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Volta das atividades estrategicamente planejada

Protocolos no recebimento dos alunos foram seguidos à risca para garantir a segurança de acadêmicos, professores e colaboradores

RETORNO PLANEJADO E SEGURO

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Faculdade elaborou e adotou rigoroso protocolo para a volta das atividades laboratoriais para dar continuidade à formação prática dos alunos

AFaculdade Ciências Médicas – MG está diferente. Os alunos acessam a Instituição em um fluxo controlado, as catracas estão desativadas, os espaços de convivência fechados. A pandemia fez com que a Instituição se adaptasse, afinal, ser especializada em ensino de ciências da saúde, durante uma crise sanitária, requer responsabilidade redobrada quanto à segurança de alunos, professores e colaboradores. Imbuída desse papel, a Diretoria, com diversas áreas da Instituição, traçou estratégias para o retorno das atividades laboratoriais práticas na Faculdade. Essa preparação foi considerada imprescindível para obedecer aos protocolos exigidos pelas Instituições – secretarias de Saúde municipal e estadual, OMS e Ministério da Saúde – e garantir a qualidade do ensino para os alunos.

Houve redução do número de alunos nas aulas práticas com redistribuição das turmas, e os locais foram demarcados para garantir o distanciamento

Comunicação Feluma

“Não seria possível fazer uma migração para que todas as disciplinas fossem ministradas de forma remota”, explica Prof. José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho, diretor da Faculdade. “Do primeiro ao quarto ano, cerca de 40% das atividades são práticas. Já o quinto e o sexto são majoritariamente práticos.” Era preciso, portanto, envolver todos os setores em torno de um esforço coletivo para assegurar o retorno dos alunos com critério e responsabilidade, mediante ambiente e fluxos preparados de forma rigorosa.

Luiza Siqueira Veloso de Andrade Carvalho, aluna do 3º período de Medicina, admite que, incialmente, ficou com receio de retornar às aulas. Quando chegou ao local, no entanto, percebeu que a Faculdade levou muito a sério os protocolos estabelecidos pelos órgãos de saúde. “Eles foram simplesmente impecáveis. Ficou claro que estávamos em segurança ali.” Luiza se refere à série de medidas que se tornaram obrigatórias para a volta. Primeiramente, os acadêmicos foram distribuídos em turnos – 200 em cada período. Mais de 2.000 alunos receberam EPIs para serem usados nas dependências da Faculdade; as salas que abrigavam disciplinas foram adequadas e transformadas em novos laboratórios, para que cada turma tivesse não mais que 15 pessoas; cada andar passou a contar com a presença de um profissional incumbido de dispersar possíveis aglomerações e garantir que todo o protocolo fosse seguido; novos

microscópios foram adquiridos para que os alunos não precisassem compartilhar o uso do equipamento; fluxos de percurso nos corredores foram alterados; e uma forte campanha de comunicação visual foi criada e afixada para conscientizar a todos.

Marlene Caldas, secretária-geral da Faculdade, conta que a satisfação dos alunos quanto aos protocolos adotados é fruto de muito planejamento e empenho com os grupos que foram formados para a organização do retorno. “O momento exigiu muito planejamento e estratégia. Conseguimos entender a angústia e apreensão dos alunos, ouvimos as demandas e nos organizamos. Sabíamos que eles estariam seguros, mas era preciso que vivenciassem isso na prática.”

Próximos passos

Toda a sociedade tem tirado lições da pandemia, e com a Faculdade não é diferente. Marlene explica que um dos aprendizados tem sido a capacidade da equipe de se adaptar rapidamente às mudanças de regras e protocolos durante a pandemia. Reuniões de emergência, mudanças de fluxos e testes foram realizados antes da volta dos alunos para as atividades práticas.

Marlene explica que a Instituição já tem todo um planejamento traçado para lidar com os possíveis cenários que vierem. “Já temos o cálculo de alunos por sala, fizemos adaptações nas janelas para não haver necessidade de ar-condicionado, a equipe está treinada, enfim, tudo está pronto”, afirma.

Prof. Rafael Duarte, vice-diretor da Faculdade, explica que, em meio ao caos trazido pela pandemia, a direção não poderia perder de vista a tradição da Instituição quanto à qualidade do ensino. “Tínhamos segurança no retorno e fizemos questão de retomar e manter as atividades práticas, o que sempre foi uma marca da Faculdade.”

É importante destacar que o retorno das atividades práticas da Faculdade teve a anuência legal dos representantes do poder público, como Secretaria Municipal de Saúde, Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro) e Ministério Público de Fundações.

Principais ações para a retomada

Aquisição de mais equipamentos e distribuição de EPIs para todos os alunos

Aferição de temperatura corporal e estrutura de higienização de mãos e calçados na entrada

Mudança no fluxo de deslocamento e trajeto no edifício

Comunicação visual de orientação e sinalização

Elaboração de Procedimento Operacional Padrão para desinfecção de ambientes

Profissionais capacitados para orientar o público

Alunos distribuídos em turnos

Mais salas adaptadas disponíveis para que o número de alunos por disciplina fosse reduzido

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