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Petróleo: o recurso que não é tão infinito quanto parece
Michele Oliveira
Definimos como recurso natural todo elemento disponível na natureza que pode ser consumido ou utilizado pela vida humana. Utilizados em diversas atividades realizadas pela sociedade, os recursos naturais são elementos retirados da natureza, sendo fundamentais para abastecer as demandas do homem. Eles são usados na alimentação, produção de matéria-prima, geração de energia e inúmeras outras atividades presentes em nosso cotidiano que garantem nossa sobrevivência e conforto. A energia solar, as flo- restas, o solo, os animais, vegetais e, até mesmo, a força dos ventos são recursos naturais, uma vez que são explorados na economia e para o benefício do homem.
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Esses recursos são divididos entre renováveis e não renováveis. Os renováveis são aqueles que não se acabam ou que conseguem se recompor dentro de uma escala de tempo humana, seja de forma natural ou pela ação do homem, enquanto os recursos não renováveis são aqueles com uma reserva finita em nosso planeta ou que possuem processos de renovação muito lentos, podendo levar mi- lhares de anos, como o petróleo.
Tendo o petróleo como um recurso não renovável, necessário em diversas atividades do nosso cotidiano, é notável a importância em preservá-lo, bem como explorá-lo. Diante dessa questão, surgiu na UEMG – Divinópolis o projeto “Modelos inteligentes para a caracterização litológica de reservatórios de petróleo”. O projeto busca o desenvolver uma metodologia que integra técnicas de inteligência computacional com a capacidade de extrair informações de dados petrográficos e petrofísicos para atender geólogos e petrólogos na caracterização de reservatórios de petróleo.
O que é litologia?
O termo litologia refere-se à composição ou tipo de rocha. Compreende a descrição de rochas em afloramento ou amostra de mão, baseada em características como a cor, textura, estrutura, composição mineralógica ou granulometria. Sua identificação é fundamental para a caracterização do reservatório devidoàspropriedadesfísicasequímicasdarocha e afeta a resposta de cada instrumento utilizado para medir as propriedades de formação.
O projeto coordenado pela professora e engenheira computacional Camila Martins Saporetti, conta também com o bolsista e graduando do curso de Engenharia da Computação Leonardo Bearzotti Pompeu e a contribuição do geólogo Egberto Pereira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o engenheiro civil Leonardo Goliatt da Fonseca, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e o petrólogo Leonardo Costa Oliveira. Com o objetivo de implementar técnicas supervisionadas com otimização de parâmetros através de algoritmos evolutivos e atuar na formação de recursos humanos especializados em aprendizado de máquina para modelagem litológica, o projeto visa contribuir com um modelo computacional que permita uma rápida classificação dos postos de petróleo, diminuindo custos, riscos e impactos ambientais.
