, padroeira das Missões Redentoristas, cuja festa celebramos no dia 27 de junho. À Congregação do Santíssimo Redentor foi confiada essa devoção mariana, com o compromisso permanente de fazê-la conhecida no mundo inteiro.

ENTREVISTA COM

Padre Gianni Congiu, C.Ss.R.

Padre Gianni Congiu, C.Ss.R. Roma | Itália

Como é que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro se tornou a padroeira das Missões Redentoristas?

Desde 1865, quando Pio IX a confiou a nós, Missionários Redentoristas, ela tem acompanhado cada nova iniciativa missionária da Congregação do Santíssimo Redentor. Em cada comunidade, mesmo nas mais remotas da periferia do mundo, há o Ícone do Perpétuo Socorro.

Paulo VI cunhou o título mariano de Estrela da Evangelização: “Na manhã de Pentecostes, ela presidiu com a sua oração o início da evangelização sob a ação do Espírito Santo: seja ela a Estrela da evangelização sempre renovada que a Igreja, dócil ao mandato do seu Senhor, deve promover e realizar, especialmente nestes tempos difíceis, mas cheios de esperança!” (Paulo VI, EN 82).

É um título que vejo intimamente ligado ao papel central de Maria na missão redentora.

Qual é a mensagem do Ícone Mariano para o mundo de hoje?

Nosso mundo atual precisa urgentemente de esperança. Nosso Ícone instila esperança já em seu título: ajuda perpétua também significa ajuda segura para hoje e amanhã. A esperança é confirmada ainda mais pelos sinais da Paixão representados no Ícone, segurados pelos arcanjos, lembrando-nos de que Jesus é o Redentor de todos os homens.

Que inspiração o ícone da Mãe do Perpétuo Socorro oferece aos Missionários Redentoristas neste momento de reestruturação da missão em toda a Congregação?

Nunca devemos esquecer que a reestruturação é para a missão, em vista de uma renovação da missão. Nossa Mãe do Perpétuo Socorro é a primeira missionária. A Constituição Redentorista nº 32 nos propõe Maria como modelo e padroeira, aquela que se consagrou totalmente à Pessoa e à obra de seu Filho, e nos convida a amá-la com ternura filial. Se não quisermos que a reestruturação seja apenas uma operação de fachada, devemos ter bem presente esse número de nossa regra de vida. Queremos redescobrir nossa identidade e nossa missão? Olhemos para Maria!

Padre Gianni com seus confrades no Santuário do Perpétuo Socorro, em Roma

Como o Ícone da Paixão pode ser um incentivo para os pobres e necessitados diante de seus desafios e sofrimentos?

No ícone, Maria segura o Menino em seus braços e o contempla com ternura maternal. Quando você estiver necessitado, doente ou angustiado, quando tiver dificuldades familiares, no trabalho... coloque-se diante do Ícone e pense: essa criança sou eu! Maria me segura em seus braços, olha para mim, me protege.

Como as novenas e a devoção à Mãe do Perpétuo Socorro podem ajudar a superar o puro devocionalismo ou uma visão mágica da religião?

A mão de Maria aponta para Jesus, o Redentor. Ao aceitarmos o convite dela para irmos a Jesus, ao confiarmos Nele, ao aceitarmos o Evangelho, escapamos de tudo o que nos desviaria do caminho (visão mágica da religião) ou nos deixaria sem nada (devocionalismo puro).

Qual

é a mensagem do senhor para os leitores do AKIKOLÁ?

Na cabeça de Maria e de Jesus está a auréola: ela nos lembra que somos chamados à santidade. Não apenas somos chamados, mas também temos todos os meios necessários para caminhar na direção certa. Desejo a todos os leitores do AKIKOLÁ que sempre experimentem a proximidade de Maria na jornada da vida.

Jornalista: Brenda Melo Colaboração e Tradução: Pe. Maikel Dalbem, C.Ss.R.

Veja a explicação do Ícone na página 24

Abençoada seja a Província

Nossa Senhora Aparecida!

Assembleia reuniu os Missionários Redentoristas do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Bahia para momentos de integração, apresentação dos trabalhos das Subcomissões de Reconfiguração e votação do nome da nova Província.

Mais um passo foi dado rumo à formação da nova Província que unificará os Redentoristas do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Bahia. De 22 a 25 de maio, uma grande Assembleia com as três Unidades foi realizada no Seminário Santo Afonso, em Aparecida (SP). Durante o encontro, além da confraternização e partilha fraterna de vida, foi apresentada uma síntese dos trabalhos realizados pelas Subcomissões de Vida Comunitária, Pastoral Vocacional, Juventude e Leigos, Jurídica, de Mídias, Administrativa e de Vida Apostólica.

Na ocasião, um novo capítulo foi escrito na história dos Redentoristas que vivem o processo de reconfiguração: sob as bênçãos da Rainha e Padroeira do Brasil, os religiosos escolheram “Nossa Senhora Aparecida” como nome da nova Unidade Redentorista, que será constituída oficialmente no dia 9 de novembro, aniversário da Congregação do Santíssimo Redentor. Dos 183 votantes presentes, 125 preferiram “Província Nossa Senhora Aparecida”. Após a decisão, os is das três Unidades

refletiram sobre três palavras que nortearam toda a Assembleia: memória, fraternidade e esperança.

Outros momentos marcantes da Assembleia foram a palestra com o Pe. Pedro Cunha, da Diocese de Lorena (SP); a apresentação da trajetória de cada (Vice) Província, com memória agradecida, sobretudo, aos Missionários Redentoristas pioneiros; e a celebração da Santa Missa no Santuário Nacional, presidida por Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida e Oblato Redentorista, que exortou os religiosos à formação de uma aliança indissolúvel entre os filhos de Santo Afonso e pediu a Deus o dom da unidade: “Quanto mais unidade, mais alegria!”.

Nesse futuro que se avizinha, que o Espírito Santo, com sua força vivificadora, possa confirmar na unidade, fortalecer a caridade e encaminhar, com sabedoria e perseverança, os Missionários Redentoristas para um tempo novo!

Confira mais fotos na página 16

PROVÍNCIA NOSSA SENHORA APARECIDA

AProvíncia Redentorista do RJ-MG-ES se despediu do Padre Élio da Silva Athayde, C.Ss.R., que passou para a glória eterna na manhã de 12 de maio. Ele faleceu aos 87 anos de idade, em Belo Horizonte (MG), onde estava internado para tratamento de um tumor no fígado.

Dentre tantas marcas de seu legado, ficará na memória sua disponibilidade, sua alegria e seu dom musical. Autor de cerca de 40 músicas, muitas delas tradicionais no cancioneiro católico, como “A Samaritana”, “Obrigado, Senhor” e “Paz, paz de Cristo” , Padre Élio evangelizava e expressava, através de suas canções, o amor incondicional ao Redentor.

Como Missionário Redentorista, percorreu muitos caminhos no anúncio da Copiosa Redenção, onde deixou grandes lições de vida, especialmente nas cidades mineiras de Coronel Fabriciano e Juiz de Fora, e em Campos dos Goytacazes (RJ), onde atuava pastoralmente no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Padre Élio da Silva Athayde, C.Ss.R.

10/12/1935

“Há um tempo para tudo: de nascer e de morrer. Tempo de chorar a vida, de sorrir e agradecer. Para quem sente que a vida é um presente do Senhor, sempre é tempo de alegria, sempre é tempo de amor” (Padre Élio)

A convivência e o jeito de levar a vida

“Padre Élio foi uma pessoa muito gente boa! Animado, gostava de teatralizar as suas reflexões e colocava em poesia as suas músicas, que são cantadas em várias regiões do nosso país. Ele deixa para nós esse legado lindo, que são suas canções e a saudade das pessoas que com ele conviveram. Na Comunidade Religiosa Redentorista, ele era muito interessante porque ajudava a gente a pensar, graças a seus questionamentos e sua inconformidade com alguns pontos da vida religiosa e sacerdotal. Ele nos orientava também a partir dos seus conhecimentos e da sua vasta cultura. Debilitado pela saúde, não perdeu a empolgação. No início, teve muita dificuldade de elaborar essa realidade da doença, mas posteriormente, ele foi aceitando, ficando cada vez mais sereno, não reclamava de dor e gostava muito de conversar. A gente conversava bastante por telefone e também

quando eu ia visitá-lo em Belo Horizonte. Eu agradeço a Deus por tudo o que o Padre Élio fez e deixou para nós na nossa Comunidade Redentorista, no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e as suas músicas para a Igreja, que ajudam a nossa alma a se elevar até Deus.”

Padre Luís Carlos da Silva, C.Ss.R., reitor do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Saudosas lembranças de uma vida partilhada

Conheci o Padre Élio em 1949, quando entrei no Seminário Redentorista em Congonhas (MG). Fomos colegas de curso durante 13 anos, até o final de nossa formação para o sacerdócio. No Seminário Menor, ele aprendeu a tocar violino e eu, piano. A gente fazia um dueto, ensaiando músicas para apresentar em público. Mais tarde, Padre Élio dedicou-se ao estudo do canto gregoriano e foi regente do coral no Seminário Maior em Floresta (Juiz de Fora - MG). Mas, ele não publicou nenhuma música própria. De modo que foi uma grande surpresa para nós quando ele, ao voltar de um curso feito em Roma, começou a compor letra e música de canções muito bonitas – 40 no total –, bem ao gosto do povo e cantadas no Brasil inteiro, como “ Paz, Paz de Cristo” . Na década de 90, Padre Élio e eu trabalhamos na mesma Comunidade, em Coronel Fabriciano (MG), onde ele havia comandado a construção de uma imponente catedral, que comportava 3 mil pessoas. Com todos esses méritos, ele se conservava humilde, simples, com seu senso de humor, seu jeito próprio de olhar a vida, sempre alegre e brincalhão. Quando nossa Igreja em Campos ganhou o título de Santuário, eu pedi a ele que fizesse um hino e, sempre muito inspirado, ele assim o fez, e a gente canta:

“Ó Mãe, ó Mãe, Perpétuo Socorro do meu lar”.

Nos últimos 8 anos de vida, fomos de novo companheiros na pastoral do nosso Santuário de Campos e a gente vai guardar, com muita saudade, as boas lembranças que nos deixou. Que Deus recompense, na eternidade feliz, esse seu servo bom e fiel!”

Padre José Raimundo Vidigal, C.Ss.R., colega de seminário do Padre Élio e confrade da Comunidade Redentorista em Campos dos Goytacazes.

Querido também entre os leigos

Foi um privilégio muito grande conviver com o Padre Élio nesse período que ele passou em Campos. Convivi mais de perto porque ia a médicos, ao banco; ele sempre muito alegre, nunca vi triste! Quando descobriu sua doença, ele ficou um pouco preocupado, mas diante da sua fé, teve esperança de que tudo ia correr bem. Não desistiu jamais de nada, não se entregou hora nenhuma! Quando tocava seu piano, era muito lindo, a gente se emocionava. Saudade fica sim, a alegria dele e lembranças que vamos levar para a vida toda. Tem um trechinho que ele sempre falava: “Para quem sente que a vida é um presente do Senhor, sempre é tempo de alegria”.

Cristiane Manhães, sacristã e colaboradora do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Brenda Melo Colaboração: Lucas Nunes Soriano

Bem comum: de todos e de cada um

Em um momento de tantas divisões, que tocam não somente o âmbito social, mas também eclesial, em um contexto humanamente criado onde as diferenças são vistas como barreiras que criam inimigos e não como possibi -

lidade de crescer no diálogo, no respeito e no reconhecimento da grandeza maravilhosa da Criação Divina, retenho de grande importância recuperar a riqueza do princípio de bem comum, presente no ensinamento social da Igreja e que, ao que me parece, está cada vez mais sendo transcurado.

Não pretendo aqui analisar um ou outro caso específico, e são muitos, a fim de não reduzir o grande espectro de análise possível, mas de oferecer ao caro leitor os elementos presentes no Compêndio da Doutrina Social da Igreja sobre tal princípio e oferecer uma breve reflexão de caráter geral.

Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R. Roma | Itália

Pe.

Ao centro do ensinamento social da Igreja encontra-se o princípio inalienável da dignidade de todo ser humano. Independente de qual grupo pertence, a qual estrato social, de suas ideias etc, todo ser humano carrega em si a imagem de seu Criador. Contudo, tantas vezes esta imagem vem obscurecida, seja pela ação ativa da própria pessoa, que se desumaniza a si mesma, distanciando-se desta dignidade, seja em forma passiva quando esta vem imposta por ação outrem, gerando sobre tantos um processo de desumanização por segregação, exclusão etc. Ambas as dimensões estão em complexa união, uma vez que uma tende a gerar a outra no interior das relações.

Neste ponto, encontramos um conceito importantíssimo: relação. Como pessoa humana, ninguém é uma ilha, ou seja, um indivíduo fechado sobre si mesmo, autossuficiente, que se baste a si mesmo. Somos sempre no interior de relações que doam e geram sentido. A consciência de tal realidade deveria gerar, por sua vez, um profundo senso de solidariedade e serviço mútuo entre os seres humanos, no respeito às diferenças que, quando acolhidas, tendem a enriquecer-se mutuamente, participantes de um mesmo destino de felicidade. É sobre este alicerce que se encontra a base do princípio de bem comum: criados imagem de Deus, que em si é relação, o ser humano é chamado, com os outros, a crescer na alegria desta identidade verso o destino comum ao qual todos são chamados a participar.

Uma sociedade que, em todos os níveis, deseja intencionalmente permanecer a serviço do ser humano, é aquela que estabelece como meta prioritária o bem comum, como o bem de todos os homens e do homem todo. A pessoa não pode encontrar a realização somente em si mesma, isto é, fora do seu ser “com” e “para” os outros. Essa verdade lhe impõe não uma simples coexistência nos vários níveis da vida social e relacional, mas uma busca incessante, de forma prática e não meramente ideal, pelo bem, ou seja, pelo significado e pela verdade a serem encontrados nas formas existentes de vida social. Nenhuma forma expressiva de sociabilidade - da família ao grupo social intermediário, à associação, à empresa econômica, à cidade, à região, ao estado, à comunidade de povos e nações - pode se esquivar da questão de seu próprio bem comum, que é constitutivo de seu significado e a autêntica raison d’être de sua própria existência (CDSI, 164).

Sendo assim, o bem comum de uma sociedade não é só tarefa da classe política – embora esta desenvolva um papel importantíssimo – mas de todos. Trata-se de uma realidade muito mais ampla que nossos pequenos grupos de pertença ou de nossas ideologias, porque se trata do bem de cada um e de todos.

Continuaremos a aprofundar tal argumento no próximo mês, a fim de oferecer caminhos que nos permitam abrir nossos horizontes na busca de itinerários de comunhão e vida.

Pureza de coração, para sabermos o que Deus pede a cada um de nós!

No calendário da Igreja e da Congregação Redentorista, o mês de junho vem cheio de datas importantes: Santíssima Trindade; Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo; Sagrado Coração de Jesus e de Maria; Coração Eucarístico de Jesus; Natividade de São João Batista e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Na tradição Redentorista, para cada mês do ano, refletimos sobre uma virtude! O que é virtude? No dicionário poderemos encontrar a seguinte significação: “conformidade com o bem, com a excelência moral ou ainda uma conduta”.

Então dirijo a vocês, diletos leitores, uma pequena reflexão acerca da virtude aqui mencionada: Pureza de coração! Ao refletir, me reporto a um caminho que muitos de nós vivemos em nossa vida quando rezamos a jaculatória: “Jesus manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso”, ou ainda, por diversas vezes nos deparamos com alguma passagem bíblica que nos alertava sobre a pureza de vida, por exemplo: “Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e cultos, e as revelastes aos pequeninos” (Mt 11, 25), ou ainda, “deixais vir a mim as crianças...; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas” (Mt 19,14).

Olhando a partir do desejo que está sendo dito por Jesus nos evangelhos citados, podemos dizer que, de fato, Pureza de Coração tem a ver com “conformidade com o bem”. E onde encontrar tal bem? Nós o encontramos em Jesus, que nos deixou os mais intensos sinais de pureza de seu coração, quando acolhia as pessoas que dele se aproximavam. Tais gestos nós vemos na vivência cordial com o próximo, todas as vezes que praticamos a mansidão e humildade que pedimos a Jesus em nossas orações. Todas as vezes que celebramos a Eucaristia ou rezamos, é um dever nosso praticar tudo aquilo que foi celebrado. Daí dizer que conformidade com o bem pode revelar as mais sinceras disposições de nossas escolhas para sermos mais humanos, ou se preferirmos, feitos mansos e humildes como o coração de Jesus.

E como cultivar tal virtude, principalmente em tempos de urgentes sinais de atitudes puras de coração? Sinto que pureza de coração tem tudo a ver com a sinceridade do coração das crianças. No texto de Mateus 19,14, Jesus nos dá uma dica do porquê devemos nos fazer pequenos e humildes. Olhemos bem a inocência e verdade dos sentimentos que nos pequenos podemos encontrar! Pureza de coração é não se esquecer das coisas simples, mas ao mesmo tempo, imensamente profundas que podemos cultivar seguindo os ensinamentos que recebemos em nossa fé.

Desejo a você, amigo leitor, audácia no caminho e disposição para conformar seu coração com o Coração de Jesus! Deixo o convite: rezemos pelos vocacionados e pelos consagrados Redentoristas, irmãos e padres, para que acolham a mais sincera disposição a fim de praticarem o amor que Deus nos revela em seus santos e santas, assim como o vemos nas atitudes de Jesus! Deus o abençoe!

Pe. Edson Alves da Costa, C.Ss.R. Promotor Vocacional Belo Horizonte | MG

AgendA dA Reestruturação

Dando continuidade ao processo eleitoral para Superior da Província Nossa Senhora Aparecida, entramos na etapa das prévias eleitorais. Entre os 5 nomes mais votados em cada Unidade Redentorista (RJ, SP e BA), cada religioso de voz ativa poderá escolher até 3 nomes para votar em sua (Vice)Província.

A apuração dessa fase será no dia 22 de junho, na Comunidade Nossa Senhora da Glória, em Juiz de Fora (MG). O resultado será levado para o Capítulo Provincial Eletivo, que será realizado de 22 a 25 de agosto, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG), para a votação final entre os membros de direito e os capitulares eleitos nas Comunidades Redentoristas.

Estamos vivendo um momento histórico na construção da Província Nossa Senhora Aparecida. Rezemos pela nova Unidade e pelos Missionários Redentoristas! Que Santo Afonso, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e todos os santos Redentoristas iluminem esse novo tempo de unidade, fraternidade e esperança!

ORAÇÃO PELA NOVA PROVÍNCIA

Ó Trindade Santa, fonte de comunhão, a Vós nos dirigimos em confiante súplica por nossa Nova Província. Fortalecei em nós os vínculos que nos unem por comum consagração. Firmai em nosso ser e em nossas estruturas a identidade vocacional que nos foi legada por Santo Afonso, sempre em vista da Missão.

Pai de Misericórdia, em MEMÓRIA agradecida, nós vos damos graças pela história de nossas três Unidades. Bendito sejais pelos que gastaram suas vidas pela redenção, ao longo dos anos, nas diversas frentes de trabalho apostólico. Bendito sejais pela generosidade, pela entrega, pela ousadia missionária. Bendito sejais por nossas famílias, pelas parcerias em vista do Reino, pelos leigos e leigas associados à nossa evangelização.

Amado Redentor, Jesus, sendo Filho, quisestes fazer-vos irmão nosso. Solidificai entre nós a FRATERNIDADE que acolhe, que aceita as diferenças, que se manifesta na escuta atenta e nos gestos de gratuito in-

teresse pelo outro. Seja o vosso Amor a inspirar nossas palavras, a desarmar nossas resistências e a impulsionar nossa vida comunitária.

Espírito Santo, Paráclito, Alma e Guia fiel da Igreja, um dia, suscitastes em Afonso a fundação da Congregação Redentorista. Enraizai profundamente em nós a ESPERANÇA que descortina horizontes, fecunda novos projetos e desperta mais vocacionados para continuação dessa Obra Missionária. Que não nos deixemos vencer, nem pelo medo, nem pelo cansaço, nem pelas dificuldades do caminho. Que cada desafio seja um convite para o exercício de uma fidelidade criativa em favor dos evangelizados, dentre eles, os mais pobres e abandonados.

Maria, Mãe do Perpétuo Socorro, sede para nós exemplo de disponibilidade e intercessora constante em nossas necessidades.

Amém.

Rua Capitão Leonídio Soares, 751 Planalto - Belo Horizonte - MG

CEP: 31720-590 contato@vocacionalredentorista.com.br

MEMÓRIA AGRADECIDA

Coronel Fabriciano (MG)

Comunidade São Sebastião

AA Paróquia São Sebastião faz parte de uma região mineira denominada “Vale do Aço” e sua história está intimamente ligada ao surgimento do município de Coronel Fabriciano (MG). Seu desenvolvimento foi impulsionado, a partir da década de 1930, com a chegada de grandes indústrias que promoveram o povoamento da região. A primeira missão Redentorista na localidade aconteceu entre os dias 03 e 11 de agosto de 1946. Desde então, cogitou-se a possibilidade de criar uma paróquia para atender o povo em suas demandas espirituais e sociais. Dom Helvécio Gomes de Oliveira, então Arcebispo de Mariana, ofereceu esta nova fundação aos Missionários Redentoristas, que não demoraram a aceitá-la e tinham o desejo de fundar também um convento no local. Dois anos depois, em 1948, seria criado oficialmente o município de Coronel Fabriciano, assim como a paróquia.

O Pe. José Gonçalves da Costa, C.Ss.R. foi nomeado Superior da nova fundação, junto com seus companheiros: Pe. André van Arendt, C.Ss.R. e Pe. Frederico Joosten, C.Ss.R. Os Redentoristas chegaram no dia 07 de agosto de 1948 e tiveram como convento e casa paroquial, provisoriamente, a Casa do Capelão do Hospital, onde também residiam o Pe. Deolino e o Pe. Levi.

A Igreja, que já estava em construção, foi dedicada a São Sebastião, padroeiro da cidade. Desde

o início, a nova matriz era considerada pequena para os trabalhos pastorais, mas houve a promessa do Arcebispo de ceder um outro terreno para uma nova construção. Atrás da igreja foi construído um colégio, cuja direção foi entregue às Irmãs Carmelitas. A matriz logo seria conhecida como a Capela do Colégio Angélica e as missas seriam ali celebradas até o final da década de 1980. Com o aumento no número de frequentadores, as celebrações passaram a ser realizadas no pátio da escola. A construção de uma nova igreja era necessária e começaram as campanhas para arrecadar fundos. A catedral de São Sebastião foi oficialmente inaugurada no dia 4 de julho de 1993 e também dedicada ao padroeiro da cidade. É cocatedral da Diocese de Itabira-Fabriciano e possui capacidade para mais de 1200 pessoas, com arquitetura inspirada na Catedral de Tóquio, em formato de tenda, lembrando o santuário móvel israelita no deserto.

A ação missionária e pastoral dos Missionários Redentoristas em Coronel Fabriciano contribuiu e continua colaborando no desenvolvimento material e espiritual da comunidade local. E assim, cumprem sua missão evangelizadora como anunciadores da abundante redenção de Jesus Cristo aos mais abandonados.

3ª FASE DO CAPÍTULO GERAL:

Somos Missionários da Esperança!

AnA

3ª Fase do XXVI Capítulo Geral da Congregação Redentorista aconteceu de 7 a 17 de maio, na Casa de Retiros Marianella, na cidade de Atyrá, no Paraguai. Esta última fase do Capítulo, que acontece em cada Conferência, reuniu os Provinciais e vogais (representantes) da América Latina e do Caribe.

O Superior Geral, Padre Rogério Gomes, C.Ss.R., esteve presente, juntamente com o Conselheiro Geral da América Latina e Caribe, Padre Jairo Dias, C.Ss.R. O Coordenador da Conferência, Padre Marcelo Araújo, C.Ss.R., ajudou na condução dos trabalhos. Pela Província do Rio estiveram presentes o Padre Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R., Superior Provincial, e o Padre Carlos Viol, C.Ss.R., vogal da Província.

Foi uma forma Redentorista de celebrar a sinodalidade na Congregação.

OBJETIVOS DA 3ª FASE

É importante recordar o propósito desta fase: “A nível de Conferência, a Fase de Implementação ocorrerá o mais tardar doze meses após a Fase Canônica do Capítulo Geral. (DC, 809). Portanto, a tarefa principal desta Fase de Implementação foi a comunicação da mensagem e a orientação estabelecida pela Fase Canônica do Capítulo Geral para a missão da Congregação dentro da Conferência. Certos eventos podem ser organizados oportuna-

mente, como workshops, retiros, etc., a fim de facilitar essa execução (DC, 810)”.

Os Capitulares se propuseram a escutar o Espírito, encontrar a vontade de Deus e a melhor forma de aplicar as decisões que os levam a animar a vida apostólica na Congregação. “Temos uma missão importante: animar, indicar caminhos e envolver os confrades nas decisões capitulares. Os Capítulos e as Assembleias Geral e (vice) Provincial são órgãos importantes da vida consagrada. Com as suas limitações, procuram ouvir e discernir como uma só unidade”, pontuou Padre Nelson.

AMÉRICA LATINA E SEUS DESAFIOS

A Conferência da América Latina e do Caribe, ao longo dos anos, procurou responder aos sinais dos tempos. A região é terra Redentorista e ainda há muito a fazer. A América Latina – Continente da Esperança, com seus desafios, tensões, medos e muita esperança, fez um belo caminho e responde ao Espírito. “Seguimos colhendo vocações e podemos pensar na evangelização com maior vigor e criatividade missionária. Nesse sentido, a reestruturação e a reconfiguração dão a possibilidade de priorizar os projetos missionários sem fragmentá-los ou multiplicá-los desnecessariamente”, afirmou o Provincial do Rio.

TEMAS IMPORTANTES ABORDADOS

Neste momento da história Redentorista na América Latina, alguns elementos foram importantes nas decisões da terceira fase: a promoção vocacional, o processo de formação

dos novos Redentoristas, a formação permanente dos Congregados, a identidade e o compromisso missionário, a sustentação financeira, a missão compartilhada com os leigos e leigas, e a formação de lideranças. Outro tema que esteve muito presente nas discussões foi o processo de reconfiguração das unidades, que serão sete a partir de 2024.

A CONSTRUÇÃO DE UM CAMINHO NOVO

Os Missionários Redentoristas tiveram em mãos algumas tarefas derivadas das decisões do XXVI Capítulo Geral em continuidade com os Capítulos anteriores. O Capítulo Geral desafia os Missionários Redentoristas a serem fiéis ao Evangelho, às Constituições e à interpretação do carisma à luz dos tempos atuais e dos novos desafios da missão. O tempo de mudança é uma oportunidade para evangelizarem e abraçarem o futuro com esperança!

os principais acontecimentos da Província do Rio

Aconteceu em Atyrá (Paraguai)

A 3ª fase do XXVI Capítulo Geral da Congregação Redentorista aconteceu em Atyrá, no Paraguai, de 07 a 17 de maio, reunindo Missionários Redentoristas representantes de Unidades da América Latina e Caribe, com o objetivo de encontrar formas de aplicar as decisões da etapa canônica em nível de Conferência, para revitalizar a vida apostólica, continuar o processo de reestruturação para a missão, aprofundar o espírito de corpo missionário e estruturar um plano estratégico da Conferência para o sexênio. Pela Província do Rio, Minas e Espírito Santo, participaram o Superior Provincial, Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R., e o vogal, Pe. Carlos Viol, C.Ss.R.

Acompanhe todos os acontecimentos no site: provinciadorio.org.br

Aconteceu em Aparecida

De 22 a 25 de maio, foi realizada uma grande Assembleia com as três Unidades Redentoristas que se unificarão – Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia – no Seminário Santo Afonso, em Aparecida (SP). Estiveram presentes Padres, Irmãos, Fratres, Diáconos e representantes dos leigos. Foram proporcionados momentos de integração, apresentação das atividades das Subcomissões, discussões acerca das expectativas e prioridades apostólicas para a nova Província, momentos de oração e a tão aguardada escolha do nome da futura Unidade Redentorista, que se chamará Província Nossa Senhora Aparecida.

Aconteceu em Belo Horizonte e Juiz de Fora

Na noite de 12 de maio, no Santuário São José, em Belo Horizonte (MG), ocorreu o velório e a Missa de Exéquias do Padre Élio da Silva Athayde, C.Ss.R. A Celebração foi presidida pelo reitor da Comunidade Redentorista da capital mineira, Pe. Ronaldo Divino, C.Ss.R., e concelebrada pelos Missionários Redentoristas do Santuário São José e da Comunidade Vocacional Dom Muniz.

Na madrugada, houve o translado do corpo do Padre Élio para Juiz de Fora (MG), onde, na Igreja da Glória, foi realizada a Missa de corpo presente, presidida pelo Reitor da Comunidade Redentorista, Pe. Dalton Barros de Almeida, C.Ss.R. Em sua homilia, Pe. Dalton, que foi colega de turma de Pe. Élio, destacou o dom musical do confrade e afirmou que as canções escritas pelo sacerdote vinham de uma alma que acreditava no Cristo e, por meio de sua música, Padre Élio queria levar outras pessoas a crerem também. “Como dizia sua proposta vocacional: ‘Senhor Jesus, que eu seja luz para os que erram, conforto para os que sofrem, vida para os que não a querem viver’”. Em seguida, o cortejo com o corpo do sacerdote seguiu até o Cemitério Redentorista “Passo da Ressurreição”, onde foi sepultado.

Padre Élio faleceu aos 87 anos de idade, na manhã de 12 de maio, em Belo Horizonte (MG), onde estava internado para tratamento de um tumor no fígado.

Aconteceu em Belo Horizonte

O Encontro Vocacional Redentorista aconteceu na Casa de Retiros São José, na capital mineira, Belo Horizonte, de 1º a 04 de junho, com a participação de quatro jovens vindos de Betim, Ewbank da Câmara, Congonhas e Montes Claros. Os vocacionados viveram um tempo voltado para o autoconhecimento, para pensarem melhor a sua vocação, conhecerem a Congregação Redentorista e o seu carisma. A equipe de trabalho que assessorou o encontro foi composta pelo Pe. Edson Alves, C.Ss.R. (Promotor Vocacional da Província do Rio), Ir. Fábio Silva, C.Ss.R (Igreja da Glória), Rosalina (Psicóloga) e Joana (Secretaria da Pastoral Vocacional).

Celebrações

Aniversário natalício

DE JUNHO/23

Patrono: São Barnabé, Apóstolo

Ordenação Presbiteral

Memória Redentorista

1º/06 Nascimento do Beato Basílio Velychkovskyi (Stanislaviv, Ucrânia, 1903)

04/06 Falecimento do Beato Pedro Romero Espejo (1938)

05/06 Ordenação Presbiteral do Beato Pedro Donders (1841)

06/06 Primeira missão de Santo Afonso em Scala (1730)

15/06 Assinatura do decreto de elevação da Vice-Província do Rio à categoria de Província pelo Cardeal Arcádio Larraona (1951)

16/06 Ordenação Presbiteral do Beato Gaspar Stanggassinger (1895)

17/06 Decreto que instituiu a Liga Católica da Igreja Santo Afonso (RJ) como a “Prima Primária” de todas as Ligas fundadas e a serem fundadas no Brasil. (1922)

18/06 Beatificação de Madre Maria Celeste Crostarosa pelo Papa Francisco (2016)

19/06 Canonização de João Nepomuceno Neumann pelo Papa Paulo VI (1977)

20/06 Consagração Episcopal de Afonso de Ligório (1762)

22/06 Fundação da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Vale da Floresta, em Juiz de Fora (MG) (1969)

24/06 Profissão Religiosa do Beato Pedro Donders na C.Ss.R. (1867)

25/06 Ordenação Presbiteral de São João Nepomuceno Neumann (1836)

27/06 Festa de Nossa Sra. do Perpétuo Socorro, padroeira das Missões Redentoristas

27/06 Beatificação dos Mártires Basílio, Nicolau, Zenão e Ivan pelo Papa João Paulo II (2001)

28/06 Memória dos beatos ucranianos: Basílio Velychkoskyi, Nicolau Charnetskyi, Zenão Kovalyk e Ivan Ziatyk

29/06 Fundação da Província do Rio (1951)

30/06 Memória do Beato Januário Maria Sarnelli

Virtude: Pureza de coração

27/06 Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R.

02/06 Pe. André Luiz Bastos, C.Ss.R.

10/06 Pe. Rogério Gomes, C.Ss.R. (Superior Geral Redentorista)

24/06 Pe. Jonas Pacheco Machado, C.Ss.R.

27/06 Pe. Paulo Roberto de Morais Júnior, C.Ss.R.

30/06

Pe. Sebastião Fernandes Daniel, C.Ss.R.

05/06

Pe. Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

Detalhes simbólicos do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Abreviatura de Mãe de Deus

As letras em grego acima da sua cabeça a proclamam Mãe de Deus.

Abreviatura de São Miguel Arcanjo

São Miguel apresenta a lança, a vara com a esponja e o cálice da amargura.

Abreviatura de São Gabriel Arcanjo

São Gabriel segura a cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus.

Abreviatura de Jesus Cristo

As letras IC XC indicam o nome de Jesus Cristo em grego.

Estrela

A estrela no véu de Maria é a estrela-guia que nos conduz, como conduziu os reis magos ao encontro com Jesus. Estrela que nos guia no mar da vida até o porto da salvação.

Olhos de Maria

Os grandes olhos de Maria, voltados sempre para nós, seus filhos, a fim de acolher e socorrer as nossas necessidades.

Boca de Maria

A boca de Maria guarda o silêncio. Ela que fala pouco e comunica muito a partir do seu olhar sereno. Guarda tudo em seu coração.

Túnica Vermelha

A Túnica Vermelha distinguia as virgens do tempo de Nossa Senhora. Sinal de pureza, mas também da entrega a Deus pela fé.

Centro do Ícone

Maria, ao mesmo tempo que nos acolhe com o seu olhar, com a mão aberta nos indica Jesus Cristo como nosso Redentor, nosso Perpétuo Socorro.

Mão direita de Maria

As mãos de Jesus estão apoiadas nas mãos de Maria, significando confiança total e as graças que recebemos por sua intercessão.

Mão esquerda de Maria

A mão esquerda de Maria sustenta Jesus. A mão que apoia, acolhe e protege aqueles que, nos sustos da vida, correm para os braços da Mãe.

Manto Azul

O manto azul era referência das mães daquela época. Maria é a Virgem-Mãe de Deus.

Sandália Desatada

A sandália desatada é símbolo de um pecador preso ainda a Jesus por um fio: a devoção a Nossa Senhora. Nos desesperos da vida, assustados pelas dificuldades e medos, corremos o risco de perder-nos. Mas resta ainda um fio que nos une à salvação.