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SES, Ministério da Saúde e Conass dialogam sobre
from 10.05.2023
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
e pós-técnica, cursos de aperfeiçoamento, residência em saúde médica e multiprofissional, bem como recursos destinados ao aprimoramento da Política de Educação Permanente no Maranhão.
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Câmara Técnica cação Permanente no Maranhão.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou, nesta terça (9) e quarta-feira (10), o Treinamento Intralesional da Leishmaniose Tegumentar e Prática da Aplicação Intralesional do Antimoniato de Meglumina. A capacitação tem como público médicos e enfermeiros da Rede Municipal de Saúde do Maranhão, e tem o propósito de fortalecer a assistência aos pacientes com leishmaniose tegumentar.
“A capacitação é uma estratégia de estreitamento de trabalho com os municípios, pois além de oportunizar a presença de instrutores via parceria com o Ministério da Saúde, também queremos qualificar esses profissionais para que consigamos fazer o diagnóstico de forma mais efetiva, consequentemente um tratamento correto e resolutivo”, disse a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Tayara Pereira.
Açailândia.
Para a médica Renariadne Campos, que atua no município de Urbano Campos, o maior desafio é fortalecer o processo de conscientização do paciente. “Informação e aprendizado nunca é demais, principalmente com a disponibilidade de novas medicações. Até porque as pessoas que se encontram nos povoados muitas das vezes demoram para se dirigirem a um posto de saúde e, quando o fazem, a ferida já está em estágio avançado, o que prolonga o tempo de cicatrização e recuperação total”, explica.
Representantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) dialogaram com as áreas técnicas do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários de Estados da Saúde (Conass), em Brasília (DF), sobre ações para o aperfeiçoamento da Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
Com foco na construção da gestão de trabalho para todas as esferas da administração pública, o encontro realizado entre os dias 26 e 27 de abril dialogou sobre humanização, qualidade e a diversidade dos colaboradores do Sistema Único de Saúde (SUS) no Maranhão.
“Nosso objetivo foi fortalecer a viabilização de projetos que contemplem ações voltadas para a
Gestão de Trabalho no SUS. Dessa forma, nós pudemos dialogar com outras secretarias, e o Ministério da Saúde, com foco na expansão e modernização dos serviços ofertados no Maranhão”, destacou o secretário adjunto de Engenharia e Administração da SES, Hugo Ferro. A agenda teve início com a comitiva da SES em reunião com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, área relacionada à potencialização dos cursos e regulação dos trabalhadores do SUS, para discutir uma pauta conjunta com a SES.
Na oportunidade, foi verificada a possibilidade de ampliação dos cursos de formação técnica
Durante o encontro com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e da Câmara Técnica de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (CTGTES), a diretora administrativa da Escola de Saúde Pública (ESP-MA), que compôs a comitiva da SES, destacou a importância da agenda para o Maranhão.
“Foi uma oportunidade para conhecer as formas de apoio que as duas instituições ofertam no dimensionamento do trabalhador do SUS e da possibilidade de implantar um sistema de monitoramento de indicadores relevantes para o SUS no Maranhão”, afirmou Ana Lúcia Nunes.
No debate, os profissionais dialogaram sobre a necessidade de ampliação dos cursos de formação técnica e pós-técnica, com cursos de aperfeiçoamento, residência em saúde médica e multiprofissional, bem como recursos destinados ao aprimoramento da Política de Edu-
Para a chefe de Recursos Humanos da SES, que também integrou a comitiva da Saúde Estadual, Keully Bianne de Oliveira, a agenda serviu para nortear a construção da gestão de trabalho em todas as esferas da gestão do SUS no Maranhão.
“Foi um momento para entender o nosso cenário com o olhar na reestruturação da Gestão do Trabalho, partindo da proposta municipalista adotada pelo nosso governo. Falar de humanização do trabalhador do SUS também significa pensar em formas de como podemos contemplar todos aqueles que estão inseridos nas três esferas de gestão”, explicou.
A agenda da comitiva da SES em Brasília também oportunizou encontros com a titular da SGTES, a professora Isabela Cardoso Pinto; o chefe do Departamento de Gestão da Regulação do Trabalho em Saúde, o professor Bruno Guimarães; a chefe do Departamento de Gestão de Educação na Saúde, Célia Regina Gil; e a representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Socorro Gross.
Nesta terça-feira (9), no auditório do Laboratório Central do Maranhão (IOC/LACEN/ MA), os profissionais médicos e enfermeiros dialogaram sobre dados epidemiológicos da Leishmaniose Tegumentar, diagnóstico da Leishmaniose Cutânea, tratamento e cuidados gerais, monitorização de eventos e padronização técnica. A capacitação prossegue, nesta quarta-feira (10), no período da manhã, com atividade prática no Hospital Presidente Vargas, referência para doenças infectocontagiosas da rede da SES, em São Luís.
“Trouxemos os profissionais para discutirem os medicamentos disponíveis e também a implantação do tratamento intralesional. Trata-se de uma técnica menos invasiva cujo manejo é feito com a aplicação de três doses com intervalos de 15 dias no próprio domicílio do paciente”, detalhou a chefe do Departamento de Epidemiologia da SES, Monique Maia.
De janeiro de 2021 a abril de 2023, foram registrados 2.877 casos de Leishmaniose Tegumentar no Maranhão. Segundo dados do Departamento de Epidemiologia da SES, 24 municípios maranhenses são considerados prioritários para o controle e tratamento da doença. Os municípios com maior número de casos registrados são: Barreirinhas, Axixá, Brejo de Areia, Santa Luzia, São Benedito do Rio Preto, Marajá do Sena, São João do Caru, Vitorino Freire, Buriticupu, Urbano Santos e
O médico clínico geral da Unidade Mista do São Bernardo, em São Luís, Luiz Cunha, espera que o treinamento resulte em um melhor acolhimento dos pacientes. “A capacitação também serve como forma de fortalecimento da Atenção Básica. Assim vamos oferecer uma melhor condição de tratamento e saúde às pessoas que derem entrada no posto que geralmente é o que está mais próximo de sua residência”, disse.
Presente na mesa de abertura da capacitação, o técnico do Ministério da Saúde, Lucas Edel Donato, destacou que o propósito do treinamento seja o pontapé para as melhorias assistenciais voltadas para a Leishmaniose Tegumentar. “Nosso objetivo é compartilhar novas alternativas de tratamento, facilitando o acesso do usuário do SUS às estratégias disponíveis, bem como a uma melhor condição de manejo terapêutico”, afirmou. Leishmaniose Tegumentar
A Leishmaniose tegumentar, conhecida como Ferida Brava, é uma doença que se manifesta através do aparecimento de lesões na pele ou nas mucosas da pessoa. Ela é transmitida por animais que vivem em ambiente silvestre, que após serem picados pelo mosquito-palha, também infecta as pessoas. Os principais sinais são o aparecimento de bordas altas e endurecidas na pele, geralmente sem dor e que não diminuem mesmo com o uso de pomadas e antibióticos. As lesões na mucosa geralmente aparecem no nariz, podendo ocorrer ferimentos e sangramentos. Os cuidados preventivos incluem o uso de repelentes, evitar exposição em ambientes onde o mosquito pode ser comum, manter a casa e arredores limpos, dar destino adequado ao lixo orgânico e observar o comportamento dos animais domésticos.